Domingo, 19
de agosto de 2012
“A verdade é
que a gente não faz filhos. Só faz o layout. Eles mesmos fazem a arte-final.” (Luís
Fernando Veríssimo)
(Dedico este Diário de hoje ao meu filho Alex pelo seu aniversário. Deus te abençoe meu
filho.)
EVANGELHO
DE HOJE
Lc 1,39-56
Alguns dias
depois, Maria se aprontou e foi depressa para uma cidade que ficava na região
montanhosa da Judéia. Entrou na casa de Zacarias e cumprimentou Isabel. Quando
Isabel ouviu a saudação de Maria, a criança se mexeu na barriga dela. Então,
cheia do poder do Espírito Santo, Isabel disse bem alto:
- Você é a
mais abençoada de todas as mulheres, e a criança que você vai ter é abençoada também!
Quem sou eu para que a mãe do meu Senhor venha me visitar?! Quando ouvi você me
cumprimentar, a criança ficou alegre e se mexeu dentro da minha barriga. Você é
abençoada, pois acredita que vai acontecer o que o Senhor lhe disse.
A Canção de
Maria
Então Maria
disse:
- A minha
alma anuncia a grandeza do Senhor. O meu espírito está alegre por causa de
Deus, o meu Salvador.
Pois ele
lembrou de mim, sua humilde serva! De agora em diante todos vão me chamar de
mulher abençoada,
porque o
Deus Poderoso fez grandes coisas por mim. O seu nome é santo, e ele mostra a
sua bondade a todos os que o temem em todas as gerações. Deus levanta a sua mão
poderosa e derrota os orgulhosos com todos os planos deles. Derruba dos seus
tronos reis poderosos. Dá fartura aos que têm fome e manda os ricos embora com
as mãos vazias. Ele cumpriu as promessas que fez aos nossos antepassados e
ajudou o povo de Israel, seu servo.
Lembrou de
mostrar a sua bondade a Abraão e a todos os seus descendentes, para sempre.
Maria ficou mais
ou menos três meses com Isabel e depois voltou para casa.
MEDITANDO
O EVANGELHO
José da Cruz
“Maria,
nossa referência!”
Lembro
que na minha infância, vivida nos anos 60 na rua empoeirada da velha Vila
Albertina em Votorantim, no auge da era Pelé, o nome do rei do futebol era
invocado, tanto no campo de futebol como em qualquer esquina, pelos meninos que
corriam atrás de uma bola e que traziam no coração o desejo e o sonho de ser
bem sucedido na carreira futebolista, como o Sr. Edson Arantes do Nascimento.
Olhando
para alguém que é bem sucedido, que venceu e conseguiu ir além da média, o ser
humano alimenta ou até faz nascer os ideais. Nos esportes, na arte, na cultura,
na política, na ciência, todos os que venceram e chegaram ao cume, acabam
confessando que alguém os inspirou. Pois na vida religiosa também é assim,
sendo exatamente essa a razão porque temos em nossa igreja os santos e santas
de Deus, não para serem adorados ou idolatrados, mas para serem uma indicação,
uma referência, um sinal seguro a indicar o caminho.
Claro
que Maria de Nazaré, a mãe de Jesus é para nós a referência máxima, ela não é o
fim, mas o meio, não é a meta, mas o caminho, pois nessa serva, que podemos
chamar de nossa querida irmã, tudo aponta para o filho Jesus, nosso Senhor,
salvador e redentor! Se em nossa história temos tantas referências humanas que
nos ensinam a viver melhor e a ser mais feliz, quando se trata de buscar a
verdadeira santidade que brota do coração de Deus e chega a nós em Jesus, a
pessoa mais indicada para nos ensinar o caminho, é indiscutivelmente Maria de
Nazaré! Não é ela que nos santifica nos redime ou nos salva, mas ela com
sabedoria e ternura maternal, nos conduz ao seu Filho, o Salvador.
