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LITURGIA DIÁRIA

LITURGIA DIÁRIA - REFLEXÕES E COMENTÁRIOS

Diário de Segunda-feira 10/01/2011




Diário de Segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

As feridas do coração, como as do corpo, mesmo quando saram, deixam cicatrizes. (Saadi)





EVANGELHO DE HOJE


Mc 1,14-20

Depois que João foi preso, Jesus seguiu para a região da Galiléia e ali anunciava a boa notícia que vem de Deus.
Ele dizia:
- Chegou a hora, e o Reino de Deus está perto. Arrependam-se dos seus pecados e creiam no evangelho.
Jesus estava andando pela beira do lago da Galiléia quando viu dois pescadores. Eram Simão e o seu irmão André, que estavam no lago, pescando com redes. Jesus lhes disse:
- Venham comigo, que eu ensinarei vocês a pescar gente.
Então eles largaram logo as redes e foram com Jesus.
Um pouco mais adiante Jesus viu outros dois irmãos. Eram Tiago e João, filhos de Zebedeu, que estavam no barco deles, consertando as redes. Jesus chamou os dois, e eles deixaram Zebedeu, o seu pai, e os empregados no barco e foram com ele.





MEDITANDO O EVANGELHO
Padre Queiroz



Ide pelo mundo inteiro e anunciai o Evangelho.
 Hoje nós celebramos com alegria a festa da Conversão de S. Paulo, Apóstolo. Como a festa caiu no domingo, ela seria omitida. Mas este ano é especial, porque estamos celebrando o Ano Paulino, que é a comemoração dos dois mil anos do nascimento de S. Paulo. Ele nasceu em Tarso, na Cilícia, que pertence à atual Turquia.
A primeira Leitura narra um discurso que Paulo fez no Templo de Jerusalém, diante de uma multidão agitada que queria matá-lo. Paulo começa dizendo: “Eu sou judeu, nascido na Cilícia, mas fui criado aqui nesta cidade. Como discípulo de Gamaliel, fui instruído em todo o rigor da Lei de nossos antepassados, tornando-me zeloso da causa de Deus, como acontece hoje convosco” (At 22,3). Em seguida, Paulo narra a sua conversão.
Mais tarde ele dirá: “Fui constituído arauto e apóstolo, mestre dos pagãos na fé e na verdade” (1Tm 2,7). Era assim que S. Paulo entendia a sua vocação. Hoje nós entendemos que ele era mestre não só para a sua geração, mas para todas as gerações posteriores, é nosso mestre.
Nós não estamos, neste Jubileu, festejando alguém do passado, em sim um irmão atual, presente todos os dias em nossa vida e nos orientando.
Quem é S. Paulo? O que ele me fala? Vejamos alguns textos: “Eu vivo, mas não eu: é Cristo que vive em mim” (Gal 2,20). Tudo o que Paulo faz, parte desta sua experiência de ser amado por Jesus de um modo pessoal; parte da consciência que Cristo morreu por amor a ele, Paulo. Portanto a sua fé não é uma teoria, mas uma experiência, uma experiência de amor.
Paulo é um homem forte e combativo, que sabe manejar a espada da palavra. “Apesar de ter sofrido maus tratos e ultrajes em Filipos... o nosso Deus nos deu coragem e segurança para vos anunciar o seu Evangelho... Aliás, sabeis muito bem que nunca bajulamos ninguém, nem fomos movidos por alguma ambição disfarçada” (1Ts 2,2.5). Para ele, a verdade era por demais grande e sagrada, e não a sacrificava por nada. A verdade que ele descobriu no encontro com o Ressuscitado merecia, por ela, toda luta, toda perseguição, todo sofrimento. Mas o que mais o motivava era a certeza de ser amado por Jesus.
S. Paulo era um homem livre. Para ele, o que vale é o amor. “Ama, e faze o que queres” (Santo Agostinho). Quem ama a Cristo como Paulo amava, pode realmente fazer o que quiser, porque o amor liga a nossa vontade a vontade de Cristo.
