Segunda-feira,
06 de fevereiro de 2017
“Os dois
fatores que mais nos influenciam são os livros que lemos e as pessoas com quem
convivemos.”
EVANGELHO
DE HOJE
Mc 6,53-56
— O Senhor
esteja convosco.
— Ele está
no meio de nós.
—
PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo, + segundo Marcos
— Glória a
vós, Senhor!
Naquele
tempo, 53tendo Jesus e seus discípulos acabado de atravessar o mar da Galileia,
chegaram a Genesaré e amarraram a barca. 54Logo que desceram da barca, as
pessoas imediatamente reconheceram Jesus. 55Percorrendo toda aquela região,
levavam os doentes deitados em suas camas para o lugar onde ouviam falar que
Jesus estava.
56E, nos
povoados, cidades e campos onde chegavam, colocavam os doentes nas praças e
pediam-lhe para tocar, ao menos, a barra de sua veste. E todos quantos o
tocavam ficavam curados.35De madrugada, quando ainda estava escuro, Jesus se
levantou e foi rezar num lugar deserto. 36Simão e seus companheiros foram à
procura de Jesus. 37Quando o encontraram, disseram: “Todos estão te
procurando”. 38Jesus respondeu: “Vamos a outros lugares, às aldeias da
redondeza! Devo pregar também ali, pois foi para isso que eu vim”. 39E andava
por toda a Galileia, pregando em suas sinagogas e expulsando os demônios.
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Palavra da
Salvação
Glória a vós
Senhor.
MEDITAÇÃO
DO EVANGELHO
Alexandre
Soledade
Bom
dia!
A
primeira leitura proposta pra hoje (1Reis 8,1-7.9-13) veremos Salomão
convocando todos os sábios e anciãos a uma importante missão: Transportar a
Arca da Aliança até o templo em Jerusalém.
A
Arca era o sinal visível da presença de Deus, pois nela continham as duas
tábuas de pedra dadas a Moisés com os dez mandamentos. Muito mais que as leis,
a arca era repleta e preenchida do poder de Deus e a tarefa de carregá-la, além
de muito respeitosa, deveria ser feita por pessoas maduras na fé.
Ao
transportá-la a Jerusalém e até a deixarem lá, sinais e prodígios climáticos e
meteorológicos iam acontecendo inexplicavelmente… No evangelho de hoje vemos a
própria Palavra de Deus (Jesus) novamente sendo transportada. “(…) Jesus e os
discípulos atravessaram o lago e chegaram à região de Genesaré, onde amarraram
o barco na praia. Quando desceram do barco, o povo logo reconheceu Jesus“.
Ao
invés de sinais climáticos, obras físicas (curas e milagres) iam acontecendo
aos que viam ao encontro desse que passava por sua região. Enquanto a arca da
aliança, quando foi conduzida ao templo, as pessoas imolavam (sacrificavam)
animais, cujo sangue derramado era vistos como holocausto. Jesus, a nova arca,
ao invés do sangue e dos sacrifícios de animais, trazia não mais uma nuvem
amedrontadora, mas uma brisa de vida aos que vinham ao seu encontro e mais
tarde, veriam que o único sangue a ser derramado, seria o dele.
Mas
uma coisa não mudou: A arca (Jesus) era transportada, cercada e tocada apenas
por pessoas maduras na fé.
A
maturidade na fé não advém com a idade e sim com o contato. Dizem que não
existe amizade sem cumplicidade. Como posso dizer que sou cristão se não me
tornar dia após dia, cúmplice dessa obra?
Os
discípulos que acompanhavam Jesus, ao longo dos três longos anos de convivência
diária, devem ter aprendido muito com o mestre, mas muito mais que os ensinamentos
que talvez recebessem em particular, ver tudo aquilo acontecer apenas pelo
mover da fé das pessoas, deveriam arrastá-los ainda mais para mares nunca
navegados.
Andar
com Jesus creio eu, deveria ser um tremendo aprendizado e também os tornava
testemunhas vivas dos prodígios que aconteceram. Notem que mesmo vendo tanta
coisa, não foram registrando tudo que ocorria, talvez ao repousar suas cabeças
a noite, ruminavam o que tinha acontecido, discutiam entre eles e assim a
maturidade na fé começava a crescer.
O
reino de Deus tem o tamanho da nossa maturidade espiritual!