Maria
é, sem nenhuma sombra de dúvidas, a primeira mulher do povo da nova aliança, a
professar a sua fé no Salvador, porque foi a primeira a aderir ao projeto de
Deus, e se nós a chamamos e veneramos como mãe, é porque ela é de fato e de
direito. Em Cristo renascemos, tivemos a vida nova, ao sermos destinados a
eternidade, esta vida nova foi gerada no ventre de Maria, pois em Cristo ela
gerou uma nova humanidade, não mais destinada ao fracasso como os filhos de Eva,
mas a plenitude da salvação.
É
neste contexto que o evangelista João, anima e encoraja as suas comunidades
falando-lhes do sinal que ele viu no céu, uma mulher vestida de sol, com a lua
debaixo dos pés e uma coroa de doze estrelas sobre a cabeça. A mulher
confronta-se com o dragão cor de fogo, que quer devorar-lhe o Filho, mas ela
sai vitoriosa. Essa revelação deu ânimo novo às comunidades que estavam quase
sucumbindo diante da perseguição romana, nos primeiros séculos da igreja!
Os
pequenos pobres e simples do tempo de Maria estavam também quase perdendo a
esperança e, de repente, um encontro entre duas mulheres mudou totalmente o
panorama. Não foi na corte palaciana, onde as celebridades em meio à riqueza e
o poder tomam decisões importantes, mas em uma cidade da periferia, na região
da Judéia, onde Maria entrou na casa de Isabel, que é também a primeira pessoa
a manifestar a sua fé em Jesus, ao perceber a sua presença em Maria ao chamá-la
de bendita!
Ao
cantar as obras de Deus no “Magnificat”, Maria atribui tudo a ele e ratifica a
sua posição de serva, mas muito mais do que isso, o canto é um alegre anúncio a
todos os pobres e pequenos, de que um tempo novo irá começar, onde o que vai
valer realmente não é mais a lógica dos homens, mas sim a de Deus, que em Jesus
inverte a ordem estabelecida, fazendo aliança com gente simples do povo como
Maria e Isabel, capaz de mudar a sorte de toda humanidade, os soberbos de
coração foram dispersos e perderam a força, os poderosos perderam o seu lugar,
agora são com os humildes que ele irá contar para fazer acontecer à obra da
salvação, os que tinham fome de um Deus cheio de amor e misericórdia,
saciaram-se plenamente em Jesus, mas os ricos, os que se julgavam salvos e
justos diante de Deus, ficaram de mãos abanando.
Israel,
pequeno resto desprezado e humilhado pelas grandes nações, torna-se a “bola da
vez” porque Deus faz valer a sua misericórdia e cumpre as promessas feitas aos
antepassados, que os homens de coração duro, desacreditaram. Atravessamos o
vale tenebroso desta vida, com tantos sinais de morte e aridez das discórdias,
mas chegaremos na plenitude da salvação, porque nossa querida irmã e mãe Maria,
já está lá, a nossa espera, para nos introduzir para sempre no templo de Deus!
José da Cruz - Diácono permanente
da
Paróquia Nossa Senhora Consolata-
Votorantim (cruzsm@uol.com.br)
MUNDO
ANIMAL
Curiosidade
sobre o Cão São Bernardo
No
alto dos Alpes Suíços, perto da fronteira com a Itália, existe um hospital
chamado Hospice du Grand St. Bernard. Este monastério é um dos mais altos e
antigos postos humano na Europa. Neste mesmo local os Romanos haviam construído
um templo para Júpiter e no décimo século, Bernard of Menthon (depois
canonizado com São Bernardo) construiu o hospital sob as antigas ruínas e
dedicou a vida dele ajudando os peregrinos, pobres e necessitados, que viajavam
nestas redondezas, rumando para Roma.
