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LITURGIA DIÁRIA

LITURGIA DIÁRIA - REFLEXÕES E COMENTÁRIOS

Diário de Segunda-feira 09/04/2012




Segunda-feira, 09 de abril de 2012

“Arrependo-me muitas vezes de ter falado; nunca de ter silenciado.” (Ciro)



EVANGELHO DE HOJE
Mt 28,8-15


Elas foram embora depressa do túmulo, pois estavam com medo, mas muito alegres. E correram para contar tudo aos discípulos. De repente, Jesus se encontrou com elas e disse: - Que a paz esteja com vocês!
Elas chegaram perto dele, abraçaram os seus pés e o adoraram.
Então Jesus disse:- Não tenham medo! Vão dizer aos meus irmãos para irem à Galiléia, e eles me verão ali.
O boato dos soldados
Enquanto as mulheres ainda estavam no caminho, alguns dos soldados que estavam vigiando o túmulo voltaram para a cidade e contaram aos chefes dos sacerdotes tudo o que havia acontecido. Os chefes se reuniram com os líderes judeus e fizeram os seus planos. Então deram uma grande quantia de dinheiro aos soldados e ordenaram o seguinte:
- Digam que os discípulos dele vieram de noite, quando vocês estavam dormindo, e roubaram o corpo. Se o Governador souber disso, nós vamos convencê-lo de que foi isso mesmo o que aconteceu, e vocês não terão nenhum problema. Os soldados pegaram o dinheiro e fizeram o que os chefes dos sacerdotes tinham mandado. E esse boato se espalhou entre os judeus até o dia de hoje.




MEDITANDO O EVANGELHO
Alexandre Soledade


Bom dia! Feliz Páscoa!
Como diria um padre que conheço: “ESSE MUNDO AINDA PAGA PARA QUE NÃO OUÇAMOS OU ACREDITEMOS EM JESUS”.
Acreditar em Jesus em alguns momentos tornou-se um grande desafio em meio a tantas crenças e crendices que vemos crescer. São tantos pastores buscando dinheiro em troca de falsas promessas; são ainda tantos interesses econômicos, sociais e pessoais que precisam prevalecer, mas que para isso Jesus precisa estar morto (hunf).
Acreditar em Jesus torna-se um ato de coragem quando se renega a programação de TV focada no corpo e no hedonismo que alguns programas oferecem. Acreditar em Jesus tornou-se um “ato heróico” em meio a tanta gente que se elege usando valores cristãos em seus comícios e propagandas eleitorais, mas ao serem eleitos constroem leis para que Ele seja esquecido, apagado… Um estado laico que esquece que os funcionários, que o cidadão, que as pessoas, não são.
Acreditar em Jesus é hoje um ato de personalidade quando um jovem opta pela missa, por participar de uma pastoral, de uma ação social, (…) ao invés de preencher sua vida com o vazio das LAN HOUSES, dos relacionamentos online (MSN, ORKUT, FACEBOOK). Acreditar no testemunho dos apóstolos e viver o que diz o livro dos atos dos apóstolos é um caminho desafiador em um mundo que nos ensina desde pequeno a sermos egoístas e individualistas.
Mas a páscoa traz de volta a esperança – o grão de trigo renasce. Revela-se novamente que ter fé, uma crença, uma identidade, vale à pena. Renasce também quem já dava por perdido, desiludido ou desanimado. Como os apóstolos que se põem aos pés de Jesus e recebem um levante confiante e uma nova missão: “(…) Jesus disse: – Não tenham medo! Vão dizer aos meus irmãos para irem à Galiléia, e eles me verão ali”.
É um novo tempo de se encontrar.
“(…) Buscai o Senhor, já que ele se deixa encontrar; invocai-o, já que está perto. Renuncie o malvado a seu comportamento, e o pecador a seus projetos; volte ao Senhor, que dele terá piedade, e a nosso Deus que perdoa generosamente Pois meus pensamentos não são os vossos, e vosso modo de agir não é o meu, diz o Senhor; “(Isaias 55, 6-8)
A grande gratificação do cristão é ano após ano ver suas forças renovadas. Saber que o que acreditamos venceu o maior dos nossos medos – a morte. Entender que o tempo do silêncio e introspectivo litúrgico passa e agora retorna a alegria dos gestos e cantos. Um tempo convidativo a sair pelo mundo em missão e convidar os irmãos. Um tempo de gritar, pular e louvar aquele que se fez pequeno e enalteceu os humildes. Alguém que vale toda a nossa luta e crença.
Os dias tristes passaram, mas sabemos que um dia voltarão, pois o inimigo (ou inimigos) do projeto de Deus não descansará. Esse inimigo procurará transformar pequenas contendas em grandes discussões; pequenas dificuldades em muralhas intransponíveis, coragem em medo, ânimo em preguiça, projetos e sonhos em grandes decepções, mas feliz será aquele que mesmo assim perseverar e se atrever, como Pedro, levantar a voz e acreditar.
“(…) Então Pedro se levantou, junto com os outros onze apóstolos, e em voz bem alta começou a dizer à multidão: Meus amigos judeus e todos vocês que moram em Jerusalém, prestem atenção e escutem o que eu vou dizer! Estas pessoas não estão bêbadas, como vocês estão pensando, pois são apenas nove horas da manhã. O que, de fato, está acontecendo é o que o profeta Joel disse: É isto o que eu vou fazer nos últimos dias diz Deus—: Derramarei o meu Espírito sobre todas as pessoas. Os filhos e as filhas de vocês anunciarão a minha mensagem; os moços terão visões, e os velhos sonharão. Sim, eu derramarei o meu Espírito sobre os meus servos e as minhas servas, e naqueles dias eles também anunciarão a minha mensagem”. (Atos 2, 14-18)
Viveremos agora a espera da festa de pentecostes, mas diferentemente de outros anos, não se esconda. Jesus cumpriu a promessa de vencer a morte, cumprirá quantas vezes for necessário o pentecostes em nossa vida.
Um imenso abraço fraterno.





