Quinta-feira,
25 de agosto de 2016
"A
tragédia do homem é o que morre dentro dele enquanto ele ainda está vivo."
(Albert Schweitzer)
EVANGELHO
DE HOJE
Mt 24,42-51
— O Senhor
esteja convosco.
— Ele está
no meio de nós.
—
PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo, + segundo Mateus.
— Glória a
vós, Senhor!
De fato,
Herodes tinha mandado prender João e acorrentá-lo na prisão, por causa de
Herodíades, mulher de seu irmão Filipe, com a qual ele se tinha casado. Pois
João vivia dizendo a Herodes: “Não te é permitido ter a mulher do teu irmão”.
Por isso, Herodíades lhe tinha ódio e queria matá-lo, mas não conseguia, pois
Herodes temia João, sabendo que era um homem justo e santo, e até lhe dava
proteção. Ele gostava muito de ouvi-lo, mas ficava desconcertado. Finalmente,
chegou o dia oportuno. Por ocasião de seu aniversário, Herodes ofereceu uma
festa para os proeminentes da corte, os chefes militares e os grandes da
Galileia. A filha de Herodíades entrou e dançou, agradando a Herodes e a seus
convidados. O rei, então, disse à moça: “Pede-me o que quiseres, e eu te
darei”. E fez até um juramento: “Eu te darei qualquer coisa que me pedires,
ainda que seja a metade do meu reino”. Ela saiu e perguntou à mãe: “Que devo
pedir?” A mãe respondeu: “A cabeça de João Batista”. Voltando depressa para
junto do rei, a moça pediu: “Quero que me dês agora, num prato, a cabeça de
João Batista”. O rei ficou muito triste, mas, por causa do juramento e dos
convidados, não quis faltar com a palavra. Imediatamente, mandou um carrasco
cortar e trazer a cabeça de João. O carrasco foi e, lá na prisão, cortou-lhe a
cabeça, trouxe-a num prato e deu à moça. E ela a entregou à sua mãe. Quando os
discípulos de João ficaram sabendo, vieram e pegaram o corpo dele e o puseram
numa sepultura.
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Palavra da
Salvação
Glória a vós
Senhor.
MEDITAÇÃO
DO EVANGELHO
Padre
Antonio Queiroz
Quero
que me dês agora, num prato, a cabeça de João Batista.
Hoje
nós celebramos a memória do martírio de S. João Batista. O Evangelho narra o
fato. Ele é o protótipo do profeta, o homem possuído totalmente pela missão de
pregar a Palavra, de anunciar aos homens a vontade divina. Nada pode demovê-lo
desta missão ou intimidá-lo.
O
próprio Jesus disse a respeito de João: “Que fostes ver no deserto? Um caniço
agitado pelo vento?... Um profeta? Sim, eu vos digo, e mais do que profeta.
Este é de quem está escrito: Eis que envio meu mensageiro à tua frente, para
preparar o teu caminho diante de ti” (Mt 11,7-10).
A
missão de João Batista foi a de precursor do Messias; ele deu testemunho de
Cristo pelas altas virtudes, pelas rigorosas penitências, pela palavra vigorosa
em denunciar os vícios, as injustiças, animando a sociedade judaica a
converter-se a Deus na sinceridade do coração.
À
frente do governo da Galiléia estava Herodes Antipas, filho daquele Herodes,
chamado o Grande, criminoso e déspota, que viveu no tempo do nascimento de Cristo.
Herodes
Antipas vivia escandalosamente com a própria cunhada, esposa de seu irmão
Filipe. Essa união ilícita era motivo de grande escândalo no meio judaico.
Ainda mais que naquele tempo o povo procurava imitar o rei e a rainha em tudo.
E
não havia quem se sentisse com coragem de censurar o monarca. João Batista não
podia, como profeta, ficar omisso, e declarou publicamente e com toda
franqueza: “Não te é lícito viver com a mulher de teu irmão”.
Herodíades,
a mulher escandalosa, não aturou essa censura, e queria vingar-se. Conseguira
que Herodes mandasse encarcerar João Batista, apesar de o monarca lhe dedicar
grande veneração. Agora, ela leva a cabo a sua vingança.