No caminho de Damasco, Cristo fala a Paulo: “Por que me persegues?” Paulo pergunta: “Quem és tu, Senhor?” Cristo responde: “Eu sou Jesus, o Nazareno, a quem tu estás perseguindo” (At 9,7-8). Cristo se identifica com a Igreja. Ele se tornou carne, e a Igreja continua sendo a sua carne. A partir dessa experiência, Paulo vê a Igreja como Corpo de Cristo. Servir à Igreja é servir a Cristo, entende Paulo.
Concluamos com uma frase de Paulo a Timóteo, que vale para nós: “Não te envergonhes de testemunhar a favor de Nosso Senhor Jesus Cristo... pois Deus nos chamou com uma vocação santa, não em atenção às nossas obras, mas por causa do plano salvífico e da sua graça, que nos foi dada no Cristo Jesus” (2Tm 1,8-9).
Uma das qualidades mais admiráveis de S. Paulo é a garra com que ele assumia as coisas. Quando, seguindo as idéias do seu professor Gamaliel, achava que o cristianismo era um mal, ele o perseguiu de corpo e alma. Quando, iluminado por Cristo, percebeu que o cristianismo era um bem, dedicou-se de corpo e alma a esta nova religião. O mundo precisa de pessoas assim, que não ficam apenas em teorias, mas se dedicam a transformar o mundo, de acordo com as convicções que têm.
Nós agradecemos a Deus ter chamado Paulo e tê-lo feito Apóstolo dos pagãos e nosso Mestre. E lhe pedimos que nos ajude a amar muito a Cristo e ser suas testemunhas.
Havia, certa vez, na periferia de uma cidade grande, uma Comunidade cristã que, por não ter onde se reunir, fazia as celebrações no centro comunitário do bairro, que pertencia à prefeitura.
A assistente social da prefeitura procurou a líder da Comunidade e lhe pediu que no próximo domingo avisasse o povo que aquela seria a última celebração no centro comunitário, pois dali para frente estava proibido. A líder, angustiada, passou a rezar muito pedindo a Deus que a iluminasse como dar esse aviso.
Antes de iniciar a celebração, ela teve uma idéia. Conversou com a equipe coordenadora e todos concordaram. Então, no final da celebração, ela deu o seguinte aviso:
“A assistente social nos proibiu de reunir aqui. Nós não vemos motivo para isso, pois no domingo de manhã não há atividades no centro comunitário. Amanhã, às oito horas da manhã, ela estará aqui. Nós, a coordenação da Comunidade, convidamos alguns de vocês para virem aqui a fim de conversarmos com ela.” Três pessoas levantaram a mão.
Um senhor de barba e bigode disse: “Se não mudar de idéia, daqui mesmo iremos à prefeitura conversar com o Sr. Prefeito”.
Mas no dia seguinte, quando a assistente social chegou ao centro comunitário, estavam ali reunidas perto de oitenta pessoas. A maioria ela conhecia, pois eram mães e pais de crianças que freqüentavam o centro. Havia inclusive um alto-falante portátil já preparado para animar a caminhada até a prefeitura.
Ao ver aquele povão e saber do plano, a assistente social tremia como vara verde. Ela pegou o microfone e disse: “Não! Não há problema! Podem continuar usando o centro comunitário para as celebrações. Fica o dito por não dito”. Evidentemente, ela viu o seu emprego ameaçado, caso aquele povo fosse até a prefeitura.
S. Paulo era um líder cristão, que assumia a dianteira em todas as causas a favor de Cristo e da Igreja. Que ele interceda por nós!
S. Paulo tem um texto belíssimo sobre Nossa Senhora: “Quando se completou o tempo previsto, Deus enviou seu Filho, nascido de uma mulher... e assim todos nós recebemos a dignidade de Deus” (Gal 4,4-5). Nós agradecemos também a Maria ter assumido ser Mãe de Jesus, dando-nos este presente de sermos filhos e filhas de Deus.
Ide pelo mundo inteiro e anunciai o Evangelho.





