Terça-feira,
23 de agosto de 2016
“Amizades
são coisas frágeis, e requerem muito mais cuidado que todas as outras coisas
frágeis que existem.” (Randolph S Bourne)
EVANGELHO
DE HOJE
Mt 13,44-46
— O Senhor
esteja convosco.
— Ele está
no meio de nós.
—
PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo, + segundo Mateus.
— Glória a
vós, Senhor!
- O Reino do
Céu é como um tesouro escondido num campo, que certo homem acha e esconde de
novo. Fica tão feliz, que vende tudo o que tem, e depois volta, e compra o
campo.
- O Reino do
Céu é também como um comerciante que anda procurando pérolas finas. Quando
encontra uma pérola que é mesmo de grande valor, ele vai, vende tudo o que tem
e compra a pérola.
www.paulinas.org.br/diafeliz
Palavra da
Salvação
Glória a vós
Senhor.
MEDITAÇÃO
DO EVANGELHO
Jailson
Ferreira
Eu
fico tentando entender por que Jesus fez essa comparação do Reino dos Céus com
o comprador que procura pérolas preciosas. Imagine: uma pessoa que tem como
objetivo de vida comprar pérolas preciosas!!! Podem dizer muitas coisas desse
homem, mas uma coisa é certa: esse é um homem que sabe o que quer!
Certa
vez, em uma de suas pregações, o saudoso Padre Léo falou deu um cachorro que
ele tinha em uma de suas comunidades. Certa vez esse cachorro estava
perseguindo um gato, e esse gato subiu em uma árvore. O cachorro ficou no chão,
latindo, latindo, e quando viu que não adiantava latir, ele desistiu de latir,
mas não desistiu de pegar o gato! Ficou lá no chão esperando o gato descer, ou
alguém ir lá buscá-lo. E lá eles passaram horas, até alguém espantá-lo e tirar
o gato lá de cima.
A
historinha é outro exemplo de determinação. O cachorro sabia o que queria:
pegar o gato! O comprador de pérolas sabia o que queria: uma pérola preciosa! E
você: o que você realmente quer da vida e faria qualquer coisa para conseguir?
Qual é a sua pérola preciosa? Será que é uma pessoa? Dinheiro? Fama? Não se
preocupe, pois não vou recriminá-lo(a). Quero apenas que você reflita sobre o
que você mais quer da vida, e onde está concentrando suas forças.
Quem
não sabe para onde vai, nunca vai chegar a lugar nenhum! O maior índice de
suicídios acontece entre pessoas que não tem objetivo na vida. Muitos são
jovens riquíssimos, que já tem tudo o que gostariam de ter... Pergunte a ele:
Qual a sua pérola? E ele vai responder: "Continuar vivendo assim pra
sempre... Sem precisar me esforçar." Está morto por dentro...
Meu
irmão, minha irmã, tenha sempre uma meta na vida. Não importa a sua idade, seu
estado de saúde, sua condição financeira... Procure a sua pérola preciosa! Se
você for assim, como um comprador que procura pérolas preciosas, o Reino dos
Céus é como você... Observe que o Reino dos Céus não é a pérola preciosa, mas é
como o comprador! Então viva toda a sua vida como um comprador que procura
pérolas preciosas. As pérolas estão espalhadas por todos os lugares, todos os
dias, em todas as pessoas com quem convivemos... mas precisamos "abrir a
concha"...
jailsonfisio@hotmail.com
COMPORTAMENTO
A sutil
delicadeza do amor crepuscular
Revista Pazes
Você
já pensou alguma vez no amor crepuscular? Gostaria de lhe mostrar o que é e por
que é tão belo e atraente, já que o amor crepuscular implica um carinho que
chega em um momento exato, no qual você saberá valorizá-lo melhor do que se
tivesse chegado em uma etapa anterior. De fato, não é incomum ter experimentado
anteriormente a sensação de que um amor, talvez, tenha aparecido depressa
demais.