“João
era a lâmpada que iluminava com sua chama ardente, e vós gostastes, por um
tempo, de alegrar-vos com a sua luz” (Jo 5,35).
Muita
gente pensa que as faltas sexuais não têm maior importância, e pouco têm a ver
com a salvação da humanidade. A Bíblia, ao contrário, nos mostra que não se dá
um passo adiante, senão com homens e mulheres responsáveis, que são capazes de
colocar o sexo a serviço do amor, em vez de se deixar escravizar por seus
instintos.
Por
isso, João Batista não podia falar de justiça, sem recordar os compromissos do
matrimônio; e, como profeta, devia colocar o rei Herodes igual a qualquer
cidadão.
Nós
somos convidados a imitar João Batista, e falando a verdade, mesmo que, com
essa fala, possamos atingir pessoas poderosas que vão depois nos dar o troco.
O
mundo continua não suportando a verdade, porque vive na mentira e na corrupção.
E nós cristãos, muitas vezes, “fechamos um olho” porque temos medo de perder
cargos, oportunidades, a vida. Se um dia você estiver, em nome de Cristo,
anunciando a justiça e a verdade, e for por isso atacado por alguém, alegre-se,
porque você foi premiado com uma bem-aventurança: “Felizes os que são
perseguidos por causa da justiça, porque deles é o Reino dos Céus” (Mt 5,10).
Certa
vez, uma senhora bem idosa teve um sonho. Ela sonhou que havia morrido e estava
na porta do céu, esperando. Havia várias almas lá, todas em fila. De repente S.
Pedro chegou e abriu a porta do céu. Então a senhora olhou para dentro e viu
uma infinidade de velas. Umas acesas, outras apagadas, algumas já estavam quase
no fim e outras no começo. Umas estavam se apagando e outras tinham a chama
grande e bonita.
A
senhora perguntou para S. Pedro que velas eram aquelas. Ele respondeu: “São as
velas que cada um recebeu no dia do seu batismo. Uns cuidam bem, outros não
cuidam e até a deixam apagar. A situação é esta que a senhora está vendo”.
A
mulher então perguntou: “S. Pedro, e a minha está aí?” “Está sim” – disse S.
Pedro – é aquela ali”. Era uma vela que estava já no toquinho, mas ainda acesa.
E S. Pedro continuou: “Depois que a pessoa entra aqui, este fogo da sua vela se
junta com a luz de Deus que ilumina todo céu”.
Resta
saber como está a nossa vela! “Vós sois a luz do mundo”. Todos somos profetas,
e o profeta deve ser como João Batista: a luz de Deus deve brilhar forte
através de nós, anunciando a justiça e denunciando as injustiças pecados, sem
medo das conseqüências.
Maria
Santíssima é chamada, na Ladainha, de Rainha dos Profetas. Vamos pedir a ela
que nos ajude a sermos também bons e corajosos profetas.
Quero
que me dês agora, num prato, a cabeça de João Batista.
MUNDO
ANIMAL
Abraçar seu
cachorro pode não ser boa ideia, aponta estudo
Na
próxima vez que você quiser abraçar um cachorro, pense nisto: você pode estar
fazendo que ele se sinta péssimo, segundo um especialista.
Para
o amante de cães normal, as orelhas penduradas e as patas gorduchas são
simplesmente fofas. Mas há uma verdadeira ciência por trás do design: eles são
animais cursórios, isto é, adaptaram-se para correr como sua principal linha de
defesa, disse Stanley Coren, professor emérito de psicologia na Universidade da
Columbia Britânica e especialista em treinamento de cães.
Assim,
quando uma pessoa, por mais bem-intencionada ou carente que seja, parte para um
abraço de corpo inteiro, ela imobiliza o cachorro e aumenta o nível de estresse
do animal, escreveu ele no blog da revista “Psychology Today”.
A
recomendação de Coren é: “Economize seus abraços para seus familiares e
namorados bípedes. É claramente melhor do ponto de vista do cachorro se você
manifestar seu carinho com um afago, uma palavra gentil e talvez uma guloseima”.