MOTIVAÇÃO NO TRABALHO
Max Gehringer


O que é...Hipocrisia

É representar um papel levando em conta as prioridades pessoais
Fábula à grega em dois atos.
Personagens: o Gafanhoto Estressado e a Aranha Bem-Intencionada.
Cena um: o Gafanhoto tenta convencer a Aranha de que um colega de trabalho dos dois, o Camaleão é um hipócrita de carteirinha.
-- Esse Camaleão é um fingido, Aranha. Sempre mudando de cor conforme a ocasião.
-- Mas essa não seria só a natureza dele, Gafanhoto? Ele não foi criado desse jeito?
-- Nada! Antigamente, ele fazia o mesmo que nós, dava duro para levar a vida. Depois, virou esse artista em tempo integral, sempre escondido atrás de disfarces e artimanhas.
-- Mas por que ele faria isso?
-- Para tirar proveito da situação. Ele fica ali, na moita, com aquela cara inofensiva, mas, na primeira oportunidade, abocanha os descuidados.
-- Puxa, é verdade. E eu, que passo horas tecendo a minha teia, no maior capricho...
-- E eu, que fico pulando de um lado para outro sem parar? É por isso que vivo estressado. Se distraio-me, o Camaleão solta a língua e me pega.
-- É mesmo. Se você não me abre os oito olhos, eu nunca teria pensado nisso.
-- Porque você é singela e bem-intencionada. Sabe como chama o que o Camaleão está fazendo? Competição desleal no ambiente de trabalho!
-- Faz sentido. Você é um sábio, Gafanhoto.
-- Obrigado, Aranha. Mas o ponto é que não podemos, nunca, confiar no Camaleão.
-- Será que não haveria um jeito de neutralizá-lo? Bom, para nosso benefício mútuo, eu acho que tenho um plano infalível.
-- Tem?
-- Tenho. Escute...
Intervalo: se os antigos gregos não tivessem inventado as fábulas, a democracia e a filosofia (e, ademais, sacado que a soma do quadrado dos catetos era igual ao quadrado da hipotenusa), ainda assim eles teriam entrado para a história por sua habilidade para criar palavras. Como "hipotenusa". Ou "hipocrisia", termo que significa "abaixo da decisão". Hipócrita, no teatro grego, era a maneira como o povo se referia ao ator que representava sem nunca tomar decisões sobre o texto. E seu talento estava em convencer a platéia de que ele não era ele mesmo, mas sim aquele personagem ali no palco. Milênios se passaram e não surgiu palavra
melhor para definir os hipócritas modernos, que continuam tão dissimulados quanto seus ancestrais. A diferença é que os hipócritas evoluíram. Agora, eles criam seus próprios diálogos. Por isso, no palco corporativo, a sobrevivência profissional depende da sensibilidade para identificar os personagens que estão contracenando conosco. O Estressado, que ninguém aprecia muito, pelo menos é sincero ao manifestar seus sentimentos. O que nem sempre é o caso do colega aparentemente bem-intencionado, em quem depositamos toda confiança e para quem abrimos nosso coração.
Cena dois: o Gafanhoto se aproxima para escutar o plano da Aranha. E se enrosca na teia.
Imediatamente, ela o pica e começa a embrulhá-lo para o almoço.
-- O que você está fazendo, Aranha? Nós não somos colegas e parceiros?
-- Não leve a mal, meu caro Gafanhoto, mas essa é a lei aqui da selva: boa intenção é uma coisa e prioridade pessoal é outra...





MOMENTO PARA REFLETIR

A vida tem cores que por vezes não percebemos ,tem sons que nem sempre ouvimos, tem sabores que não provamos, armadilhas que nós mesmos armamos, e caminhos, muitos caminhos, que ainda não percorremos.
Falta-nos tempo para apreciar os detalhes.
Assim, deixamos o tempo, precioso tempo, escorrer pelos dedos da mão.
Filhos que crescem e não percebemos, amores que vão se desfazendo, caindo na rotina massacrante, e não percebemos.
Envelhecemos e abandonamos nossos sonhos, passamos pela vida e reclamamos, um ano começa e quando vemos, já acabou sem ao menos termos vivido.
Nossas orações são ladainhas repetidas, expressões vazias da nossa desilusão, Deus no trono distante, nós na Terra errante...
Não há mais tempo para a vida, apenas para os compromissos inadiáveis da nossa agonia,
somos empurrados pelo consumismo, somos esmagados pelas dívidas, pelo preço de viver.
Na luta diária da sobrevivência não há tempo: para poesia, flores, sentar no chão, andar descalço, comer com a mão, namorar na praça, andar sem direção ter com Deus uma comunhão...Estamos fugindo do encontro crucial  entre nós e os nossos sonhos, entre o que queremos e o que não temos, entre o que imaginamos e o que é.
E fica no ar a pergunta: para onde vamos?
Que você vá rumo à felicidade, descobrindo que a vida é um presente sem igual,
que Deus oferece para alguém especial, sentindo a brisa da manhã que convida,  para a vida que se abre em flor, desejando pra você muita paz e muito amor.

Paulo Roberto Gaefke


até que nos encontremos novamente,
que Deus lhe guarde serenamente na
palma de Suas mãos.






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