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LITURGIA DIÁRIA

LITURGIA DIÁRIA - REFLEXÕES E COMENTÁRIOS

Diário de Sexta-feira 07/01/2011




Sexta-feira, 07 de janeiro de 2011

Ao estudar as características e a índole dos animais, encontrei um resultado humilhante para mim. (Mark Twain)




EVANGELHO DE HOJE


Lc 5,12-16

Certa vez Jesus estava numa cidade onde havia um homem que tinha o corpo todo coberto de lepra. Quando viu Jesus, o leproso se ajoelhou diante dele, encostou o rosto no chão e pediu:
- Senhor, eu sei que o senhor pode me curar se quiser!
Jesus estendeu a mão, tocou nele e disse:
- Sim! Eu quero. Você está curado.
No mesmo instante a lepra desapareceu. Então Jesus lhe deu esta ordem:
- Escute! Não conte isso para ninguém, mas vá pedir ao sacerdote que examine você. Depois, a fim de provar para todos que você está curado, vá oferecer o sacrifício que Moisés ordenou.
Mas as notícias a respeito de Jesus se espalhavam ainda mais, e muita gente vinha para ouvi-lo e para ser curada das suas doenças. Porém Jesus ia para lugares desertos e orava.






MEDITANDO O EVANGELHO(1)
Padre Queiroz


E, imediatamente, a lepra o deixou.
 Jesus veio curar todas as nossas enfermidades: as físicas, as mentais e as espirituais. Esta cura do leproso é um sinal da chegada do Reino de Deus, que vence os males do mundo e liberta as pessoas de toda miséria, reintegrando-as na sociedade.
“Vendo Jesus, o leproso caiu aos seus pés, e pediu: Senhor, se queres, tu tens o poder de me purificar.” A fé é requisito indispensável para receber as graças de Deus. Como a fé é também uma graça, precisamos pedi-la.
“Jesus estendeu a mão, tocou nele, e disse: ‘Eu quero, fica purificado’. E imediatamente a lepra o deixou”. O contato físico significa envolvimento pessoal com o necessitado. Hoje há leprosos de todo tipo. Os vícios são piores que a lepra. Mas Deus cura também os vícios.
“Não digas nada a ninguém.” Jesus era humilde, ele queria chamar a atenção para Deus Pai, não para si mesmo. Suas boas obras eram inteiramente gratuitas; ele não queria nenhum retorno, nem de reconhecimento.
“Não obstante, sua fama ia crescendo.” O testemunho é como o perfume, ele se espalha por si. Por isso, quanto mais Jesus pedia para não contar, mais a sua fama se espalhava.
“Vai mostrar-te ao sacerdote... como prova de tua cura.” Devido à lepra, o homem devia viver isolado da sociedade e até da família. Para ser reintegrado, o sacerdote devia retirar a proibição.
O testemunho de Jesus, neste caso da cura do leproso, foi tríplice: Curou um doente. Reintegrou na sociedade alguém que as autoridades religiosas excluíam. Fez isso gratuitamente, não buscando nenhum retorno.
Várias vezes, Jesus comparou o cristão com a luz, com o sal e com o fermento. A lâmpada não chama a atenção para si mesma, mas para os objetos que ela ilumina. Nós nem nos lembramos da lâmpada, a não ser quando ela se apaga. O sal desaparece no meio da comida. E o fermento também desaparece na massa. Era assim que Jesus agia, e é isso que ele quer de nós.
Certa vez, um rei morreu, e a família real pediu aos monges que ele fosse enterrado no cemitério particular dos monges, que ficava dentro do quintal do mosteiro.
O abade permitiu, mas advertiu: “No momento em que ele atravessar o portão do mosteiro, não será mais a sua majestade o rei, mas um simples defunto; porque aqui todos os defuntos são iguais”. A família concordou.
Na hora do enterro, um monge ficou esperando do lado de dentro do portão. Quando a procissão do enterro chegou, o general chefe do exército bateu no portão. O monge perguntou, lá de dentro: “Quem é?” O general respondeu: “É o corpo do nosso rei, fulano de tal”. “Não o conheço”, respondeu o monge.
Veio o primeiro ministro e disse: “Sr. monge, eu sou o primeiro ministro do reino. Trouxemos o corpo do nosso digníssimo rei, fulano de tal, que ajudou tanto esse mosteiro!” O monge respondeu: “Não conheço”.
Diante do impasse, foram falar com a rainha, que estava lá atrás, ao lado do caixão, pois foi ela que havia combinado o enterro com o abade. A rainha disse: “Deixem, que eu sei por quê”.
Aproximou-se do portão, bateu e o monge perguntou lá de dentro: “Quem é?” Ela respondeu: “É um pobre defunto para ser enterrado”. Na hora, o monge abriu o portão e iniciou a reza do terço pela alma do falecido. E o rei foi enterrado da mesma forma em que sepultavam os monges falecidos, sem nenhuma distinção.
Jesus queria ser considerado apenas um homem pobre, como os demais homens pobres da sociedade, sem nenhuma distinção. Que ele nos liberte da lepra do orgulho e do desejo de ser o maior, que tanto mal causa à sociedade!
Maria Santíssima era humilde, e ao mesmo tempo corajosa para servir e fazer o bem. Na hora difícil e humilhante da cruz, ela estava de pé, junto ao Filho. Que Maria nos ajude a imitá-lo.
E, imediatamente, a lepra o deixou.





