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LITURGIA DIÁRIA

LITURGIA DIÁRIA - REFLEXÕES E COMENTÁRIOS

Diário de Terça-feira 22/11/2016


Terça-feira, 22 de novembro de 2016


“Muitas vezes o problema é sério, mas a solução pode ser muito simples.  Há uma grande diferença entre foco no problema e foco na solução. Concentre-se na solução ao invés de ficar pensando no problema!”






EVANGELHO DE HOJE
 Lc 21,5-11


— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.­
— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo, + segundo Lucas.
— Glória a vós, Senhor!


Algumas pessoas estavam falando de como o Templo era enfeitado com bonitas pedras e com as coisas que tinham sido dadas como ofertas. Então Jesus disse:
- Chegará o dia em que tudo isso que vocês estão vendo será destruído. E não ficará uma pedra em cima da outra.
Aí eles perguntaram:
- Mestre, quando será isso? Que sinal haverá para mostrar quando é que isso vai acontecer?
Jesus respondeu:
- Tomem cuidado para que ninguém engane vocês. Porque muitos vão aparecer fingindo ser eu, dizendo: "Eu sou o Messias" ou "Já chegou o tempo". Porém não sigam essa gente. Não tenham medo quando ouvirem falar de guerras e de revoluções. Pois é preciso que essas coisas aconteçam primeiro. Mas isso não quer dizer que o fim esteja perto.
E continuou:
- Uma nação vai guerrear contra outra, e um país atacará outro. Em vários lugares haverá grandes tremores de terra, falta de alimentos e epidemias. Acontecerão coisas terríveis, e grandes sinais serão vistos no céu.



Palavra da Salvação
Glória a vós Senhor.








MEDITAÇÃO DO EVANGELHO
Padre Antonio Queiroz



Não ficará pedra sobre pedra.
Este Evangelho conta que, aproveitando alguns comentários sobre a beleza do Templo de Jerusalém, Jesus lembra que este Templo será destruído: “Vós admirais estas coisas? Dias virão em que não ficará pedra sobre pedra”. De fato, trinta anos após este discurso, o exército romano invadiu Jerusalém e destruiu completamente o Templo. O Templo será destruído porque não aceitou o enviado de Deus, o Messias.
Mas o sentido que Jesus quis dar vai além do Templo; atinge tudo o que pertence a este mundo. Tudo o que é da terra é passageiro. Não podemos nos apegar demais às coisas deste mundo, dando valor absoluto ao que é relativo, ou considerando definitivo o que é provisório. Quanta imprudência cometemos por nos esquecermos de que esta vida passa!
“Mas não será logo o fim.” Jesus quer dizer também que a destruição de Jerusalém e do Templo não será ainda o fim dos tempos. Isso porque muitos judeus associavam a destruição da Cidade Santa e principalmente do Templo, com o fim dos tempos. A vida vai continuar, diz ele, e os seus discípulos ainda deverão continuar cumprindo a sua missão, sem perder a esperança. A nossa esperança deve ser ilimitada e humilde. Não vamos marcar tempo para Deus agir, nem determinar o modo para ele agir. Ele sabe melhor que nós o momento certo de interferir na História humana e como fazer isso.
A aparente demora de Deus não significa que ele está nos abandonando. Pelo contrário, é sinal de paciência dele, esperando a nossa conversão. Ele espera que a humanidade vá amadurecendo, ao enfrentar problemas cada vez mais complexos.
“Quando ouvirdes falar em guerras e revoluções.” As guerras e a destruição da natureza são uma herança do pecado, e não sinal do fim dos tempos.
“Não fiqueis apavorados.” No fundo, o que Jesus quis com esse discurso foi dar-nos paz, em meio às turbulências do mundo.
“Cuidado para não serdes enganados.” Em meio às crises, sempre surgem falsos profetas dizendo: “Sou eu”, ou: “O tempo está próximo”. Jesus alerta: “Não sigais essa gente!” antes do ano 2000, havia os milenaristas que diziam: “De um passará, mas dois não chegará”. Depois que isso não aconteceu, sempre surgem adventistas que querem marcar datas para o fim dos tempos.
O Templo de Jerusalém, na sua primeira construção feita pelo rei Salomão, tinha colunas de alabastro, firmes como o granito, mas tão transparentes em sua pureza que a própria luz lhes transpassava. Algumas dessas colunas foram transportadas para a Itália e estão hoje na catedral de S. Marcos, em Veneza.
“Vós, como pedras vivas, formai um edifício espiritual, um sacerdócio santo, a fim de oferecerdes sacrifícios espirituais agradáveis a Deus” (1Pd 2,5). Que nós sejamos como aqueles colunas de alabastro, sustentando a nossa família e a nossa Comunidade cristã. Que sejamos fortes na fé, alegres na esperança, dinâmicos no amor e transparentes na verdade.
Maria Santíssima é, entre os santos, como uma pedra de brilhante. Ela nunca deu ouvido a falsos profetas, pois conhecia profundamente a Lei de Deus e a seguia. Mãe de Jesus e nossa, rogai por nós!
Não ficará pedra sobre pedra.








C0MPORTAMENTO


Ser humilde não é ser submisso!