O
amor quase nunca avisa quando chega, não tem campainha, nem convites, nem vem
acompanhado de uma corte que lhe permita ser visto a distância. Depende de cada
um, de como é aceito e vivido. Contudo, existem momentos nos quais parece que
ele soube escolher a ocasião perfeita para aparecer. O amor crepuscular é
assim.
O que é o
amor crepuscular?
Um
ditado popular diz que “existem amores que matam”. Contudo, o amor crepuscular
é o oposto deste ditado célebre. Ao contrário, o amor crepuscular se refere a
esse sentimento tranquilo, de carinho e compreensão, que chega justo na hora em
que precisa aparecer. É um resumo de experiências que envolve a sabedoria de
saber o que não queremos e o que o nosso coração anseia com força.
Quando
os nossos corações estão doidos de paixão e castigados de sofrimento pelas
vivências passadas, chega uma hora em que precisam de calma e repouso. É nessa
hora que se produz a situação ideal para que o amor crepuscular encha de
alegria a sua alma. Porque o amor crepuscular é um amor tranquilo e relaxado.
Um sentimento de união entre duas pessoas que não tem nada a ver com os
rigores, a pressa e os exageros de relacionamentos passados.
O
amor crepuscular se alimenta das experiências vividas. Chega uma hora em que
sabemos perfeitamente o que queremos. De repente, sabemos do que não gostamos
porque aprendemos com as experiências que nos fizeram sofrer e desfrutar. Disso
surge um profundo conhecimento de nós mesmos e de nossos sentimentos que, junto
à pessoa adequada, é um exagero de paixão tranquila e bela.
Os amores de
hoje e sempre
É
de conhecimento de todos que ao longo dos anos nós, seres humanos, vivemos uma
quantidade enorme de emoções e sentimentos relacionados ao amor. Desde muito
jovens começamos a sentir um coração forte e palpitante, que precisa de fortes
emoções.
Já
na plena juventude, especialmente durante a adolescência, desperta em nossos
corações uma paixão desenfreada que nos faz viver com intensidade cada emoção
da alma. Tanta que inclusive pode doer não estar com o ser querido. Um primeiro
amor que é puro fogo e ardor sem fronteiras.
“Se
a paixão, se a loucura não passasse alguma vez pelas almas… de que valeria a
vida?”
-Jacinto
Benavente-
Posteriormente,
vão chegando outros relacionamentos que combinam experiência e descobertas.
Amores da juventude que embora já tenham um certo conteúdo do que foi vivido anteriormente,
ainda não podem ser considerados como crepusculares, já que mantêm um certo tom
de imaturidade adolescente e uma tensão constante, mas vão definindo as bases
da personalidade.
Finalmente,
depois de um longo processo de dores, sofrimento, prazer e diálogo, chega o
momento do amor crepuscular. Os corações já passaram por tantos relacionamentos
amorosos que precisam de um merecido descanso do guerreiro e sabem como
consegui-lo, pois conhecem bem a si mesmos, acumularam já grande experiência e
conhecem muito das suas almas gêmeas.
O amor
crepuscular no cinema
O
cinema já deu belas mostras de amor crepuscular. Histórias inesquecíveis que
permaneceram na retina do imaginário coletivo. Quem não vibrou com a
maravilhosa aventura de Katharine Hepburn e Henry Fonda em “Num Lago Dourado”?
Mas,
se falarmos de emoções à flor da pele e do amor à beira do crepúsculo, não
podemos esquecer a história cativante vivida entre Clint Eastwook e Meryl
Streep em “As pontes de Madison“. Paixão no ocaso de duas pessoas que descobrem
que ainda têm um coração que bate no peito.
Poderíamos
continuar com muitos exemplos realmente nostálgicos. Bill Murray encontra a
paixão em “Encontros e Desencontros”, Shirley MacLaine o faz junto ao velho
astronauta Jack Nicholson em “Laços de Ternura” ou Sean Connery e Audrey
Hepburn com “Robin e Marian”.
