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LITURGIA DIÁRIA

LITURGIA DIÁRIA - REFLEXÕES E COMENTÁRIOS

Diário de Quinta-feira 25/08/2011




Quinta-feira 25 de agosto de 2011


"Computadores não servem para nada. Só sabem dar respostas." (Pablo Picasso)





EVANGELHO DE HOJE
Mt 24,42-51


Vigiai, portanto, pois não sabeis em que dia virá o vosso Senhor. "Ficai certos: se o dono de casa soubesse a que horas da noite viria o ladrão, vigiaria e não deixaria que sua casa fosse arrombada. Também vós, ficai preparados! Pois na hora em que menos pensais, virá o Filho do Homem. "Quem é o servo fiel e prudente, que o Senhor encarregou do pessoal da casa...? Feliz aquele servo que o senhor, ao chegar, encontrar agindo assim. Em verdade vos digo, ele lhe confiará a administração de todos os seus bens. O servo mau, porém, se pensar consigo mesmo: 'Meu senhor está demorando' e começar a bater nos companheiros e a comer e a beber com os bêbados, então o senhor... o excluirá e lhe imporá a sorte dos hipócritas...






MEDITANDO O EVANGELHO
Alexandre Soledade

Bom dia!
Faltando poucos dias para se encerrar agosto comecei a buscar as referencias de reflexão para o mês de setembro, o tradicional mês dedicado a Bíblia.
Esperava encontrar uma direção padrão como nos outros anos, mas algo diferente que casa perfeitamente com a reflexão de hoje me saltou os olhos: Em setembro falaremos muito de JONAS! Mas o que esse misterioso personagem da Bíblia tem haver com a reflexão de hoje?
Primeiramente é preciso deixar claro que a proposta de se estudar Jonas no mês da Palavra de Deus vem da própria CNBB que vê, numa peculiaridade desse homem, algo que precisamos discutir e refletir – a nossa própria conversão
“(…) JONAS É, DE TODOS OS PERSONAGENS DESSE LIVRO, O QUE MAIS PRECISA DE CONVERSÃO. Ele pode ser definido como o desobediente. Aos três imperativos da missão (levanta-te, vai, proclama, Jn 1,2; 3,2) Jonas age em sentido contrário: desce (1,3), foge (1,3), dorme (1,5). Os estrangeiros, tanto os marinheiros quanto os ninivitas, foram mais religiosos, e até o mar, o peixe, a planta, o verme, o vento oriental, todos submetem-se à vontade de Deus. Jonas, ao contrário, mesmo quando parece ser obediente não o é de fato, pois anuncia a mensagem em apenas um dia, quando se levaria três dias para atravessar a cidade…”. (MÊS DA BÍBLIA 2010 – JONAS: CONVERSÃO E MISSÃO – TEXTO BASE CNBB)
Esse evangelho de hoje não apregoa o medo ou o pavor nas pessoas, se bem que para algumas pessoas tudo motivo de ter medo, fugir ou se esconder. Jesus prega a vigilância das nossas ações e não, como já disse, o medo. “(…) Fiquem vigiando, pois vocês não sabem em que dia vai chegar o seu Senhor. Lembrem disto: se o dono da casa soubesse quando ia chegar o ladrão, ficaria vigiando e não deixaria que a sua casa fosse arrombada”.
Frequentemente prendemos nossa imagem no ladrão que espera o momento de invadir uma casa e esquecemos que a casa da qual se refere, é a nossa própria vida.
Jonas e cada um de nós tem muito em comum. Temos uma missão pessoal, uma intimidade com Deus, uma devoção, mas como o próprio personagem bíblico, somos “visitados” periodicamente por um ladrão chamado “nossa vontade”. Constantemente enxergamos assim as pessoas ou as situações com nossos próprios filtros, esquecendo assim que por vezes eles são os mais corretos.
Jonas tinha uma missão, mas não queria fazer. Recusava-se a aceitar que Deus também amava o povo que Nele não acreditava. Jonas não queria investir seu tempo em quem parecia nada se importar, mas diferentemente do pensamento egoísta de Jonas, Deus queria maior comprometimento. E hoje? Nesse evangelho,Jesus volta a pedir que vigiemos.
Vigiar o que? Por ventura consigo ver as palavras que saem de nossa boca? Consigo ver o estrago que causa minhas ações e omissões? Sim, omissões! Na reflexão do texto base a qual faço alusão essa é a grande afirmação: “(…) A pista nos é dada no final do livro, na lição que Jonas é forçado a receber: a misericórdia de Deus está sobre todos os povos e sobre toda criatura. Se a maioria das pessoas não sabe disso É PORQUE FALTA QUEM LHES ANUNCIE ESSA BOA-NOTÍCIA”.  (MÊS DA BÍBLIA 2010 – JONAS: CONVERSÃO E MISSÃO – TEXTO BASE CNBB)
O mês será da bíblia, da mensagem, da boa nova, (…); e o que posso fazer pelo menos nesse mês para que a mensagem chegue às pessoas? Vigiar também é não permitir que a preguiça, nossos “quereres” e nossas opiniões nos impeçam de levar a Nínive, ou a qualquer outra pessoa a mensagem de salvação. O comodismo nos fez criar raízes, precisamos então sair de baixo dessa mamoneira e ir até as pessoas.
“(…) Pelos seus frutos os conhecereis. Nem todo aquele que me diz: Senhor, Senhor, entrará no Reino dos céus, mas sim aquele que faz a vontade de meu Pai que está nos céus. Muitos me dirão naquele dia: Senhor, Senhor, não pregamos nós em vosso nome, e não foi em vosso nome que expulsamos os demônios e fizemos muitos milagres? E, no entanto, eu lhes direi: Nunca vos conheci. Retirai-vos de mim, operários maus”! (Mateus 7, 20-23)
Essa reflexão provavelmente continuará amanhã.
Um imenso abraço fraterno.