Os
monges de São Bernardo continuaram trabalhando para ajudar viajantes e para
salvar as vitimas das avalanches e dos invernos inclementes. Por volta de 1707,
os monges, sobrecarregados com os trabalhos, tiveram a idéia de empregar cães
na busca e salvamento das vítimas. Estes cães deveriam ser dotados de um faro
excelente, grande senso de direção, pelagem pesada e resistente as baixas
temperaturas e corpos fortes e musculosos. Inicialmente os monges tentaram usar
uma espécie de "viralatas" derivado de mastifes, mas em 1800 os
monges já haviam estabelecido um canil com um programa próprio de criação, e passou
a chamá-los de Mastifes Alpinos.
Estes
cães passaram a ser famosos mundialmente através das telas de um pintos de
apenas 17 anos, chamado Edwin Landseer. Ë dele a famosa cena de São Bernardos
socorrendo suas vítimas com um pequeno barril de conhaque atado ao seu pescoço.
Na verdade estes cães nunca carregaram os pequenos barris. São muitas as lendas
que cercam estes maravilhosos animais e seus resgates heróicos. Dizem que mais
de 2.500 vidas foram salvas por estes cães que, segundo contam, usavam viajar
em grupos e que quando uma vítima era encontrada, um São Bernardo deitava de
cada lado da pessoa para mantê-la aquecida. Um terceiro animal punha-se a
lamber a face, tentando reanima-la e um quanto animal retornava ao monastério
para buscar ajuda. Um dos cães mais famosos, "Barry", salvou 40
pessoas e na sua 41 missão encontrou um fim trágico, quando a pessoa que ele
estava tentando salvar matou-o num ataque de pânico. A partir daí, por volta de
1810, a raça passou a ser comumente denominada de Barry Hounds.
Nesta
época eles eram de tamanho moderado e todos com pêlo curto, mas em 1830 e na
década seguinte a população canina do monastério estava quase acabando, devido
a acidentes, doenças, cruzamentos entre parentes e invernos terríveis. Foi
então que os monges decidiram cruzar seus cães com outras raças para
reconquistar o vigor e saúde dos cães. De cruzamentos com cães da raça
Terranova, eles ganharam o pêlo longo e o tamanho gigante e a forma que nós
conhecemos nos São Bernardos de hoje. Logo os monges perceberam que os cães de
pêlo longo tinham problemas com a neve que grudava em sua pelagem e então
passaram a ficar com os cães de pêlo curto e mandar os outros para os vales da
Suíça. Foi exatamente por isso que a raça se difundiu pelo mundo já que o
monastério era muito isolado para que a raça pudesse ser apreciada por todos.
A
natureza do São Bernardo é calma e gentil, mas não podemos deixar de considerar
que um cão deste tamanho deve aprender, desde cedo, a se comportar melhor do
que qualquer Poodle Toy.
Quando
bem socializados, estes gigantes peludos aceitam bem a companhia de pessoas
estranhas e até que gostam muito de ficar deitados perto de seus donos. Devido
ao tamanho, eles precisam de grandes espaços para que consigam se exercitar
propriamente, mas quando eles têm esta necessidade satisfeita são extremamente
bem adaptados à vida num apartamento.
São
Bernardos são pouco reativos, ou seja, não são do tipo barulhento que se agita
por qualquer coisinha. Quando chegam a fase adulta preferem ficar deitados, refletindo
sobre os grandes atos heróicos de seus antepassados. Para conviver bem com
crianças e outros animais, o melhor é introduzi-lo quando ainda filhotes, já
que esta raça não é muito fã dos abusos que os pequenos humanos podem tentar
submete-los, achando que estes cachorros são na verdade imensos bichos de
pelúcia.
Para
treiná-los é preciso ser dócil e paciente, mas ao mesmo tempo firme. Aliás,
treinamento deveria ser mantido como rotina na vida deste cães. Em hipóteses
alguma seus donos deveriam deixar o cão perder os comandos de obediência
básica, principalmente o "SENTA-FICA" e o "JUNTO", já que
se um São Bernardo decidir arrastar uma pessoa, ele o fará sem dúvidas.
