Páginas


(clique abaixo para ouvir a música)

LITURGIA DIÁRIA

LITURGIA DIÁRIA - REFLEXÕES E COMENTÁRIOS

Diário de Domingo 18/03/2012




Domingo, 18 de março de 2012

“Quanto maior a dificuldade, tanto maior é o mérito em superá-la.”
(Henry Ward Beecher)



EVANGELHO DE HOJE
Jo 3,14-21

Assim como Moisés, no deserto, levantou a cobra de bronze numa estaca, assim também o Filho do Homem tem de ser levantado, para que todos os que crerem nele tenham a vida eterna. Porque Deus amou o mundo tanto, que deu o seu único Filho, para que todo aquele que nele crer não morra, mas tenha a vida eterna. Pois Deus mandou o seu Filho para salvar o mundo e não para julgá-lo. Aquele que crê no Filho não é julgado; mas quem não crê já está julgado porque não crê no Filho único de Deus. E é assim que o julgamento é feito: Deus mandou a luz ao mundo, mas as pessoas preferiram a escuridão porque fazem o que é mau. Pois todos os que fazem o mal odeiam a luz e fogem dela, para que ninguém veja as coisas más que eles fazem. Mas os que vivem de acordo com a verdade procuram a luz, a fim de que possa ser visto claramente que as suas ações são feitas de acordo com a vontade de Deus.





