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LITURGIA DIÁRIA

LITURGIA DIÁRIA - REFLEXÕES E COMENTÁRIOS

Diário de Segunda-feira 23/04/2012





Segunda-feira, 23 de abril de 2012


"A cada dia que vivo mais me convenço de que o desperdício da vida está no amor que não damos, nas forças que não usamos, na prudência egoísta que nada arrisca e que, esquivando-nos do sofrimento, perdemos também a felicidade." (Carlos Drummond de Andrade)





EVANGELHO DE HOJE
Jo 6,22-29


No dia seguinte a multidão que estava no lado leste do lago viu que ali só havia um barco pequeno. Sabiam que Jesus não tinha embarcado com os discípulos, pois estes haviam saído sozinhos. Enquanto isso, outros barcos chegaram da cidade de Tiberíades e encostaram perto do lugar onde a multidão tinha comido pão depois de o Senhor Jesus ter dado graças. Quando viram que Jesus e os seus discípulos não estavam ali, subiram nos barcos e saíram para Cafarnaum a fim de procurá-lo.
A multidão encontrou Jesus no lado oeste do lago, e perguntaram a ele: - Mestre, quando foi que o senhor chegou aqui?
Jesus respondeu: - Eu afirmo a vocês que isto é verdade: vocês estão me procurando porque comeram os pães e ficaram satisfeitos e não porque entenderam os meus milagres. Não trabalhem a fim de conseguir a comida que se estraga, mas a fim de conseguir a comida que dura para a vida eterna. O Filho do Homem dará essa comida a vocês porque Deus, o Pai, deu provas de que ele tem autoridade.
- O que é que Deus quer que a gente faça? - perguntaram eles.
- Ele quer que vocês creiam naquele que ele enviou! - respondeu Jesus.






MEDITANDO O EVANGELHO
Alexandre Soledade


Bom dia!
Tiberíades era uma cidade muito importante para o império romano, durante certo tempo foi a capital da Galiléia. Foi de lá que Jesus vinha antes de chegar a Cafarnaum, cidade esta considerada a “base” de Jesus, pois lá residiu e de sua redondeza saíram boa parte dos apóstolos.
Muitos milagres foram vistos em Cafarnaum; Jesus a considerava como sua cidade, mas mesmo assim, mesmo com tantas demonstrações de amor, o povo insistia em não se arrepender sendo talvez por isso justificado a forma mais enérgica e exortativa ao se referir aos que o procuravam apenas por interesses. “(…) Eu afirmo a vocês que isto é verdade: vocês estão me procurando porque comeram os pães e ficaram satisfeitos e não porque entenderam os meus milagres”.
E hoje, o que mudou? Jesus continua a operar, continua a curar, a fazer milagres no nosso meio, mas a quantas anda nosso arrependimento?
É duro dizer isso, mas o texto do evangelho de hoje demonstra um Jesus profundamente chateado com a demagogia na fala das pessoas ao omitir seus verdadeiros interesses. Pessoas essas, e infelizmente ainda hoje, que vão à busca de situações favoráveis transitórias, esquecendo do que pode ser permanente e duradouro.
Quando buscamos ao Senhor, apresentamos o que na real queremos? E quando recebemos ou somos atendidos, permanecemos junto dele ou também partimos até a próxima vez que precisarmos?
Buscar o Senhor na aflição é bíblico e amplamente orientado nas passagens do novo e antigo testamento; é bom, prudente e valioso esse contato íntimo, mas não podemos ter Jesus como milagreiro e sim como Senhor. Temos a ingrata “mania” de procurá-lo e logo em seguida esquecê-lo. Quantas pessoas lotam reuniões e grupos onde se lê “semana da graça”, “corrente dos milagres” e ao terminar somem?
Precisamos repensar essas concentrações sobre a ótica de alguns pontos de vista:
O movimento interessante é ainda viável, mas precisamos repensar de quem estamos fazendo propaganda: Jesus ou do milagre?
É importante que continuem acontecendo, mas saber de fato o que esperamos: adoradores ou quantidade de gente?
Que tipo de pessoa queremos que surja desses encontros?
Adoro a idéia de acampamentos de oração promovidos pela Canção Nova. Pessoas que se reúnem para louvar e ouvir a palavra de Deus. Ao se encontrar assim deixamos sob a vontade plena de Deus tudo que ali acontecer.
Criamos concepções que geram expectativas nas pessoas. Precisamos ensinar as pessoas que tudo acontecerá a seu tempo, pois Deus deseja muito o nosso bem. Ouço essa política milagreira muito bem definida nas igrejas neopentecostais, uma política onde o Espírito Santo é “empregado” com hora e lugar marcado para “realizar” milagres mediante a NOSSA vontade (hunf!). É esse tipo de respeito que temos com Deus?
“(…) Considerai os lírios, como crescem; não fiam, nem tecem. Contudo, digo-vos: nem Salomão em toda a sua glória jamais se vestiu como um deles. Se Deus, portanto, veste assim a erva que hoje está no campo e amanhã se lança ao fogo, quanto mais a vós, homens de fé pequenina! Não vos inquieteis com o que haveis de comer ou beber; e não andeis com vãs preocupações. Porque os homens do mundo é que se preocupam com todas estas coisas. Mas vosso Pai bem sabe que precisais de tudo isso. Buscai antes o Reino de Deus e a sua justiça e todas estas coisas vos serão dadas por acréscimo. NÃO TEMAIS, PEQUENO REBANHO, PORQUE FOI DO AGRADO DE VOSSO PAI DAR-VOS O REINO”. (Lucas 12, 27-32)
Um imenso abraço fraterno






MOTIVAÇÃO NO TRABALHO

Max Gehringer responde

Num processo de seleção, a última pergunta que o gerente me fez foi: “Qual é o seu diferencial?”. Respondi que tinha muita experiência e formação mais do que adequada para a vaga. Creio que essa não era a resposta que ele estava esperando, porque não consegui o emprego. O que eu deveria ter respondido?