MEDITANDO O EVANGELHO (2)
Fonte- O Evangelho do Dia


Jesus toca no impuro para curá-lo, mostrando-nos que a vida é maior que toda a lei.
No evangelho de hoje Jesus cura um hidrópico, mesmo sendo sábado.
Essa cena da cura de um hidrópico, doença popularmente conhecida como barriga d’água, foi realizada num dia de sábado, o que era proibido pela lei judaica.
As leis judaicas eram, às vezes, egoístas, ainda mais quando se tratava da pessoa humana, pois os judeus, os mais conservadores, pregavam que todos deveriam observar as leis e, por isso, as cobravam rigorosamente. Aqueles que não conseguiam observá-la eram excluídos, já que estavam impuros, e assim ninguém aproximava-se deles.
Deus é o Senhor da vida. O direito à vida precede quaisquer outros direitos e outras leis, mesmo as mais sagradas. As Leis foram criadas por Deus para a defesa da vida do pobre e indigente, mas também que justiça seja feita, com direito ao pão de cada dia.
A encarnação do Verbo selou para o ser humano uma dignidade superior. E Jesus disse: “Eu vim para que todos tenham vida, e a tenham em abundância” (Jo 10,10).
Não só as palavras de Jesus, mas todos os seus gestos eram em favor da vida, como este da cura do hidrópico. Ele curava os doentes, ressuscitava os mortos, ensinava o amor e o serviço aos necessitados... “Vê que eu hoje te proponho a vida e a felicidade, a morte e a desgraça. Escolhe, pois, a vida” (Dt 30,15.19).
“Deus criou o mundo para a vida, para ver suas criaturas felizes. Em suas obras não existe veneno de morte” (Sb 1,14). A natureza toda é boa e tudo nela concorre para a vida, numa harmonia maravilhosa, que chamamos de ecossistema. Foi o pecado que estragou a natureza, tornando-a, às vezes, prejudicial ao homem. Compensa valorizar a vida. Compensa fazer tudo pela vida humana, desde pentear o cabelo de uma criança até morrer na Cruz.
A vida humana deve ser protegida desde a sua concepção dentro da mãe. E a pesquisa científica não pode colocar-se acima da vida. Não se pode matar um ser humano para salvar outro.
Libertar uma pessoa do mal, seja que mal for, é a melhor forma de santificar o Dia do Senhor, pois o Dia do Senhor deve ser o dia da vida.
Não se lê no Evangelho que o hidrópico dirigisse a Jesus alguma palavra ou pedido. A iniciativa da cura partiu de Jesus mesmo. O nosso amor deve ser tão grande que, basta ver uma pessoa em necessidade, já nos movemos a socorrê-la.

Certa vez, uma jovem queria suicidar-se. Foi a uma ponte bem alta, sobre um rio largo e fundo, a fim de pular lá de cima, pois ela não sabia nadar.
Quando chegou à ponte, viu um cego que caminhava para atravessá-la, mas estava errando a direção da ponte e ia cair num barranco bem alto, direto na água do rio.
Ela correu, deu a mão ao cego e o conduziu até atravessar a ponte. Depois resolveu levá-lo até o seu destino.
Quando chegaram, ele sorriu para ela e disse: “Muito obrigado, moça! Você salvou a minha vida!” Ela respondeu emocionada e com o coração cheio de alegria: “Eu é que lhe agradeço, meu amigo. Você também salvou a minha vida!”
Deu-lhe um abraço e foi embora, sem se apresentar nem explicar ao cego o sentido real da sua frase. E nunca mais aquela jovem pensou em destruir a própria vida. Pelo contrário, queria viver o máximo, a fim de fazer muitas pessoas felizes e ver muitos sorrisos, como viu no rosto daquele cego.
Maria Santíssima é chamada a Mãe da Vida, porque nos deu aquele que é o caminho, a verdade e a vida. Maria ajude-nos a seguir os passos de seu Filho para podermos promover a vida.
Diante de Jesus, havia um hidrópico. Ele o curou, mesmo sendo sábado.





DICAS DE SAÚDE

Ressaltamos que as Dicas de Saúde disponíveis neste Diário, não equivalem a uma receita médica; são apenas "dicas".  Os exames preventivos são sempre indispensáveis! Para mais informações consulte o seu médico.