Carregar
a arca era uma honra e talvez um premio a todo aquele que atingisse a
maturidade, maturidade esta que precisava vir, antes de tudo de uma mudança de
comportamento quanto a mim e também na relação com os que me cercam…
“(…)
Agora, porém, deixai de lado todas estas coisas: ira, animosidade,
maledicência, maldade, palavras torpes da vossa boca, nem vos enganeis uns aos
outros. VÓS VOS DESPISTES DO HOMEM VELHO com os seus vícios, e vos revestistes
do novo, que se vai restaurando constantemente à imagem daquele que o criou,
até atingir o perfeito conhecimento. Aí não haverá mais grego nem judeu, nem
bárbaro nem cita, nem escravo nem livre, mas somente Cristo, que será tudo em
todos”. (Colossenses 3, 8-11)
O
amor próprio, a dignidade das ações, destemor, fé e o respeito ao próximo eram
e são ainda hoje, etapas imprescindíveis para alcançar esse nível.
Quem
acha que por que coordena uma pastoral ou movimento, ou é sacerdote, ministro,
pregador, ministro de música, (…) já alcançou algo, saiba que, no trajeto da
arca, ainda estamos dentro do barco, ou seja, nem ancoramos em terra firme.
“(…)
O cristão de verdade não pode ficar parado. Ele nunca pode dizer que cumpriu a
sua missão, pois ele deve estar sempre a caminho, sempre se lançando rumo aos
novos trabalhos, prestando atenção aos apelos que a realidade faz, buscando
superar novos desafios e obstáculos, sempre olhando com misericórdia os irmãos
e irmãs, procurando conhecer os seus problemas e necessidades e sendo para
todos a manifestação do amor de Deus que responde ao clamor dos seus filhos e
filhas. Por isso, quando terminamos uma etapa da caminhada, devemos iniciar
outra imediatamente, pois a proposta do Reino exige isso”. (Reflexão proposta pela
CNBB)
Amei
essa reflexão do site da CNBB, pois cada um de nós, alcançando um patamar de
maturidade deve continuar a caminhar. Quem se acha “velho” ou “novo demais”,
deveria rever seus conceitos e ver o valor do que carrega dentro de si “(…) Por
isso, quando terminamos uma etapa da caminhada, devemos iniciar outra
imediatamente, pois a proposta do Reino exige isso”.
Um
Imenso abraço fraterno!
MOTIVAÇÃO
NO TRABALHO
Dos efeitos não-lineares da valorização estética na
empresa
Professor Marins
Um dos mais importantes estudos da
antropologia é o da "estética". Os valores estéticos são considerados
de suma importância para o ser humano. Assim, uma guerra só tem início depois
que todos os guerreiros da tribo fizeram todas as cerimônias e pinturas
corporais e colocaram os adereços próprios da arte plumária. Sem a cerimônia
estética da dança, da arte rupestre, da pintura corporal, da arte plumária a
guerra não pode começar. Modernamente vimos também os chamados
"caras-pintadas" – jovens protestando – com pinturas nos rostos simbolizando sua condição guerreira,
tal qual os indígenas norte-americanos.
Transpondo esses estudos para o mundo
empresarial temos uma realidade semelhante, com efeitos similares.
Uma
empresa mal cuidada, suja, escura, com pessoas mal vestidas, terá baixa
qualidade de produtos e serviços. As pessoas "respondem" ao
meio-ambiente.
Da
mesma forma, uma empresa limpa, bonita, clara, iluminada, com mobiliário
adequado, ar condicionado, plantas, etc. produz colaboradores preocupados com
qualidade.
O
medíocre popular considera a valorização estética uma "perda de
dinheiro", uma "perfumaria" desnecessária. A ignorância da magna caterva só consegue enxergar o
"conteúdo" e não compreende o valor do "continente".
O
metrô de São Paulo é um exemplo emblemático dos efeitos não-lineares da valorização
estética. No metrô nada pode ficar quebrado por muito tempo. Qualquer aparelho
ou equipamento danificado é consertado ou é retirado do local dentro do menor
tempo possível. O resultado é que o mesmo povo que destrói os orelhões, quebra
as praças e emporcalha as ruas de São Paulo, protege o metrô que é considerado
um dos mais bem cuidados, limpos e eficientes do mundo. Como explicar? São milhares de usuários que
diariamente "conservam" o metrô, porque dele sentem orgulho. Depredam
os ônibus e protegem o metrô!
A
valorização estética aumenta a auto-estima das pessoas. Trabalhar num ambiente
bonito, limpo, climatizado, com pessoas bem vestidas, perfumadas, etc., faz o
homem sentir-se mais humano. Todos
estamos buscando desesperadamente melhor "qualidade de vida". E não há nenhuma dúvida de que a qualidade de
vida para o ser humano passa necessariamente pela valorização estética.
Um dos
maiores exemplos dos efeitos não-lineares da valorização estética em urbanismo
é a cidade de Curitiba. A partir da valorização estética da cidade, o então
prefeito Jaime Lerner conseguiu fazer de Curitiba uma outra cidade. Atraiu um
novo pólo automobilístico, fez da cidade uma das mais belas e admiradas cidades
da América Latina por sua "qualidade de vida" e equipamentos urbanos de
qualidade. E tudo começou pela valorização estética.
