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LITURGIA DIÁRIA

LITURGIA DIÁRIA - REFLEXÕES E COMENTÁRIOS

Diário de Segunda-feira, 21/11/2016


Segunda-feira, 21 de novembro de 2016


“O importante da educação é o conhecimento não dos fatos, mas dos valores."
(Dean William R. Inge)*




EVANGELHO DE HOJE
Lc 21,1-4

— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.­
— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo, + segundo Lucas.
— Glória a vós, Senhor!


Naquele tempo, 1Jesus ergueu os olhos e viu pessoas ricas depositando ofertas no tesouro do Templo. 2Viu também uma pobre viúva que depositou duas pequenas moedas. 3Diante disso, ele disse: “Em verdade vos digo que essa pobre viúva ofertou mais do que todos. 4Pois todos eles depositaram, como oferta feita a Deus, aquilo que lhes sobrava. Mas a viúva, na sua pobreza, ofertou tudo quanto tinha para viver”.


Palavra da Salvação
Glória a vós Senhor.






MEDITAÇÃO DO EVANGELHO
Padre Antonio Queiroz


Viu também uma pobre viúva que depositou duas pequenas moedas.
Este Evangelho narra a cena da viúva oferecendo a Deus duas moedinhas de pouquíssimo valor, ao lado de pessoas ricas que ofereciam grandes quantias. Jesus explica que ela ofereceu mais do que todos, porque ela deu tudo quanto tinha para viver, enquanto os ricos ofereciam o que lhes sobrava.
Atrás do mesmo gesto, nós temos dois procedimentos bem diferentes:
- A viúva ofereceu tudo quanto tinha para viver, mas nem pensou nisso. Quem se dirigia pelo amor a Deus, não se preocupa muito consigo mesmo, porque sabe que Deus é Pai e cuida dos seus filhos e filhas. E a segurança oferecida pelo amor a Deus é muito maior do que a oferecida pelo dinheiro.
- As pessoas ricas ofereciam aquilo que lhes sobrava. Isso significa que elas colocavam a sua segurança no dinheiro, e calcularam antes, a fim de só oferecer a Deus o que não lhes ia fazer falta. Em outras palavras, elas davam a Deus o supérfluo. Por isso que os ricos são ricos.
E o resultado estamos vendo no dia-a-dia: pessoas morrendo de fome ao lado de supermercados abarrotados de alimentos; pessoas sem atendimento médico ao lado de hospitais de luxo cheios de leitos vazios, e de médicos e enfermeiras sem fazer nada...
Por outro lado, vemos esta mesma sociedade tentando resolver o problema da violência e não conseguindo, tentando resolver o problema das drogas e não conseguindo...
Podemos nos perguntar: A viúva foi imprudente? É certo alguém fazer isso que ela fez, dar tudo o que possui para viver? É certo ajudarmos um necessitado, usando para isso um tempo não livre, ou um bem do qual vamos precisar?
Aquela outra viúva, a de Sarepta (1Rs 17,8-17), deixou para nós um exemplo parecido: deu tudo o que tinha para matar a fome de um peregrino, e depois e nada lhe faltou.
A parábola do bom samaritano (Lc 10,25-37) também vai na mesma linha. O samaritano não calculou nada, quando desceu do seu cavalo e socorreu o ferido que viu na beira da estrada.
Todo gesto de amor verdadeiro inclui a doação da nossa vida. Do contrário, é egoísmo disfarçado em amor. Até um simples dar uma moeda ao mendigo que nos pede na rua, só será amor verdadeiro se estiver embutido no gesto uma entrega total de nós mesmos ao serviço daquele mendigo, se isto for necessário para fazê-lo feliz.
Na quinta-feira santa, Jesus apresentou esse novo jeito de amar, como o seu mandamento. “Ninguém tem maior amor do que aquele que dá a vida por seu amigo”. Ele deu o exemplo, morrendo por nós.
Aquela viúva certamente tinha alegria, ao passo que os outros estavam tensos e tristes. É o que acontece quando seguimos e quando não seguimos o plano de Deus.
Havia, certa vez, um homem que era inseguro e vivia com medo de tudo e de todos. Não conseguia mais nem sair na rua. Então contratou seguranças particulares. No começo apenas um por período, depois dois, três... chegou a formar um exército de seguranças, mas o seu medo continuava. Ainda mais que algumas pessoas riam dele quando passava na rua, cercado de tantos seguranças.
Mas agora, o que fazer? Mandar esses seguranças embora? Se com eles o problema não se resolveu, imagine sem eles! E o homem continuou insegura, cercado de guardas por todos os lados.
A segurança que o dinheiro e a riqueza nos oferecem, é frágil, tem os pés de barro e pode cair e se quebrar a qualquer hora. Já a segurança baseada na confiança em Deus, aquela que tinha a viúva, é sólida e nos faz andar pela vida, até enfrentando perigos, de cabeça erguida e felizes.
Também Maria Santíssima, quando foi ajudar Santa Isabel, não calculou muito. Se tivesse calculado, certamente não teria ficado três meses na casa da prima, já que ela também estava grávida, e do próprio Messias. Também na cruz, Maria não calculou muito, pois correu risco, ficando ali de pé, junto do Filho, de ser também condenada por ser mãe do “criminoso” e o apoiar. Que Nossa Senhora nos ajude a imitarmos a viúva que Jesus nos apresentou como modelo.
Viu também uma pobre viúva que depositou duas pequenas moedas.







