Segunda-feira,
13 de fevereiro de 2017
“Todos
julgam segundo a aparência, ninguém segundo a essência.” (Friedrick V.Schiller)
EVANGELHO
DE HOJE
Mc 8,11-13
— O Senhor
esteja convosco.
— Ele está
no meio de nós.
—
PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo, + segundo Marcos
— Glória a
vós, Senhor!
Alguns
fariseus chegaram e começaram a falar com Jesus. Eles queriam conseguir alguma
prova contra ele e por isso pediram que ele fizesse um milagre para mostrar que
o seu poder vinha mesmo de Deus. Jesus deu um grande suspiro e disse:
- Por que as
pessoas de hoje pedem um milagre? Eu afirmo a vocês que isto é verdade: nenhum
milagre será feito para estas pessoas.
Então Jesus
foi embora. Ele subiu no barco e voltou para o lado leste do lago.
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Palavra da
Salvação
Glória a vós
Senhor.
MEDITAÇÃO
DO EVANGELHO
Alexandre
Soledade
Bom
dia!
Sinais?
Que mais sinais e milagres esses homens ainda precisavam ver para crer?
O
suspiro dado pelo Senhor revela o lado humano de Deus. O próprio milagre
encarnado a sua frente e os fariseus preocupados com milagres. É duro, mas
somos assim também. É definitivamente impossível agradar o ser humano.
Os
fariseus não queriam mais um profeta a denunciar suas mazelas, mas talvez
aceitariam o milagreiro. A presença de Jesus trazia certo desconforto àqueles
que já tinham se acostumado com regalias, bajulações e a acobertações dos seus
erros. Esses mesmos homens que viam Jesus como um problema eram os mesmos que
frequentavam os templos a procura do cumprimento da palavra de Deus em suas
vidas. Eram homens vividos, inteligentes, bem sucedidos, mas não conheciam a
Deus.
Outro
ponto: É intrigante tentar entender o comportamento humano de Cristo.
Tentemos
compreender alguém, que por ser Deus conhecia as nossas aflições e angustias,
mas nunca as havia vivido na pele e como afirma Augusto Cury: “Enxergava as
nossas lágrimas, mas nunca as tinha chorado”. Se fez humano para talvez
senti-las. Jesus sabia o teor do coração daqueles que o indagavam. Talvez visse
neles grandes potenciais a serem explorados, esperança, alegria, pois ninguém é
ruim por completo. Somos vítimas de boas ou más escolhas que fazemos. Sim! De
opção própria, nos entregamos a busca de coisas de menor valor espiritual e
maior material. Como então não suspirar
de decepção com esse fato?
“(…)
Se ressuscitastes com Cristo, buscai as coisas do alto, onde Cristo está
entronizado à direita de Deus; CUIDAI DAS COISAS DO ALTO, não do que é da
terra. Pois morrestes, e a vossa vida está escondida com Cristo em Deus. Quando
Cristo, vossa vida, se manifestar, então vós também sereis manifestados com
ele, cheios de glória”. (Colossensses 3, 1-4)
O
Senhor sabia das coisas belas que poderia compartilhar conosco se quiséssemos,
mas as necessidades e interesses mais imediatos os cegavam e ainda nos cegam.
Todo aquele tesouro a disposição dos que compartilhavam da sua presença,
trocado por um milagre.
Esse
mesmo autor nos revela as características mais marcantes desse Deus feito
homem. As possuía e desejava que buscássemos.
“(…)
Na sua humanidade, escondem-se as coisas mais belas e de que mais necessitamos:
a paciência, a tolerância, a capacidade de superação do medo, a singeleza,
domínio próprio, o diálogo aberto, a capacidade de contemplação do belo nas
pequenas coisas. A fantástica noticia é que apóstolo Paulo comenta que todas
essas características podem ser comunicadas ao homem através do Espírito Santo.
O homem frágil e débil pode ter acesso à natureza de Deus. Pode ser comum por
fora, mas especial por dentro”. (Augusto Cury)
Como
o próprio texto em destaque cita, eles devem ser buscados.
