Páginas


(clique abaixo para ouvir a música)

LITURGIA DIÁRIA

LITURGIA DIÁRIA - REFLEXÕES E COMENTÁRIOS

Diário de Domingo 18/09/2011




Domingo, 18 de setembro de 2011


‎"As coisas podem chegar àqueles que esperam, mas serão apenas as coisas deixadas para trás por aqueles que agem" (Abraham Lincoln)





EVANGELHO DE HOJE
Mt 20,1-16a


Jesus disse:
- O Reino do Céu é como o dono de uma plantação de uvas que saiu de manhã bem cedo para contratar trabalhadores para a sua plantação. Ele combinou com eles o salário de costume, isto é, uma moeda de prata por dia, e mandou que fossem trabalhar na sua plantação. Às nove horas, saiu outra vez, foi até a praça do mercado e viu ali alguns homens que não estavam fazendo nada. Então disse: "Vão vocês também trabalhar na minha plantação de uvas, e eu pagarei o que for justo."
- E eles foram. Ao meio-dia e às três horas da tarde o dono da plantação fez a mesma coisa com outros trabalhadores. Eram quase cinco horas da tarde quando ele voltou à praça. Viu outros homens que ainda estavam ali e perguntou: "Por que vocês estão o dia todo aqui sem fazer nada?"
- "É porque ninguém nos contratou!" - responderam eles.
- Então ele disse: "Vão vocês também trabalhar na minha plantação."
- No fim do dia, ele disse ao administrador: "Chame os trabalhadores e faça o pagamento, começando com os que foram contratados por último e terminando pelos primeiros."
- Os homens que começaram a trabalhar às cinco horas da tarde receberam uma moeda de prata cada um. Então os primeiros que tinham sido contratados pensaram que iam receber mais; porém eles também receberam uma moeda de prata cada um. Pegaram o dinheiro e começaram a resmungar contra o patrão, dizendo: "Estes homens que foram contratados por último trabalharam somente uma hora, mas nós agüentamos o dia todo debaixo deste sol quente. No entanto, o pagamento deles foi igual ao nosso!"
- Aí o dono disse a um deles: "Escute, amigo! Eu não fui injusto com você. Você não concordou em trabalhar o dia todo por uma moeda de prata? Pegue o seu pagamento e vá embora. Pois eu quero dar a este homem, que foi contratado por último, o mesmo que dei a você. Por acaso não tenho o direito de fazer o que quero com o meu próprio dinheiro? Ou você está com inveja somente porque fui bom para ele?"
E Jesus terminou, dizendo:
- Assim, aqueles que são os primeiros serão os últimos.







MEDITANDO O EVANGELHO
Padre Antonio Queiroz

Ou estás com inveja, porque estou sendo bom?