MEIO AMBIENTE




Dá-me um copo d’agua, eu tenho sede.


No Brasil, com exceção de alguns rios do Centro Oeste e do Norte, os demais tivemos o dissabor de desmatar todas as margens dos rios, ocasionando a partir daí o assoreamento dos mesmos e a contínua contaminação das águas, tornando-os impróprios ao consumo humano.
Dizem querer matar a cede das pessoas no Sertão, que vivem mesmo em flagelo desde que começou a ocupação por lá, com a transposição do Rio São Francisco. São grandes obras as serem feitas em canais, dutos, hidrelétricas para alcançarem este intento já sonhado por Dom Pedro II que disto só conseguiu fazer o açude de Orós. A promessa do governo federal é a de que iria cuidar melhor do São Francisco, com o retorno das matas ciliares, desassoreamento de trechos do rio, retirada dos esgotos das várias cidades, dentre muitas atividades a serem executadas na tentativa de aumentarem o volume d’agua em seu curso a fim de mitigarem o desvio de água que irão fazer. Porém é o de sempre, promessas infindas e não realizadas e antes de efetuarem estas medidas preventivas já iniciaram as escavações para os canais da transposição.
Em Minas Gerais, no nível das políticas ambientais do governo do estado a coisa não vai muito diferente. Foi prometida a revitalização do Rio das Velhas e só o fizeram em sua cabeceira bem acima da Região Metropolitana de Belo Horizonte, com direito até a banho no rio. Agora autorizaram o uso das águas do Rio Maranhão, em Congonhas, para alimentar o novo mineroduto dali até o porto no estado do Rio de Janeiro, em paralelo com a ferrovia da antiga Central do Brasil e atual MRS. Ambos os rios, das Velhas e Maranhão são afluentes do São Francisco, todos combalidos pelo excesso e “mau” uso de suas margens, cursos e a própria água.
Isto tudo se tornou um fato tão corriqueiro, tão usual e aceito como normal por todos nós a ponto de não nos importarmos nada, não impormos condições prévias e mesmo cobrarmos valores reais destes perdulários da água, inclui-se aí os falaciosos governos, bem como uma política e normas comuns, sem privilégios para o uso desta dádiva divina da natureza que são os nossos rios.
As políticas dos governos municipais não são muito diferentes dos demais governos, eles seguem a mesma cartilha de “mau” uso dos cursos d’agua. É a captação de água mal elaborada e sempre exploratória, retirada dos esgotos humanos ineficiente, estação de tratamento de esgotou que custou uma fortuna aos cofres públicos que nunca entra em funcionamento, campanhas ambíguas alertando sobre o uso da água e por aí vai.
Localizadamente, este “mau” uso e exacerbado da água ocorre também em Itabira – MG e é o extrato de tudo o que se faz no país em um único lugar.
A principal fonte de água potável, a Pureza, está sendo vítima da especulação imobiliária; foi lançado o programa “Mãe D’agua” em 2006 para recomporem as matas ciliares dos afluentes do Ribeirão Pureza e muito pouco ainda foi executado. Haja inépcia!
Com o excesso de uso e rebaixamento do lençol freático de Itabira por conta da grande mineradora e obviamente com o não pagamento ou preços aviltados para o uso da água por ela, dizem que a solução para abastecer a cidade é com a captação no Rio Tanque, fazendo com isto a transposição da bacia deste curso d’agua para a do Rio Piracicaba, coisa que já vem sendo feita pela mineradora há décadas.
Coitado do nosso Rio Tanque, que a trezentos anos vem sofrendo com a exploração e abastecendo várias fazendas e as cidades de Itambé do mato Dentro e Santa Maria de Itabira e nunca teve um bom trato além da retirada do esgoto urbano de Itambé.
Com suas matas ciliares totalmente inexistentes e Itabira retirando água de um de seus afluentes, o Córrego do Gato,  além de pretender passar a retirar a água dele e novamente ocasionando mais uma transposição de bacias.
O Rio Tanque para mim que o conheceu volumoso, pode ser atualmente qualificado como um ribeirão e dependendo do volume de água que pretendem retirar dele para abastecer Itabira, o mesmo será rebaixado mais ainda, será para córrego!
Temos uma LOC (licença operacional corretiva) a ser discutida e cobrada da grande mineradora, já que a primeira de 1997 ainda não foi integralmente cumprida. Era hora de a mineradora aportar dinheiro nos cofres públicos municipal para a desapropriação da bacia do “Pureza” e a conseqüente transformação daquela APA (área de proteção ambiental) de particular para pública, criação de um ou vários viveiros de mudas nativas, incentivando os produtores rurais a se iniciarem nesta atividade para o fim de recompor as matas ciliares dos muitos cursos e nascentes d’aguas de Itabira e região.
Que isto seja uma política efetiva de nossos governantes e não meramente balelas para engambelar trouxas incautos que a cada dia pagam mais e mais por um copo d’agua.






