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LITURGIA DIÁRIA

LITURGIA DIÁRIA - REFLEXÕES E COMENTÁRIOS

Diário de Quinta-feira 06/01/2011



Quinta-feira, 06 de janeiro e 2011

“Se voz forte servisse pra alguma coisa, o asno possuiria palácios”.  (Sílvia Taraleskof)





EVANGELHO DE HOJE



Lc 4,14-22a

Jesus voltou para a região da Galiléia, e o poder do Espírito Santo estava com ele. As notícias a respeito dele se espalhavam por toda aquela região. Ele ensinava nas sinagogas e era elogiado por todos.
Jesus foi para a cidade de Nazaré, onde havia crescido. No sábado, conforme o seu costume, foi até a sinagoga. Ali ele se levantou para ler as Escrituras Sagradas, e lhe deram o livro do profeta Isaías. Ele abriu o livro e encontrou o lugar onde está escrito assim: "O Senhor me deu o seu Espírito. Ele me escolheu para levar boas notícias aos pobres e me enviou para anunciar a liberdade aos presos, dar vista aos cegos, libertar os que estão sendo oprimidos e anunciar que chegou o tempo em que o Senhor salvará o seu povo."
Jesus fechou o livro, entregou-o para o ajudante da sinagoga e sentou-se. Todas as pessoas ali presentes olhavam para Jesus sem desviar os olhos. Então ele começou a falar. Ele disse:
- Hoje se cumpriu o trecho das Escrituras Sagradas que vocês acabam de ouvir.
Todos começaram a elogiar Jesus, admirados com a sua maneira agradável e simpática de falar.