Neste Evangelho, Jesus nos conta a parábola dos trabalhadores esperando na praça. O patrão é Deus; Os trabalhadores somos nós; a vinha é o Reino de Deus. A parábola se refere, ao mesmo tempo, aos dois aspectos: Aos direitos trabalhistas e à nossa atuação, como cristãos, no Reino de Deus. No procedimento do patrão está o procedimento de Deus para conosco, e também o nosso procedimento correto uns com os outros.
O patrão “saiu de madrugada para contratar trabalhadores”. Deus não perde tempo, e nós também não podemos perder. Deus não quer o desemprego. Quer que todos trabalhem. Ele não quer ver ninguém parado na praça.
“Combinou com OS trabalhadores uma moeda de prata por dia.” Era o salário justo na época. Os trabalhadores têm direito à remuneração justa.
“Saiu outra vez pelas cinco horas DA tarde, encontrou outros que estavam na praça e lhes disse: Por que estais aí o dia inteiro desocupados? Else responderam: Porque ninguém nos contratou”. O desemprego deles era culpa, não deles, mas DA sociedade que não lhes dava oportunidades de trabalho. Mas, tanto else como seus familiares, precisavam comer, do mesmo modo que aqueles que foram contratados de manhã. Ao pagar o salário, o patrão deve considerar também essa parte: aquilo que o trabalhador e sua família precisam para viver.
“Quando chegou a tarde, o patrão disse ao administrador: Chama os trabalhadores e paga-lhes uma diária a todos, começando pelos últimos até os primeiros”. Esta decisão é o coração da parábola. Aí está a diferença entre a justiça do Reino de Deus e a “justiça” do reino do Dragão (Cf Ap 12). Na justiça do Dragão, cada um recebe pelo que produziu, sem levar em conta as necessidades do trabalhador, nem os motivos pelos quais as pessoas estavam desempregadas. No Reino de Deus é o contrário: Todos têm direito à vida, tanto os empregados como os desempregados. E, se os desempregados têm esse direito, ajudá-Los não é um favor, uma esmola, mas uma obrigação nossa.
Quanto àqueles que o patrão encontrou na praça às cinco horas DA tarde, OS motivos do atraso não foram apresentados. Mas, sejam quais forem, estes também têm, assim como suas famílias, as necessidades de todo ser humano: alimentação, vestuário, saúde etc. E mais: o mundo pecador, que leva em conta só a produtividade, marginaliza-OS. Por isso no Reino de Deus else são colocados em primeiro lugar.
Nesta parábola está a chave para entendermos o plano de Deus a respeito do trabalho e toda a questão trabalhista. O mais importante não é o que a pessoa produz, mas a própria pessoa que trabalha.
Lei fundamental na questão do salário é a igualdade, pois todos temos o estômago do mesmo tamanho. Se a diferença entre o salário dos trabalhadores é muito Grande, está havendo injustiça, pois perante Deus nós somos todos iguais.
“Em seguida, vieram OS que foram contratador primeiro, e pensavam que iam receber mais.” É o protesto dos egoístas, daqueles que só pensam em si, esquecendo-se dos demais. Veja que o que eles acham errado não é o salário deles, que sabiam que inclusive foi combinado antes com o patrão, mas a igualdade de tratamento usada pelo patrão. Por isso que o patrão OS chama de invejosos. Cada vez que alguém quer aumentar o próprio salário sem levar em conta aqueles que ganham menos, está sendo como essa turma, isto é, está contra o plano de Deus!
E Jesus termina a parábola apresentando a lei geral do Reino de Deus: “Os últimos serão OS primeiros, e OS primeiros serão OS últimos”. Em outras palavras, no Reino de Deus OS últimos DA sociedade são colocados em primeiro lugar, e OS primeiros DA sociedade são colocados em último lugar. Só quem age desse modo entra no céu.
“Se a vossa justiça não for maior que a dos escribas e dos fariseus, não entrareis no Reino dos Céus” (Mt 5,20). A justiça do mundo nem sempre coloca a pessoa humana em primeiro lugar.
“Construirão casas e nelas habitarão. Plantarão vinhas e comerão seus frutos. Ninguém construirá para outro morar, nem plantará para outro comer. E a vida do meu povo será longa como a das árvores. Meus escolhidos poderão gastar o que suas mãos fabricarem” (Is 52,21-22).
“No princípio, Deus criou o céu e a terra. A terra estava sem forma e vazia; as trevas cobriam o abismo... Deus disse: Que exista a luz!... Então Deus disse: Façamos o homem à nossa imagem e semelhança. Que ele domine OS peixes do mar, as aves do céu... E Deus viu que tudo o que havia criado era muito bom. Foi o sexto dia. No sétimo dia Deus terminou o seu trabalho e descansou. Então Deus abençoou e santificou o sétimo dia, porque nele, descansou do seu trabalho” (Gn 1,1-2,3). Pelo trabalho, continuamos a obra de Deus na criação do mundo. Deus trabalha e nos manda trabalhar também, mas sempre dentro do seu plano amoroso.
Certa vez, um empregado chegou para o seu patrão e disse: “É melhor o senhor me dar um aumento de salário”. O patrão perguntou: “Por quê?” O empregado respondeu: “É porque há várias empresas atrás de mim”. O patrão, com um ar muito desconfiado, perguntou: “Quais são essas empresas?” O empregado respondeu: “As empresas são as de água, de luz, de telefone, de cobranças...”
Esse patrão foi convidado a olhar também o lado das necessidades do seu empregado, não apenas a produtividade dele.
Maria Santíssima era uma mulher trabalhadeira. Nas Bodas de Caná, tudo indica que ela, apesar de simples convidada, estava ajudando a servir. Que ela nos ajude a agir corretamente no vasto mundo do trabalho humano.
Ou estás com inveja, porque estou sendo bom?









VÍDEO DA SEMANA

Como cuidar de um pesadelo infantil.

Diariamente aprendemos com a natureza e principalmente com os animais.  Veja esse exemplo:







MUNDO ANIMAL

Cão ajuda vítima de estupro a testemunhar em tribunal de Nova York.
Apoio de cachorros a testemunhas cria debate no meio jurídico sobre permissão a esse tipo de ajuda em Estados americanos
The New York Times | 10/08/2011



Rosie, o primeiro cão de tribunal aprovado judicialmente em Nova York, estava no banco das testemunhas ao lado de uma menina de 15 anos que testemunhava que seu pai a havia estuprada e engravidado. Rosie estava aos pés da adolescente. Nos piores momentos, ele inclinava-se sobre a jovem.
Quando o julgamento terminou em junho, com a condenação do pai, a adolescente estava "muito grata a Rosie, principalmente", disse David A. Crenshaw, um psicólogo que trabalha com a adolescente. "Ela abraçava Rosie sem parar".
Agora um apelo planejado pelos advogados de defesa quer colocar a Rosie no centro de um debate jurídico que irá testar se haverá cachorros como ela em salas de audiência em Nova York e, possivelmente, outros Estados americanos.
Rosie é uma cachorra de terapia da raça golden retriever que se especializa em dar conforto a pessoas que passam por momentos de forte estresse. Ambos os procuradores e advogados de defesa a descrevem como um animal adorável, embora ela babe um pouco. O Ministério Público local também ressalta que ela está na vanguarda de uma tendência crescente durante os julgamentos: no Arizona, Havaí, Indiana, Idaho e alguns outros Estados nos últimos anos, os tribunais têm permitido tais cães treinados para oferecer às crianças e outras testemunhas vulneráveis consolo diante do júri.
O novo papel para os cães como facilitadores do testemunho pode gerar problemas jurídicos, no entanto, com os advogados de defesa argumentando que os cães podem influenciar de forma injusta nos jurados com sua graciosidade e empatia natural – não importando se a testemunha está dizendo a verdade ou não. Alguns promotores insistem ainda que os cães de tribunal podem ser um conforto fundamental para que as testemunhas consigam suportar a provação de falar sobre um trauma, especialmente crianças.