MOMENTO DE REFLEXÃO
                  
Não há quem caminhe pelas estradas da vida sem que cruze, em algum momento, pelos caminhos da dor. Em um mundo inconstante, onde as certezas são relativas, a dor é processo quase que inevitável.
Algumas vezes, ela vem carregando consigo a separação de quem amamos, pelo fenômeno da morte. Outras vezes é a doença que se instala, no nosso ou no corpo alheio.
Outras ainda, a dor é o revés financeiro, que nos perturba a mente e desfaz alguns planos.
Seja qual for sua origem, a dor vai sempre provocar momentos de reflexão e análise. Ela é o freio que a vida faz em nosso cotidiano, em nossos valores, em nossas manias mesmo, provocando o questionamento das coisas da vida e dos caminhos que percorremos.
Nesse questionamento, alguns optam pelo caminho da revolta. São os que maldizem a Deus, que se veem injustiçados, pois não mereciam tal desdita, que não veem utilidade nenhuma na dor, a não ser o sofrimento pelo sofrimento.
Outros utilizam a dor como aprendizado. São os que entendem os mecanismos de Deus como justos, e Deus como infinitamente amoroso para cada um de nós. Isso porque se Deus é a síntese maior do amor, certamente Seus desígnios são pautados pelo amor.
As perguntas: Por que comigo?, Será que eu mereço isso?, ou Para que tudo isso?, são os anseios de nossa alma a tentar entender as Leis da vida.
É necessário que repensemos qual o papel da dor para cada um de nós. Ela não é simples ferramenta de castigo de Deus, ou ainda, obra do acaso. Um Deus amoroso jamais agiria por acaso, ou castigaria Seus filhos.
Toda dor que nos surge é convite da vida para o progresso, para a reflexão, para a análise de nossos valores e de nosso caminhar.
Sempre que ela surge, traz consigo a oportunidade do aprendizado, que não se faria melhor de outra forma, caso contrário, Deus acharia outros caminhos.
Não que devamos ser apologistas da dor, e buscá-la a todo custo. De forma alguma. Deus nos oferece a inteligência, e os recursos das mais variadas ciências, para diminuir nossas dificuldades e dores.
Assim, para as dores da alma, devemos buscar os recursos da psicologia e da psiquiatria. Para as dificuldades do corpo físico, os recursos clínicos ou cirúrgicos.
Porém, quando todos esses recursos ainda se mostrarem limitados, a dor que nos resta é nosso cadinho de aprendizado. A partir daí, nossa resignação dinâmica perante os desígnios da vida nos ajudará a entender qual recado e qual lição a vida nos está oferecendo.
Quando começarmos a entender que a dor sempre vem acompanhada do aprendizado, começaremos a entender melhor a música da vida, e qual canção ela está nos convidando a aprender a cantar.
Afinal, nada que nos aconteça é obra do acaso. Somos herdeiros de nós mesmos, desde os dias do ontem, e hoje inevitavelmente nos encontramos com nossas heranças.
As carências de hoje é o que ontem desperdiçamos, e as dores que surgem são espinhos que colhemos agora, de um plantio que se fez deliberadamente nos caminhos percorridos.
A dor é mecanismo que a vida nos oferece de crescimento e aprendizado. Porém ela somente será necessária como ferramenta de progresso enquanto o amor não nos convencer e tomar conta do nosso coração.
A partir de então, não mais a dor será visita em nossa intimidade, pois toda ela estará tomada em plenitude pelo amor, que, como bem nos lembra o Apóstolo Pedro, é capaz de cobrir a multidão dos pecados.


(Momento de Reflexão)







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