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LITURGIA DIÁRIA

LITURGIA DIÁRIA - REFLEXÕES E COMENTÁRIOS

Diário de Terça-feira 21/02/2017


Terça-feira, 21 de fevereiro de 2017


“Não fale o que sente a qualquer um. Baú aberto não protege tesouro…”




EVANGELHO DE HOJE
Mc 9,30-37


— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.­
— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo, + segundo Marcos.
— Glória a vós, Senhor!


Naquele tempo, 9Jesus viu um homem chamado Mateus, sentado na coletoria de impostos, e disse-lhe: “Segue-me!” Ele se levantou e seguiu Jesus.

10Enquanto Jesus estava à mesa, em casa de Mateus, vieram muitos cobradores de impostos e pecadores e sentaram-se à mesa com Jesus e seus discípulos. 11Alguns fariseus viram isso e perguntaram aos discípulos: “Por que vosso mestre come com os cobradores de impostos e pecadores?”

12Jesus ouviu a pergunta e respondeu: “Aqueles que têm saúde não precisam de médico, mas sim os doentes. 13Aprendei, pois, o que significa: ‘Quero misericórdia e não sacrifício’. De fato, eu não vim para chamar os justos, mas os pecadores”.

www.paulinas.org.br/diafeliz
  


Palavra da Salvação
Glória a vós Senhor.






MEDITAÇÃO DO EVANGELHO
Alexandre Soledade

Bom dia!
Hoje é dia de São Mateus e o dia nacional da radiodifusão.
Será que um olhar pode mudar a nossa vida? O que um olhar diferenciado pode fazer na vida de quem perdeu a esperança, de um jovem, de uma comunidade?
De fato não temos a convicta certeza que logo após o olhar de Jesus, Levi mudou de vida, mas é fato que mudou. Esse olhar compenetrado e convicto de Jesus era muito mais que um cartão de visita e sim a chave que rompia o lacre de um coração que aguardava ansioso uma chance para amar algo.
Creio que Levi, que virou Mateus, já tinha ouvido falar daquele homem de Nazaré e de seus prodígios, mas como Zaqueu, não esperava que Ele tivesse tempo e disposição para mudar a sua vida. A aproximação de Jesus deve ter gerado uma tremenda angústia em alguém que se acostumou a ser odiado pelas pessoas. Ninguém o viu com bons olhos imagine dar-lhe uma chance.
Aquele que ninguém acreditava, Deus percebeu! Onde apenas viam o pecado, Jesus viu uma grande possibilidade.
“(…) Sobreveio a lei para que abundasse o pecado. MAS ONDE ABUNDOU O PECADO, SUPERABUNDOU A GRAÇA. Assim como o pecado reinou para a morte, assim também a graça reinaria pela justiça para a vida eterna, por meio de Jesus Cristo, nosso Senhor“. (Romanos 5, 20-21)
Alguém com o destino já “traçado” resolve, mediante a um olhar, rever seus planos.
Quando lançamos o olhar de Jesus sobre os que nos cercam podemos de fato ver o que ninguém vê ou não quer ver. O mundo vê jovens desmotivados para as coisas da igreja; os olhos de Jesus acredita ainda no engajamento comprometido.
Nossas igrejas, pastorais e movimentos aos poucos envelhecem, pois negamos ter o olhar de Jesus que cative os mais jovens. Não adianta culpar a internet, as lan-houses, os bailes funk, a televisão pela falta de oportunidades que NÃO DAMOS ao protagonísmo juvenil. O jovem não fica na igreja que o quer velho e triste… Normalmente antes dele se apaixonar pelo rosário e pela oração ele se encanta pelo violão, pela bateria, pelos retiros, pelos amigos, pela atenção…
Mateus foi o primeiro a colocar no papel todo o aprendizado de Jesus a qual chamou de Evangelho. Relatos dizem que Bartolomeu quando saiu a levar a Boa Nova pela Índia levou uma cópia dele. Aquele que não tinha chance foi um dos grandes divulgadores e é somente no Evangelho que leva sua assinatura que vemos talvez a real sensação de como Jesus mudou a sua vida.
“(…) O Reino dos céus é também semelhante a um tesouro escondido num campo. Um homem o encontra, mas o esconde de novo. E, cheio de alegria, vai, vende tudo o que tem para comprar aquele campo. O Reino dos céus é ainda SEMELHANTE A UM NEGOCIANTE que procura pérolas preciosas. Encontrando uma de grande valor, vai, vende tudo o que possui e a compra. O Reino dos céus é semelhante ainda a uma rede que, jogada ao mar, recolhe peixes de toda espécie. Quando está repleta, os pescadores puxam-na para a praia, sentam-se e separam nos cestos o que é bom e jogam fora o que não presta“. (Mateus 13, 44-48)
Quem será esse negociante que resolveu vender tudo que tinha por ter encontrado uma pérola de grande valor?
São Mateus, rogai por nós! Abre nossos olhos para ver o que Jesus deseja que vejamos nos irmãos!
Um imenso abraço fraterno







COMPORTAMENTO

Como lidar com a dor do adeus
Você sabe quanto tempo o luto demora para passar?
Catarina Rivero


Este artigo foi publicado originalmente no site Catarina Rivero e republicado aqui com permissão.

