Domingo, 09 de
abril de 2017
“Perdoe e
doe como se fosse sua última oportunidade. Ame como se não houvesse amanhã, e
se houver um amanhã, ame novamente.”(Max Lucado)
EVANGELHO
DE HOJE
Mt 26,14-27,66
— O Senhor
esteja convosco.
— Ele está
no meio de nós.
—
PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo, + segundo Mateus.
— Glória a
vós, Senhor!
NARRAÇÃO DA
PAIXÃO
Paixão de
nosso Senhor Jesus Cristo segundo Mateus
Narrador 1:
Paixão de nosso Senhor Jesus Cristo, segundo Mateus: Naquele tempo, 11Jesus foi
posto diante de Pôncio Pilatos, e este o interrogou:
Ass.: “Tu és
o rei dos judeus?”
Narrador 1:
Jesus declarou:
Pres.: “É
como dizes”.
Narrador 1:
12E nada respondeu, quando foi acusado pelos sumos sacerdotes e anciãos.
13Então Pilatos perguntou:
Leitor 1:
“Não estás ouvindo de quanta coisa eles te acusam?”
Narrador 1:
14Mas Jesus não respondeu uma só palavra, e o governador ficou muito
impressionado. 15Na festa da Páscoa, o governador costumava soltar o
prisioneiro que a multidão quisesse. 16Naquela ocasião, tinham um prisioneiro
famoso, chamado Barrabás. 17Então Pilatos perguntou à multidão reunida:
Ass.: “Quem
vós quereis que eu solte: Barrabás, ou Jesus, a quem chamam de Cristo?”
Narrador 2:
18Pilatos bem sabia que eles haviam entregado Jesus por inveja. 19Enquanto
Pilatos estava sentado no tribunal, sua mulher mandou dizer a ele:
Mulher: “Não
te envolvas com esse justo, porque esta noite, em sonho, sofri muito por causa
dele”.
Narrador 2:
20Porém, os sumos sacerdotes e os anciãos convenceram as multidões para que
pedissem Barrabás e que fizessem Jesus morrer. 21O governador tornou a
perguntar:
Ass.: “Qual
dos dois quereis que eu solte?”
Narrador 2:
Eles gritaram:
Ass.:
“Barrabás”.
Narrador 2:
22Pilatos perguntou:
Leitor 2:
“Que farei com Jesus, que chamam de Cristo?
Narrador 2:
Todos gritaram:
Ass.: “Seja
crucificado!”
Narrador 2:
23Pilatos falou:
Leitor 1:
“Mas, que mal ele fez?”
Narrador 2:
Eles, porém, gritaram com mais força:
Ass.: “Seja
crucificado!”
Narrador 1:
24Pilatos viu que nada conseguia e que poderia haver uma revolta. Então mandou
trazer água, lavou as mãos diante da multidão, e disse:
Leitor 2:
“Eu não sou responsável pelo sangue deste homem. Este é um problema vosso!”
Narrador 1:
25O povo todo respondeu:
Ass.: “Que o
sangue dele caia sobre nós e sobre os nossos filhos”.
Narrador 1:
26Então Pilatos soltou Barrabás, mandou flagelar Jesus, e entregou-o para ser
crucificado. 27Em seguida, os soldados de Pilatos levaram Jesus ao palácio do
governador, e reuniram toda a tropa em volta dele. 28Tiraram sua roupa e o
vestiram com um manto vermelho; 29depois teceram uma coroa de espinhos, puseram
a coroa em sua cabeça, e uma vara em sua mão direita. Então se ajoelharam
diante de Jesus e zombaram, dizendo:
Ass.:
“Salve, rei dos judeus!”
Narrador 2:
30Cuspiram nele e, pegando uma vara, bateram na sua cabeça. 31Depois de zombar
dele, tiraram-lhe o manto vermelho e, de novo, o vestiram com suas próprias
roupas. Daí o levaram para crucificar. 32Quando saíam, encontraram um homem
chamado Simão, da cidade de Cirene, e o obrigaram a carregar a cruz de Jesus.