A
postagem no blog não é, certamente, um estudo científico revisado por outros
cientistas, mas apenas sua observação de especialista. Mas o conselho
repercutiu nas redes sociais, e os amantes de cães uivaram sua reação no
Twitter.
Coren
analisou 250 imagens no Google e no Flickr que mostram pessoas abraçando cães.
Em cerca de 81% das fotos, os animais davam pelo menos um sinal de desconforto,
ansiedade ou estresse, segundo ele. O restante das fotos mostrava cães que
pareciam à vontade com os abraços ou exibiam reações neutras ou ambíguas.
Como
os cães e os humanos não podem conversar –pelo menos não da maneira
tradicional–, Coren ofereceu indicadores que podemos notar na linguagem
corporal canina, que ele captou em suas observações.
Dentes
expostos é um sinal de ansiedade, escreveu Coren. Virar a cabeça para o outro
lado é preocupante, assim como fechar os olhos, pelo menos em parte. Os
cachorros incomodados muitas vezes mostram o que é chamado de “olho meia-lua”
ou “olho de baleia”, quando a parte branca dos olhos no canto da pálpebra é
visível, disse ele.
Outros
sinais que Coren notou são lamber-se, bocejar ou levantar uma pata. O cão
também pode baixar as orelhas ou apontá-las para trás, junto da cabeça.
Mas
outros especialistas questionaram as conclusões de Coren, incluindo Corey
Cohen, um terapeuta de comportamento animal da organização A New Leash on Life,
na Pensilvânia.
“Meus
cães adoram ser abraçados”, disse ele.
Cohen
disse que os cães podem parecer ansiosos nas fotos porque não gostam que tirem
fotos deles, ou porque uma pessoa estava tentando fazê-los posar ou chamando
sua atenção. Mas Cohen, que também faz massagens caninas, disse acreditar que
os cães podem ficar à vontade com abraços quando há familiaridade e confiança.
Como
ele sabe que seu cachorro gosta desse carinho? Ele disse que pode sentir a
tensão ser liberada em certos músculos do animal: a respiração desacelera e o
olhar se atenua. Em alguns animais, disse ele, os cantos da boca se erguem,
como num sorriso.
“Eu
posso saber com certeza”, disse Cohen. “A expressão facial deles muda: ‘Oh,
quero mais!'”
O
elo de confiança também o leva a rejeitar uma ideia comum entre as pessoas de
que não se deve olhar fixamente para cães, o que seria um gesto de confronto.
“A
verdade é que se você tiver uma relação decente com seu cachorro isso libera
oxitocina”, disse ele, referindo-se ao chamado hormônio do amor. “Não acho que
haja outra criatura na Terra que faça isso.”
Erica
Lieberman, uma treinadora de cães e consultora de comportamento na
Pawsibilities Pets, em Nova York, disse que em geral os cães não devem ser
abraçados, mais pelo lado da segurança.
Por
exemplo, pessoas que adotam um cachorro resgatado talvez não saibam a história
social do animal. Ele pode ter associações negativas, por exemplo, com uma
criança que lhe dava abraços dolorosos ou apertava sem intenção.
Lieberman
disse que os cães entendem as expressões faciais e aprendem que os abraços
deixam as pessoas felizes. Portanto, eles podem estar suportando algo que
realmente não apreciam.
“Por
isso eu gosto da mensagem”, disse ela, referindo-se à teoria contra os abraços.
“Acredito que as pessoas devem preferir o lado da cautela.”
Para
ela, as pessoas devem sempre procurar sinais de “pare”. Além dos que Coren
notou, Lieberman disse que os cães podem se sacudir em sinal de desprazer
depois de um abraço, como fazem depois do banho para livrar-se da água.
“Se
você não vir nada disso, há muitos cães que não se importam, pois entendem que
é isso o que os torna companheiros das pessoas”, disse ela.
Lieberman,
que também trabalhou como avaliadora de terapia canina, disse que outro erro de
julgamento é que é certo estender sua mão diante do focinho do cachorro como
apresentação.
“Isso
é incorreto, porque você está sendo invasivo. Mantenha as mãos ao lado do corpo
e veja se o cão se aproxima. Você permite que seja uma decisão do cachorro.”