Sobre alergia ocular

O pólen das flores é considerado um dos causadores das reações alérgicas
Muitos associam alergia sazonal a coriza, dor de cabeça ou congestão nasal. Mas milhões de pacientes alérgicos também têm coceira, vermelhidão e lacrimejamento dos olhos. Veja abaixo o que você deve saber a respeito de alergia ocular:


O que é alergia ocular?

Alergia ocular, ou conjuntivite alérgica, é uma condição médica que afeta 6 entre 10 pacientes alérgicos. Quando o olho entra em contato com uma substância à qual o paciente é sensível, ocorre uma reação alérgica. Tal reação pode ser tanto imediata quanto tardia.

A conjuntivite alérgica não é uma doença contagiosa, mas pode causar muito desconforto e irritação nos indivíduos que dela sofrem. Esfregar os olhos constantemente, que normalmente acompanha a alergia ocular não tratada, pode levar a problemas oculares mais sérios.


Quais são os sintomas de alergia ocular?

A alergia ocular pode estar acompanhada de qualquer um ou todos os sintomas a seguir:

. Coceira nos olhos
. Vermelhidão nos olhos
. Queimação nos olhos
. Lacrimejamento
. Visão borrada
. Sensação de arranhado no olho
. Inchaço ou vermelhidão na parte interna das pálpebras
. Sensibilidade à luz
. Sensação de que há um corpo estranho no olho


O que causa a alergia ocular?

Os olhos disparam uma reação alérgica quando entram em contato com os alérgenos, ou substâncias às quais são sensíveis. Apesar de haver vários tipos de alérgenos, há alguns mais comuns, que você deve reconhecer. Uma forma de ajudar a controlar a alergia ocular é tentar minimizar sua exposição aos alérgenos, tais como:

Pólen - Árvores, flores, grama e ervas liberam pólen no ar, que é carregado pelo vento. Quando a contagem de pólen é grande, normalmente durante a primavera e o outono, você pode ter alergia, mesmo que você nunca tenha tido antes.

Mofo - Assim como o pólen, esporos de mofo são liberados no ar. Externamente, os esporos de mofo podem ser encontrados na grama, folhas e feno. Internamente, esporos de mofo desenvolvem-se em ambientes úmidos, tais como banheiros.

Pêlos de animais - pêlos de animais, particularmente de gatos, podem causar alergias. Estas pequenas esfoliações, parecidas com caspa que os animais soltam todos os dias podem permanecer no ar da casa e ficar aderidos em móveis e tapetes.
Outros alérgenos comuns incluem ácaros de poeira, poluição e cosméticos.






MOMENTO PARA REFLETIR


Acho que foi o Hemingway quem disse que olhava cada coisa à sua volta como se a visse pela última vez. Pela última ou pela primeira vez? Pela primeira vez foi outro escritor quem disse. Essa idéia de olhar pela última vez tem algo de deprimente. Olhar de despedida, de quem não crê que a vida continua, não admira que o Hemingway tenha acabado como acabou.
Se eu morrer, morre comigo um certo modo de ver, disse o poeta. Um poeta é só isto: um certo modo de ver. O diabo é que, de tanto ver, a gente banaliza o olhar. Vê não-vendo. Experimente ver pela primeira vez o que você vê todo dia, sem ver. Parece fácil, mas não é. O que nos
cerca, o que nos é familiar, já não desperta curiosidade. O campo visual da nossa rotina é como um vazio.
Você sai todo dia, por exemplo, pela mesma porta. Se alguém lhe perguntar o que é que você vê no seu caminho, você não sabe. De tanto ver, você não vê. Sei de um profissional que passou 32 anos a fio pelo mesmo hall do prédio do seu escritório. Lá estava sempre, pontualíssimo, o mesmo porteiro. Dava-lhe bom-dia e às vezes lhe passava um recado ou uma correspondência. Um dia o porteiro cometeu a descortesia de falecer.
Como era ele? Sua cara? Sua voz? Como se vestia? Não fazia a mínima idéia. Em 32 anos, nunca o viu. Para ser notado, o porteiro teve que morrer. Se um dia no seu lugar estivesse uma girafa, cumprindo o rito, pode ser também que ninguém desse por sua ausência. O hábito suja os olhos e lhes baixa a voltagem. Mas há sempre o que ver. Gente, coisas, bichos. E vemos? Não, não vemos.
Uma criança vê o que o adulto não vê. Tem olhos atentos e limpos para o espetáculo do mundo. O poeta é capaz de ver pela primeira vez o que, de fato, ninguém vê. Há pai que nunca viu o próprio filho. Marido que nunca viu a própria mulher, isso existe às pampas. Nossos olhos se gastam no dia-a-dia, opacos. É por aí que se instala no coração o monstro da indiferença.


Otto Lara Resende- Texto publicado no jornal “Folha de S. Paulo”, edição de 23 de fevereiro de 1992.



até que nos encontremos novamente,
que Deus lhe guarde serenamente na
palma de Suas mãos.






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