MEDITANDO SOBRE O EVANGELHO
Padre Queiroz


Hoje se cumpriu esta palavra da Escritura.
Este Evangelho narra o começo da vida pública de Jesus. Nele Jesus apresenta o seu programa. Em poucas palavras, ele resume toda a sua missão. Jesus veio à terra para “anunciar a Boa Nova aos pobres, proclamar a libertação aos cativos e aos cegos a recuperação da vista, para libertar os oprimidos e para proclamar um ano da graça do Senhor”.
O amor de Deus é uma sinfonia em dois movimentos que se completam e interferem mutuamente. Em primeiro lugar, o amor é um movimento vertical, ascendente e descendente. Jesus se referiu a esse movimento, quando disse que veio “anunciar a Boa Nova aos pobres... e proclamar o ano da graça do Senhor”.
O segundo movimento da sinfonia é horizontal, o relacionamento entre nós, que concretiza e realiza o vertical. “Se alguém disser: “Amo a Deus”, mas odeia o seu irmão, é mentiroso; pois quem não ama o seu irmão, a quem vê, não poderá amar a Deus, a quem não vê. Este é o mandamento que dele recebemos: quem ama a Deus, ame também seu irmão” (1Jo 4,20-21). Esse movimento horizontal, às vezes se torna vertical, sendo um verdadeiro “culto” a Deus.
Uma religião que quisesse chegar diretamente a Deus, sem passar pelo próximo, é uma ilusão, uma alienação espiritual, uma mentira.
Jesus privilegia os excluídos pela sociedade: Os pobres, os cativos, os cegos e os oprimidos... Isso significa andar na contramão da sociedade, que privilegia os não excluídos.
O “ano da graça do Senhor”, lá no profeta Isaías (Is 61,1-2), está expresso como “ano do agrado do Senhor”. Portanto é viver bem com Deus, obedecendo os seus mandamentos e fazendo a sua vontade.
No dia do nosso Batismo, nós também assumimos esse programa de Jesus como o nosso programa.
Os primeiros cristãos procuraram por em prática esse programa integralmente.
Foi o cumprimento desse programa que custou a morte para Jesus, e para milhares de mártires da História de Igreja. Apesar disso, a Igreja não desiste de colocá-lo em prática e de lutar para que ele assumido por toda a sociedade.
Está aí o grande desafio para nós, a fim de que aconteça no mundo o Natal. Em outras palavras, para que aconteça a Epifania de Cristo.
Jesus mistura a dedicação ao corpo e a dedicação à alma. Ele não separa as duas atividades. Naturalmente, quer que nós também não as separemos. De fato, quem ama verdadeiramente uma pessoa, não ama só a alma ou só o corpo dela, mas a pessoa inteira. E esse amor inclui também a proteção à natureza.
Diz uma fábula que certa vez Buda estava sentado no chão, ao pé de uma árvore, em oração. Ele tinha as pernas encolhidas e cruzadas, como fazem os orientais quando vão rezar.
Nisto chegou uma rolinha. Ela estava cansada de tanto voar, porque um gavião estava correndo atrás dela, querendo devorá-la.
Buda, mais que depressa, pegou a rolinha e a escondeu dentro do seu paletó. Nisto chegou o gavião e disse a ele: “Dê-me essa rolinha. Eu sou carnívoro e preciso dela para comer”.
Buda pensou: É verdade a rolinha faz parte da cadeia alimentar desse gavião. Mas ele queria salvar a rolinha; então disse ao gavião: “Vamos fazer uma troca: eu dou para você uma parte do meu corpo correspondente à esta rolinha”. O gavião concordou.
Apareceu uma balança, daquelas de dois pratos, e Buda pôs a rolinha num prato e a sua pesada mão no outro. Mas, para surpresa sua, a balança continuou caída para o lado da rolinha. Então ele pôs o seu braço o braço todo no prato... Nada. Colocou o outro braço... Também nada.
Então Buda sentou-se no prato da balança. Aí ela se equilibrou: os dois pratos ficaram na mesma altura.
Nesta hora, Buda disse ao gavião: “Sou todo seu. Pode levar-me. Mas não toque na rolinha”.
A nossa felicidade, a nossa vida, custou a morte de Jesus, como oferta total dele por nós. Amar não é dar coisas ao próximo, mas buscar a sua felicidade, mesmo que para isso precisemos sacrificar a nossa vida. “Ninguém tem maior amor do que aquele dá a vida por seus amigos” (Jo 15,13).
O amor só é verdadeiro se inclui, desde o começo, uma doação da vida. O amor, ou é total, ou não é amor. Amor parcial não existe, é apenas caricatura de amor. Quando vemos um mendigo na rua e lhe damos um trocado, ou apenas um sorriso, não estamos dando apenas um trocado ou um sorriso a ele, mas nesses gestos está embutida a nossa vida toda, doada a ele ou ela, se precisar. Na hora lhe damos apenas um trocado ou um sorriso, por é só disso que o mendigo precisa.
Maria Santíssima, a discípula fiel do Senhor, viveu de corpo e alma esse programa de Jesus e nosso. Que ela nos ajude!
Hoje se cumpriu esta palavra da Escritura.





MEIO AMBIENTE

A falta da consciência ecológica e suas conseqüências
Por Tatiana Renna


Para ter uma idéia da conseqüência da falta de educação ambiental a Sabesp - Companhia de Saneamento Básico de São Paulo - implantou há quase três anos na represa Guarapiranga em São Paulo, o projeto "Sabesp na Operação Defesa das Águas" em parceria com a Prefeitura de São Paulo. O objetivo do projeto é limpar a represa tão importante no saneamento da cidade, porém tão cheia de lixo.
Para realizar esse trabalho duas embarcações estão sendo utilizadas e se deslocam para as margens dos rios e córregos (afluentes da Guarapiranga) removendo todo o lixo que flutua por ali. O lixo acumulado é armazenado e recolhido pela prefeitura que é responsável em destinar esse material para reciclagem.  Mas não é tão simples quanto parece.

Risco para a saúde!