Há várias respostas satisfatórias, mas a eficácia de cada uma delas depende do estilo do gerente. Ele pode ser liberal ou conservador, centralizador ou delegante, voltado mais para os processos ou mais para as pessoas. A melhor resposta é aquela que não vai desagradar ao gerente, qualquer que seja o estilo dele. Mas vamos supor que você não conheça o gerente e ele, durante a entrevista, não tenha dado nenhuma pista sobre o estilo dele. Nesse caso, a resposta mais apropriada seria: “Eu sou maleável. Nunca tive problemas com meus superiores porque sou capaz de me adaptar rapidamente a qualquer situação”. Para quem responde, isso pode parecer inócuo. Mas, para um futuro chefe que está ouvindo, a certeza de que terá um subordinado que vai apoiá-lo incondicionalmente é um tremendo diferencial.

Estou pensando em enviar currículos para empresas de meu setor de atuação, mas desconfio que exista algum grau de comunicação entre essas empresas e a minha. O que pode acontecer caso meu chefe descubra que estou querendo sair?

Uma de duas coisas: ou ele começará a procurar seu substituto, sem você saber, ou então ele vai convidá-lo a explicar a situação. Aí, você precisará ter uma resposta prontinha. Se está mandando currículos, você sabe exatamente por que os está mandando. Ou está descontente com o salário, ou com o ambiente, ou com a falta de perspectivas. Ao ser questionado, você tanto pode revelar o que realmente o aflige, ou explicar que, “veja bem, estou mandando currículos só para sentir o mercado”. Como ninguém vai acreditar na segunda hipótese, o melhor seria você inverter a situação. Fale antes com seu chefe. Exponha o que você está sentindo em relação a sua situação profissional e pergunte se existe algum plano para você. Se a resposta dele for negativa ou evasiva, aí você terá um motivo sólido para disparar currículos. Porque, no fim das contas, você não quer ficar, e seu chefe não demonstrou interesse em reter você.

Minha empresa prega a inovação e o espírito criativo, mas o que eu vejo em meu dia a dia é a velha rotina de sempre.

Empresas fortemente voltadas para a inovação buscam no mercado pessoas criativas, como deve ser seu caso. Mas elas não esperam que cada empregado tenha uma ideia genial por dia. O que elas procuram é gente capaz de olhar para as coisas simples e rotineiras e sugerir pequenas mudanças para aperfeiçoar os processos. Ao longo do tempo, essas mudanças contínuas, quase imperceptíveis no dia a dia, farão diferença diante dos concorrentes que se limitam a copiar as ideias alheias. A criatividade sempre estará na soma das pequenas contribuições de todos os empregados, e não em um eventual estalo de um profissional superdotado.







MOMENTO DE REFLEXÃO

Eu não sei se a terra se acomodou com tantas catástrofes ou se as pessoas acabam se acostumando com as tragédias.
Prefiro pensar que não.
Prefiro pensar que os corações não se endurecem,  não tornam-se insensíveis e indiferentes.
O que aconteceu no Haiti essa semana  moveu o mundo inteiro.
De repente os países e as populações uniram-se num bloco de solidariedade para tentar salvar o que se podia da situação.
Grandes gestos, grandes feitos, grandes homens...
Mas por que é preciso uma tragédia para que o mundo acorde para ajudar um dos países mais pobres do mundo?
Antes do terremoto a miséria já assolava o local, os tetos já caíam sobre as cabeças e as pessoas já não tinham o que comer.
Assim somos nós nesse mundo que Deus criou.
Nos acomodamos a tudo e passamos a olhar com indiferença e muitas vezes é preciso que algo extraordinário aconteça para que sejamos sacudidos e possamos acordar.
Nos comportamos dessa maneira em relação ao mundo e aos nossos.
Quem ainda não percebeu que as lágrimas aproximam muito mais as pessoas que as alegrias?
Os abraços de consolação são mais demorados e mais sinceros que os de felicitações, como se a dor tivesse o poder de soldar o que estava quebrado, unir o que estava separado.
Talvez seja essa a razão das grandes tragédias que acontecem.
Talvez precisemos desses alertas para que possamos olhar nossa casa e o mundo de forma diferente, mais humana.
Eu queria que não fosse preciso uma doença, uma má notícia, uma desilusão para que as pessoas despertassem para a vida.
Queria um mundo maravilhoso onde ouvir fosse natural, a gentileza fosse natural, o perdão fosse dado antes que o outro pedisse, onde compartilhar fizesse parte da rotina diária de cada um.
Se assim fosse, haveria menos famílias separadas, menos fome, menos solidão, menos peso nos ombros de certas pessoas e menos infelicidade.
O mundo é o que é e não podemos voltar atrás.
Mas nada nos impede de olhar para a frente, de abrir os olhos, os braços e o coração.
Nada nos impede de dar as mãos, reparar erros, erguer a cabeça e continuar a acreditar que amanhã pode ser diferente de hoje e que, por mínima que ela seja, nossa contribuição pode ser dada.
Quem pensa que não possui nada e nada pode dar está muito enganado.
Damos muito quando oferecemos nossas orações e iluminamos os caminhos quando  distribuímos a esperança.
Quando ajudamos o nosso próximo, não deixamos pegadas apenas na sua história, deixamos também marcas no coração de Deus.






Um comentário:

  1. Parabens ao grupo florescendo sempre!
    Descobri essa semana e estou adorando, tem me ajudado muito a compreender melhor o evangelho.
    Que Deus os abençoe e o Espirito Santo os ilumine.

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