33E chegaram a um lugar chamado Gólgota, que quer dizer “lugar da caveira”.
Narrador 1:
34Ali deram vinho misturado com fel para Jesus beber. Ele provou, mas não quis
beber. 35Depois de o crucificarem, fizeram um sorteio, repartindo entre si as
suas vestes. 36E ficaram ali sentados, montando guarda. 37Acima da cabeça de
Jesus puseram o motivo da sua condenação:
Ass.: “Este
é Jesus, o Rei dos Judeus”.
Narrador 1:
38Com ele também crucificaram dois ladrões, um à direita e outro à esquerda de
Jesus. 39As pessoas que passavam por ali o insultavam, balançando a cabeça e
dizendo:
Ass.: 40”Tu,
que ias destruir o Templo e construí-lo de novo em três dias, salva-te a ti
mesmo! Se és o Filho de Deus, desce da cruz!”
Narrador 2:
41Do mesmo modo, os sumos sacerdotes, junto com os mestres da Lei e os anciãos,
também zombavam de Jesus:
Ass.:42”A
outros salvou... a si mesmo não pode salvar! É Rei de Israel... Desça agora da
cruz! e acreditaremos nele. 43Confiou em Deus; que o livre agora, se é que Deus
o ama! Já que ele disse: Eu sou o Filho de Deus”.
Narrador 1:
44Do mesmo modo, também os dois ladrões que foram crucificados com Jesus o
insultavam. 45Desde o meio-dia até as três horas da tarde, houve escuridão
sobre toda a terra. 46Pelas três horas da tarde, Jesus deu um forte grito:
Pres.: “Eli,
Eli, lamá sabactâni?”
Narrador 1:
Que quer dizer: “Meu Deus, meu Deus, por que me abandonaste?” 47Alguns dos que
ali estavam, ouvindo-o, disseram:
Ass.: “Ele
está chamando Elias!”
Narrador 1:
48E logo um deles, correndo, pegou uma esponja, ensopou-a em vinagre, colocou-a
na ponta de uma vara, e lhe deu para beber. 49Outros, porém, disseram:
Ass.:
“Deixa, vamos ver se Elias vem salvá-lo!”
Narrador 1:
50Então Jesus deu outra vez um forte grito e entregou o espírito.
Todos se
ajoelham e ficam em silêncio
Narrador 2:
51E eis que a cortina do santuário rasgou-se de alto a baixo, em duas partes, a
terra tremeu e as pedras se partiram. 52Os túmulos se abriram e muitos corpos
dos santos falecidos ressuscitaram! 53Saindo dos túmulos, depois da
ressurreição de Jesus, apareceram na Cidade Santa e foram vistos por muitas
pessoas. 54O oficial e os soldados que estavam com ele guardando Jesus, ao
notarem o terremoto e tudo que havia acontecido, ficaram com muito medo e
disseram:
Ass.: “Ele
era mesmo Filho de Deus!”
www.paulinas.org.br/diafeliz
Palavra da
Salvação
Glória a vós
Senhor.
MEDITAÇÃO
DO EVANGELHO
M. Asun Gutiérrez
Começa
a Semana Santa, a semana da dor e do
amor da morte e da vida. A primeira semana do novo mundo.
Jesus
caminha decidido para a sua Páscoa, para a Páscoa completa, que é morte e
ressurreição.
Como
é possível conhecer Jesus de bem perto e vendê-l’O? Essa atitude totalmente incompreenssível, é única e exclusiva de
Judas?
Os
evangelhos sublinham a responsabilidade histórica de Judas, não a sua “culpa
jurídica”, menos ainda a sua “condenação eterna”.
O
grão de trigo está a cair na terra e vai morrer.
O
fermento está a esconder-se na massa.
Para
isso veio, para que todos possam comer, para que toda a massa se faça pão.
