Terça-feira,
28 de agosto de 2012
“Quando a
partida de xadrez termina, o peão e o rei vão para a mesma caixa.” (ditado chinês)
EVANGELHO
DE HOJE
Mt 23,23-26
- Ai de
vocês, mestres da Lei e fariseus, hipócritas! Pois vocês dão a Deus a décima
parte até mesmo da hortelã, da erva-doce e do cominho, mas não obedecem aos
mandamentos mais importantes da Lei, que são: o de serem justos com os outros,
o de serem bondosos e o de serem honestos. Mas são justamente essas coisas que
vocês devem fazer, sem deixar de lado as outras. Guias cegos! Coam um mosquito,
mas engolem um camelo!
- Ai de
vocês, mestres da Lei e fariseus, hipócritas! Pois vocês lavam o copo e o prato
por fora, mas por dentro estes estão cheios de coisas que vocês conseguiram
pela violência e pela ganância. Fariseu cego! Lave primeiro o copo por dentro,
e então a parte de fora também ficará limpa!
MEDITANDO
O EVANGELHO
Alexandre
Soledade
Bom
dia!
Domingo,
Frei Ari disse uma coisa que muito tocou o coração: “Somos arvores frutíferas,
que no fim da vida, veremos e contabilizaremos em nosso tronco a quantidade de
galhos e brotos quebrados; lascas e pedaços retirados pelas pedradas que
levamos, pois árvores que dão frutos são assim, passamos a vida a levar
pedradas, enquanto aqueles que se preservam inteiros e sem frutos, só lhes
restam fazer sombra”.
Muitas
pessoas se dizem incomodadas quando vêem alguém não fazendo coisa alguma, mas
como é intrigante também a quantidade de pessoas que se incomodam ao ver alguém
trabalhando, e o pior, quando o que fazem, da certo!
Brinco
muito com a história do padroeiro de nossa comunidade – São Sebastião. Somos de
fato, espelhos de sua vida. Alguns pensam que ele morreu vítima das flechadas,
como a imagem que conhecemos sugere, mas não. Sebastião foi encontrado
semimorto, recuperou-se e ao invés de sossegar, voltou e morreu apedrejado.
Quando falo que somos o reflexo de nosso padroeiro, digo isso na íntegra.
Levamos flechadas dos “irmãos” no domingo, mas não paramos por isso. – voltamos
terça-feira pra levar as pedradas. (risos).
Eu
costumo dizer que as pancadas (ou pedradas) mais doloridas vêm de “fogo amigo”.
Esse termo se refere a uma denominação militar em que o soldado em campo de
batalha é atingido por uma bala ou bombardeio do mesmo exercito por qual luta.
Quantos de nós já não fomos atacados pelo fogo “invejoso” amigo (da onça)?
Quantos de nós, já pensamos em desistir, largar a coordenação de um movimento
ou de uma pastoral por esses irmãos que ainda não aprenderam como atirar? Até
Jesus foi vítima do fogo amigo de Judas!
“(…)
Não te irrites por causa dos que agem mal, nem invejes os que praticam a iniqüidade,
pois logo eles serão ceifados como a erva dos campos, e como a erva verde
murcharão. Espera no Senhor e faze o bem; habitarás a terra em plena segurança.
Põe tuas delícias no Senhor, e os desejos do teu coração ele atenderá. Confia
ao Senhor a tua sorte, espera nele, e ele agirá. Como a luz, fará brilhar a tua
justiça; e como o sol do meio-dia, o teu direito. Em silêncio, abandona-te ao
Senhor, põe tua esperança nele. Não invejes o que prospera em suas empresas, e
leva a bom termo seus maus desígnios. Guarda-te da ira, depõe o furor, não te
exasperes, que será um mal, porque os maus serão exterminados, mas os que
esperam no Senhor possuirão a terra”. (Salmo 35/36, 1-9)
Esse
fim de semana, digitava eu com uma amiga do Pedregal (comunidade Santo Antonio),
relatava ela do cansaço véspera de um retiro. Um parêntese: O padroeiro é o
reflexo do apadrinhado mesmo. Santo Antonio é reconhecido como aquele que
esteve em dois lugares ao mesmo tempo. O que se esperava de alguém que esta
nessa comunidade? Estou aqui e ali ao mesmo tempo! (risos)
Voltando
(…). Divaguei para ela que precisamos entender um pouco mais de geografia.
Quanto maior a área de pressão maior é a força dos ventos. Quanto maior forem
as dificuldades, a inveja, a cobiça, a ganância, maior será a força dos ventos
do Espírito Santo em nossas obras, em nossa vida e em nossas atitudes.
“(…)
Sobreveio a lei para que abundasse o pecado. Mas onde abundou o pecado,
superabundou a graça“. (Romanos 5, 20)
Quanto
aos fariseus, temos que compreender que não deixarão de existir. Rezemos por
eles.
Um
imenso abraço fraterno.
VIDA
SAUDÁVEL
Estudo
indica que pessoas sozinhas sofrem mais de insônia
As
pessoas sozinhas são mais propensas a ter noites em claro, segundo divulgaram
os pesquisadores da Universidade de Chicago (EUA), que constataram que viver só
faz mal à saúde e ainda traz infelicidade.
Lianne
Kurina, que conduziu os estudos, analisou os padrões de isolamento e sono entre
grupos de moradores de duas colônias norte-americanas. Foram coletadas
informações sobre sentimento de isolamento, pressão sanguínea e medidas de
atividade cerebral e descanso durante o sono de 95 pessoas.