Lieberman
disse que há alternativas aos abraços, como coçar as costas ou a barriga do
animal. Mas, para os amantes de cães que não vivem sem abraçá-los, ela disse
que podem tentar um “contracondicionamento”, até ter certeza de que o cão
aceita o carinho.
Isto
é, abrace seu cachorro rapidamente e depois lhe dê uma guloseima. Repita
conforme necessário.
MOMENTO
DE REFLEXÃO
Não
há quem caminhe pelas estradas da vida sem que cruze, em algum momento, pelos
caminhos da dor. Em um mundo inconstante, onde as certezas são relativas, a dor
é processo quase que inevitável.
Algumas
vezes, ela vem carregando consigo a separação de quem amamos, pelo fenômeno da
morte. Outras vezes é a doença que se instala, no nosso ou no corpo alheio.
Outras
ainda, a dor é o revés financeiro, que nos perturba a mente e desfaz alguns
planos.
Seja
qual for sua origem, a dor vai sempre provocar momentos de reflexão e análise.
Ela é o freio que a vida faz em nosso cotidiano, em nossos valores, em nossas
manias mesmo, provocando o questionamento das coisas da vida e dos caminhos que
percorremos.
Nesse
questionamento, alguns optam pelo caminho da revolta. São os que maldizem a
Deus, que se veem injustiçados, pois não mereciam tal desdita, que não veem
utilidade nenhuma na dor, a não ser o sofrimento pelo sofrimento.
Outros
utilizam a dor como aprendizado. São os que entendem os mecanismos de Deus como
justos, e Deus como infinitamente amoroso para cada um de nós. Isso porque se
Deus é a síntese maior do amor, certamente Seus desígnios são pautados pelo
amor.
As
perguntas: Por que comigo?, Será que eu mereço isso?, ou Para que tudo isso?,
são os anseios de nossa alma a tentar entender as Leis da vida.
É
necessário que repensemos qual o papel da dor para cada um de nós. Ela não é
simples ferramenta de castigo de Deus, ou ainda, obra do acaso. Um Deus amoroso
jamais agiria por acaso, ou castigaria Seus filhos.
Toda
dor que nos surge é convite da vida para o progresso, para a reflexão, para a
análise de nossos valores e de nosso caminhar.
Sempre
que ela surge, traz consigo a oportunidade do aprendizado, que não se faria
melhor de outra forma, caso contrário, Deus acharia outros caminhos.
Não
que devamos ser apologistas da dor, e buscá-la a todo custo. De forma alguma.
Deus nos oferece a inteligência, e os recursos das mais variadas ciências, para
diminuir nossas dificuldades e dores.
Assim,
para as dores da alma, devemos buscar os recursos da psicologia e da
psiquiatria. Para as dificuldades do corpo físico, os recursos clínicos ou
cirúrgicos.
Porém,
quando todos esses recursos ainda se mostrarem limitados, a dor que nos resta é
nosso cadinho de aprendizado. A partir daí, nossa resignação dinâmica perante
os desígnios da vida nos ajudará a entender qual recado e qual lição a vida nos
está oferecendo.
Quando
começarmos a entender que a dor sempre vem acompanhada do aprendizado,
começaremos a entender melhor a música da vida, e qual canção ela está nos
convidando a aprender a cantar.
Afinal,
nada que nos aconteça é obra do acaso. Somos herdeiros de nós mesmos, desde os
dias do ontem, e hoje inevitavelmente nos encontramos com nossas heranças.
As
carências de hoje é o que ontem desperdiçamos, e as dores que surgem são
espinhos que colhemos agora, de um plantio que se fez deliberadamente nos
caminhos percorridos.
A
dor é mecanismo que a vida nos oferece de crescimento e aprendizado. Porém ela
somente será necessária como ferramenta de progresso enquanto o amor não nos
convencer e tomar conta do nosso coração.
A
partir de então, não mais a dor será visita em nossa intimidade, pois toda ela
estará tomada em plenitude pelo amor, que, como bem nos lembra o Apóstolo
Pedro, é capaz de cobrir a multidão dos pecados.
(Momento de Reflexão)
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