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LITURGIA DIÁRIA

LITURGIA DIÁRIA - REFLEXÕES E COMENTÁRIOS

Diário de Segunda-feira 10/04/2017


Segunda-feira, 10 de abril de 2017


"O capitalismo gera o seu próprio coveiro." [Karl Marx]



EVANGELHO DE HOJE
Jo 12,1-11


— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.­
— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo, + segundo João.
— Glória a vós, Senhor!


1Seis dias antes da Páscoa, Jesus foi a Betânia, onde morava Lázaro, que ele havia ressuscitado dos mortos. 2Ali ofereceram a Jesus um jantar; Marta servia e Lázaro era um dos que estavam à mesa com ele. 3Maria, tomando quase meio litro de perfume de nardo puro e muito caro, ungiu os pés de Jesus e enxugou-os com seus cabelos. A casa inteira ficou cheia do perfume do bálsamo.
4Então, falou Judas Iscariotes, um dos seus discípulos, aquele que o havia de entregar: 5“Por que não se vendeu este perfume por trezentas moedas de prata, para dá-las aos pobres?” 6Judas falou assim, não porque se preocupasse com os pobres, mas porque era ladrão; ele tomava conta da bolsa comum e roubava o que se depositava nela.
7Jesus, porém, disse: “Deixa-a; ela fez isto em vista do dia da minha sepultura. 8Pobres, sempre os tereis convosco, enquanto a mim, nem sempre me tereis”.
9Muitos judeus, tendo sabido que Jesus estava em Betânia, foram para lá, não só por causa de Jesus, mas também para verem Lázaro, que Jesus ressuscitara dos mortos. 10Então, os sumos sacerdotes decidiram matar também Lázaro, 11porque por causa dele, muitos deixavam os judeus e acreditavam em Jesus.

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Palavra da Salvação
Glória a vós Senhor.






MEDITAÇÃO DO EVANGELHO
Alexandre Soledade


Bom dia!
Antes de tudo reflita essa frase. Pode até parecer um grande jargão, mas O MUNDO AO NOSSO REDOR MUDA QUANDO RESOLVEMOS, DE FATO, MUDAR TAMBÉM.
Voltando… Esse evangelho nos apresenta diversas possibilidades de reflexão entre elas: ATITUDE, DEDICAÇÃO E O VALOR REAL E APARENTE DAS COISAS.
(…) Atitude: “Então Maria pegou um frasco cheio de um perfume muito caro, feito de nardo puro. Ela derramou o perfume nos pés de Jesus e os enxugou com os seus cabelos”
Quando realizamos ou desempenhamos uma função seja ela no trabalho, em casa, na igreja, (…) temos que ter a idéia se isso vale a pena, pois se tivermos a convicção que isso tem um grande valor teremos mais motivação para dar o máximo para que este se concretize. Ninguém joga um jogo (nem palitinho) pensando e perder. Quem entra num jogo sem vontade de dar o seu máximo, não conseguirá motivar ninguém a jogar com você novamente. Nossas pastorais carecem de gente de atitude e motivada.
Note que a vontade de Maria era agradar seu ilustre hóspede, por isso não mediu esforços para que isso acontecesse. Não estou falando do valor do frasco de perfume, mas na atitude de ter oferecido o seu melhor para agradar. E nós? Ofertamos o nosso melhor no que fazemos?
(…) Dedicação: “E toda a casa ficou perfumada”.
Quando de fato nos entregamos a algo de todo coração, não há como, o que esta a nosso redor também não se “contaminar”. Fazer algo com prazer e focado nas pessoas nos gratifica ao ponto de vermos a graça de Deus pairando sobre o que estamos fazendo. Isso não se estende somente a igreja, a um grupo, a uma comunidade. Esse gesto intenso de amor tem grandes frutos nos ambientes de trabalho e de convívio social.
(…) valor real e valor aparente: “Este perfume vale mais de trezentas moedas de prata. Por que não foi vendido, e o dinheiro, dado aos pobres”?
Boa parte das grandes idéias e ações não sai do papel ou no primeiro ano de aplicação por falta de convencimento pessoal ou de fé em si mesmo. Pergunte-se: O que faz ou esta fazendo atualmente lhe agrada? Consegue ver os frutos do seu trabalho nascer? Esta convencido que não esta sozinho ou que o pensamento ou idéia não é só seu? Consegue manter um projeto, ideal ou sonho sozinho? Todo esforço já empenhado valeu a pena?
Conheço pessoas que tem a sensação que carregam suas comunidades nas costas. E assim também são no trabalho, em casa, na rua, (…). O que procuram? Refletem sobre isso?
O zelo pode também esconder a necessidade que temos de valorização. Ninguém conseguirá, sem conhecer bem sobre o assunto, apresentar o devido valor a algo ou a alguém. Para um simples leigo um quadro de Van Gogh não deixará de ser uma tela qualquer ou um emaranhado de tintas, mas aos olhos de que de fato nos conhece, sabe o que fazemos e como estamos fazendo.
Maria, do evangelho de hoje, soube através da simplicidade, a quem deveria agradar. Não podemos esperar de quem não conhece ou ama, o devido valor pelas coisas que fazemos. Não fazemos e nem podemos fazer algo apenas por A ou B, pois a essência do nosso trabalho deve perfumar a casa toda onde todos habitam.
Um canto não pode agradar apenas minha pastoral; minhas decisões não podem ser tão individualistas que neguem a entrada dos irmãos. A idéia pode ser minha, mas a obra é de Deus e por Ele que nos empenhamos.
“(…) Pois toda casa tem seu construtor, mas o construtor de todas as coisas é Deus. Moisés foi fiel em toda a sua casa, como servo e testemunha das palavras de Deus. Cristo, porém, o foi como Filho à frente de sua própria casa. E sua casa somos nós, contanto que permaneçamos firmes, até o fim, professando intrepidamente a nossa fé e ufanos da esperança que nos pertence”. (Hebreus 3, 3-6)
O que faço vale muito! Derrame-se por completo!
Um imenso abraço fraterno.