A beleza do
amor crepuscular
Quando
chega o amor crepuscular, finalmente você deixa de ser escravo das suas
paixões. Nesse momento, tudo parece mais fácil. Uma separação da pessoa amada
durante a juventude parece dilacerar a alma. Contudo, com a sabedoria e a
paciência que a experiência proporciona, você será capaz de assimilar muito
melhor a história de um amor.
“Todas
as paixões são boas enquanto somos dono delas, e todas são ruins quando nos
escravizam.”
-Jean
Jacques Rousseau-
Todas
as experiências que você já viveu, tanto as dolorosas como as não dolorosas,
servirão para aprender a apreciar essa pessoa que está ao seu lado. Ao mesmo
tempo, você encontra a compreensão de que você precisa no seu companheiro e
entres ambos se cria uma conjunção maravilhosa e um comunicação única e esplêndida.
Mas
não se esqueça de que o amor crepuscular é recíproco. Não chegará se você não o
desejar de verdade ou se você não estiver preparado. Não irá se mostrar se você
não compreender e se compenetrar no seu companheiro. A experiência e a calma
são as suas virtudes curativas para o coração, mas não deixam de ser um assunto
de dois.
MOMENTO
DE REFLEXÃO
Havia
uma flor à beira de um rio que se apaixonou pelo mar. Talvez por ouvir o
sussurro das águas do rio, que corriam ansiosas para desembocarem na sua
imensidão, passou a amar profundamente aquele ser conhecido apenas pelo ouvir
falar do vento e dos pássaros. Apaixonou-se por alguém que nunca viu, mas nunca
viu; de longe ouvia o canto ritmado das ondas e se imaginava naqueles braços,
numa dança contínua da qual só os que têm em si muito amor sabem o ir e vir.
Sonhava com o dia em que pudesse estar envolvida por aquele tão admirado e
imenso ser. E sentiria suas pétalas acarinhadas por alguém que, certamente, lhe
saberia a alma de flor delicada.
Tanto
sonhou e pediu, que um pássaro, sensibilizado, mesmo avisando-lhe do risco que
corria, atendeu seu pedido de cortar-lhe a haste. Seguindo o rio e deixando-se
levar pela correnteza, iria ao encontro de seu querido e a ele juntar-se-ia
para sempre.
Caindo
no rio, sentiu de imediato seu corpo gelar naquelas águas rudes e fortes que a
arrastavam rapidamente. A princípio, gostou daquela velocidade com que ia ao
seu destino. Depois sentiu a primeira mordida de um peixe que lhe amputou parte
de uma pétala; começou, então, seu caminho de sofrimento. Troncos no meio do
caminho insistiam em lhe obstruir a passagem e, cega, sendo levada pela força
da água, batia contra pedras que iam lhe dilacerando e tirando sua beleza de
flor. Enormes cachoeiras traziam quedas violentas. Medo vencido por uma
determinação de quem sabe o que quer. Mesmo quase desmaiada e toda machucada,
levava consigo o alento de ir encontrar com seu amor. Todas as dores do mundo
não se comparavam à felicidade de realizar o seu sonho. Tudo vale a pena quando
se ama.
Até
que, muitos dias depois, totalmente deformada e quase inconsciente, viu chegado
o momento com o qual sonhou. As águas do rio encontravam-se com o mar com tanto
ímpeto que, no encontro, foi arremessada para cima. Naquele exato instante,
olhou para o céu e agradeceu a Deus por haver chegado a quem tanto amou.

Poucos,
além dos pássaros e do vento, souberam da flor, mas ela realizou seu sonho.
Conheceu o mar! Na vida, não podemos reclamar dos caminhos que escolhemos.
Qualquer caminho é uma opção nossa. Até morrer de amor. Pensando nisso, entre
duas lágrimas com gosto de sal e o esboço de um sorriso irônico, de repente, me
dei conta de uma coisa:
-
Eu conheci o mar !
Texto: Paulo
Moreira
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