MOTIVAÇÃO NO TRABALHO


Max Gehringer responde


O que se deve fazer quando há lacunas no currículo? Passei por três períodos recentes de inatividade profissional, que somam oito meses.

O propósito de um currículo é mostrar as diversas atividades profissionais exercidas através dos anos, e não explicar a falta delas. Do ponto de vista de quem avalia o currículo, há frases que só geram dúvidas (por exemplo, “fiquei três meses afastado por motivos médicos”), há situações compreensíveis, como o desemprego puro e simples ou uma pausa para estudar para um concurso público, e há razões que podem ser francamente assustadoras para um futuro empregador, como um afastamento para tratamento psiquiátrico. O mais recomendável é deixar esses períodos de inatividade em branco e esclarecer os motivos depois, em uma entrevista pessoal. Poderá não ser fácil, dependendo da situação, mas será mais plausível que tentar criar uma frase capaz de transformar uma verdade inconveniente em uma experiência útil.

Estou há nove anos na mesma função e na mesma empresa. Não vejo perspectivas de mudança, mas tenho receio de me arriscar e perder a relativa estabilidade que consegui.

Sua preocupação é válida. Sugiro não se cadastrar em sites de empregos nem enviar currículos para quem você não conhece. Procure opções por meio de conhecidos, que lhe darão referências seguras sobre o ambiente das empresas em que eles trabalham. Quem passa quase dez anos em um mesmo lugar, fazendo o mesmo trabalho, sofre certa “síndrome do estranhamento” quando muda de emprego. Você está receoso porque teme perder não apenas a estabilidade, mas também o tipo de tratamento a que já está acostumado. A melhor alternativa é partir para um ambiente de trabalho semelhante ao atual, mas em uma empresa que ofereça mais oportunidades.

Meu diretor contratou um amigo para ser assistente direto dele e disse que eu ficaria subordinado a esse amigo. Como eu me reportava ao diretor, sinto-me rebaixado.

A dúvida é se a entrada do amigo foi apenas por amizade ou foi porque o diretor precisava de alguém nessa função e não viu em você as condições para ocupá-la. Minha sugestão: aguarde antes de se rebelar. Em um primeiro momento, o diretor não fez nada ilegal. E, até que surjam evidências em contrário, também não fez nada imoral.

Tenho apenas o ensino médio, mas consegui atingir um cargo gerencial em minha empresa, a única de minha carreira e na qual passei 16 anos. Descontente com meu salário, fiz um acordo e saí, pensando que não seria difícil me recolocar. Está sendo. Por falta de curso superior, nem consigo ser entrevistado. Qual seria a solução?

A mais rápida, embora não imediata, é você começar um curso superior de dois anos, o de tecnólogo. É bem possível que a opinião dos recrutadores já fique mais amenizada pelo fato de você estar estudando. Mas, mesmo supondo que você consiga um emprego, não deixe de fazer o curso. Se você já percebeu que faz falta agora, esteja certo de que fará muito mais falta no futuro.




MOMENTO DE REFLEXÃO


Pense em alguém poderoso. Essa pessoa briga e grita como uma galinha ou olha em calmo silêncio, como um lobo? Lobos não gritam. Eles têm uma aura de força e poder.
Observam em silêncio.
Somente os poderosos, sejam lobos, homens ou mulheres, respondem a um ataque verbal com o silêncio.
Além disso, quem evita dizer tudo o que tem vontade, raramente se arrepende por magoar alguém com palavras ásperas e impensadas.
Exatamente por isso, o primeiro e mais óbvio sinal de poder sobre si mesmo é o silêncio em momentos críticos.
Se você está em silêncio, olhando para o problema, mostra que está pensando, sem tempo para debates fúteis.
Se for uma discussão que já deixou o terreno da razão, quem silencia e continua a trabalhar mostra que já venceu, mesmo quando o outro lado insiste em gritar a sua derrota.
Olhe. Sorria. Silencie. Vá em frente.
Lembre-se de que há momentos de falar e há momentos de silenciar.
Escolha qual desses momentos é o correto, mesmo que tenha que se esforçar para isso.
Por alguma razão, provavelmente cultural, somos treinados para a (falsa) idéia de que somos obrigados a responder a todas as perguntas e reagir a todos os ataques. Não é verdade.
Você responde somente ao que quer responder e reage somente ao que quer reagir. Você nem mesmo é obrigado a atender seu telefone pessoal.
Falar é uma escolha, não uma exigência, por mais que assim o pareça.
Você pode escolher o silêncio.
Além disso, você não terá que se arrepender por coisas ditas em momentos impensados, como defendeu Xenócrates, mais de trezentos anos antes de Cristo, ao afirmar: "me arrependo de coisas que disse, mas jamais de meu silêncio".
Durante os próximos sete dias, responda com o silêncio, quando for necessário.
Use sorrisos, não sorrisos sarcásticos, mas reais. Use o olhar, use um abraço ou use qualquer outra coisa para não ter que responder em alguns momentos.
Você verá que o silêncio pode ser a mais poderosa das respostas.
E, no momento certo, a mais compreensiva e real delas.

Aldo Novak

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