Outro
ponto: Estamos em ano eleitoral. Quantos serão levados a votar nesse ou naquele
candidato por interesse de outro? Sim! Interesses. Somos movidos por eles, se
são justos ou não ai cabe a reflexão.
Na
promessa de algum privilégio ou promessa cumprida do candidato “A” que às vezes
já tem toda uma escola de facilitações, injustiças, desvios de conduta, (…);
arrebanho o maior número de amigos e conhecidos para que votem nele. Omito que
no fundo o grande beneficiado serei eu mesmo, e ainda justifico que isso é
normal, comum,… Quem é que perde com essa nossa opção? Conseguimos dormir bem
logrando êxito sobre a desgraça anunciada sobre outros?
Pode
até parecer que os pontos citados não se casam, mas convenientemente, eles são
bem atuais. A Campanha da Fraternidade que esta pra se iniciar pergunta: Como
posso eu SERVIR A DEUS E AO DINHEIRO? Como posso tocar as coisas que são
eternas por coisas que seu valor é transitório e temporal?
Sim,
Ele disse que veio para que tivéssemos vida em abundancia (João 10, 10), mas
também abandonou de mãos vazias os poderosos, os que escondem seus interesses,
os gananciosos, invejosos. Enalteceu os humildes, se revelou aos puros de
coração, curou quem o tocou, mudou e muda até hoje, a vida de quem acredita em
seus valores; se rendeu ao pedido depositado nas duas moedas de uma viúva; e
viu dentro do coração de um centurião a maior prova que podemos mudar mesmo em
um sistema já corrompido.
“(…)
Respondeu o centurião: Senhor, eu não sou digno de que entreis em minha casa.
Dizei uma só palavra e meu servo será curado” (Mateus 8, 8).
Um
imenso abraço fraterno!
MOTIVAÇÃO
NO TRABALHO
Dos Perigos da Ansiedade com a Crítica
Luiz Marins
Anita, nossa colega de trabalho na
universidade, estava com um lindo vestido verde. Ela sempre usava aquele
vestido. Perguntei antes, sem que ela percebesse, o que todos achavam daquela
roupa. Todos disseram que era muito bonita mesmo e que gostavam de vê-la com
aquele vestido. Cheguei perto de Anita e disse-lhe: "- Anita. Este seu
vestido verde é feio e não combina com você. Não sei porque você insiste em
usá-lo."
Pedro, o gerente de nossa conta no banco,
tinha uma gravata que todos invejavam. Era sóbria, bem caída, de seda, com
aparência de Hermés. Toda vez que ele aparecia com aquela gravata fazíamos
entre nós um comentário favorável – até de inveja.
Cheguei ao Pedro e disse: "- Pedro. Nunca vi uma gravata tão sem
personalidade como essa sua. Ela não tem cor definida, é pobre e
antiga...".
Contei essa experiência maldosa que fiz para
alguns colegas de departamento e ficamos observando o comportamento dessas pessoas.
Passaram-se três meses e Anita nunca mais apareceu com aquele vestido.
Passaram-se quatro meses e Pedro nunca mais apareceu com sua linda gravata que
todos invejavam.
Passado esse tempo de observação, perguntei
primeiro a Anita e depois a Pedro porque eles não haviam mais aparecido na
universidade com aquele vestido e aquela gravata. Quase morri de remorso quando
ambos disseram que haviam doado – Anita, o
vestido e Pedro, a gravata – para um "bazar da
pechincha" (Anita) e para um sobrinho (Pedro). Quando perguntei a razão
pela qual haviam se desfeito daquelas peças, ambos me responderam: "-
Ninguém gostava daquele(a)...."