É
uma ceia de despedida, a última das frequentes refeições que Jesus celebrou (Mc
2, 19; Lc 13,28-29; 14, 15-24), figura e anúncio do alegre banquete que nos
há-de reunir a todos no reino de Deus.
Pedro
demonstra demasiada segurança em si mesmo:
ainda que todos, eu não; eu sou melhor, a minha fé é mais forte… como vou duvidar da minha fé?
Seguiremos
com Jesus mais além do entusiasmo
inicial, quando os problemas se apresentarem e não sejamos de compreender Deus?
Jesus
sempre, e mais ainda nas situações difíceis, refugia-se na oração.
Impressiona
a solidão de Jesus. Em vão volta a procurar consolo nos seus amigos.
Jesus
sabe assumir o inevitável com liberdade interior, pois crê profundamente
que
em todo o momento, inclusive no mais duro, está nos braços amorosos do Pai.
Jesus
não vem pregar verdades gerais, religiosas ou morais, mas proclamar a chegada
do Reino, a Boa Notícia do Evangelho.
É
plenamente rejeitado: é escândalo para os dirigentes religiosos, perigo para o
poder político, decepção para a maior parte do povo e desconcerto para os
discípulos.
Jesus
podia ter dado respostas eloquentes e
convincentes, podia ter pronunciado um grande discurso, podia ter posto em
ridículo os seus acusadores.
A
sua opção não é o triunfalismo.
Não
pronuncia uma palavra contra ninguém. O
silêncio de Jesus é paciente, obediente, misericordioso.
Chave
para entender o aparente silêncio de Deus.
O
duplo julgamento, político e religioso, que Jesus padeceu foi a expressão da
injustiça. Matavam-n’O simplesmente
porque punha em risco a credibilidade do sistema religioso, político e
econômico. Não organizando revoltas populares, mas apresentando um projeto de
vida alternativo onde as pessoas valiam por si mesmas e todas tinham os mesmos
direitos.
Jesus
dá-nos a sua própria tarefa: fazer valer
o direito das pessoas excluídas e pobres. Baixar da cruz as pessoas
crucificadas.
Pedro
entra em pânico quando o descobrem. Pronuncia as palavras mais tristes que pode
dizer quem segue Jesus: “não conheço
esse homem”.
Podemos
identificar-nos com Pedro. Julgava-se
com forças e falha. Ao chorar
amargamente começa a conhecer-se a si mesmo, a fundamentar-se mais na
fidelidade e no amor de Jesus que na sua própria segurança. Jesus perdoa
sempre, confia e dá uma nova oportunidade.
Nós,
os crentes, afirmamos que a história de Judas e de Pedro – traidores , a dos
discípulos – covardes , a de todos nós
(julgamo-nos melhores que eles?) - está nas mãos de Deus e Deus a vai
fazendo, apesar de tudo, história de salvação.
Jesus
crucificado leva-nos a esperar que também para os que crucificam, a última
palavra será o perdão. “Pai, perdoa-lhes... (Lc23,34).
E,
ao final de tudo, tão pouco existirá a separação que hoje se dá – e se deve dar
- entre os que são crucificados e os que crucificam.
Esperamos
que Deus encaminhará tudo para o seu Reino ainda que não saibamos quando nem
como, mas que conta conosco para o alcançar.
Jesus
apresenta-se sempre como alternativa de alguém ou de algo.
Quando
não se tem o valor de optar só por Ele, fazendo calar outros ruídos, outros
interesses, atua-se da mesma maneira que a multidão e Pilatos. Abandonamo-l’O. Condenamo-l'O.
É
fácil manipular a multidão. Num momento
pode gritar “hosana”, e noutro momento “crucifica-O”...
Será
que é a minha postura? Quando me convém, aclamo e acolho Jesus, quando não me
convém, rejeito-O...?