A morte de alguém que nos é querido traz uma dor profunda e cada um de nós reage e vive esta dor de um modo e num tempo específico. Lidar com a perda e adaptarmo-nos a uma ausência é o que se chama o processo de luto. Considerando a proposta de Kübler-Ross, no processo de luto passamos por uma fase inicial de negação em que de algum modo continuamos a aguardar um telefonema e cuidamos dos seus bens ("Não é verdade! Não pode ter acontecido..."), não raras vezes passamos por um período de raiva e revolta com a situação ("por que a mim?! Por que levaram esta pessoa que me é tão querida?!"). Outra fase considerada pela autora é a negociação, em que tendemos a fazer promessas de nos tornarmos "melhores pessoas" se nos derem de volta a pessoa (ou situação) perdida. Geralmente passamos para a fase de depressão em que vivenciamos a tristeza - esta pode ser reativa e passageira ou pode tomar proporções de maior gravidade. Um "luto normal" pode levar até cerca de 2 anos e termina na fase da aceitação, em que conseguimos voltar a criar laços e a dedicar-nos à vida, lembrando-nos de quem partiu com tristeza, mas sem nos devastar emocionalmente.

Cada um de nós passa por essas diferentes fases com maior ou menor intensidade e numa sequência própria (muitas vezes, depois da fase de negociação voltamos à fase de raiva e cólera, ou negação) de acordo com a nossa própria personalidade, a fase de vida em que estamos, a qualidade da relação com a pessoa que perdemos, a causa de morte (morte natural, acidente, suicídio, homicídio ou outro), a idade do falecido, a rede social que temos (familiares, amigos ou profissionais de ajuda com quem podemos falar sobre as nossas emoções). Integramos a perda na nossa vida, guardando memórias de momentos passados com essa pessoa. Aprendemos a cada passo a lidar com a finitude da vida, com a imprevisibilidade e a fatalidade. Aprendemos a criar uma nova relação com a pessoa que saiu fisicamente da nossa vida, transformando a sua presença nas doces memórias que nos confortam.

Há situações em que o luto se mantém durante anos e em que as pessoas não conseguem aceitar ou reorganizar-se emocionalmente. Poderá acontecer de entrar numa depressão, em que há um sentimento não só do vazio no mundo exterior, mas também um vazio interior, um sentimento de desesperança, com impacto significativo na autoestima. É, contudo, importante lembrar que há inúmeras emoções e sensações que podemos ter que, não obstante poderem parecer bizarras ou indicadoras de doença, são naturais no processo de luto: sentir a presença, pensamentos confusos, sonhos recorrentes e mesmo algum tipo de alucinações visuais e auditivas. É ainda comum haver alterações ao nível físico, como sensação de peito oprimido, alterações do apetite, digestão, sono ou fadiga. Com alguma frequência ocorrem também alterações de comportamentos das pessoas em luto como ansiedade, agitação, isolamento social, falar alto com o falecido, guardar os seus bens, etc.

A nossa cultura orienta-nos cada vez mais para o ter e acumular, preparando-nos pouco para o que é transitório, para dizer adeus. Quando as pessoas morrem, não voltam. Encarar esta realidade é uma tarefa do processo de luto (Worden, J.W.) e um desafio às emoções que sentimos. Temos dificuldade em aceitar. Queremos ter, não perder ou lidar com o efêmero, o que não é constante. Trata-se assim de um desafio para refazer a vida de forma gratificante, com tempo e sem sentimentos de culpa ou dívida. Voltar a criar laços com a vida, com harmonia.

Se experienciamos uma fase difícil em termos emocionais, é incontornável o impacto que tal tem na dinâmica da nossa família. O luto é vivido de uma forma tanto mais saudável, quanto é possível e natural falar da morte, da pessoa que morreu, do que sentimos no velório, no enterro. Do que sentimos ao entrar no quarto do falecido, ao olhar a sua cadeira, as suas flores, a sua roupa, o seu perfume. Quando os elementos da família se sentem à vontade para chorar e falar sobre a morte, a tristeza, a saudade, mais capacitados estão para que o luto seja feito de um modo saudável e encontrem um novo equilíbrio. Os rituais em torno do luto constituem assim, independentemente da cultura em questão, um excelente recurso para encarar a realidade, partilhar o que se sente. Mesmo as crianças têm ganhos do ponto de vista do seu desenvolvimento emocional, quando lhes é explicada com naturalidade a morte, quando podem participar nestes rituais, quando podem expressar o que sentem.