MEDITANDO O EVANGELHO
Padre Antonio Queiroz

Deus enviou o seu Filho ao mundo para que o mundo seja salvo por ele.
Neste Evangelho, Jesus nos anuncia, na conversa com Nicodemos, uma grande e alegre notícia: “Deus enviou o seu Filho ao mundo para que o mundo seja salvo por ele”. E logo em seguida ele diz por que Deus fez isso: “Deus amou tanto o mundo, que deu o seu Filho unigênito”.
E o evangelista João vai dizer mais tarde, no início da narração da paixão e morte de Jesus: Jesus, “tendo amado os seus que estavam no mundo, amou-os até o fim”. Portanto, a Páscoa, para a qual estamos nos preparando, teve a sua origem no amor de Deus a nós. Como é bom sentir-se amado, amada, ainda mais se quem ama é o próprio Deus!
A segunda grande notícia do Evangelho de hoje é que a salvação de Deus não nos vêm automaticamente, mas depende da nossa fé, da nossa aceitação.
Para esclarecer, Jesus usa duas comparações. A primeira é da serpente de bronze que Moisés levantou em um pau, no deserto (Nm 21,4-9). O povo esta passando por uma região onde havia muitas cobras venenosas. Se alguém era picado, bastava olhar para a serpente de bronze que ficava curado. Jesus também foi levantado no madeiro da cruz. Quem crer nele é salvo e fica curado da picada da serpente infernal.
A outra comparação é com uma atitude humana que todos nós conhecemos: Quem pratica o mal foge da luz, isto é, não quer aparecer em público, para que suas obras não sejam descobertas. Já quem pratica o bem faz o contrário: aproxima-se da luz, para que suas obras sejam conhecidas. Jesus é esta luz. Os pecadores fogem dele, e os justos se aproximam dele.
“O julgamento é este: a luz veio ao mundo, mas os homens preferiram as trevas à luz, porque suas ações eram más.” Em outras palavras, é o próprio homem que se julga e se condena, ao praticar obras más. Pois essas obras o levam a recusar a Jesus e, consequentemente, a se condenar a si mesmo. Está aí a razão por que mataram a Jesus, e por que hoje milhões de pessoas não o seguem: é porque suas ações são más.
“Quem nele crê, não é condenado, mas quem não crê, já está condenado.” Portanto, o nosso julgamento não vai acontecer no juízo final; lá ele será apenas confirmado. Somos nós que nos julgamos. É bom lembrar também que “a fé sem obras é morta. É como um corpo sem alma” (Tg 2,26). Está incluído nas obras da fé pertencer e ser fiel à Igreja una, santa, católica e apostólica.
Em outro discurso, Jesus repete a mesma coisa: “Quem acolhe e observa os meus mandamentos, esse me ama. Ora, quem me ama será amado por meu Pai, e eu o amarei e me manifestarei a ele (Jo 14,21). Está aí outra chave para entendermos a incredulidade do mundo: a quem não observa os mandamentos, Jesus não se manifesta. Por outro lado, a quem observa os mandamentos, Jesus se manifesta, isto é, lhe dá a graça da fé. A fé e a obediência aos mandamentos estão intimamente ligadas, a fé é fruto da obediência!
Está aí um forte convite a nós para um maior esforço de conversão nesta quaresma. O Documento de Aparecida dá um passo à frente, pedindo para ser “discípulos e missionários de Jesus Cristo, para que o povo tenha mais vida nele”.
Certa vez, uma senhora estava fazendo aniversário. Depois de cantar os parabéns, a sua filhinha de três aninhos, toda emocionada, entregou-lhe uma caixa bonita, enfeitada com papel de presente e lacinho.
A mãe abriu, mas ficou surpresa, porque não havia nada dentro. Então abraçou a menina e disse: “Filhinha, quando a gente dá um presente a alguém, não é só a caixa; precisamos colocar alguma coisa dentro!”
A garotinha ficou vermelha e disse: “Mas eu coloquei, mãe!” A mãe respondeu: “Filhinha, olhe a caixa, está vazia!” A menininha disse: “Mamãe, era uma surpresa; eu enchi a caixa de beijos para a senhora!”
“O essencial é invisível aos olhos” (Pequeno Príncipe). Nós também ganhamos de Deus um grande presente, chamado redenção. Dentro desta caixa, o principal nós não vemos, que é o amor de Deus, que deu origem a tudo, e permanece até hoje perfumando a nossa vida. Vamos dar também, para Deus e para o nosso próximo, uma caixinha de presente bem bonita.
O amor de Deus por nós está presente em cada objeto da natureza, e em nós mesmos, tanto no corpo como no espírito como na alma. Está presente também em tudo o que acontece conosco. Vamos abrir essas caixinhas, sentir esse amor, e sair distribuindo pelo mundo, como fez aquela garotinha. Fortalecidos por esses beijos de Deus, podemos vencer tudo, e encher o mundo de amor.
Campanha da fraternidade. Uma sociedade que supervaloriza o poder aquisitivo, acaba por se tornar uma sociedade de privilegiados. Isso se manifesta, no Brasil, no foro privilegiado, na prisão especial, na imunidade parlamentar... Se, por exemplo, duas pessoas praticam juntas um crime, e se uma delas possui curso superior, uma vai para uma dessas cadeias infectas de nosso País e a outra será acomodada em algum lugar “especial”.
Esses desvios, juntos com a impunidade, levam à multiplicação de ações criminosas que buscam a satisfação de interesses ilegítimos.
Quem não tem poder aquisitivo não goza de privilégios e fica à mercê de um poder judiciário desprovido de recursos, como a pessoa que furtou doze barras de chocolate em S. Paulo, foi condenada a seis meses de reclusão, para ser punida “de forma exemplar”. Já quem desviou milhões de verbas públicas escandalosamente tem oportunidade de se defender, de recorrer a várias instâncias.
Quem pratica tais ações, persegue de todas as formas as pessoas que, em defesa dos direitos comunitários ou por ação profética, opõem-se a seus projetos. Não hesita até em atentar contra a vida das pessoas, como ocorreu com a Irmã Dorothy Stang. Hoje há inúmeras pessoas que são ameaçadas, entre as quais vários bispos.
Maria Santíssima foi um presente de Deus a nós. “Existe um nome que consola a terra e que desterra da tristeza o véu, bem como a aurora que com luz brilhante, que fulgurante surge lá no céu. Oh! Nome bendito da Virgem Mãe, Maria! Por nós rogai!”
Deus enviou o seu Filho ao mundo para que o mundo seja salvo por ele.







