Domingo, 06 de
novembro de 2016
“A vida é
constituída por acertos e erros, porém para acertar é necessário se preparar, pois
podemos errar.”
EVANGELHO
DE HOJE
Mt 5,1-12a
— O Senhor
esteja convosco.
— Ele está
no meio de nós.
—
PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo, + segundo Mateus.
— Glória a
vós, Senhor!
Quando Jesus
viu aquelas multidões, subiu um monte e sentou-se. Os seus discípulos chegaram
perto dele, e ele começou a ensiná-los.
Jesus disse:
- Felizes as
pessoas que sabem que são espiritualmente pobres, pois o Reino do Céu é delas.
- Felizes as
pessoas que choram, pois Deus as consolará.
- Felizes as
pessoas humildes, pois receberão o que Deus tem prometido.
- Felizes as
pessoas que têm fome e sede de fazer a vontade de Deus, pois ele as deixará
completamente satisfeitas.
- Felizes as
pessoas que têm misericórdia dos outros, pois Deus terá misericórdia delas.
- Felizes as
pessoas que têm o coração puro, pois elas verão a Deus.
- Felizes as
pessoas que trabalham pela paz, pois Deus as tratará como seus filhos.
- Felizes as
pessoas que sofrem perseguições por fazerem a vontade de Deus, pois o Reino do
Céu é delas.
- Felizes
são vocês quando os insultam, perseguem e dizem todo tipo de calúnia contra
vocês por serem meus seguidores. Fiquem alegres e felizes, pois uma grande
recompensa está guardada no céu para vocês.
http://www.paulinas.org.br/diafeliz
Palavra da
Salvação
Glória a vós
Senhor.
MEDITAÇÃO
DO EVANGELHO
Padre
Antonio Queiroz
As
bem-aventuranças
Bem-aventurados...
Será grande a vossa recompensa no Céu.
Hoje
nós celebramos, com alegria, a solenidade de todos os santos. No Evangelho,
Jesus nos apresenta as nove Bem-aventuranças, que são o nosso caminho, ao mesmo
tempo de felicidade e de santidade: tornar-se pobre em espírito, aflito pelo
Reino de Deus, manso, com fome e sede de justiça, misericordioso, puro de
coração, promotor da paz, perseguido e injuriado. O termo
"bem-aventurado" designa uma pessoa feliz, nesta vida e na outra. Não
só nesta vida nem só na outra, é a felicidade plena.
Uma
das afirmações básicas do Concílio Vaticano II é a vocação universal à
santidade na Igreja. Todos nós, cristãs e cristãos batizados, somos chamados a
ser santos.
Ser
santo é viver na graça de Deus. Todos nós ganhamos o dom da santidade no dia do
nosso batismo. O importante é conservá-lo e, se Deus o livre, um dia o
perdermos, recuperá-lo logo pelo sacramento da confissão.
Entretanto,
no dia do batismo recebemos a santidade em forma de semente. Precisamos
desenvolver esse dom.
“Sede
santos, porque eu, o Senhor vosso Deus, sou santo” (Lv 19,2).
“Irmãos,
aprontai a vossa mente, sede sóbrios e colocai toda a vossa esperança na graça
que vos será oferecida no dia da revelação de Jesus Cristo. Como filhos
obedientes, não moldeis a vossa vida de acordo com as paixões de antigamente,
do tempo de vossa ignorância. Antes, como é santo aquele que vos chamou,
tornai-vos santos também vós, em todo o vosso proceder” (1Pd 1,13-15).
E
Jesus mesmo fala: “Sede perfeitos, como o vosso Pai celeste é perfeito” (Mt
5,48).
Está
aí o convite claro para nós. O melhor convite do mundo.
É
um caminho aberto para todos e todas, que ninguém e nada pode fechar. Nem
doença, nem perseguição... nada. Tudo o que fizerem para barrar a caminhada de
uma pessoa rumo à santidade, só faz ajudá-la a conseguir a santidade.
“Tudo
contribui para o bem daqueles que amam a Deus” (Rm 8,28).
A
busca da santidade começa pelos nossos pensamentos. Porque tudo, tanto o bem
como o mal, começa nos nossos pensamentos. Quando percebemos que algum
pensamento é contra o plano de Deus, devemos rezar imediatamente, entregando-nos
a Deus para que nos proteja. Mesmo que precisemos rezar o dia inteiro, fazendo
pequenas jaculatórias, compensa, para não cairmos em tentação.
O
caminho mais curto para a santidade é a caridade.
Certa
vez, uma sacristã falou para o padre: “Senhor padre, eu ouço sempre o senhor
falar a respeito da santidade. Eu quero ser santa. O que devo fazer?” O padre
fez de conta que não ouviu e falou de outro assunto.
No
dia seguinte, ele chegou à sacristia e foi logo passando o dedo na mesa.
