Quarta-feira,
08 de agosto de 2012
“Seja você
quem for ou o que faça, quando quer com vontade alguma coisa, é porque esse
desejo nasceu na alma do Universo.” (Paulo Coelho)
EVANGELHO
DE HOJE
Mt 15,21-28
Jesus saiu
dali e foi para a região que fica perto das cidades de Tiro e de Sidom. Certa
mulher cananéia, que morava naquela terra, chegou perto dele e gritou:
- Senhor,
Filho de Davi, tenha pena de mim! A minha filha está horrivelmente dominada por
um demônio!
Mas Jesus
não respondeu nada. Então os discípulos chegaram perto dele e disseram:
- Mande essa
mulher embora, pois ela está vindo atrás de nós, fazendo muito barulho!
Jesus
respondeu:
- Eu fui
mandado somente para as ovelhas perdidas do povo de Israel.
Então ela
veio, ajoelhou-se aos pés dele e disse:
- Senhor, me
ajude!
Jesus disse:
- Não está
certo tirar o pão dos filhos e jogá-lo para os cachorros.
- Sim,
senhor, - respondeu a mulher - mas até mesmo os cachorrinhos comem as migalhas
que caem debaixo da mesa dos seus donos.
- Mulher,
você tem muita fé! - disse Jesus. - Que seja feito o que você quer!
E naquele
momento a filha dela ficou curada.
MEDITANDO
O EVANGELHO
Padre
Antonio Queiroz
Mulher,
grande é a tua fé!
Este
Evangelho narra a cena de uma mulher pagã que pede a Jesus a cura de sua filha.
De início, Jesus recusa, dizendo que foi enviado para as ovelhas perdidas da
casa de Israel. E ele fala uma frase que, à primeira vista, parece dura, mas
era um dito popular: “Não fica bem tirar o pão dos filhos para jogá-lo aos
cachorrinhos”.
Entretanto,
a mulher não se deu por vencida e respondeu de forma criativa. “É verdade,
Senhor, mas os cachorrinhos também comem as migalhas que caem da mesa de seus
donos!” Diante dessa resposta, Jesus lhe disse: “Mulher, grande é a tua fé!
Seja feito como tu queres!” E desde aquele momento sua filha ficou curada.
Ter
fé é vencer os obstáculos, venham de onde vierem, até da parte de Deus.
Exemplos de obstáculos que podem chocar-se com a nossa fé: Aparente recusa de
Deus em nos atender, como o caso de uma pessoa doente que reza e, em vez de
sarar, fica ainda pior fisicamente. Claro que a cura de Deus é mais para o
doente, não tanto para a doença. Mas a pessoa pode não conhecer essa distinção
e pensar que Deus não lhe está atendendo.
Jó
(Cf seu livro, na Bíblia) é um exemplo nesse ponto, pois, mesmo não sendo
atendido, persistiu na oração, na fé e na esperança.
A
nossa fé não fica parada. Ela é como uma planta: ou cresce ou morre. E ela
cresce na direção da fidelidade, isto é, da firmeza diante dos obstáculos.
Aquela
mulher era pagã, não pertencia à descendência de Abraão, que era o povo eleito.
Entretanto, ela tinha uma fé correta e bonita. Pagãos, para nós, são os não
batizados. É uma situação cuja superação é aberta a todos e é facílima, basta
receber o batismo. Já ser pagão no tempo de Jesus era um estigma indelével, uma
barreira intransponível, pois dependia da raça, da família em que nasceu, que
ninguém pode mudar.
Sabemos
que a primeira Aliança, feita com o povo hebreu, era provisória. Ela tinha o
objetivo de preparar a vinda do Messias. Com a chegada de Jesus, ela caducou e
passou a valer a nova e eterna Aliança, que Deus fez definitivamente com a
humanidade toda, em Cristo. Esta não tem distinção de raça, é baseada na fé e
na obediência aos mandamentos. Como disse S. Paulo: “Não há mais judeu ou
grego, escravo ou livre, homem ou mulher, pois todos vós sois um só, em Cristo
Jesus” (Gl 3,28).
Mas,
apesar da primeira Aliança já ter caducado, Deus, na sua extrema fidelidade,
quis que seu Filho, inicialmente, desse preferência ao povo de Israel.
Entretanto, Jesus sempre acolhia bem os pagãos que o procuravam. Inclusive,
várias vezes, elogiou a fé dos pagãos, como a do centurião romano: “Nunca
encontrei tamanha fé em Israel”.
Este fato da mulher cananéia nos mostra a força que tem a oração perseverante e
feita com fé. A oração é mais forte que as estruturas humanas, inclusive as
religiosas. Pela oração, nós somos capazes de “transportar montanhas”, como
disse Jesus. Contra tudo e contra todos, devemos continuar pedindo a Deus as
coisas, mesmo com a impressão de que ele virou as costas para nós; e argumentar
com Deus, como fez a mulher: “Os cachorrinhos também comem as migalhas que caem
da mesa de seus donos!”
A
mesma mensagem vemos em algumas parábolas de Jesus, como a da viúva pedindo
para o juiz a solução do seu caso judicial (Cf Lc 18,1-8), a do vizinho que,
altas horas da noite, bate na porta do outro
pedindo
pães (Cf Lc 11,5-8)...
