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LITURGIA DIÁRIA

LITURGIA DIÁRIA - REFLEXÕES E COMENTÁRIOS

Diário de Sábado 07/04/2012




Sábado, 07 de abril de 2012

"Se você não ouviu com seus próprios ouvidos, ou não viu com seus olhos. Não deixe sua mente pequena e sua boca grande espalhar." Tininha Caldart



EVANGELHO DE HOJE
Mc 16,1-7

Depois que terminou o sábado, Maria Madalena, Salomé e Maria, a mãe de Tiago, compraram perfumes para perfumar o corpo de Jesus. No domingo, bem cedo, ao nascer do sol, elas foram ao túmulo. No caminho perguntavam umas às outras:- Quem vai tirar para nós a pedra que fecha a entrada do túmulo?
Elas diziam isso porque a pedra era muito grande. Mas, quando olharam, viram que ela já havia sido tirada. Então elas entraram no túmulo e viram um moço vestido de branco sentado no lado direito. Elas ficaram muito assustadas, mas ele disse: - Não se assustem! Sei que vocês estão procurando Jesus de Nazaré, que foi crucificado; mas ele não está aqui, pois já foi ressuscitado. Vejam o lugar onde ele foi posto. Agora vão e dêem este recado a Pedro e aos outros discípulos: "Ele vai adiante de vocês para a Galiléia. Lá vocês vão vê-lo, como ele mesmo disse."





MEDITANDO O EVANGELHO
Padre Antonio Queiiroz

Jesus de Nazaré, que foi crucificado, ressuscitou.
Hoje, sábado santo, relembramos durante o dia a sepultura do Senhor, e à noite celebramos a grande Vigília Pascal da ressurreição gloriosa do Senhor, que constitui o ponto mais alto de todo o ano litúrgico. A liturgia do sábado santo é marcada pelo sacramento do batismo, pois durante os primeiros séculos era nesta celebração que os cristãos eram batizados, sendo a quaresma o tempo de preparação.
A liturgia consta de várias partes: A bênção do fogo novo, a procissão com o círio pascal, a proclamação da Páscoa, a liturgia da Palavra, a ladainha do todos os santos, a renovação das promessas do batismo, com batizados se houver, e a oração eucarística.
A Páscoa é a grande festa cristã. Tanto é assim que o mistério pascal é o que celebramos todos os domingos, na Santa Missa, e também na Missa diária. O círio pascal representa Cristo e expressa alegremente a nossa fé na libertação do homem, envelhecido pelo mal. A Páscoa é a festa da vida, o triunfo da causa de Cristo. Nós já temos a vitória na mão, é só consolidá-la.
Cristo ressuscitado é o novo Adão que restitui ao homem a imagem de Deus desfigurada pelo pecado, trazendo-lhe esperança, alegria, liberdade e solidariedade. A luz venceu as trevas, a vida venceu definitivamente a morte.
Mas a Carta de S. Paulo aos Romanos nos lembra que tudo isso tem um preço: a nossa incorporação, pelo batismo, a Cristo morto e ressuscitado nos compromete a também morrermos para o homem velho do pecado e ressuscitarmos para uma vida nova. Isso exige de nós uma conversão total: de pensamentos, palavras e atitudes. O nosso desafio é nos identificarmos cada vez mais com Cristo.
Continuar este testemunho apostólico da ressurreição de Cristo é o encargo da Igreja e dos cristãos de todos os tempos. Não podemos procurar entre os mortos o que vive. E mais: a ressurreição de Cristo não se limita a ele só, pois de fato ele inaugurou uma nova era e um mundo novo, em que não é a morte que tem a última palavra, mas a vida sem fronteiras para todo o homem e a mulher que acredita em Jesus ressuscitado e vive segundo essa fé.
Quando anunciamos que Cristo ressuscitou estamos dizendo não apenas que o seu túmulo ficou vazio, mas que a nossa vida ficou cheia, repleta de paz e alegria com a sua presença. “Anunciamos, Senhor, a vossa morte e proclamamos a vossa ressurreição. Vinde, Senhor Jesus!”
O melhor testemunho de que Jesus ressuscitou, a Igreja dá através da sua vitalidade, mostrando assim que Cristo continua vivo nela. A Comunidade cristã que sabe se levantar, mesmo após um grande sofrimento, como a perda de um líder, mostra que Jesus está vivo nela.
Certa vez, um homem estava dirigindo o seu carro, levando uma senhora que era líder da Comunidade. Eles atravessavam um bairro de uma cidade grande e, de repente veio uma chuva muito forte e logo as ruas começaram a ser inundadas.
O motorista parou o carro em um lugar seguro, e a senhora lhe disse: “Certamente esta enchente está inundando casas e fazendo muita gente sofrer. Vamos rezar uma Ave Maria por eles. Ave Maria...”
O batismo nos incorporou em Cristo, dando-nos a dignidade de ser filhos e filhas do mesmo Pai de Jesus. Somos, portanto, irmãos. Mesmo que não possamos ajudar materialmente alguns irmãos que precisam, podemos rezar por eles. E sabemos que a oração tem poder infinito.
Rainha do céu, alegrai-vos, aleluia! Porque aquele que merecestes trazer em vosso puríssimo seio, aleluia, ressuscitou como disse, aleluia!
Jesus de Nazaré, que foi crucificado, ressuscitou.