Ao perdermos um dos pais ou avós, o cônjuge, um irmão ou um filho, não só sentiremos a falta da pessoa e do que de bom tínhamos naquela relação afetiva, mas também das funções que ocupava em termos práticos: o suporte econômico, gestão das tarefas domésticas, as atividades de lazer realizadas em conjunto ou o apoio a outros familiares. Há uma reorganização das tarefas, da economia familiar, do próprio espaço (desfazendo o quarto do filho ou separando as roupas e bens de um dos pais ou avós) e de todo o cotidiano. Realizar estas tarefas familiares, a par das "tarefas do luto" individuais tornam esta fase mais desafiante. Quanto mais a família tiver uma dinâmica de suporte e respeito pelas necessidades individuais de cada elemento, quanto mais flexível e disponível para a mudança, mais ágil e saudável (embora sempre dolorosa) será a reorganização.

Naturalmente que não existe uma forma certa de fazer o luto. Este traz sempre sofrimento. O fundamental é no tempo de cada um, ir avançando e procurando outras formas de lidar com a realidade, com a vida. Por vezes, poderemos sentirmo-nos demasiado sozinhos ou incompreendidos e, nesse sentido, poderá ser útil procurar ajuda profissional através de psicoterapia individual, familiar ou grupos de ajuda mútua (como é o caso da Âncora: apoio a pais em luto).







MOMENTO DE REFLEXÃO


Há muitos anos, Tom era funcionário de uma empresa muito preocupada com a educação.
Um dia, o executivo principal decidiu que ele e todo grupo gerencial – um total de 12 pessoas – deveriam participar de um curso de sobrevivência, que tinha a forma de uma longa corrida de obstáculos. A prova era cruzar um rio violento e impetuoso.
Para a surpresa de todos pela primeira vez o grupo gerencial foi solicitado a dividir-se em três grupos menores de quatro pessoas para a superação daquele obstáculo.
O grupo A, recebeu quatro tambores de óleos vazios, duas grandes toras de madeiras, uma pilha de tábuas, um grande rolo de corda grossa e dois remos.
O grupo B recebeu dois tambores, uma tora e um rolo de barbante.
Já o grupo C não recebeu recurso nenhum para cruzar o rio; eles foram solicitados a usarem os recursos fornecidos pela natureza, caso conseguissem encontrar algum perto do rio ou na floresta próxima.
Não foi dada nenhuma instrução a mais. Simplesmente foi dito aos participantes que todos deveriam atravessar o rio dentro de quatro horas.
Tom teve a “sorte” de estar no grupo A, que não levou mais do que meia hora para construir uma maravilhosa jangada. Um quarto de hora mais tarde, todo o grupo estava em segurança e com os pés enxutos no outro lado do rio, observando os grupos em sua luta desesperada.
O Grupo B, ao contrário, levou quase duas horas para atravessar o rio. Havia muito tempo que Tom e sua equipe não riam tanto como no momento em que a tora e dos dois tambores viraram com os gerentes: do financeiro, de computação, de produção e de pessoal.
E o melhor estava por vir.
Nem mesmo o rugido das águas do rio era suficiente para sufocar o riso dos oito homens quando o grupo C tentou lutar contra as águas espumantes. Os coitados agarraram-se a um emaranhado de galhos, que estavam se movendo rapidamente com a correnteza.
O auge da diversão foi quando o grupo bateu em um rochedo, quebrando os galhos. Somente reunindo todas as forças que lhes restavam foi que o último membro do grupo C, o gerente de logística, todo arranhado e com os óculos quebrados conseguiu atingir a margem, 200 metros rio abaixo.
 Quando o líder do curso voltou, depois de quatro horas, perguntou:
- Então como vocês se saíram?
O grupo A respondeu em coro:
- Nós vencemos! Nós vencemos!
O líder do curso respondeu:
- Vocês devem ter entendido mal. Vocês não foram solicitados a vencer os outros. A tarefa seria concluída quando os três grupos atravessassem o rio dentro de quatro horas.

Nenhum deles pensou em ajuda mútua, nem sonhou em dividir os recursos (tambores, toras, corda e remos) para atingirem uma meta comum.
Não ocorreu a nenhum dos grupos coordenarem os esforços e ajudar os outros.
Foi uma lição para todos no grupo gerencial. Todos caíram direto na armadilha. Mas naquele dia, o grupo aprendeu muito a respeito de trabalho em equipe e de lealdade em relação aos outros.
 Se parássemos de encarar a vida e as pessoas como um jogo e milhões de adversários, muito provavelmente sofreríamos menos, compreenderíamos mais os problemas alheios e encontraríamos muito mais conforto no abraço de cada um.
Mas, infelizmente, nos enxergamos como rivais, como se estivéssemos em busca de um tesouro tão pequeno que só poderia fazer vitorioso a uma única pessoa.
Ledo engano: o maior prêmio de nossa existência está na capacidade de compartilharmos a vida!
Estamos todos no mesmo barco!
Experimente acolher ao invés de julgar, perdoar ao invés de acusar e compreender ao invés de revidar!
É difícil, sem dúvida! Mas é possível e extremamente gratificante.
A vida fica mais leve, o caminho fica mais fácil e a recompensa, muito mais valiosa.

A EQUIPE FAZ A FORÇA.



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