Fui mais a fundo e perguntei a eles quantas
pessoas haviam criticado aquelas peças de roupa para eles. Eles pensaram,
pensaram e disseram: "- Você foi um deles!" e eu perguntei "- E quem mais? Tentem
lembrar..." E nenhum dos dois conseguiram dizer uma só pessoa a mais que
havia criticado aquele vestido e aquela gravata. Fui ainda mais fundo com eles
na análise (que eles até ali não compreendiam) e pedi a eles que lembrassem
quantas pessoas elogiavam aquele vestido e aquela gravata. E eles disseram, com
rapidez de memória que várias pessoas – no
trabalho, na família e até desconhecidos – haviam, de
fato, feito referências agradáveis àquelas
roupas....
Cheio de remorso pelo fato de Anita e Pedro
terem se desfeito das peças, contei-lhes a maldosa experiência de antropologia
que eu havia feito com eles. Eles mal acreditavam no que estavam ouvindo....
A verdade é que bastou uma crítica para que
eles não desejassem mais usar o vestido e a gravata. E por que uma crítica
pesou mais do que inúmeros elogios que haviam recebido no passado em relação às
mesmas peças? Por que Anita e Pedro não tiveram a capacidade de analisar
criticamente a situação de crítica e comparar com os elogios recebidos e
concluir que aquela crítica poderia – com certeza
– ser fruto de inveja ou de simples maldade? Por que não foram
capazes de continuar usando as peças que tanto gostavam? Por que não foram
capazes de me dizer, quando as critiquei: "- Que pena que você não gosta
do meu vestido (ou gravata). Pois eu o(a) adoro.... Sinto muito se ofendo seus
belos olhos com este meu vestido (gravata)..." E simplesmente continuar usando o vestido e a
gravata sem dar a mínima bola para o meu comentário?
Todos nós, seja na vida pessoal ou
profissional, acertamos e erramos, agradamos e desagradamos, temos sucessos e
fracassos. Não há nenhum ser humano que nunca tenha errado ou que nunca tenha
desagradado outros seres humanos. Assim, apesar de todos os esforços sinceros e
constantes, alguns produtos podem sair com defeito da linha de fabricação. Por
mais consciência que tenhamos da necessidade de termos paciência e sermos
corteses ao nos relacionarmos com clientes, fornecedores, etc. às vezes – e por várias razões – perdemos a calma, a cabeça, erramos,
enfim. É preciso
compreender a natureza do ser humano e da própria diferença entre cada
uma das pessoas. Assim, agradar a todo mundo o tempo todo e fazer disso uma
ansiedade é mais prejudicial do que benéfico para o nosso
desenvolvimento pessoal e profissional.
É claro que devemos buscar a perfeição, lutar
por ela, tomar todas as providências – em todos os
níveis – para garantir que nossos produtos, atividades, etc.
sejam os mais perfeitos. Porém não podemos fazer disso uma ansiedade. É preciso
que façamos uma análise crítica de nossas atividades e verifiquemos se estamos
acertando mais do que errando. Os erros devem ser sempre uma exceção e não a
regra, é claro. O que percebo em muitas pessoas e empresas é que os erros ou o
fato de desagradarmos alguém são tratados com excesso de ansiedade e criando-se
um clima falso de que a pessoa e/ou a empresa são um fracasso generalizado, o
que não é verdade.
Assim, com ansiedade pelos erros ou pelo
descontentamento manifestado por alguns poucos, podemos incorrer no risco de
mudar coisas que estão agradando a muitos – que não se
manifestam ou para quem não damos a mesma atenção. Por isso a análise é importante.
Temos a tendência de nos concentrar nas críticas e logo queremos fazer
mudanças. Será que não mudaremos coisas que estão agradando a grande maioria?
As críticas e os erros devem ser tratados com a necessária naturalidade e
compreensão da imperfeição do ser humano e do entendimento de que é impossível
agradar todo mundo em todo tempo. Mudar o que deve ser mudado é essencial para
o sucesso. Mas a ansiedade é sempre prejudicial e poderá nos levar a mudar
coisas que deveriam ser reforçadas em vez de modificadas. Sem análise crítica e
com base na emoção, empresas e pessoas têm cometido erros fatais e acabam
fazendo exatamente o que a concorrência deseja....