Uma
outra característica curiosa da raça é que o São Bernardo deve ter contato constante
com seres humanos. Ao mesmo tempo que são muito leais e orientados para viver
com pessoas, o São Bernardo, se deixado do lado de fora e sem interação,
desenvolve rapidamente um distanciamento e independência que pode ser difícil
de contornar.
MOMENTO
DE REFLEXÃO
Você
já parou, alguma vez, para observar uma gota de água?
Sim,
uma pequena gota d´água se equilibrando na ponta de um frágil raminho...
Com
graciosidade a gotícula desafia a lei da gravidade, se balançando nas bordas
das folhas ou nas pétalas de uma flor.
São
gotas minúsculas, que enfeitam a natureza nas manhãs orvalhadas ou permanecem
como pequenos diamantes líquidos, depois que a chuva se vai.
É
por isso que um bom observador dirá que a vida seria diferente se não
existissem gotas de água para orvalhar a relva e amenizar a secura do solo.
Madre
Tereza de Calcutá foi uma dessas almas sensíveis.
Um
dia, um jornalista que a entrevistava disse-lhe que, embora admirasse o seu
trabalho junto aos pobres e enfermos, considerava que o que ela fazia, diante
da imensa necessidade, era como uma gota de água no oceano.
E
aquela pequena sábia-mulher, lhe respondeu: “sim, meu filho, mas sem essa gota
de água o oceano seria menor.”
Sem
dúvida uma resposta simples e extremamente profunda.
Pois
sem os pequenos gestos que significam muito, a vida não seria tão bela...
Um
aperto de mão, em meio à correria do dia-a-dia...
Um
minuto de atenção a alguém que precisa de ouvidos atentos, para que não caia
nas malhas do desespero...
Uma
palavra de esperança a alguém que está à beira do abismo.
Um
sorriso gentil a quem perdeu o sentido da vida.
Uma
pequena gentileza diante de quem está preso nas armadilhas da ira.
O
silêncio, frente à ignorância disfarçada de ciência...
A
tolerância com quem perdeu o equilíbrio.
Um
olhar de ternura para quem pena na amargura.
Pode-se
dizer que tudo isso são apenas gotas d`água que se perdem no imenso oceano, mas
são essas pequenas gotas que fazem a diferença para quem as recebe.
Sem
as atitudes, aparentemente insignificantes, que dentro da nossa pequenez
conseguimos realizar, a humanidade seria triste e a vida perderia o sentido.
Um
abraço afetuoso, nos momentos em que a dor nos visita a alma...
Um
olhar compassivo, quando nos extraviamos do caminho reto...
Um
incentivo sincero de alguém que deseja nos ver feliz, quando pensamos que o
fracasso seria inevitável... Todas essas são atitudes que embelezam a vida.
E,
se um dia alguém lhe disser que esses pequenos gestos são como gotas d`água no
oceano, responda, como madre Tereza de Calcutá, que sem essa gota o oceano de
amor seria menor.
E
tenha certeza disso, pois as coisas grandiosas são compostas de minúsculas
partículas.
Pense
nisso!
Sem
a sua quota de honestidade, o oceano da nobreza seria menor.
Sem
as gotas de sua sinceridade, o mar das virtudes seria menor.
Sem
o seu contributo de caridade, o universo do amor fraternal seria
consideravelmente menor.
Pense
nisso!
E
jamais acredite naqueles que desconhecem a importância de um pequeno tijolo na
construção de um edifício.
Lembre-se
da minúscula gota de água, que delicadamente se equilibra na ponta do raminho,
só para tornar a natureza mais bela e mais romântica, à espera de alguém que a
possa contemplar.
E,
por fim, jamais esqueça que são essas mesmas pequenas e frágeis gotas de água
que, com insistência e perseverança conseguem esculpir a mais sólida rocha.
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