Mostrou o dedo sujo de poeira para ela e disse: “Esta mesa está suja, hein?”
Depois ele abriu o armário de paramentos e mostrou para ela as golas de algumas
túnicas, bem sujas. Falou também do banheiro, que precisava mais limpeza... E
foi embora para a casa paroquial.
À
tarde, a sacristã veio falar com ele, e pediu as contas. O pároco perguntou o
motivo e ela explicou: “Hoje de manhã o senhor me humilhou muito!” O padre
disse: “Mas a senhora não me perguntou o que fazer para se tornar santa? O
primeiro passo é cumprir bem as nossas obrigações diárias!” A sacristã deu um
sorrisinho amarelo, e desistiu de pedir as contas.
Maria
Santíssima é a Rainha de todos os santos. Que ela nos ajude a colocar em
primeiro lugar na vida a busca da santidade.
Bem-aventurados...
Será grande a vossa recompensa no Céu.
VÍDEO
DA SEMANA
Investindo
de maneira correta em relacionamentos
https://www.youtube.com/watch?v=eFOs89zGYnY
MOMENTO
DE REFLEXÃO
Não
é apenas o avanço tecnológico que marcou o início deste milênio. As relações
afetivas também estão passando por profundas transformações e revolucionando o
conceito de amor.
O
que se busca hoje é uma relação compatível com os tempos modernos, na qual
exista individualidade, respeito, alegria e prazer de estar junto, e não mais
uma relação de dependência, em que um responsabiliza o outro pelo seu
bem-estar.
A
idéia de uma pessoa ser o remédio para nossa felicidade, que nasceu com o
romantismo está fadada a desaparecer neste início de século. O amor romântico
parte da premissa de que somos uma fração e precisamos encontrar nossa outra
metade para nos sentirmos completos.
Muitas
vezes ocorre até um processo de despersonalização que, historicamente, tem
atingido mais a mulher; ela abandona suas características, para se amalgamar ao
projeto masculino.
A
teoria da ligação entre opostos também vem dessa raiz: o outro tem de fazer o
que eu não sei. Se sou manso, ele deve ser agressivo, e assim por diante. Uma
idéia prática de sobrevivência, e pouco romântica, por sinal.
A
palavra de ordem deste século é parceria.
Estamos
trocando o amor de necessidade, pelo amor de desejo. Eu gosto e desejo a
companhia, mas não preciso, o que é muito diferente.
Com
o avanço tecnológico, que exige mais tempo individual, as pessoas estão
perdendo o pavor de ficar sozinhas, e aprendendo a conviver melhor consigo
mesmas. Elas estão começando a perceber que se sentem fração, mas são inteiras.
O
outro, com o qual se estabelece um elo, também se sente uma fração. Não é
príncipe ou salvador de coisa nenhuma. É apenas um companheiro de viagem.
O
homem é um animal que vai mudando o mundo, e depois tem de ir se reciclando,
para se adaptar ao mundo que fabricou. Estamos entrando na era da
individualidade, o que não tem nada a ver com egoísmo.
O
egoísta não tem energia própria; ele se alimenta da energia que vem do outro,
seja ela financeira ou moral.
A
nova forma de amor, ou mais amor, tem nova feição e significado. Visa à
aproximação de dois inteiros, e não a união de duas metades. E ela só é
possível para aqueles que conseguirem trabalhar sua individualidade. Quanto
mais o indivíduo for competente para viver sozinho, mais preparado estará para
uma boa relação afetiva.
A
solidão é boa, ficar sozinho não é vergonhoso. Ao contrário, dá dignidade à
pessoa.
As
boas relações afetivas são ótimas, são muito parecidas com o ficar sozinho,
ninguém exige nada de ninguém e ambos crescem. Relações de dominação e de
concessões exageradas são coisas do século passado. Cada cérebro é único. Nosso
modo de pensar e agir não serve de referência para avaliar ninguém.
Muitas
vezes, pensamos que o outro é nossa alma gêmea e, na verdade, o que fizemos foi
inventá-lo ao nosso gosto.
Todas
as pessoas deveriam ficar sozinhas de vez em quando, para estabelecer um
diálogo interno e descobrir sua força pessoal.
Na
solidão, o indivíduo entende que a harmonia e a paz de espírito só podem ser
encontradas dentro dele mesmo, e não a partir do outro.
Ao
perceber isso, ele se torna menos crítico e mais compreensivo quanto às
diferenças, respeitando a maneira de ser de cada um.
O
amor de duas pessoas inteiras é bem mais saudável.
Nesse
tipo de ligação, há o aconchego, o prazer da companhia e o respeito pelo ser
amado.
Nem
sempre é suficiente ser perdoado por alguém, algumas vezes você tem de aprender
a perdoar a si mesmo...
Dr. Flávio
Gikovate
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