Quinta-feira,
16 de agosto de 2012
"Pessimismo
é uma doença contagiosa. Quando uma pessoa estiver baixo-astral, denuncie e
mande-a trocar a roupa psicológica como se o baixo-astral fosse uma peça suja
do vestuário. Ninguém é obrigado a ser válvula de escape alheia. Livre-se da
negatividade esteja ela onde estiver." Roberto Shiniashiki
EVANGELHO
DE HOJE
Mt
18,21-19,1
Então Pedro
chegou perto de Jesus e perguntou:
- Senhor,
quantas vezes devo perdoar o meu irmão que peca contra mim? Sete vezes?
- Não! -
respondeu Jesus. - Você não deve perdoar sete vezes, mas setenta e sete vezes.
Porque o Reino do Céu é como um rei que resolveu fazer um acerto de contas com
os seus empregados. Logo no começo trouxeram um que lhe devia milhões de moedas
de prata. Mas o empregado não tinha dinheiro para pagar. Então, para pagar a
dívida, o seu patrão, o rei, ordenou que fossem vendidos como escravos o
empregado, a sua esposa e os seus filhos e que fosse vendido também tudo o que
ele possuía. Mas o empregado se ajoelhou diante do patrão e pediu: "Tenha
paciência comigo, e eu pagarei tudo ao senhor."
- O patrão
teve pena dele, perdoou a dívida e deixou que ele fosse embora. O empregado
saiu e encontrou um dos seus companheiros de trabalho que lhe devia cem moedas
de prata. Ele pegou esse companheiro pelo pescoço e começou a sacudi-lo,
dizendo: "Pague o que me deve!"
- Então o
seu companheiro se ajoelhou e pediu: "Tenha paciência comigo, e eu lhe
pagarei tudo."
- Mas ele
não concordou. Pelo contrário, mandou pôr o outro na cadeia até que pagasse a
dívida. Quando os outros empregados viram o que havia acontecido, ficaram
revoltados e foram contar tudo ao patrão. Aí o patrão chamou aquele empregado e
disse: "Empregado miserável! Você me pediu, e por isso eu perdoei tudo o
que você me devia. Portanto, você deveria ter pena do seu companheiro, como eu
tive pena de você."
- O patrão
ficou com muita raiva e mandou o empregado para a cadeia a fim de ser castigado
até que pagasse toda a dívida.
E Jesus
terminou, dizendo:
- É isso o
que o meu Pai, que está no céu, vai fazer com vocês se cada um não perdoar
sinceramente o seu irmão.
Depois de
dizer isso, Jesus saiu da Galiléia e foi para a região da Judéia que fica no
lado leste do rio Jordão.
MEDITANDO
O EVANGELHO
Padre Antonio
Queiroz
Não te digo
até sete vezes, mas até setenta vezes sete.
Neste
Evangelho, Jesus nos fala do perdão. O texto começa com uma pergunta do
Apóstolo Pedro a Jesus, sobre quantas vezes devemos perdoar uma pessoa. Jesus
responde que devemos perdoar não apenas sete vezes, mas setenta vezes sete,
expressão hebraica que significa: ao infinito.
E,
para deixar bem claro, Jesus conta a parábola do servo cruel. É um empregado
que foi perdoado pelo patrão, de uma grande dívida, e depois não perdoou ao seu
colega, de uma pequena e irrisória dívida. Por isso foi duramente castigado
pelo patrão.
Jesus
conclui a parábola com um recado para todos nós: “É assim que meu Pai fará
convosco, se cada um não perdoar de coração ao seu irmão”.
O
patrão representa Deus, o empregado que devia a enorme fortuna somos nós, e o
outro que devia uma pequena quantia são as pessoas que nos ofendem ou
prejudicam.
Nós
tínhamos uma enorme dívida com Deus, o pecado original e os nossos pecados
pessoais. E ele nos perdoou, e continua perdoando, completamente.
O
tamanho de uma ofensa varia também de acordo com a pessoa ofendida. No nosso
caso, o ofendido é Deus, que é infinito. Portanto, as nossas ofensas a Deus são
sempre muito grandes.
Deus
nos perdoa, mas quer que nós também perdoemos a nosso próximo, seja de que for.
Se não o fizermos, ele retira o seu perdão e nos castiga, como fez o patrão com
o seu empregado cruel.
Por
isso que Jesus nos fala: “Quando estiveres levando a tua oferenda ao altar e
ali te lembrares que teu irmão tem algo contra ti, deixa a tua oferenda diante
do altar e vai primeiro reconciliar-te com teu irmão. Só então, vai apresentar
a tua oferenda” (Mt 5,23-25). De fato, não tem cabimento nós não perdoarmos
alguém e querer manter uma amizade com Deus, pois Deus está no nosso próximo!
Seria um comportamento contraditório na nossa parte: hora louvamos a Deus, hora
não queremos conversa com ele.
O
nosso perdão ao próximo não pode ter limites, nem quanto ao número de ofensas,
nem quanto ao tamanho ou tipo de ofensa.