Jesus
foi polêmico contra as normas de pureza,
perante toda a espécie de doutrinas e normas (Mc 7,1-23). Foi polêmico
frente ao mais sagrado do sistema religioso: o templo. Detivieram Jesus, julgaram-n’O,
condenaram-n’O e O executaram pela sua vida, os seus ensinamentos e a sua
conduta.
O
seu exemplo nos convida a termos uma
maior coerência do Evangelho na nossa vida. A escolhê-l’O a Ele
e não a Barrabás;a sermos pessoas solidárias como Simão, valentes e obstinadas
como as mulheres de Jerusalém.
É
um grito de verdadeira angústia, mas ao mesmo tempo expressa o desejo de se agarrar a Deus contra toda a esperança,
de reivindicar a Deus como meu Deus, ainda que, às vezes, O sinta ausente. Dor e esperança.
Comunhão
com os sofrimentos humanos e esperança no Deus da vida.
O
“abandonado” abandona-se nas mãos do Pai.
“Jesus
padece o inferno da ausência de Deus, para que assim não haja inferno
para
mais ninguém” (Von Balthasar).
“A
morte de Jesus na cruz é a consequência duma vida no serviço radical à justiça
e ao amor; é seqüela da sua opção pelos
pobres e os deserdados; da opção pelo seu povo, que sofria exploração e
extorsão. Neste mundo, toda a opção em
favor da justiça e do amor é arriscar a vida”.
(E. Schillebeeckx)
Para
José de Arimatéia é tempo de falar, de pedir, de arriscar. Para as mulheres
tempo de permanecer quietas como testemunhos silenciosos do crucificado. Breve
chegará para elas o tempo de tomar a palavra e de ser as primeiras a anunciar a
Ressurreição.
Jesus
falava de Reino-Reinado e essa palavra provocava medo e punha alerta as
autoridades. Quanto mais poder, mais medo.
Jesus
torna-nos capazes de permanecermos junto aos túmulos do nosso mundo, para os
abrir e anunciar que a morte não tem a última palavra. Anunciar que estamos destinados,
não à cruz, mas à vida. Não ao sofrimento, mas à alegria perfeita. O definitivo não são as “semanas santas” que
vivenciamos, mas a Páscoa, a Ressurreição, a Vida.
VÍDEO
DA SEMANA
A verdadeira liberdade - Pe. Fábio de Melo –
https://www.youtube.com/watch?v=As2lKrp-TV8&list=TLGGA11DaeO7PPoyOTAxMjAxNw
MOMENTO
DE REFLEXÃO
Um
menino de rua, de 12 anos, entrou numa sorveteria, sentou-se em uma mesa e
perguntou para a garçonete que passava:
–
Quanto custa um sorvete?
–
3,00 – respondeu a moça.
O
menino tirou algumas moedas do bolso e começou a contá-las bem devagar para não
errar.
Ele
havia passado a manhã toda catando latinhas e tinha apurado aquele dinheiro:
–
Quanto custa o picolé mais barato?
A
essa altura, já havia mais pessoas esperando para serem atendidas, e a
garçonete estava perdendo a paciência.– 2,00 – respondeu ela, de maneira
brusca.
O
menino, mais uma vez, contou as moedas e disse:
–
Eu vou querer, então, o picolé de 2,00.
Após
alguns minutos, a garçonete trouxe o picolé e a conta, colocou-os na mesa e foi
atender outros clientes.
O
menino terminou o picolé, pagou a conta no caixa e saiu.
Na
mesa, o garoto havia deixado 1,00 todo de moedas.
Ele
havia escrito em um guardanapo: - Esta gorjeta é para a senhora
.
É pouco, mas é de coração.
DEUS
te abençoe!!!!
Com
isso, ela percebeu que o menino tinha pedido o picolé mais barato para que
sobrasse uma gorjeta para ela.
Mesmo
ela tendo sido ríspida com o garoto!
...Quantas
vezes temos a oportunidade de abençoar alguém, sacrificando apenasuma parte do
que temos e não o fazemos?
Quantas
vezes julgamos as pessoas pela aparência, e não pelo seu coração?
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