Havia,
certa vez, um pequeno lago que tinha muitos peixes. Por isso faltava comida
para eles. Viviam magros e famintos. Um peixinho não se conformou com a
situação e queria sair dali. Como havia uma pequena corrente de água que saía
do lago, ele arriscou e entrou nessa corrente. Para surpresa sua, chegou a um
grande lago, onde havia comida à vontade, pois os peixes ali eram poucos. Que delícia!
O peixinho estava exultante de alegria. Quanto espaço para nadar! Isso que é
vida! Mas logo se lembrou dos colegas e ficou com dó. Decidiu: Quando der uma
chuva grande e aumentar a água dessa corrente, voltarei lá para convidá-los.
Assim ele fez. Após uma chuva, com grande esforço e destreza, subiu pela
corrente de água e voltou ao pequeno lago onde nascera e vivera. Foi logo
contando para os colegas a sua descoberta. Entretanto, teve uma surpresa:
ninguém acreditou! Triste, voltou para o lago da fartura que havia descoberto.
Dias depois, alguns peixes mais jovens, da sua turminha antiga apareceram. E
começou um intercâmbio, que mudou a vida dos peixes dos dois lagos.
Ter
fé é ter coragem. Não podemos ficar acomodados ou desanimados, como aquele homem
da mão seca que estava marginalizado, em um cantinho da sinagoga (Cf Mc 3,1-5).
“Levanta-te e fica de pé no meio”, disse-lhe Jesus. Precisamos arriscar um
pouco e enfrentar a correnteza. A vida é bela e cheia da fartura das bênçãos de
Deus!
Peçamos
a Maria Santíssima: “Ensina teu povo a rezar, Maria Mãe de Jesus, que um dia
teu povo desperta e na certa vai ver a luz!”
Mulher,
grande é a tua fé!
CURIOSIDADES
Leis
curiosas
Palestina
As mulheres da Faixa de Gaza são
proibidas de fumarem narguilé em locais públicos. Segundo o grupo islâmico
Hamas, que criou a proibição, as mulheres fumando contrariam às tradições e normas sociais.
Alemanha
A cidade de Fluorn-Winzeln é
oficialmente uma “zona livre de Papai Noel”. Isso significa que a imagem do bom
velhinho fica proibida no local, até mesmo na época de Natal. O objetivo é
resgatar a figura histórica de São Nicolau.
Croácia
Por causa da crise financeira de 2008,
o governo decidiu proibir as festas de fim de ano no país. Natal e Ano Novo
tiveram de passar em branco, com o objetivo de reduzir os gastos dos cidadãos.
Irã
A polícia proibiu as vitrines com
gravatas e roupas íntimas femininas. As roupas íntimas de mulher só podem ser
expostos em manequins no interior da loja, mas com a condição de não haver
vendedores homens no estabelecimento.
O governo também proibiu os homens de
usarem cabelos compridos. Foi lançada até uma cartilha com os cortes de cabelo
permitidos para os homens. Penteados com rabo-de-cavalo, claro, ficaram de
fora.
Nepal
Os funcionários do Aeroporto
Internacional de Katmandu são proibidos de trabalhar usando calças com bolso. O
objetivo da proibição é acabar com a prática do suborno.
Fonte: Guia dos curiosos
MOMENTO
DE REFLEXÃO
O
que separa corações não é a distância, é a indiferença.
Há
pessoas juntas estando separadas por milhares de quilômetros e outras separadas
vivendo lado-a-lado.
Muitas
vezes nos importamos com o que acontece no mundo, nos sensibilizamos e pensamos
até em fazer alguma coisa, mas nos esquecemos do que se passa ao nosso lado, na
nossa casa, na nossa família e mesmo na vizinhança.
Colocamos,
sem querer, barreiras entre os corações que nos cercam.
A
indiferença mata lentamente, anula qualquer sentimento; e assim criamos
distâncias quando estamos tão próximos.
As
pessoas se habituam tanto àquelas que convivem com elas que elas passam a não
notá-las mais, a não dar mais importância.
Mas,
se quisermos transformar o mundo, comecemos por transformar a nós mesmos.
Se
quisermos entrar em combates para melhorar algo para o futuro, que esse combate
comece dentro da nossa própria casa.
Precisamos
olhar os que estão ao nosso lado sempre com olhos novos.
Comunicar
mais, destruir mais barreiras e construir mais pontes. Precisamos nos dar de
coração a coração.
A
melhor maneira de acabar com a indiferença de uma pessoa em relação a nós é
amá-la.
O
amor transforma tudo.
Não
permita que pessoas ao seu lado morram de solidão! Não permita que elas
sintam-se melhor fora de casa que dentro dela! Dê atenção, dê do seu próprio
tempo! Comunique-se!
Assista
menos televisão e converse mais.
Riam
juntos.
Há
quanto tempo você não diz para a pessoa que vive ao seu lado que gosta dela?
A
gente não recupera tempo perdido.
Mas
podemos decidir não perder mais.
Vamos
amar os corações que nos cercam e tentar alcançar novamente aqueles que se
distanciaram.
Há
sempre tempo para se amar.
E
se não houvesse, o próprio amor seria capaz de inventar.
Letícia
Thompson
http://www.leticiathompson.com
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