Metade
dos voluntários disse não ser sozinho, enquanto a outra metade tendia entre
aumentar a sensação de solidão e isolamento social e apresentavam sono
intermitente. "Basicamente, os indivíduos sozinhos mostraram um sono mais
quebrado. Houve mais movimento durante a noite, mais períodos de sono de curta
duração, mais agitação", disse Lianne, que afirmou que seu estudo ajuda a
explicar porque a solidão é associada a doenças. "A evidência é de que, de
alguma forma, o sentimento de solidão penetra no corpo e afeta a saúde",
concluiu.
Pessoas
felizes vivem mais, diz estudo
É
algo que todo mundo sabe, pelo menos de forma intuitiva, e que também já foi
objeto de estudos outras vezes. Mas uma pesquisa realizada durante cinco anos
pela University College of London confirmou que pessoas felizes e positivas
vivem mais. Quatro mil pessoas entre 52 e 79 anos foram acompanhadas no período
e a conclusão é a de que os de bem com a vida têm 35% menos chances de morte
prematura.
A
atitude positiva apareceu como 'remédio' natural contra o estresse e como
mecanismo que evitar aparecimento de doenças.
Para
chegar aos resultados, os pesquisados primeiro responderam a questões sobre
níveis de felicidade e ansiedade percebidos durante o dia. Também foram levados
em conta idade, gênero, histórico de depressão e de doenças e hábitos de vida.
"As informações confirmam a necessidade de promover o bem-estar entre
pessoas da terceira idade", afirmou o pesquisador Andrew Steptoe ao jornal
Daily Mail, que publicou a pesquisa.
Outros
estudos recentes confirmam a pesquisa, como um realizado pela Universidade de
Illinois, nos Estados Unidos, que afirma que o bom humor reduziu a incidência
de hormônios relacionados ao estresse e também fortalece o sistema imunológico,
enquanto que ansiedade, depressão e pessimismo foram ligados a doenças e
encurtamento do tempo de vida.
MOMENTO
DE REFLEXÃO
Alguns anos atrás, assisti à peça Raisin in the Sun [Uva-Passa ao
Sol], de Lorraine Hansberry, e ouvi um trecho que até hoje não me sai da
memória.
Na peça, uma família afro-americana recebe US$ 10.000 provenientes
do seguro de vida do pai. A dona da casa vê no dinheiro a oportunidade de
deixar o gueto onde vivia no Harlem e de mudar-se para uma casa no campo,
enfeitada com jardineiras.
A filha, uma moça muito inteligente, vê no dinheiro a oportunidade
de realizar seu sonho de estudar medicina.
O filho mais velho, contudo, apresenta um argumento difícil de ser
ignorado. Quer o dinheiro para que ele e um “amigo” iniciem um negócio juntos.
Diz à família que, com o dinheiro, ele poderá trabalhar por conta
própria e facilitar a vida de todos. Promete que, se puder lançar mão do
dinheiro, proporcionará à família todos os confortos que a vida lhes negou.
Mesmo contra a vontade, a mãe cede aos apelos do filho. Ela tem de
admitir que as oportunidades nunca foram tão boas para ele e que ele merece a
vida boa que esse dinheiro pode oferecer-lhe.
Conforme você deve ter imaginado, o tal “amigo” foge da cidade com
o dinheiro. Desolado, o filho é forçado a voltar para casa e dizer à família
que suas esperanças para o futuro lhe foram roubadas e que seus sonhos de uma
vida melhor foram desfeitos.
A irmã atira-lhe no rosto toda sorte de insultos. Qualifica-o com
as palavras mais grosseiras que se possa imaginar. Seu desprezo em relação ao
irmão não tem limites.
Quando ela para um pouco para respirar, a mãe a interrompe e diz:
— Pensei que tivesse ensinado você a amar seu irmão.
Beneatha, a filha, responde:
— Amar meu irmão? Não restou nada nele para eu amar.
E a mãe diz:
— Sempre sobra alguma coisa para amar. E, se você não aprendeu
isso, não aprendeu nada. Você chorou por ele hoje? Não estou perguntando se
você chorou por causa de si mesma e de nossa família, por termos perdido todo
aquele dinheiro. Estou perguntando se chorou por ele: por aquilo que ele sofreu
e pelas conseqüências que terá de enfrentar.
Filha, quando você acha que é tempo de amar alguém com mais
intensidade: no momento em que faz coisas boas e facilita a vida de todos? Bem,
então você ainda_não aprendeu nada, porque essenão é o verdadeiro momento de
amar. Devemos amar quando a pessoa está se sentindo humilhada e não consegue
acreditar em si mesma, porque o mundo a castigou demais. Se julgar alguém,
faça-o da forma certa, filha, da forma certa. Tenha a certeza de que você levou
em conta os revezes que ele sofreu antes de chegar ao ponto em que está agora.
Essa é a graça misericordiosa! É o amor ofertado quando não se fez
nada para merecê-lo. É o perdão concedido quando não se fez nada para
conquistá-lo. É a dádiva que flui como as águas refrescantes de um riacho para
extinguir as labaredas provocadas por palavras de condenação carregadas de ira.
O amor que o Pai nos oferece é muito mais abundante e generoso. A
graça que Deus nos dá é muito mais copiosa.
- Tony Campolo, em Histórias Para
o Coração.
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