MOTIVAÇÃO NO TRABALHO


Desejo de status
Escrito por Luiz Marins



Outro dia fui repreendido por uma advogada porque não a chamei de Doutora. Um amigo me contou que ficou esperando duas horas para que lhe fosse entregue um cheque que estava pronto sobre a mesa de um diretor. Ao entregá-lo a secretária lhe disse: O cheque está pronto há muito tempo. É que o meu diretor gosta de deixar as pessoas esperando para se fazer de importante. Um agente de viagens me contou que há clientes que fazem absoluta questão de sentar no primeiro assento do avião, pois acham que sentar no primeiro assento é questão de status. Numa oficina, um mecânico me disse que o Dr. Fulano não aceita esperar um minuto sequer. A mesma coisa ouvi de um frentista de posto de gasolina: Aquela mulher não suporta esperar que atendamos outra pessoa em sua frente. Ela quer que a gente pare de atender a outra pessoa para atendê-la. Maitres e garçons ficam abismados de ver que há clientes que não vão ao restaurante se a sua mesa estiver ocupada. Uns assistem uma palestra sobre vinhos e se acham os maiores especialistas em enologia, ensinando o sommelier. Outros fazem questão absoluta de serem atendidos pelo dono do restaurante e não por garçons. Alguns não admitem que seu carrão vá para o estacionamento. Exigem que ele fique estacionado defronte ao restaurante - mesmo que não haja vagas. Tal hóspede só fica na suíte 206. Se ela estiver ocupada ele fica uma fera, disse-me o gerente do hotel...O presidente só toma café nesta xícara, confidenciou-me a copeira da empresa. Quando a anterior quebrou não encontramos no Brasil. Daí um diretor trouxe outra igual da França....
Esta lista de exigências não teria fim se quiséssemos esgotá-la. Por que certas pessoas sentem tanto desejo e mesmo necessidade de status?
Alain de Botton, um filósofo contemporâneo, estuda esse desejo tão exacerbado nos dias atuais em seu livro que leva o nome desta mensagem: Desejo de Status (Editora Rocco, 2004). O autor analisa o esnobismo contemporâneo como forma de vencer o anonimato e a falta de conteúdo das pessoas neste mundo de aparências em que vivemos. Vale a pena ler.
O mundo já está complicado demais para que as pessoas ainda vivam buscando status. Pessoas esnobes, desejosas de deferências e rapa-pés parecem não compreender que estamos no século XXI e não no XIX. Fico impressionado ao ouvir relatos de pessoas que fazem exigências absurdas, atendimentos especiais, mesas únicas. Geralmente são pessoas de origem humilde que necessitam dessas exigências e até da arrogância, para mostrar a sua importância, já que elas próprias, pouca importância se dão, dizem os psicólogos e filósofos que tratam do assunto.
Veja se você não está sendo vítima de um desejo exagerado de status e fazendo exigências descabidas de serviços e atenções, tornando-se arrogante e esnobe. Faça uma auto-análise antes de cair no ridículo e ser motivo de chacota das pessoas que lhe atendem e servem, mas riem de sua insegurança assim que você deixa o ambiente, crente que está abafando.
 Pense nisso. Sucesso!






MOMENTO DE REFLEXÃO


Como conhecer o Amazonas


Certa vez, um senhor decidiu conhecer o Amazonas. Entrou em igarapés, andou pelas florestas, viu todo tipo de animais, lagos, o povo ribeirinho, os peixes pulando acima da água... Isso da foz até a nascente do grande rio. Depois voltou para a sua pequena cidade. O povo o aguardava ansioso para conhecer tudo sobre o Amazonas.

Entretanto, com que termos podia ele exprimir todos os sentimentos que inundaram seu coração, quando viu, na mata, aquelas flores de beleza e perfume inexprimíveis? Quando ele ouvia, à noite, os sons da selva? Como contar seus medos e ansiedades ante a ameaça das feras e dos rios que ele, em frágil canoa, navegava?

Então o homem lhes deu um mapa do Amazonas, pedindo a todos que fizessem a mesma experiência que ele. O mapa continha as cascatas, os afluentes, as correntes cristalinas, a floresta... Mas as pessoas pegaram o mapa e fizeram cópias para todos os interessados em conhecer o Amazonas. Com isso pensavam que já conheciam o grandioso rio.

E o pobre explorador arrependeu-se de, um dia, lhes ter dado aquele mapa, porque, na verdade, ninguém passou a conhecer o grandioso Amazonas.

Para uma pessoa que nunca degustou uma maçã, não adianta você descrever o gosto dela. É preciso comê-la. O mesmo acontece com a fé cristã e a experiência de Deus. Que tenhamos coragem de arriscar e entrar nesse maravilhoso rio, afim de conhecê-lo tal como é.

(Fonte: Anthony de Mello)





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