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LITURGIA DIÁRIA

LITURGIA DIÁRIA - REFLEXÕES E COMENTÁRIOS

Diário de Quinta-feira 22/10/2015


Quinta-feira, 22 de outubro de 2015


“Viver é a única coisa que não dá para deixar para depois.”



EVANGELHO DE HOJE
Lc 12,49-53

— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo, + segundo Lucas.
— Glória a vós, Senhor!


Fogo eu vim lançar sobre a terra, e como gostaria que já estivesse aceso! Um batismo eu devo receber, e como estou ansioso até que isto se cumpra! Pensais que eu vim trazer a paz à terra? Pelo contrário, eu vos digo, vim trazer a divisão. Pois daqui em diante, numa família de cinco pessoas, três ficarão divididas contra duas e duas contra três; ficarão divididos: pai contra filho e filho contra pai; mãe contra filha e filha contra mãe; sogra conta nora e nora contra sogra.



Palavra da Salvação
Glória a vós Senhor







MEDITAÇÃO DO EVANGELHO
Alexandre Soledade



Bom dia!

Ôh verdade que dói! Sabemos o que é certo, mas por que é que não fazemos?

Existem problemas que se iniciam dentro de nós mesmos, mas não conseguimos (ou não queremos) identificá-los. Repito, sabemos qual seria a melhor medida, mas não conseguimos seguir. Imaginemos esse exemplo:

“Trabalho, estudo, vivo em comunidade, mas não consigo me relacionar adequadamente com pessoas que me cercam; Não me permito me mostrar por completo (sem máscaras) para os outros; Não consigo ouvir ou aceitar opiniões e sentimentos diferentes do meu, pois me sinto mais seguro (a) quando minhas opiniões, desejos, expectativas, percepções, sentimentos e emoções prevalecem; sou um (a) líder nato (a), pois exerço controle sobre mim e/ou sobre os outros…”.

Será que é difícil conhecer alguém assim? Talvez não na totalidade do texto, mas todos nós temos um pouco dessa pessoa do exemplo acima. Não podemos confundir esses pensamentos com a idéia de pessoa com auto-estima. Não façamos isso! É muito comum e estimulado num cenário de bolsa de valores, capitalismo, vendas (…) onde é visto como “virtude”, mas no relacionamento interpessoal, na família, na sociedade, (…) essas “virtudes” mais afastam as pessoas do que agregam, e o que é pior, sabemos disso!

“(…) Mas, então, não sou eu que o faço, mas o pecado que em mim habita. Eu sei que em mim, isto é, na minha carne, não habita o bem, porque o querer o bem está em mim, mas não sou capaz de efetuá-lo. Não faço o bem que quereria, mas o mal que não quero. Ora, se faço o que não quero, já não sou eu que faço, mas sim o pecado que em mim habita”. (Romanos 7, 18-20)

Temos outro tipo de pessoa (…).

“Tenho medo, não contenho a raiva, a frustração; minha esperança escoa como areia pelos dedos; não acredito mais nas pessoas; tenho problemas nos meus relacionamentos pessoais e profissional; tenho pena de mim mesmo, sou azarado e nas correções e exortação me ponho na defensiva”.

Como no exemplo anterior, temos também conhecimento de pessoas que também são assim, mas será que conseguimos ver que às vezes somos, em partes, parecidos com ele? Paulo disse (versículo acima) sobre o mal que mesmo não querendo fazer o fazia mesmo não desejando fazer. Fazemos sim muito mal as pessoas sem perceber, mas muito mais a nós mesmos que não notamos se não nos acontecer algo que mude ou interfira nessa triste rotina.

Imaginemos um lago bem calmo. Águas cristalinas, um espelho d’água. De repente vem aquele menino e joga uma pedra no meio do lago. A tranquilidade (ou marasmo) é quebrada por aquelas ondas que surgiram do impacto da pedra com a água. Temos problemas quando não conseguimos esperar o tempo e entender que as ondas passarão. Sofremos também quando alimento o menino para continuar lançando pedras… Parece que me acostumei com a tristeza.