Veja se você como pessoa ou profissional ou
mesmo sua empresa não cometem esse erro de ter demasiada ansiedade frente a
possíveis erros cometidos ou críticas recebidas. O que pensa a grande maioria?
Cuidado para não mudar de rumo ou tomar atitudes drásticas de mudança com base
em alguns poucos, talvez invejosos, eternamente descontentes, até consigo
próprios....
MOMENTO
DE REFLEXÃO
Foi
um choque para aquela jovem mãe quando recebeu o diagnóstico de câncer.
Sucederam-se
os tratamentos e, naquele dia, após o internamento, quando ela voltava para
casa, se sentiu muito triste. Ela estava consciente da sua aparência. Estava
sem cabelos, por causa da radioterapia.
Sentia-se
desencorajada. Seu marido continuaria a amá-la? E seu filho? Ele tinha apenas
seis anos.
Quando
chegou em casa, sentou-se na cozinha, pensando em como explicar a seu filho
porque estava tão feia.
Ele
apareceu na porta e ficou olhando-a, curioso. Quando ela iniciou o discurso que
ensaiara para ajudá-lo a entender o que via, o menino se aproximou e se
aconchegou em seu colo, quietinho, a cabeça recostada em seu peito.
Ela
acariciou a cabecinha do filho e disse: “você vai ver como daqui a pouco o meu
cabelo vai crescer e eu vou ficar melhor, como era antes”.
O
menininho se levantou, olhou para ela, pensativo. Depois, com a espontaneidade
da sua infância, respondeu: “seu cabelo está diferente, mãe. Mas o seu coração
está igualzinho.”
A
mãe não precisava mais esperar por daqui a pouco para melhorar. Com os olhos
cheios de lágrimas, ela se deu conta de que já estava muito melhor.
O
essencial é invisível aos olhos, dizia o pequeno príncipe, no livro de Antoine
de Saint Exupéry. Quem ama vê além da aparência física e é isto que ama: a
essência.
Por
isto os casamentos em que o amor é o autêntico laço de união perdura, apesar
dos anos transcorridos. Para quem têm olhos de amor, o olhar penetra além do
corpo físico que perdeu um tanto do vigor e já não apresenta a exuberância
plástica dos verdes anos.
Para
esses, o amor amadurece a cada ano, solidificando-se a cada dificuldade
enfrentada, a cada óbice superado, a cada batalha vencida.
Enquanto
os cabelos vão sendo prateados pelo exímio pintor chamado tempo, e a artista
plástica chamada idade vai colocando pequenos sinais na face, aqui e ali, o
amor mais cresce.
O
sentimento se engrandece à medida que o passo deixa de ser tão vigoroso e um se
apóia no outro para descer os degraus, para subir uma escadaria.
A
solidariedade se torna mais intensa, enquanto a vista se embaça um pouco e o
extraordinário computador que é o cérebro já não consegue fazer as corretas
equações matemáticas, para aquilatar se dá ou não tempo para atravessar a rua.
Uma mão segura a outra, muda, para afirmar: esperemos um pouco.
Envelhecer
ao embalo do amor é maravilhoso. Desfrutar do aconchego um do outro é
reconfortante.
Felizes
os casais que envelhecem juntos. Felizes os filhos que sabem aproveitar da
companhia generosa de pais e avós que o tempo alcançou.
De
todos os momentos da vida os mais preciosos são os desfrutados com amor.
Quando
as dificuldades se avolumam, os problemas crescem, os dias solitários chegam, é
maravilhoso ter momentos de carinho para serem recordados.
Momentos
que recebemos ou que ofertamos. Momentos que nos fizeram extremamente felizes.
Momentos que, revividos, pelos fios invisíveis do pensamento, ainda nos
reconfortam e aquecem o coração.
Por
tudo isso, ame muito e permita-se amar por seus amores.
Que reflexão mais linda
ResponderExcluirAmei essa reflexão, muito linda
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