O
perdão é o único caminho para recuperar a fraternidade, a paz e a alegria, após
uma ofensa recebida. O perdão impede aquele terrível círculo vicioso: a
vingança gera a violência, e esta gera mais vingança... O ressentimento faz
aumentar falsamente o tamanho de uma ofensa.
No
Pai Nosso, nós pedimos a Deus que nos perdoe do jeito que perdoamos aos outros.
Isso nos compromete, porque, se guardarmos rancor, cada vez que rezamos o Pai
Nosso estamos pedindo a Deus que guarde rancor de nós!
Jesus
disse: “Não julgueis, e não sereis julgados. Pois o mesmo julgamento com que
julgardes os outros servirá para vós; e a mesma medida que usardes para os
outros servirá para vós. Por que observas o cisco no olho do teu irmão e não
reparas na trave que está no teu olho?” (Mt 7,1-3).
O
próprio Jesus, na cruz, nos deu o exemplo, quando rezou a Deus Pai pelos que o
torturavam: “Pai, perdoai-lhes porque eles não sabem o que fazem!” (Lc 23,34).
Mesmo morrendo, ele encontrou forças para refletir e encontrar uma saída para
não sentir mágoa daqueles algozes: “Eles não sabem o que fazem”. Se não
encontrasse essa saída, Jesus morreria com mágoa deles. E daí, lá no céu, como
que fica? Porque lá não entram duas pessoas de cara virada uma com a outra. E
Jesus queria o arrependimento e a salvação de todas aquelas pessoas que o
mataram. Depois desse exemplo de Jesus, ninguém de nós tem direito de negar o
perdão, seja a quem for e seja de que for.
Perdoar
não é sinal de fraqueza; pelo contrário, é sinal de muita coragem, bravura e
heroísmo. Panacas são os que não perdoam.
O
motivo principal do nosso perdão não está na pessoa que nos ofendeu, mas no
mandamento de Deus.
Claro
que, depois, vamos ser mais prudentes com aquela pessoa que nos ofendeu ou
prejudicou. “Sede prudentes como as serpentes e simples como as pombas” (Mt
10,16). “Gato que caiu em água quente tem medo de água fria”. Nós vamos evitar
situações semelhantes àquela em que a pessoa nos ofendeu ou prejudicou. Mas
isso, sem julgar a pessoa.
O
perdão é importante principalmente na vida familiar, dentro das quatro paredes
de uma casa.
Certa
vez, um casal brigou. Brigou feio e ficaram de mal. Quando era necessário dizer
alguma coisa ao outro, faziam-no através de bilhetes. Aconteceu que um dia o
homem chegou do serviço preocupado. Seu chefe havia marcado uma reunião na
firma no dia seguinte, uma hora antes de começar o trabalho. Portanto ele devia
levantar-se não às 05:30, como de costume, mas às 04:30 horas. O que ele fez.
Escreveu em um papel: "Por favor, me acorde às 04:30 da madrugada". E
colocou o bilhete em cima do travesseiro da esposa. E procurou dormir mais
cedo.
Quando
a esposa foi dormir, encontrou o bilhete. O que ela fez. No dia seguinte,
levantou-se às 04:30 e colocou ao lado da cabeça dele o seguinte bilhete: “São
04:30 horas. Está na hora de você se levantar.”
Claro
que essa mulher foi cruel. Mas os dois estavam errados, porque, quando entramos
em atrito com alguém, a paz deve voltar antes do por do sol. Se isso vale para
todos, muito mais para o casal.
A
mãe sabe ser “pára-raios” quando membros da família se desentendem. Que a nossa
querida Mãe do Céu nos ajude a perdoar e a viver unidos com todos.
Não te digo
até sete vezes, mas até setenta vezes sete.
MEIO
AMBIENTE
Ser humano é
o pior inimigo das árvores
A
Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda 12 m2 de área verde por habitante.
Em algumas regiões da cidade de São Paulo (SP), como as regiões centrais, por
exemplo, esta proporção não passa de 3 m2 por habitante. Apesar disso, a
relação das pessoas com árvores existentes passa longe do respeito e do
cuidado.
Sim,
o ser humano é o pior inimigo das árvores. Ele é capaz de queimá-las, cortá-las
e até perfurá-las com pregos.
Para
o médico sanitarista Hélio Neves, diretor do Departamento de Parques e Áreas
Verdes (Depave) da Prefeitura de São Paulo, as árvores urbanas têm milhares de
inimigos. O pior deles, porém, é o homem. O ser humano mal-educado. "Não
temos a cultura de preservação e proteção e, assim, vivemos um caos".
Diariamente as subprefeituras recebem milhares de chamados de pessoas que
querem apoio oficial para matar uma árvore. Ou, pelo menos, mutilar. Isso sem
contar aquelas que matam na calada da noite, por asfixia, queimadura, por corte
parcial ou total. Mata-se por motivo torpe como, por exemplo, a queda de folhas
que "sujam" a calçada. Cerca de 30% dos chamados são pertinentes, mas
a grande maioria não.