O que
está acontecendo, por exemplo, com Sorocaba, no interior de São Paulo?
Por
que inúmeros novos investimentos estão sendo feitos naquela cidade?
Por
que a cada dia pessoas ficam mais "encantadas" com a cidade – antes considerada uma cidade "triste",
"feia", "pobre", "pra baixo"?
Desde
que assumiu a Prefeitura, o atual prefeito Renato Amary demonstrou uma enorme
preocupação estética com Sorocaba. Arrumou os canteiros das principais
avenidas, restaurou monumentos históricos, iluminou prédios, pontes e viadutos,
construiu praças com extremo bom gosto, construiu parques centrais onde as
pessoas são incentivadas a caminhar, a praticar exercícios físicos de
condicionamento saudável, etc. A própria
forma de trajar-se do atual prefeito – sempre de
terno escuro e gravatas de bom gosto – trouxe para
Sorocaba efeitos não-lineares que o menos estudioso ou menos observador ou
menos afeito às ciências sociais não consegue enxergar e menos ainda
compreender.
Tenho
encontrado empresários de São Paulo e outras cidades visivelmente
impressionados com a Sorocaba atual. Perguntam-me a todo instante:
"- O que aconteceu com Sorocaba?".
Um
grande empresário que está transferindo suas empresas para Sorocaba disse-me
que estava para escolher entre várias cidades. E como sempre fazem as grandes
empresas que necessitam mudar seus funcionários com familiares para um novo
local, alugou ônibus em vários fins de semana e pediu aos diretores, gerentes e
familiares que visitassem essas cidades e dessem suas opiniões.
"- Sorocaba ganhou disparado!" disse-me o empresário. As
avenidas, os jardins, o shopping, os parques, as lojas iluminadas, os bares, a
vida noturna – tudo simplesmente "encantou" o meu pessoal, emendou
ele. E quando souberam que a cidade tem uma orquestra sinfônica, um belíssimo
teatro, bons cinemas e restaurantes, a escolha ficou irreversível. "Embora
o terreno que tínhamos em vista em Sorocaba fosse o mais caro e de mais difícil
negociação, não tivemos como não optar por Sorocaba".
Amigos e clientes ficam curiosos em saber a
razão de eu morar em uma chácara em Sorocaba sem ter clientes naquela cidade.
Tenho convidado amigos empresários para que nos visitem em finais de semana e
ficam todos simplesmente boquiabertos com a mudança estética que percebem. Até
os jardins das casas estão mais bem cuidados porque a Prefeitura tem dado o
exemplo em cuidar das áreas públicas. As lojas estão mais bonitas, pintadas,
iluminadas, porque a Prefeitura vem dando o exemplo de cuidar melhor do
patrimônio público e do meio-ambiente. E opiniões como essa vêm se repetindo
dia após dia.
Assim, empresas, empresários e executivos de
São Paulo estão pensando seriamente em mudar-se para o interior que vem sendo
esteticamente valorizado pelas administrações municipais mais lúcidas e
competentes como em Sorocaba.
Como nas cidades, a mesma realidade precisa
ser compreendida para a empresa.
E a valorização estética na empresa
ultrapassa os limites do ambiente físico e deve abranger a "ética" ,
as "boas maneiras" , a "polidez", atingindo aspectos de
valorização da cultura, da educação, das artes, da música.
Um dos grandes exemplos mundiais da
valorização estética e sua importância para o sucesso empresarial é a Disney. A
atenção aos detalhes na valorização estética em tudo é um dos pontos
fundamentais da fórmula do sucesso Disney.
É preciso compreender que a valorização
estética não é dinheiro "jogado fora". É "investimento!" Ela traz – e somente
ela poderá trazer de volta – a
auto-estima necessária para nossos funcionários, nossos
clientes e trazer até efeitos incrivelmente benéficos para a
nossa "marca". E
"belo" não significa necessariamente "caro".
"Belo" não significa necessariamente "supérfluo".
Pelo contrário, a valorização estética aumentando a nossa
auto-estima, aumenta o nosso comprometimento com a empresa, aumenta o nosso
prazer em trabalhar e viver e o nosso orgulho em representar uma marca e pertencer a uma empresa que compreende a
importância da valorização estética, do belo, do bom e do que nos faz
"seres humanos".