Origem

Esse tipo de apoio à testemunha dos cães teve início em 2003 em alguns Estados americanos quando um cachorro chamado Jeeter pode ajudar em um caso de agressão sexual, em Seattle. "Às vezes o cão significa a diferença entre uma condenação e uma absolvição", disse Ellen O'Neill-Stephens, promotora de Seattle que se tornou ativista pela causa dos cachorros de tribunal.
Cães guia e outros animais têm permissão para atuar em tribunais. Mas em uma decisão em junho que permitiu que Rosie acompanhasse a vítima de estupro no julgamento, Stephen L. Greller, juiz do condado de Dutchess, disse que a adolescente estava traumatizada e o réu, Victor Tohom, parecia ameaçador. Embora não haja precedente no Estado, Greller decidiu que Rosie era semelhante ao urso de pelúcia que um estado de Nova York permitiu acompanhar uma criança testemunha em 1994.
Pelo menos uma vez quando a adolescente hesitou no tribunal de Greller, Rosie levantou e pareceu empurrar a menina delicadamente com o nariz. Tohom foi condenado e sentenciado de 25 anos à prisão perpétua.
Seus defensores públicos, David S. Martin e Steven W. Levine, têm levantado uma série de objeções que podem levar o caso a mais alta corte de Nova York. Eles argumentam que, como um cão de terapia, Rosie responde a pessoas sob estresse, confortando-as, seja o estresse por enfrentar um réu culpado ou por mentir sob juramento.



                                                                                           



MOMENTO DE REFLEXÃO


A jovem cantou ao microfone : "Jesus é tudo pra mim" A seguir cantou "Quero amar somente a Ti". O sacerdote disse, no sermão da mesma missa, que São Tomé exclamou diante de Jesus "Meu Deus e meu tudo".
O advogado católico, atento à celebração, porque também fizera um curso de catequese e lia teologia, foi à sacristia e fez o padre ver que houve três desvios doutrinários numa só celebração. O padre não o levou a sério. Não sabendo quem era o fiel, brincou com ele, dizendo que o advogado cuidasse das leis que ele cuidaria da teologia. Não disse nada à cantora e não se corrigiu.
Incomodado com a resposta, o advogado foi ao bispo. O bispo tomou providências. Chamou o padre e exigiu que se retratasse perante o leigo. Este fizera a coisa certa. De fato, Tomé não dissera "meu Deus e meu tudo" e não se podia mudar o texto bíblico a bel prazer. Quanto às canções, elas teriam que ser mudadas, ou não se cantasse mais nenhuma das duas, porque estavam propondo doutrina que não cabe no catecismo. Ao cantar que Jesus é "tudo" incluiu coisas que Jesus não é. Jesus não é pecado, nem é violência, nem é mentira. Metáforas têm limite. Jesus não é tudo o que se conhece.
Ao cantar que queria amar somente a Deus, ignorou o cerne da fé cristã, que consiste em amarmos a Deus em primeiro e ao próximo como a nós mesmos. O próprio bispo sugeriu que se mudasse a letra para "dá-me amor imenso a Ti".
O pregador pediu desculpas, corrigiu-se numa outra pregação, propôs mudanças na canção e, desde aquele dia, entendeu que não era o dono nem da missa, nem da pregação nem da teologia. O advogado tinha, sim, o direito de reagir quando alguém ensinasse ou cantasse coisas dúbias durante a missa. Há dezenas de canções ensinando erros nas nossas celebrações. Precisam ser corrigidas. Não se pode deixar como está para ver como é que fica! Não somos donos da canção nem da liturgia. Afirmação teológica, quando se erra, corrige-se com humildade.


Pe Zezinho scj







Clique aqui para fazer seus comentários 
ou inscrever-se e receber nossos Diários 
em sua caixa de e-mail.


TAGS: EVANGELHO, LITURGIA DIÁRIA, COMENTÁRIO DO EVANGELHO DO DIA, REFLEXÕES DO EVANGELHO DO DIA, MOTIVAÇÃO NO TRABALHO, VIDA SAUDÁVEL, CURIOSIDADES, MEIO AMBIENTE, DICAS DE SAÚDE, CASA,LAR,FAMÍLIA, VÍDEOS, MUNDO ANIMAL.


Nenhum comentário:

Postar um comentário