E
para quem ainda não sabe, existem multas para quem destrói o verde em São
Paulo. Entre as transgressões mais comuns estão ferir árvores com pregos que
sustentam placas de publicidade ou lâmpadas de Natal. Os valores começam em
R$
500, mas podem chegar a R$ 500 mil, se o dano atingir árvore rara, adulta, em
área de proteção ambiental. Hoje, há um grande número de casos de poda drástica
punidos pela fiscalização que estão por volta de R$ 10 mil por árvore.
O rigor da
poda
Toda
vez que se corta os ramos de uma árvore é necessário saber em que medida isso
pode ser prejudicial. A prática tem demonstrado que mesmo quando se respeitam
todas as exigências de acordo com a espécie, idade da planta e época de poda, a
eliminação de grande volume da ramagem é danosa à planta, podendo conduzir o
vegetal à exaustão e morte.
Tem-se
como regra básica que é saudável a retirada de até 1/3 do volume da copa,
visando melhor delineá-la, arejando seu interior e revitalizando seus ramos.
Essa redução não deve ser a mesma nos anos seguintes.
É
importante lembrar também que em condições normais de campo as árvores buscam
compensar em sua base (o sistema radicular) quando há eliminação de ramos em
sua parte aérea. Ou seja, há um maior desenvolvimento das raízes.
O valor de
uma árvore
Pode-se
atribuir às árvores um valor sentimental, cultural ou histórico - são valores
subjetivos, difíceis, portanto de quantificar. A maioria das pessoas considera
o valor estético como principal na arborização urbana, em virtude da aparência
das árvores ser direta e imediatamente perceptível, ao contrário dos demais
benefícios.
As
alterações que as árvores sofrem em função das estações do ano fazem com que
elas se apresentem ora com flores, ora com folhas ou sem folhas. Estas
renovações são importantes para a paisagem urbana. Elementos como textura,
estrutura, forma e cor, inerentes às árvores, alteram o aspecto da cidade,
quebrando a monotonia e a frieza típica das construções.
Outras
qualidades que podem ser atribuídas às árvores urbanas são seu poder de
interferir em microclimas e de reduzir a poluição, os ruídos e a temperatura. A
estes atributos, associam-se as contribuições sociais, como a saúde física e
mental do homem, as opções de recreação propiciadas em função da existência de
árvores ou áreas verdes.
Seja um
"amigo" das árvores:
*
Não coloque placas, faixas, luzes ou enfeites de Natal nas árvores.
*
Evite pintar seus troncos, seja com a finalidade de "proteger" ou
decorar. A prática comum de caiar os troncos das árvores não tem função
benéfica. A cal é tóxica para os líquens que vivem nos troncos.
*
Entre em contato com a Prefeitura se perceber que há necessidade de tratamento
(no caso de ataque de cupins e outros insetos) ou poda (se estiverem perto de
fios elétricos), ou no caso de ameaça de queda.
*
Regue-as nos períodos de seca, de preferência nos horários mais frescos do dia
(pela manhã e no final da tarde).
Fontes de Pesquisa: Jornal O Estado de S.
Paulo; Programa Pró-Ciências-USP e Guia de Planejamento e Manejo da Arborização
Urbana da Eletropaulo
MOMENTO
DE REFLEXÃO
Não
espere o vento soprar na sua direção, nem corra atrás do vento.
A
vida está dentro de você e viver este dia é o melhor que você pode fazer.
Não
deixe alguém esperando pela sua palavra.
Abra
o seu coração e olhe para a dor da humanidade.
Do
seu lado pode estar alguém que sofre em silêncio.
Não
se feche nem retenha as coisas boas.
Solte,
libere a sua melhor parte.
Há
muitas mãos estendidas,
há
muitos rostos chorando,
há
muitas vidas precisando de você.
Há
dor no mundo!
Há
fome!
Há
luta!
Há
dor sobretudo NA ALMA das pessoas.
Você
pode, se você acha que pode.
Faça
algo neste dia. . .
Pode
ser que amanhã a sua palavra fique presa na garganta porque a morte se sobrepõe
a vida.
Não
retenha a sua fidelidade, o seu gesto de amor, a sua solidariedade, a sua
amizade, o seu melhor sentimento.
Não
sabemos o que nos espera no próximo minuto.
Uma
existência toda se esvai num segundo determinante.
Faça
a sua parte no mundo.
Não
silencie, não se omita.
Pode
ter certeza.
Algum
coração neste momento bate por você, uma alma ferida precisa das suas palavras,
um amigo espera seu gesto, um faminto espera o pão, um doente a cura, alguém
que você nem conhece deseja intensamente estar vivo e no seu lugar.
Deus
habita no meio daquele que tem o maior sentimento do universo:
O
AMOR
“Nossas
vidas só começam de fato quando percebemos que não adianta querer ser o maior e
o melhor entre os homens, mas sim quando conseguirmos enxergar nas pequenas
coisas que observamos, nos pequenos detalhes, as grandes verdades do universo e
o fruto do amanhã, que contém a semente da sabedoria.”
Dulce Regina
Breim
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