Domingo, 05 de maio de 2013.
“A fé que move montanhas, começou
carregando pequenas pedras.”
EVANGELHO DE HOJE
Jo 14,23-29
— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus
Cristo, + segundo João.
— Glória a vós, Senhor!
Naquele tempo, disse Jesus aos seus
discípulos: 18“Se o mundo vos odeia, sabei que primeiro me odiou a mim. 19Se
fôsseis do mundo, o mundo gostaria daquilo que lhe pertence. Mas, porque não
sois do mundo, porque eu vos escolhi e apartei do mundo, o mundo por isso vos
odeia.
20Lembrai-vos daquilo que eu vos disse:
‘O servo não é maior que seu senhor’. Se me perseguiram a mim, também
perseguirão a vós. Se guardaram a minha palavra, também guardarão a vossa.
21Tudo isto eles farão contra vós por causa do meu nome, porque não conhecem
aquele que me enviou”.
Palavra da Salvação
Glória a vós Senhor.
MEDITANDO O EVANGELHO
Padre Reginaldo
Ghergolet
O Evangelho desse Domingo também
faz parte do discurso de despedida de Jesus em João no qual ele deixa seu
legado e as propostas de vivência da fé para seus discípulos e a nós. Depois de
ter ensinado o mandamento do amor de domingo passado, agora ele mostra que por
meio disso ele quer, com o Pai, fazer morada no coração dos discípulos. Essa
morada é simples, requer apenas guardar suas palavras para que ele e o Pai
estejam presentes.
Não é difícil entender a mensagem
principal. Quem vive o Evangelho, quem ama, Deus permanece nele e sua vida é um
reflexo de Deus. Diante disso podemos fazer uma reflexão de como está nossa
vivência do Evangelho. Será que Deus está em mim, em minhas palavras, em minhas
ações?? Será que leio ouço Jesus e transmito em meus atos e ações?? Esse deve
ser o termômetro da vida do cristão.
Quando saio na rua as pessoas
ficam felizes com a minha presença, me cumprimentam, fazem questão de conversar
comigo. Será que elas gostam de me ouvir falar, de ficar perto de mim. Será que
minha presença é agradável e minha estada é sempre quista pelas pessoas?? Se
isso acontece, certamente estou vivendo o Evangelho, o mandamento do amor. Não é
por causa de mim, mas por causa da presença de Deus segundo a promessa de
Jesus. “Faremos morada e o amaremos” Jô 14,23. Se assim agimos, é porque Deus
está em nós e transforma os lugares que passamos. Assim nunca estaremos
sozinhos, mas rodeados de pessoas que percebem Deus em nós. Se nossa vida não é
assim, é porque estamos longe de viver o Evangelho, de ouvir e guardar as
palavras de Jesus. Então é hora de conversão.
Jesus ainda promete o Espírito
Paráclito, o defensor. Lembrando apenas que no tempo que o Evangelho foi
escrito havia muita perseguição à Igreja como hoje também temos. É Paráclito
quem defendia os cristãos. Naquele tempo não avia advogado como hoje nos
julgamentos. Assim, o condenado contava com a sorte torcendo para que alguém se
levantasse e se colocasse a seu lado para o defender. Esse era chamado o
“paráclito”, o que se colocava ao lado.
A promessa de Jesus também tem
esse sentido. Para o cristão basta uma preocupação, viver o Evangelho. Não
importa o que os outros vão pensar, o que vão falar. Não é preciso se preocupar
com a defesa por que o Espírito se encarrega disso. É também o Espírito que vai
ensinar os caminhos a seguir recordando os fatos passados, os acertos e erros.
É Ele que vai indicar o caminho e esse surgirá em nossa mente após a reflexão
de tudo o que aconteceu. É o Espírito do discernimento.
A presença de Deus, da trindade,
na pessoa que vive o Evangelho traz a paz. Não uma paz como o mundo oferece,
mas a paz verdadeira. Não é uma ilusão de que tudo está bem, mas a coragem de
enfrentar a realidade e procurar o que é reto, o que é coerente com o
Evangelho. Essa é a paz de Jesus que pede para não perturbar o coração em
momento algum porque é sua presença juntamente com o Pai e o Espírito nosso
maior consolo.
É nisso que devemos acreditar, é
assim que devemos viver. Num tempo de crise, de perseguição da Igreja pelos
meios de comunicação, num tempo que pensamos em abandonar Jesus devemos
perceber que sua presença é essencial para nossas vidas. É o Espírito que guia
a Igreja, que deve guiar nossos passos, é ele o Paráclito. Nossa vida deve
estar pautada somente no Evangelho. “Quem vive o Evangelho nunca está só”
porque Deus está caminhando com ele. A solidão não tem espaço na vida de quem
ama, de quem ouve e segue Jesus. É assim que deve ser a Evangelização.
Finalizo com o pensamento de
cardeal Van Thuam em seu livro “Testemunho da Esperança” quando um jovem inglês
lhe pediu que deixasse um legado para a Evangelização da juventude nos tempos
modernos. Ele disse ao universitário: “Siga Jesus, as pessoas verão você
seguindo Jesus e irão atrás de você”. Ouvir e praticar o Evangelho é estar com
Jesus, é segui-lo. Eis o segredo de uma evangelização fecunda. Eis o caminho da
paz. Com Jesus e seu Evangelho temos o Pai e o Espírito, somos morada da
Trindade e nunca estaremos só porque muitos estarão seguindo Jesus por meio de
nós.
VÍDEO DA SEMANA
Assim como a águia são os humanos, passamos a
vida tendo que tomar decisões difíceis, e por isso as vezes é necessário que a gente
se recolha para tomar a melhor decisão possível.
Vejam o vídeo abaixo:
MOMENTO DE REFLEXÃO
Certa vez, uma
senhora, casada e mãe de três filhos, descobriu que estava com câncer. Ficou
tão chocada com a notícia que perdeu o rumo da vida. Era uma professora, boa
mãe e boa esposa, mas confundiu-se completamente. Não via mais que um palmo na
frente do nariz.
Resolveu fazer uma
romaria ao Santuário de Nossa Senhora Aparecida. Acertou todas as coisas, em casa
e no serviço, e foi sozinha.
Hospedou-se em um
hotel e foi para o Santuário. Subiu a rampa e ficou bem em frente à Imagem
original da Santa. Ela não sabia o que dizer, mas ali era o único lugar onde se
sentia bem. Passou quatro dias ali em frente da Imagem, só saindo para as suas
necessidades físicas.
Aquela mulher
chamou a atenção dos funcionários da Basílica. Antes de voltar para casa, ela
contou a sua história para uma funcionária.
No fim, disse: “Sou
outra. Eu estou bem. Sinto-me ótima e feliz. Não sei se fui curada ou não; vou
saber isso quando voltar ao meu médico. Mas estou disposta a continuar a minha
vida com muita alegria”.
Aí está um exemplo
dos milagres mais comuns que acontecem nos santuários católicos, todos os dias.
Não há doenças, mas
doentes. Todos um dia vamos morrer. Mas o pior da doença é quando ela toma
conta da nossa pessoa inteira, e nos torna doentes.
Mãe dos enfermos,
rogai por nós.
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