Domingo, 18
de maio de 2014.
“Dominar-se
a si próprio é uma vitória maior do que vencer a milhares em uma batalha.”
(Sakyamuni).
EVANGELHO
DE HOJE
Jo 14,1-12
— O Senhor
esteja convosco.
— Ele está
no meio de nós.
—
PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo, + segundo João.
— Glória a
vós, Senhor!
1Naquele
tempo, a fama de Jesus chegou aos ouvidos do governador Herodes. 2Ele disse a
seus servidores: "É João Batista, que ressuscitou dos mortos; e, por isso,
os poderes miraculosos atuam nele". 3De fato, Herodes tinha mandado
prender João, amarrá-lo e colocá-lo na prisão, por causa de Herodíades, a
mulher de seu irmão Filipe.
4Pois João
tinha dito a Herodes: "Não te é permitido tê-la como esposa".
5Herodes queria matar João, mas tinha medo do povo, que o considerava como
profeta. 6Por ocasião do aniversário de Herodes, a filha de Herodíades dançou
diante de todos, e agradou tanto a Herodes 7que ele prometeu, com juramento,
dar a ela tudo o que pedisse.
8Instigada
pela mãe, ela disse: "Dá-me aqui, num prato, a cabeça de João
Batista". 9O rei ficou triste, mas, por causa do juramento diante dos
convidados, ordenou que atendessem o pedido dela. 10E mandou cortar a cabeça de
João, no cárcere. 11Depois a cabeça foi trazida num prato, entregue à moça e
esta a levou a sua mãe. 12Os discípulos de João foram buscar o corpo e o
enterraram. Depois foram contar tudo a Jesus.
Palavra da
Salvação
Glória a vós
Senhor.
MEDITAÇÃO
DO EVANGELHO
Padre
Antonio Queiroz
A
fama de Jesus é comparada com a de João Batista
O Evangelho narra a denúncia que João Batista
fez ao rei Herodes, por viver com Herodíades, a esposa do seu irmão Filipe. E
narra a conseqüência desse seu profetismo, que foi o martírio.
Naquele
tempo, o povo imitava o rei. O que o rei fazia, isso era o certo. E alguns reis
se julgavam quase como deuses, passando por cima da Lei de Deus e dos
princípios morais. “A lei sou eu”, disse uma vez um rei.
Herodes
se ajuntou com a cunhada, desprezando a Lei de Deus sobre a família, e não estava
nem aí. A vida continuou normal no palácio e no reino, sem ninguém abrir a
boca, de medo. Medo principalmente de Herodíades que era inteligente,
perspicaz, cruel e dominadora do amante.
Mas
felizmente havia no seu reino um profeta corajoso, que era João Batista. Foi
até ele e disse: “Não te é permitido tê-la como esposa”.
Não
foi bem Herodes, mas a sua amante Herodíades que se vingou. E João Batista
tornou-se um mártir da família.
Nós
somos convidados a imitar João Batista, como profetas e profetizas. Pois o
profeta não só anuncia o caminho de Deus, mas também denuncia as situações
contrárias. E ele não pode ser teórico, tem de colocar os pingos nos “is” e dar
nomes aos bois. E se atingir algum poderoso ou poderosa, o que fazer? O profeta
e a profetiza falam sempre a verdade, doa a quem doer.
O
pecado do sexo degrada a pessoa e gera outros pecados. Veja o caso de Davi com
Betsabéia, narrado em 2Sm 11-12.
Logo
após o Evangelho de hoje, S. Mateus narra a multiplicação dos pães. São os dois
banquetes, tão comuns na sociedade, o da vida e o da morte. Os banquetes da
morte são palcos de conspirações contra aqueles que promovem a vida. A justiça
do mundo nunca é objetiva e muito menos isenta. Ela vive condenando inocentes,
apresentando “crimes” inventados para ocultar os verdadeiros motivos. Que bom
seria se houvessem muitos João Batistas na nossa sociedade!
Aqueles
que pretendem implantar no mundo um sistema de morte, antes querem apagar a
Luz, que é Jesus e seus enviados. “Nele estava a vida, e a vida era a luz dos
homens. E a luz brilha nas trevas, e as trevas não conseguiram dominá-la” (Jo
1,4-5).
O
mundo continua não suportando a Luz, que é Jesus, porque vive nas trevas da
mentira, da ganância, da corrupção e do pecado. Nós cristãos até aprendemos a
“fechar um olho”, porque temos medo de perder cargos, oportunidades, a vida.
Como João Batista faz falta!
Certa
vez, havia um circo numa cidade, e este circo pegou fogo. Foi terrível. Era à
tardezinha, e o palhaço já estava com o rosto pintado e a maquiagem pronta para
o espetáculo.
Como
a equipe não conseguia apagar o fogo, o palhaço saiu pelas ruas gritando,
desesperado, pedindo ajuda para apagar o fogo.
Mas
as pessoas, ao vê-lo, em vez de atender ao seu apelo, davam risada, pensando
que era mais uma palhaçada dele.
Assim,
não houve jeito. Em pouco tempo o circo se transformou em um montão de cinzas.
O
nosso comportamento influi fortemente no peso das nossas palavras e do nosso
testemunho. Se uma pessoa não dá bom exemplo de vida, quando fala de Jesus
Cristo, não convence muito. Que sejamos profetas autênticos, como foi João
Batista.
Maria
Santíssima, imaculada, exerceu um profetismo completo. Por isso é a Rainha dos
profetas. Que ela nos ajude!
VÍDEO
DA FAMÍLIA
Casamento,
uma prova de fogo
MOMENTO DE REFLEXÃO
Diz uma lenda árabe que dois amigos viajavam pelo
deserto e em um determinado ponto da viagem, discutiram e um deu uma bofetada
no outro. O outro, ofendido, sem nada poder fazer, escreveu na areia:
"Hoje, o meu melhor amigo deu-me uma bofetada
no rosto."
Seguiram adiante e chegaram a um oásis onde
resolveram tomar banho. O que havia sido esbofeteado e magoado começou a
afogar-se, sendo salvo pelo amigo.
Ao recuperar-se, pegou um canivete e
escreveu na pedra:
"Hoje, o meu melhor amigo salvou a minha
vida."
O outro amigo perguntou: "Por que é que,
depois que te magoei, escreveste na areia e agora, escreves na pedra?"
Sorrindo, o outro amigo respondeu:
"Quando um grande amigo nos ofende, devemos
escrever onde o vento do esquecimento e o perdão se encarreguem de apagar a
lembrança. Por outro, quando nos acontece algo bom e grandioso, devemos gravar
isso na pedra da memória do coração onde vento nenhum em todo o mundo jamais o
poderá apagar".
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