MUNDO ANIMAL

Cães conseguem entender as intenções de seus donos

O que muita gente já tinha notado no cãozinho de estimação agora foi comprovado cientificamente: cachorros conseguem perceber a intenção dos donos quando eles dão os comandos. De acordo com o estudo, cães são receptivos a comunicação humana de uma forma que foi atribuída, anteriormente, apenas aos bebês.
Assim como os bebês de seis meses, os cachorros são sensíveis a deixas – que incluem o contato verbal e visual – que sinalizam a intenção de comunicação. “Concluímos no estudo que cães devem compreender alguns aspectos da comunicação humana e parece que a comunicação ostensiva de humanos facilita atitudes receptivas no cachorro (da mesma forma que em bebês da fase pré-verbal)”, disse ao iG, József Topál, do Instituto de Pesquisas Psicológicas da Academia de Ciências da Hungria e um dos autores do estudo publicado no periódico Current Biology.
Topál acredita que esta habilidade dos cães explica porque muitas pessoas tratam seus bichos de estimação como se fossem bebês. “As pessoas intuitivamente reconhecem que há uma relação funcional entre alguns aspectos na habilidade de comunicação de cães e bebês”, disse.
O estudo usou o mesmo método utilizado em pesquisas anteriores com bebês. Durante os testes, os cães assistiram a um vídeo de uma pessoa que se direcionou para um dos dois potes de plástico da cena enquanto um rastreador ocular capta a reação do cão. Num primeiro momento, a pessoa olhou diretamente para um dos potes, dizendo “oi, cão” com uma voz estridente. Depois, a pessoa fez o mesmo só que com entonação mais suave e sem contato visual. Os testes mostraram que os cachorros tendiam a olhar mais para o pote na primeira situação, quando a pessoa demonstrava a intenção de se comunicar.
De acordo com os pesquisadores, ainda não se sabe se os cães contam com caminhos semelhantes ao dos cérebro dos bebês para processar estas deixas. “Com o rastreamento ocular, tivemos uma primeira experiência sobre como a mente dos cães está trabalhando e processando os estímulos, levando em conta que a direção e o tempo do movimento do olho indica o interesse especial da mente”, disse. Topál pretende agora usar novas técnicas para poder aprofundar o processo mental dos cachorros.

Fonte: iG- Autor: Maria Fernanda Ziegler









MOMENTO DE REFLEXÃO

Um ermitão, uma destas pessoas que por amor a Deus se refugiam na solidão do deserto, do bosque ou das montanhas para dedicar-se somente à oração e à penitência, muitas vezes reclamava que tinha muito que fazer.
Perguntaram-lhe como era possível que em sua solidão tivesse tanto trabalho.
- Tenho que domar dois falcões, treinar duas águias, manter quietos dois coelhos, vigiar uma serpente, carregar um asno e sujeitar um leão.
- Não vemos nenhum animal perto do local onde vives.
Onde estão estes animais?
O ermitão então explicou:
- Estes animais todos os homens têm, vocês também...
Os dois falcões se lançam sobre tudo o que aparece, seja bom ou mau.
Tenho que domá-los para que só se fixem sobre uma boa presa.São meus olhos.
As duas águias ferem e destroçam com suas garras.
Tenho que treiná-las para que sejam úteis e ajudem sem ferir. São minhas mãos.
Os dois coelhos querem ir onde lhes agrada, fugindo dos demais e esquivando-se das dificuldades. Tenho que ensinar-lhes a ficarem quietos mesmo que seja penoso, problemático ou desagradável. São meus pés.
O mais difícil é vigiar a serpente, apesar dela estar presa numa jaula de 32 barras.
Está sempre pronta para morder e envenenar os que a rodeiam, mal se abre a jaula. Se não a vigio de perto, causa danos. É minha língua.
O burro é muito obstinado, não quer cumprir com suas obrigações. Alega estar cansado e se recusa a transportar a carga de cada dia.É meu corpo.
Finalmente, preciso domar o leão. Quer ser o rei, o mais importante; é vaidoso e orgulhoso. É meu coração.
Portanto, há muito que fazer...




Nenhum comentário:

Postar um comentário