Sábado, 11
de agosto de 2012
“Sempre que
lhe perguntarem se você sabe fazer um trabalho, diga que sim e apresse-se em
descobrir como executá-lo.” (Theodore Roosevelt)
EVANGELHO
DE HOJE
Mt 17,14-20
Quando eles
chegaram perto da multidão, um homem foi até perto de Jesus, ajoelhou-se diante
dele e disse:
- Senhor,
tenha pena do meu filho! Ele é epilético e tem ataques tão fortes, que muitas
vezes cai no fogo ou na água. Eu o trouxe para os seus discípulos a fim de que
eles o curassem, mas eles não conseguiram.
Jesus
respondeu:
- Gente má e
sem fé! Até quando ficarei com vocês? Até quando terei de agüentá-los? Tragam o
menino aqui!
Então deu
uma ordem, o demônio saiu, e no mesmo instante o menino ficou curado.
Depois os
discípulos chegaram perto de Jesus, em particular, e perguntaram:
- Por que
foi que nós não pudemos expulsar aquele demônio?
Jesus
respondeu:
- Foi porque
vocês não têm bastante fé. Eu afirmo a vocês que isto é verdade: se vocês
tivessem fé, mesmo que fosse do tamanho de uma semente de mostarda, poderiam
dizer a este monte: "Saia daqui e vá para lá", e ele iria. E vocês
teriam poder para fazer qualquer coisa!
MEDITANDO
O EVANGELHO
Padre
Antonio Queiroz
Se tiverdes
fé, nada vos será impossível.
Este
Evangelho narra a cena em que os discípulos não conseguem curar um menino,
Jesus o consegue e explica por quê. Quando Jesus, Pedro, Tiago e João desceram
da montanha onde havia acontecido a transfiguração, encontraram os outros
discípulos em dificuldade. Um homem levou-lhes o seu filho epiléptico, e eles
não conseguiram curá-lo.
E
Jesus explica o motivo: “Porque a vossa fé é demasiado pequena”. E ele lamenta:
“Ó gente sem fé e perversa! Até quando deverei ficar convosco? Até quando vos
suportarei?”. Jesus pensa na multidão, ávida de milagres, mas sem se preocupar
muito com a fé. Pensa nos discípulos, a tanto tempo com ele, e ainda com uma fé
tão pequena e fraca. E pensa também em nós, seus discípulos e discípulas de
hoje, cuja fé é tão superficial e descomprometida e às vezes misturada.
“Se
vós tiverdes fé do tamanho de uma semente de mostarda, direis a esta montanha:
vai daqui para lá, e ela irá.” Quando a fé existe de verdade, mesmo que seja
pequenina, é eficaz porque participa do poder de Deus, para quem nada é
impossível.
Parece
que temos medo de acreditar em Deus. Por isso a sociedade segue um esquema
moral próprio, que nem é o apresentado por Jesus, nem deixa de ser; fica na
pior posição, que é no meio do caminho. “Ó gente sem fé e perversa!”
Desconfiamos
do mistério de Deus e por isso achamos difícil jogar-nos de corpo e alma no
projeto de Jesus, preferindo a nossa segurança.
“O
justo vive da fé” (Gl 3,11). Viver da fé é viver como Pedro andando sobre as
águas, ao encontro de Jesus. A segurança está em Deus, e ponto final. Ter fé é
assinar um cheque em branco e entregá-lo a Cristo. A nossa conta bancária tem
um saldo enorme: é a nossa vida toda.
A
pessoa que faz isso sabe que Cristo é poderoso e nos ama; ele não vai
colocar-nos no SPC. Pelo contrário, vai aumentar e transformar infinitamente o
nosso crédito.
O
medo é a posição contrária à fé. Sem enfrentar riscos, não é possível seguir a
Cristo.
Diante
da fé, os que viviam com Jesus, e nós hoje, estamos na mesma situação: o mesmo
convite, a mesma hesitação, o mesmo desafio. Que os mártires nos ajudem! Ter fé
é jogar-nos na grande piscina do Reino de Deus, sabendo que ele nos protegerá.
Neste mês nós celebramos a memória de S. Domingos, o fundador dos dominicanos. Ele nasceu
na Espanha, no Séc. XII. Destacou-se na pregação da Palavra de Deus. Por isso
que a congregação religiosa dos dominicanos se chama Ordem dos Pregadores. Além
da fundação dos dominicanos, a grande contribuição de S. Domingos para os
cristãos foi a criação do terço, que chamamos também de rosário.
Na
verdade, os monges já rezavam uma oração quase igual. Os monges que sabiam ler
rezavam a Liturgia das Horas. Os que não sabiam ler deviam rezar todos os dias
150 Ave Marias, substituindo os 150 Salmos. S. Domingos passou essa devoção
para o povo, e organizou-a, dividindo-a em três partes, que chamou de terços, e
em cada terço escolheu cinco mistérios para o cristão refletir, enquanto reza
as Ave Marias. A devoção se espalhou rapidamente e todos os cristãos do mundo
passaram a rezar o terço. Em 2002, o Papa João Paulo II criou mais um terço com
os mistérios da Luz, ou mistérios Luminosos, pois na divisão de S. Domingos
ficou faltando a vida pública de Jesus.