A situação na represa é gravíssima. Só no mês de dezembro um número assustador! Mais de 11 toneladas de lixo foram retiradas da represa Guarapiranga. E pior, esse é um número crescente! Desde setembro, as equipes da empresa têm removido, por mês, mais de 7,8 toneladas de materiais sólidos, como plásticos, pneus, garrafas, pedaços de madeira, entre outros objetos.
Dentre os últimos meses, fevereiro de 2009 teve registrado o maior índice de resíduos captados: foram 7,3 toneladas! Só nos últimos quatro meses, a Sabesp retirou da Guarapiranga 36,2 toneladas de lixo, sendo 8,7 toneladas em setembro, 8,1 toneladas em outubro, 8,3 toneladas em novembro e mais dezembro. A quantidade de lixo coletada até o momento é suficiente para encher 283 caminhões basculantes. É muito lixo! 
Todo esse lixo representa sérios riscos à saúde tanto da população que vive às margens da Guarapiranga e em regiões de enchentes, quanto em larga escala, para o planeta, que não tem como se livrar disso. Como diz o eco-economista Hugo Penteado, as pessoas necessitam entender que o Planeta é equivalente a uma sala fechada. "Se jogarmos nosso lixo na lixeira desta sala, ele continuará na sala. Não temos como mandá-lo para fora dela!" Por acaso mandamos lixo para o espaço? Não! A Terra é um sistema fechado, por isso é tão importante praticar os 4Rs: (Repensar, reduzir, reutilizar e reciclar)."Vamos refletir sobre essa frase para adquiri cada vez mais uma consciência ecológica a fim de passar ao próximo o conceito de educação ambiental.
Passou da hora da população mudar seus conceitos e perceber que a mudança começa dentro de casa. É necessário repensar o modelo de vida tido como ideal, reduzir o consumo, reutilizar o que for possível e reciclar o que não for. Pequenas mudanças comportamentais como a compra de itens que utilizam menos embalagens, pressionam às empresas a produzirem de maneira mais sustentável enfim, pequenas ações que fazem toda a diferença.
Vamos cobrar dos governantes políticas ambientais que saiam do papel e entrem na rotina da cidade e de seus habitantes. Faça a sua parte, destine o seu lixo de sua casa corretamente, recicle, não desmate, proteja os animais, faça parte de alguma organização pró-natureza, divulgue. Vamos proteger o que é nosso. Vamos criar a consciência ecológica de que tudo é interligado porque juntos a natureza somos um organismo só. 

Dados: Sabesp






MOMENTO PARA REFLETIR


Certa vez, fui a um banquete servido em uma aldeia próxima. Todos estavam convidados. Quando o mestre de cerimônias me viu com um manto esfarrapado colocou-me no pior lugar, longe da grande mesa onde os mais importantes convivas estavam sendo servidos com todas as regalias.
Durante meia hora esperei calmamente. Percebi que o mestre de cerimônias nem passava perto de mim. Então resolvi dar o meu jeito. Saí, fui até minha casa e vesti o meu mais bonito manto combinando com um magnífico turbante ganho de presente de um amigo. Assim adornado, retornei à festa.
Por causa da diferente vestimenta não fui reconhecido e logo fizeram soar as trombetas anunciando que alguém importante acabara de entrar. Após o anúncio fui conduzido pelo cerimonial a um assento ao lado do emir.
Logo que me sentei ofereceram-me uma imensa variedade de pratos, um mais bonito que o outro. Não me fiz de rogado. Servi-me e comecei a esfregar comida pelo manto e turbante.
Senti os olhares perplexos dos convidados. O emir então comentou:
- Estou curioso quanto a esse seu costume à mesa. É inteiramente novo para mim.
Respondi prontamente:
- Não é nada demais. O manto e o turbante me fizeram chegar até aqui. O senhor não acha justo que eles ganhem a parte deles?

Do livro: Eu, Nasrudin




até que nos encontremos novamente,
que Deus lhe guarde serenamente na
palma de Suas mãos.





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