MOMENTO DE REFLEXÃO


Vê se pode, Deus mandou seu único filho pra morrer por mim...
Quando penso nisso é difícil acreditar.
Eu mereço tal sacrifício? Eu mereço a vida do filho de Deus?
Isso me faz lembrar de um assassino condenado à morte. Ele se chamava Barrabás e ia ser crucificado. Vocês lembram daqueles filmes de bang-bang ou dos desenhos do pica-pau onde um dono de funerária vestido deterno preto media o tamanho das pessoas pra fazer o caixão?
Pois é, assim como o caixão era feito sob medida, a cruz, naquela época, também era. E foi construída uma cruz do exato tamanho de Barrabás.
E Barrabás estava lá, deitado em uma cela imunda, fétida, cheia de lodo e seu corpo já estava todo surrado. Ele sabia que aquele era seu último dia. Mas de repente alguém apareceu e disse que ele não ia mais ser crucificado, pois, em Seu lugar, morreria uma outra pessoa. Se Barrabás perguntou quem era essa pessoa a resposta foi: “Jesus, um tal de Jesus morrerá em seu lugar.”
Eu até posso imaginar Barrabás saindo da cela e, depois, indo acompanhar a multidão para tentar ver quem era o tal Jesus que ia morrer em seu lugar.
Se Barrabás fez isso eu não sei. Mas sei o que ele viu se procurou ver o tal Jesus: Barrabás viu um homem carregando uma cruz que não era dele. Viu um homem levando chibatadas que não eram pra ele. Barrabás viu pingando um sangue que era inocente. Viu um homem coroado com espinhos de uma polegada cada. Barrabás viu um homem ser pregado em uma cruz que não pertencia a ele. E viu Jesus morrer a morte que não era pra ele – Jesus – morrer. Jesus carregou e foi morto em uma cruz que, sequer, tinha o Seu tamanho.
Pensando nisso, meu amigo, eu só consigo entender uma coisa: a cruz que Jesus carregou não era dele, era minha. Não era pra Jesus ter vertido seu próprio sangue. Naquele dia, era o meu sangue que tinha que escorrer. A morte que Jesus morreu – morte de cruz – era a minha morte. Jesus carregou e foi morto em uma cruz que tinha, exatamente, o meu tamanho. Aquela cruz que Cristo morreu, era minha.
Esse tal de Cristo, segundo a Bíblia, morreu por mim.
Por que? Eu valho tanto assim?
Eu sou um nada. Um grão de areia nesse mundão de meu Deus. Tenho falhas em todos os setores de minha vida. Por que então esse tal de Jesus morreu por mim?
Eu não sei te responder não... mas um dia quero ter a oportunidade de, lá no céu, olhar nos olhos desse Jesus e dizer “obrigado, Jesus. Mas sem querer ser ingrato, por que o Senhor morreu por mim?”
E confesso, não faço a mínima idéia de qual vai ser a resposta dele...
Mas isso me faz lembrar de uma outra coisa: minha filha, que tinha pouco mais de um aninho e se chama Lívia, tinha uma bonequinha de pano. Nós a acostumamos dormir com a tal boneca. E a Lívia acostumou de tal forma que não vai pra cama sem a dita cuja. Com o passar do tempo, por óbvio, a boneca de pano foi ficando velha, furada, e com uma etiqueta toda suja (pra dormir, a Lívia fica enrolando no dedo na etiqueta). Apesar dessa bonequinha estar velha, com espuma saindo pelo buraco, minha filha não dorme sem ela. Às vezes a boneca se perde pela casa, e antes de dormir a Lívia sai procurando e chamando com a aquela voz de anjo: “néquim... néquim...”. E quando ela acha é a maior festa, beijos e abraços na “néquim” dela, e lá vão as duas dormir. Sem medo de errar, eu posso dizer: a Lívia ama aquela bonequinha, por mais velha que ela esteja.

 Sim... eu também estou meio estragado... com meus defeitos e erros brotando pelos meus poros. Mas mesmo assim o meu Deus  me ama. Às vezes também me perco por essa vida, me desvio e erro o caminho... Mas Deus me procura e me reencontra... Aí, meu amigo, é só alegria.
Eu não sei por que Ele faz isso. Mas eu sei que Ele faz. Eu sinto isso todos os dias em minha vida... Jesus está ao meu lado, me ajudando, me carregando no colo e me fortificando.
Meu Jesus não só morreu na minha cruz. Ele ressuscitou para que eu, igualmente, tenha a vida eterna.
Eu não mereço nem uma gota de suor desse tal Jesus. Mas ele deu o próprio sangue por mim.                            
Nesta Páscoa, lembre-se de seu real significado: Um Deus que me ama – e te ama – deixou o Seu Trono de Glória e veio até esta terra, sujar seus pés com poeira, passar fome, frio e calor, ser xingado, apedrejado, vaiado, perseguido e, finalmente, morrer em uma cruz que pertencia a uma pessoa que sou eu e, se você quiser, que era sua também.
Por que ele fez tudo isso?
Vamos combinar: no céu, vamos juntos, eu e você meu amigo, perguntarmos pra ele “Jesus, por que o Senhor morreu por nós?”


Denis Clebson da Cruz (Kzar) ​



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