“(…) Vossos preceitos são minhas delícias, meus conselheiros são as vossas leis. Prostrada no pó está minha alma, restituí-me a vida conforme vossa promessa. Eu vos exponho a minha vida, para que me atendais: ensinai-me as vossas leis. Mostrai-me o caminho de vossos preceitos, e meditarei em vossas maravilhas. Chora de tristeza a minha alma; reconfortai-me segundo vossa promessa. Afastai-me do caminho da mentira, e fazei-me fiel à vossa lei”. (Salmo 118, 24-29)

Temos também mais duas pessoas: Uma que não sabe como esta e outra que finge não saber. E são essas que realmente me preocupam, pois acabam não se deixando curar mesmo tendo o remédio em casa, na comunidade, no trabalho…

Talvez seja essa ultima pessoa que Jesus tenha duramente chamado de hipócrita, mas esse hipócrita, no contexto da nossa reflexão podemos chamar de medroso.

Sabemos o que fazer para sermos mais felizes. Encaremos os problemas! Não sejamos vítimas de nós mesmos.

Um imenso abraço fraterno.






MUNDO ANIMAL

Homeopatia e comportamento animal: uma abordagem semiológica


A homeopatia, arte médica que valoriza o indivíduo como um todo, é um sistema terapêutico que busca, através da compreensão do paciente, assisti-lo em seus processos biológicos, que oscilam entre a saúde e a doença. Para realizar esta tarefa, o homeopata agrega a pesquisa da etiologia e dos sintomas patognomônicos às reações individuais, procurando por sintomas, objetivos e subjetivos, que revelem o modo como cada um interage com o meio que o cerca. A partir de suas observações o homeopata irá escolher e administrar o medicamento mais adequado ao paciente auxiliando-o em seu processo de cura.
Para uma maior precisão na discussão acerca da abordagem semiológica da homeopatia, apresentamos seus princípios, que permanecem imutáveis desde que foram estabelecidos e fundamentados por Samuel Hahnemann, médico alemão que viveu no final do século dezenove. São eles: a lei da semelhança, a experimentação no homem são, e a dose mínima.
A lei da semelhança diz que toda substância capaz de produzir em doses ponderáveis, tóxicas ou fisiológicas, no indivíduo sadio porém sensível, um conjunto sintomático determinado será igualmente capaz de, em doses convenientes conforme o caso, curar um indivíduo sensibilizado pela doença com um quadro mórbido semelhante, excetuando-se as lesões irreversíveis. Esta lei lembra a famosa frase de Hipócrates "Similia similibus curantur" isto é a doença é produzida pelos semelhantes e, através dos semelhantes, o paciente retorna à saúde.
O segundo fundamento preconiza que a substancia a ser pesquisada deverá ser antes experimentada no Homem aparentemente sadio e sensível. Baseado neste princípio, inúmeras substâncias foram experimentadas e suas patogenesias foram registradas em livros denominados de Matéria Médica Homeopática. A dose mínima estabelece o padrão característico da farmacotécnica homeopática para o preparo do medicamento. Assim, a substância deverá sofrer dinamização, isto é, diluição e sucussão , para então adquirir poder terapêutico. 