Enquanto a humildade é caracterizada por uma forte aceitação de si e dos demais como seres com o mesmo valor, a submissão é marcada pela rejeição de si mesmo e uma supervalorização do outro.

Às vezes, confundimos as coisas e achamos, por exemplo, que ser humilde é a mesma coisa que ser submisso. Mas não, não é, mesmo que ambas as palavras sejam frequentemente empregadas como sinônimos.

Uma pessoa humilde não busca ficar no centro das atenções, não por medo ou timidez, não por se sentir inferior, mas por entender que isso não é importante, por saber que ninguém precisa estar no centro para ser centrado. E a pessoa humilde pode até abrir mão de expressar sua própria opinião, não por achar que ela não tenha valor, mas por entender que o que ela pensa, naquele momento, talvez não seja tão importante ou por perceber em certas situações que é mais prudente se calar.

Ser humilde é ser modesto e ter consciência das próprias limitações, é aceitar-se e aceitar os outros e viver de forma simples, natural e despretensiosa, sem vaidade, sem se corromper por valores estranhos e compreendendo que não é melhor que ninguém. Sim, ser humilde é principalmente isso: compreender que não se é melhor que ninguém, pois ninguém neste mundo é melhor que ninguém. Então, a pessoa humilde sabe que também o outro, qualquer outro, não é melhor que ela. E aqui está a principal diferença entre a humildade e a submissão.

A pessoa submissa não se valoriza, acredita não ter os mesmos direitos que (determinadas) outras pessoas, acha-se fraca perante aqueles que vê como mais fortes, permite ser desprezada porque ela mesma se despreza e abre muitas vezes mão de seu lugar neste mundo por se sentir inferior, por acreditar ser alguém de segunda categoria.

Enquanto a humildade é caracterizada por uma forte aceitação de si e dos demais como seres com o mesmo valor, a submissão é marcada pela rejeição de si mesmo e uma supervalorização do outro. Enquanto, então, a humildade é o gesto de amor próprio e ao próximo, a submissão é um gesto de negação de si mesmo, de alguém que não se ama e não se respeita.

Ao ter consciência das próprias limitações, a pessoa humilde sabe também onde estão os limites do outro, não permitindo que ele vá longe demais e não aceitando ser menosprezada, maltratada, humilhada por ninguém. Já a pessoa submissa não conhece esses limites ou talvez até conheça, mas não acredita ter o direito de impô-los, aceitando o menosprezo, os maus-tratos e a humilhação, submetendo-se até mesmo a um rebaixamento moral.

Portanto, está enganado quem acredita que está sendo humilde ao aceitar ser pisado por quem quer que seja, pois isso nada tem a ver com humildade. Isso é submissão.

Outra diferença entre as duas coisas é que a pessoa humilde é humilde sempre, independentemente da pessoa com quem interage. Ela será humilde ao falar com o chefe, com o prefeito, com o Presidente da República e será igualmente humilde ao falar com um empregado, com o zelador do prédio ou com o desabrigado que lhe pede esmola na rua. Novamente: ela entende que todas as pessoas (todas mesmo!) têm o mesmo valor. Já a pessoa submissa costuma se rebaixar diante daqueles que acredita que são mais fortes que ela, mas tenta humilhar alguém que acredite ser mais fraco. Ela aceitará então ser maltratada por seu chefe, mas maltratará o zelador do prédio ou qualquer um que julgue ser inferior.

Para mim, humildade é uma virtude, que devemos incentivar e alimentar. Já a submissão é um desvio, um defeito que precisamos corrigir o mais rápido possível. A humildade liberta, a submissão aprisiona.

Devemos sim nos sentir pequenos, pois somos pequenos, mas diante da criação, do universo, da vida. Mas jamais devemos nos diminuir perante qualquer outra pessoa, já que, na essência, somos todos iguais.









MOMENTO DE REFLEXÃO



Acalme meu passo Senhor

Desacelere as batidas do meu coração, acalmando minha mente.
 Diminua meu ritmo apressado com uma visão de eternidade do tempo.
 Em meio às confusões do dia, dê-me a tranquilidade das montanhas.
 Retire a tensão dos meus músculos e nervos com a música tranquilizante dos rios de águas constantes que vivem em minhas lembranças.
 Ajude-me a conhecer o poder mágico e reparador do sono.
Ensina-me a arte de tirar pequenas férias, reduzir meu ritmo para contemplar uma flor, papear com um amigo, afagar uma criança, ler um poema, ouvir minha música preferida.
 Acalme meu passo, Senhor...para que eu possa perceber no meio do incessante labor cotidiano dos ruídos, lutas, alegrias, cansaços ou desalentos, a Tua presença constante no meu coração.
Acalme meu passo, Senhor...para que eu possa entoar o cântico da esperança, sorrir para o meu próximo e calar-me para escutar Tua voz.
Acalme meu passo, Senhor...e inspire-me a enterrar minhas raízes no solo dos valores duradouros da vida, para que eu possa crescer até as estrelas do meu destino maior.
Obrigada, Senhor, pelo dia de hoje, pela família que me destes, pelo meu trabalho, pelos meus amigos e, sobretudo, pela Tua presença em minha vida.

AMÉM






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