MOMENTO DE REFLEXÃO


Vê se pode, Deus mandou seu único filho pra morrer por mim...
Quando penso nisso é difícil acreditar.
Eu mereço tal sacrifício? Eu mereço a vida do filho de Deus?
Isso me faz lembrar de um assassino condenado à morte. Ele se chamava Barrabás e ia ser crucificado. Vocês lembram daqueles filmes de bang-bang ou dos desenhos do pica-pau onde um dono de funerária vestido deterno preto media o tamanho das pessoas pra fazer o caixão?
Pois é, assim como o caixão era feito sob medida, a cruz, naquela época, também era. E foi construída uma cruz do exato tamanho de Barrabás.
E Barrabás estava lá, deitado em uma cela imunda, fétida, cheia de lodo e seu corpo já estava todo surrado. Ele sabia que aquele era seu último dia. Mas de repente alguém apareceu e disse que ele não ia mais ser crucificado, pois, em Seu lugar, morreria uma outra pessoa. Se Barrabás perguntou quem era essa pessoa a resposta foi: “Jesus, um tal de Jesus morrerá em seu lugar.”
Eu até posso imaginar Barrabás saindo da cela e, depois, indo acompanhar a multidão para tentar ver quem era o tal Jesus que ia morrer em seu lugar.
Se Barrabás fez isso eu não sei. Mas sei o que ele viu se procurou ver o tal Jesus: Barrabás viu um homem carregando uma cruz que não era dele. Viu um homem levando chibatadas que não eram pra ele. Barrabás viu pingando um sangue que era inocente. Viu um homem coroado com espinhos de uma polegada cada. Barrabás viu um homem ser pregado em uma cruz que não pertencia a ele. E viu Jesus morrer a morte que não era pra ele – Jesus – morrer. Jesus carregou e foi morto em uma cruz que, sequer, tinha o Seu tamanho.
Pensando nisso, meu amigo, eu só consigo entender uma coisa: a cruz que Jesus carregou não era dele, era minha. Não era pra Jesus ter vertido seu próprio sangue. Naquele dia, era o meu sangue que tinha que escorrer. A morte que Jesus morreu – morte de cruz – era a minha morte. Jesus carregou e foi morto em uma cruz que tinha, exatamente, o meu tamanho. Aquela cruz que Cristo morreu, era minha.
Esse tal de Cristo, segundo a Bíblia, morreu por mim.
Por que? Eu valho tanto assim?
Eu sou um nada. Um grão de areia nesse mundão de meu Deus. Tenho falhas em todos os setores de minha vida. Por que então esse tal de Jesus morreu por mim?
Eu não sei te responder não... mas um dia quero ter a oportunidade de, lá no céu, olhar nos olhos desse Jesus e dizer “obrigado, Jesus. Mas sem querer ser ingrato, por que o Senhor morreu por mim?”
E confesso, não faço a mínima idéia de qual vai ser a resposta dele...
Mas isso me faz lembrar de uma outra coisa: minha filha, que tinha pouco mais de um aninho e se chama Lívia, tinha uma bonequinha de pano. Nós a acostumamos dormir com a tal boneca. E a Lívia acostumou de tal forma que não vai pra cama sem a dita cuja. Com o passar do tempo, por óbvio, a boneca de pano foi ficando velha, furada, e com uma etiqueta toda suja (pra dormir, a Lívia fica enrolando no dedo na etiqueta). Apesar dessa bonequinha estar velha, com espuma saindo pelo buraco, minha filha não dorme sem ela. Às vezes a boneca se perde pela casa, e antes de dormir a Lívia sai procurando e chamando com a aquela voz de anjo: “néquim... néquim...”. E quando ela acha é a maior festa, beijos e abraços na “néquim” dela, e lá vão as duas dormir. Sem medo de errar, eu posso dizer: a Lívia ama aquela bonequinha, por mais velha que ela esteja.

Sim... eu também estou meio estragado... com meus defeitos e erros brotando pelos meus poros. Mas mesmo assim o meu Deus  me ama. Às vezes também me perco por essa vida, me desvio e erro o caminho... Mas Deus me procura e me reencontra... Aí, meu amigo, é só alegria.
Eu não sei por que Ele faz isso. Mas eu sei que Ele faz. Eu sinto isso todos os dias em minha vida... Jesus está ao meu lado, me ajudando, me carregando no colo e me fortificando.
Meu Jesus não só morreu na minha cruz. Ele ressuscitou para que eu, igualmente, tenha a vida eterna.
Eu não mereço nem uma gota de suor desse tal Jesus. Mas ele deu o próprio sangue por mim.                            
Nesta Páscoa, lembre-se de seu real significado: Um Deus que me ama – e te ama – deixou o Seu Trono de Glória e veio até esta terra, sujar seus pés com poeira, passar fome, frio e calor, ser xingado, apedrejado, vaiado, perseguido e, finalmente, morrer em uma cruz que pertencia a uma pessoa que sou eu e, se você quiser, que era sua também.
Por que ele fez tudo isso?
Vamos combinar: no céu, vamos juntos, eu e você meu amigo, perguntarmos pra ele “Jesus, por que o Senhor morreu por nós?”

Denis Clebson da Cruz (Kzar)








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