Homeopatia veterinária 

Ainda que a homeopatia esteja associada ao tratamento de seres humanos, o emprego de medicamentos homeopáticos na prática veterinária pôde comprovar a utilidade deste sistema terapêutico no tratamento de animais.
Veterinários pioneiros na utilização da homeopatia tiveram a coragem e a perseverança de aprofundar seu conhecimento da matéria médica experimentando os medicamentos em sua clientela e extraindo preciosas informações a partir de tratados de toxicologia veterinária, como no caso de Solanum malacoxylon. A partir da constatação de que esta solanácea provoca, em doses tóxicas, calcinose generalizada em ruminantes, cavalos e coelhos, com emagrecimento, diminuição na produção de leite, apatia, cifose, deformação das extremidades anteriores, débito cardíaco e dispnéia expiratória, esta planta foi dinamizada e passou a ser utilizada por veterinários homeopatas no tratamento de alterações na deposição óssea de cálcio.
Na medida que medicamentos homeopáticos foram sendo utilizados em animais, inúmeros efeitos e características sintomáticas, antes somente observadas no ser humano, puderam ser constatadas. Por outro lado, muitos dos sintomas patogênicos observados no homem ainda estão para ser confirmados nos animais. No livro Homéopathie Vétérinaire, seus autores registraram medicamentos que tiveram sua utilização em veterinária verificada através do emprego clínico de acordo com a espécie animal, e medicamentos cujas patogenesias foram realizadas em animais aparentemente saudáveis, porém sensíveis.

Semiologia comportamental 

Dentre os sintomas pesquisados pelo homeopata, um dos mais valorizados é o "mental". No que diz respeito aos animais o veterinário esbarra em uma dificuldade fundamental: a comunicação é limitada. Não se pode ter acesso ao interior, à mente de um animal, mas somente observar seu comportamento, ou receber tais informações através do proprietário. Ao observar-se um animal pode-se apenas descrevê-lo de fora; inferir significados a seu comportamento é projetar valores e sentimentos humanos nele. Pode-se apenas dizer que esse é o modo como parece que ele sente. Quando o proprietário fala, explica ou interpreta o comportamento de seu animal, poderá muitas vezes estar falando de si mesmo ou de outro ser humano.

Antropomorfismo 

Muitas vezes também o veterinário pode interpretar, avaliar ou tentar decifrar o comportamento animal de maneira projetiva ou usando a si mesmo como referência..
O erro da visão antropomórfica não está no fato de se encontrar similaridades ou homologias entre o comportamento do homem e dos animais ou porque o animal evoca sentimentos de empatia, mas no fato de se justificar o comportamento animal de acordo com valores próprios do ser humano.
Quando se considera a importância adaptativa do comportamento atual de um animal deve-se lembrar que estas foram adquiridas durante a história evolutiva da espécie (filogênese) e de desenvolvimento individual (ontogênese). Uma forma de estudar essa evolução é comparar o comportamento de espécies próximas. Neste caso o estudo de lobos e outros canídeos pode nos auxiliar a entender o significado de certos fenômenos comportamentais, seu significado ou valor adaptativo a um ambiente particular e ao ambiente social. 

Domesticação 

Mas o processo de domesticação poderia modificar o comportamento de um animal a ponto de torná-lo semelhante ao domesticador?
Segundo Fox como conseqüência da domesticação (seleção genética, alteração do ambiente social e ecológico) os animais podem ao longo de sua história filogenética e/ou ontogenética:

1) Sofrer atrofia ou hipertrofia, aumento ou diminuição no limiar de resposta a estímulos de padrões comportamentais
2) Omitir, reordenar ou exagerar um ou mais componentes de uma seqüência comportamental
3) Desenvolver ritualização ou emancipação de um padrão ou componente
4) Desenvolver novos padrões comportamentais resultantes do processo de desenvolvimento. 