O
nome Rosário foi criado também por S. Domingos. Significa uma coroa de rosas
que oferecemos a Maria. S. Domingos faleceu em agosto de 1221, com apenas 51anos
de idade.
Santa
Maria, a mulher de fé, e S. Domingos, rogai por nós!
Se tiverdes
fé, nada vos será impossível.
CASA,
LAR E FAMÍLIA
Dicas que
vão facilitar sua vida.
01-Para o inox ficar mais brilhante
lave a peça com sabão em pó.
02-Para não derramar o leite quando ele
está fervendo coloque no fundo da leiteira um pires de porcelana, virado com a
boca para baixo. Outra dica é colocar uma colher dentro da leiteira antes do
leite ferver.
03-Para tirar o cheiro forte de
vasilhames de plástico, lave-os com bicarbonato de sódio diluído num pouco de
água. Se ainda continuar deixe-os mergulhados nessa solução durante algum
tempo.
04-Utilize sacos plásticos para guardar
alhos, pois assim eles se conservam melhor.
05-Como fazer para que a carne na
panela de pressão fique bem macia? Uma boa dica é cozinhar a carne (lagarto,
peixinho, capa de filé) inteira na cerveja, além de dar maciez à carne ela
desmancha-se e o que é melhor não fica com gosto de cerveja. Proporção: 1
latinha para 1 kg de carne.
06-Estocando ovos: Para guardar os
ovos, coloque-os com a parte mais pontuda para baixo, nesta posição, eles duram
mais tempo.
07-Guardando o extrato de tomate: Para
guardar aquele extrato de tomate que sobrou na lata, utilize o seguinte
recurso: coloque a sobra em um recipiente de vidro ou louça, depois cubra com
óleo de cozinha ou azeite, e guarde na geladeira.
08-Eliminando cheiro de vasilhas
plásticas: Para eliminar o cheiro impregnado em vasilhas plásticas, encha-as
com jornal amassado (não pode ser colorido), tampe bem e deixe ficar por 24
horas.
09-Detergente mais eficiente. Torne o
detergente mais eficiente dissolvendo algumas gotas de vinagre. Suas panelas
ficarão brilhando e sem gordura.
10-Limpando o fogão. Muitos produtos
são vendidos para a limpeza do fogão. Uma solução caseira que também é muito
eficaz é misturar água morna com bicarbonato de sódio. Você logo vai notar a
diferença.
MOMENTO
DE REFLEXÃO
“É
difícil defender só com palavras a vida”, diz o poema de João Cabral que
poderia ser o emblema da trajetória de Zilda Arns, cuja partida deixou-nos o legado de uma existência dedicada a ajudar os semelhantes.
Quantos
milhões de brasileiros estão vivos hoje, sobreviventes da fome e da miséria,
graças à ação da Pastoral da Criança e dos seus milhares de voluntários?
Zilda
Arns nos ensinou o verdadeiro sentido da palavra missão e foi precursora na
montagem de uma rede social de cunho humanista, orientada para preservar o bem
mais precioso e desamparado do país, nossas frágeis crianças predestinadas às
estatísticas de mortalidade infantil.
Tantas
crianças franzinas, severinas como diz o poema, mas que trazem “a marca de
humana oficina” que o trabalho da Pastoral cuidou de fazer vingar por meio de
uma tecnologia social simples, quase rústica, a chamada farinha múltipla, um
complemento alimentar que operou o milagre bíblico da multiplicação do pão da
vida.
E
com que grandeza moral e desprendimento Zilda Arns foi a pastora de tantas
almas, sem sucumbir ao proselitismo e sem cobrar recompensas pessoais. Essa a
sua maior lição de vida. Num tempo em que os problemas parecem ser maiores que
as soluções, Dona Zilda, como era carinhosamente chamada, mostrou que não somos
vítimas de um destino traçado.
A
Pastoral surgiu em 1983, “bela como um sim, numa sala negativa”, desabando as taxas
de mortalidade da cidade de Florestópolis, no Paraná, de 127 para apenas 20 por
mil, em apenas dois anos. Zilda Arns mostrou o caminho e começou a construir a
rede que conta hoje com 260 mil voluntários que acompanham 1,8 milhão de
crianças e perto de cem mil gestantes em mais de quatro mil municípios. A
Pastoral estendeu sua ação para mais de vinte países, dentre eles o Haiti,
vitimado pela tragédia do terremoto.
Graças
ao trabalho de Zilda Arns o Brasil está apto a atingir um dos oito objetivos de
Desenvolvimento do Milênio da ONU, que é o de diminuir as taxas de mortes de
crianças em dois terços até 2015.
Num
tempo em que se propõem soluções grandiloquentes para os nossos graves
problemas, temos o testemunho vivo de uma ação exitosa que mostrou que a
solidariedade, o compartilhamento de informações, a ampliação do conhecimento,
tudo isso compõe uma ética pública que devemos louvar e enaltecer. Uma ética
que não é artificiosamente construída pela hegemonia da informação, pela
intimidação ou pela força. Fica essa lição de uma grande brasileira que com os
farelos garantiu que a oficina da vida pudesse desfiar o seu fio.
Roberto
Rocha
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