Você empresário, pense nos detalhes estéticos
da sua empresa. Não estará a sua empresa "embrutecida" pelo descuido
dos detalhes estéticos? Como estão os jardins? Como está a pintura? As cores
são alegres, induzem limpeza? O ambiente interno é agradável? Os veículos são
limpos e cuidados? Como é a iluminação interna e externa? Os ambientes são
claros, bem iluminados? O café é bom? As
xícaras são bonitas? Os móveis são confortáveis e de qualidade? Como é o
refeitório dos funcionários? E como são os banheiros? Os luminosos da fachada
estão com todas as lâmpadas acesas? Estão limpos?
Faça você mesmo o seu check list e lembre-se da importância dos efeitos
não-lineares da valorização estética para sua empresa.
MOMENTO
DE REFLEXÃO
Às
vezes, fico me perguntando por que, pra algumas pessoas, é tão difícil ser
transparente? E quando digo ser transparente, falo da transparência no real
sentido da palavra... Não falo em uma pseudo-transparência que certas pessoas
somente fingem ter diante dos outros. Ser transparente não é ter falsas
atitudes decentes.
Ser
transparente não é ter argumentos pra justificar situações ridículas e
inaceitáveis. Ser transparente não é vestir a máscara de pessoa correta e
tentar enganar os outros.
Ser
transparente é muito mais do que isso.
Ser
transparente e sincero é, antes de tudo, não enganar a si mesmo. É ter coragem
de se expor, de ser frágil, de chorar, de falar do que realmente sente...
Ser
transparente é não vulgarizar os sentimentos puros, como o amor... Ser
transparente é não dizer "Eu te amo" da boca pra fora. Ser
transparente é não dizer "eu te odeio", quando na verdade se quer
dizer "você me magoou"...
Ser
transparente é não fazer promessas que nunca vai poder cumprir... Ser
transparente é não se fazer de vítima das situações e, sim, assumir cada
palavra dita, admitir cada gesto (por menor que seja) e cada pensamento.
Ser
transparente é respeitar, acima de tudo, os sentimentos alheios.
Ser
transparente é também assumir sua parcela de culpa em cada sofrimento vivido.
Ser transparente é desnudar a alma, deixar cair as máscaras, baixar as armas,
destruir os imensos os muros que nos empenhamos tanto para levantar...
Ser
transparente é permitir que toda a nossa doçura e nossa real essência aflore e
transborde!
Mas
infelizmente, quase sempre, a maioria de nós decide não correr esse risco.
Preferimos
a dureza da razão à leveza que exporia toda a fragilidade humana.
Preferimos
a falsa segurança de uma mentira escondida ao temor da verdade exposta.
Por
mais doloroso que seja ter de construir uma máscara que nos distancia cada vez
mais de quem realmente somos, preferimos, assim, manter uma imagem que nos dê a
sensação de proteção; uma imagem de pessoa decente, correta, digna e
completamente confiável... E, na realidade, nem todos somos...
E
assim, nos afogamos mais e mais em falsas palavras, em falsas atitudes, em
falsas promessas, em falsos sentimentos. Acabamos nos perdendo de nós mesmos e
já não sabemos onde está nossa franqueza, nossa brandura, nosso amor mais
intenso e não-contaminado.
Com
o tempo, um vazio frio e escuro nos faz perceber que já não sabemos dar e nem
pedir o que de mais precioso temos a compartilhar: amor, doçura, compaixão,
compreensão, confiança, respeito...
Então
sofremos, ficamos sós, imensamente tristes e choramos baixinho antes de dormir,
num silêncio que nos remete a uma saudade desesperada de nós mesmos e,
principalmente, das pessoas especiais que perdemos por causa da nossa falta de
atitude sincera...
Isso
porque, infelizmente, achamos que é melhor fugir, se esconder, mentir, acusar,
magoar, criticar, desrespeitar e julgar do que simplesmente "dizer a
verdade"!! Porque aprendemos que dizer isso é ser fraco, é ser bobo, é ser
menos do que o outro, é se expor demais...
Quando,
na verdade, se agíssemos com o coração e com total sinceridade, poderíamos
evitar tanta dor, tanto sofrimento, tanta decepção e tantas perdas...
Que
consigamos não prender o choro, não conter a gargalhada, não esconder tanto o
nosso medo, não desejar parecer tão invencível, não impor nossas falsas
verdades.
Que
consigamos falar a verdade mesmo (doa a quem doer), que consigamos admitir
nossos erros, que consigamos pedir desculpas pelas nossas faltas.
E
que consigamos falar somente o que sentimos de verdade: amor ou ódio, tristeza
ou alegria, decepção, orgulho...
Que
consigamos docemente viver, sentir, ser o que somos, amar... e se deixar ser
amado!! Que sendo transparentes, possamos ser plenamente felizes...
Espero,
sinceramente, que um dia VOCÊ CONSIGA SER TRANSPARENTE E FELIZ, apesar de todo
o risco e dor que isso possa significar.
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