É preciso lembra-se que tais modificações são resultado de uma seleção artificial e portanto acentuaram ou atenuaram propositadamente ou não alguns padrões comportamentais impróprios do cão. O estudo do processo evolutivo nos mostra que sempre que a seleção natural ocorreu, as modificações comportamentais estavam dentro de um contexto ecológico adaptativo relevante, isto é tais comportamentos serviram a melhoria da eficiência de uma função original com vistas na aptidão abrangente (sobrevivência e reprodução).
No caso da seleção artificial os objetivo são outros. São objetivos que visam funções de caça, tração, pastoreio, companhia e estética. Assim surgiram cães das mais diversas raças e para as mais diversas funções. Desse modo alguns componentes de padrões comportamentais foram modificados. Assim podemos ver o Border Collie fazer sua função de pastoreio com grande habilidade, cercando e encurralando ovelhas mas diferentemente de seus parentes distantes, os lobos, não as atacam e comem.
Em alguns casos a seleção artificial privilegiou aspectos estéticos e deixou de considerar aspectos comportamentais. Um exemplo disso é o poodle, selecionado originalmente para a caça hoje um cão de companhia e beleza. Na busca de uma melhoria em suas características exteriores houve uma seleção involuntária de indivíduos com agressividade mais acentuada. Hoje o que pode se assistir são cães de grande beleza mas que comumente atacam e mordem seus donos. Neste caso assim como em outros casos não houve o surgimento de novos padrões comportamentais, mas sim um redirecionamento daqueles originais. É neste sentido que a etologia como modelo metodológico pode contribuir no entendimento do comportamento dos cães domésticos especialmente nos casos em que o animal exibe comportamento não desejados ou patológico. 

A contribuição da etologia 

O modelo metodológico e conceitual da etologia parece ser mais eficiente como ferramenta para o veterinário homeopata possa alcançar a meta da individualização e chegar a uma compreensão dos animais, no que se refere ao fenômeno comportamental.
A etologia fundamenta-se em um modelo sistêmico biológico, isto é considera o sistema orgânico como um todo que se relaciona tanto com o meio interno como com o externo. A ênfase é dada na observação e descrição do comportamento dentro de um contexto natural evitando pressupostos a priore. Aplica ao comportamento uma perspectiva essencialmente biológica de modo que as reações dos animais são vistas como aspectos dos fenômenos vitais. Sujeita portanto, as influências dos mecanismos de seleção natural isto é: assegurar a sobrevivência (adaptação e reprodução) do organismo num hábitat determinado.
Ao realizar o estudo comparativo das manifestações comportamentais dos animais pode-se observar similaridades. Todos podem ter comportamento territorial, sexual, apetitivo, social, mas que irão se manifestar de forma particulares segundo a raça, espécie, ou indivíduo, de acordo com o processo evolutivo e segundo o processo particular de adaptação ao meio ambiente, mesmo no caso em que a seleção foi artificial.
Por isso é preciso se conhecer bem todo o repertório de comportamentos próprios da espécie bem como todos aqueles considerados como problemáticos ou adaptativos.
O veterinário de aposse deste modelo metodológico deveria aplicá-lo em sua clínica diária para aprofundar o conhecimento do animal que está tratando e assim escolher o medicamento homeopático mais adequado.








MOMENTO DE REFLEXÃO


Uma jovem mãe, submetida a um tratamento contra câncer, voltou do hospital sem cabelos, por causa da radioterapia, e muito consciente da sua aparência.
 Estava sentada na cozinha, quando seu filho apareceu na porta, olhando-a curiosamente.
 Quando a mãe iniciou o discurso que ensaiara para ajudá-lo a entender o que via, o menino se aproximou e aconchegou-se em seu colo, quietinho, a cabeça recostada em seu peito.

A mãe acariciou a cabecinha do filho e disse: "Você vai ver como daqui a pouco o meu cabelo vai crescer e eu vou ficar melhor, como era antes."
 O menininho se levantou, olhou para a mãe pensativo. Com a espontaneidade de seus seis anos, respondeu: "Seu cabelo está diferente, mas seu coração está igualzinho."
 A mãe não precisava mais esperar por "daqui a pouco" parar melhorar. Com os olhos cheios de lágrimas, ela se deu conta de que já estava muito melhor.

Rochelle M. Pennington
Histórias para aquecer o coração das mães
Jack Canfield, Mark Victor Hansen e outros

Editora Sextant

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