Terça-feira,
16 de agosto de 2016
É muito importante
a participação de todos para alcançarmos nossos objetivos.
EVANGELHO
DE HOJE
Mt 19,23-30
— O Senhor
esteja convosco.
— Ele está
no meio de nós.
—
PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo, + segundo Mateus.
— Glória a
vós, Senhor!
Naquele
tempo, 23Jesus disse aos discípulos: “Em verdade vos digo, dificilmente um rico
entrará no reino dos Céus. 24E digo ainda: é mais fácil um camelo entrar pelo
buraco de uma agulha, do que um rico entrar no Reino de Deus”. 25Ouvindo isso,
os discípulos ficaram muito espantados, e perguntaram: “Então, quem pode ser
salvo?” 26Jesus olhou para eles e disse: “Para os homens isso é impossível, mas
para Deus tudo é possível”.
27Pedro
tomou a palavra e disse a Jesus: “Vê! Nós deixamos tudo e te seguimos. Que
haveremos de receber?” 28Jesus respondeu: “Em verdade vos digo, quando o mundo
for renovado e o Filho do Homem se sentar no trono de sua glória, também vós,
que me seguistes, havereis de sentar-vos em doze tronos para julgar as doze
tribos de Israel. 29E todo aquele que tiver deixado casas, irmãos, irmãs, pai,
mãe, filhos, campos, por causa do meu nome, receberá cem vezes mais e terá como
herança a vida eterna. 30Muitos que agora são os primeiros, serão os últimos. E
muitos que agora são os últimos, serão os primeiros.
www.paulinas.org.br/diafeliz
Palavra da
Salvação
Glória a vós
Senhor.
MEDITAÇÃO
DO EVANGELHO
Jailson
Ferreira
Três
momentos ficaram na minha cabeça nestes últimos 3 dias, e me ajudaram a
refletir nesse Evangelho de hoje. Primeiro, quando meu sogro e amigo, Dr. Bira,
disse em palestra para os crismandos, no sábado, algo muito óbvio, mas que eu
nunca tinha pensado: as expressões usadas pelos escritores da Bíblia são de
acordo com a cultura de cada povo e época. O exemplo que ele deu foi dizendo
que quando ele era jovem, usavam a expressão "entrar pelo cano" para
dizer que alguém "se deu mal". Se alguém escrevesse uma história que
tivesse essa expressão, e alguém lesse essa história uns mil anos após, ou em
outro lugar onde ninguém conhecesse essa expressão "entrar pelo cano",
iriam pensar que o escritor da história deve ter enlouquecido: "Onde já se
viu, a pessoa fez algo errado e entrou pelo cano???"
O segundo momento que me ajudou
nessa reflexão foi a expressão misericordiosa no rosto de uma pessoa que eu nem
conheço muito bem. Durante a missa do domingo à noite no Pio X, o Ministro da
Eucaristia André estava à esquerda do Monsenhor Catão, e durante boa parte da
missa eu percebi um sorriso sereno na sua face. E esse sorriso ficou ainda mais
expressivo no momento em que o Monsenhor, ao final da missa, foi se explicar
dizendo que apesar de parecer, não estava chateado no momento da sua pregação
em que reclamou que as pessoas estavam chegando atrasadas à missa.O olhar e o
sorriso de André para Monsenhor Catão era como o de quem estava pensando:
"Poxa, Monsenhor, o senhor teria toda a autoridade e razão para reclamar e
até ficar chateado com quem chega atrasado na missa, mas está aqui, preocupado
que ninguém pense que o senhor está chateado... Hoje eu passei a admirá-lo
ainda mais..." Dizem que o momento que uma criança é mais sincera, é o
momento em que ela brinca sozinha, pois quando ela sabe que estão observando,
ela "representa". André me passou a impressão de transbordar o que o
seu coração estava cheio, naquele momento, e sem perceber, estava
evangelizando.
O terceiro fato aconteceu na
reunião desta segunda à noite, na preparação para a reunião do sábado com os
crismandos. Raoni falou da dificuldade que todos nós estamos enfrentando devido
a falta de tempo. Mas apesar disso, ainda arrumou tempo no final de semana para
dar palestras em 2 lugares, deixando mulher e filho em casa. E isso é algo que
todos nós vemos acontecer na vida dele todas as semanas. Nosso querido papa
João Paulo II dizia que o mundo precisa de mais santos que usem calças jeans, e
que trabalhem, vão ao cinema, à escola, às festas, e que levem aos outros
jovens que é possível ser feliz em todos os ambientes, sendo de Jesus.
O primeiro fato me ajudou a
compreender que a expressão usada por Jesus ("passar pelo buraco de uma
agulha") foi certamente um termo para expressar algo muito difícil de
acontecer, mas que os discípulos devem ter tentado imaginar aqueeele camelo
passando por dentro do buraco da agulha... Devem ter se olhado com espanto
real!!! Eles levaram à sério o que Jesus falou... A narração continua dizendo
que "Jesus olhou para eles e disse: para os homens isso é impossível, mas
para Deus tudo é possível." É aí que entra o segundo momento que eu
falei... Jesus OLHOU PARA ELES... e deve ter sido um olhar de misericórdia,
como o de André lá na missa... Só que Jesus deve ter pensado: "Meus
filhinhos... será que eu tenho que explicar tudo beeem explicadinho todas as
vezes???" Ele poderia ter dito que usou uma metáfora, que foi apenas força
de expressão, mas imagine a confusão que ia ser na cabeça daqueles
discípulos... Foi mais didático dizer que Deus faz o impossível, inclusive
passar um camelo pelo buraco de uma agulha!!! Chega a ser engraçado!
O terceiro fato ajuda a entender os
versículos finais do Evangelho. Jesus diz que a recompensa para quem deixar
pai, mãe, irmãos, filhos, trabalho, por causa dEle, é receber 100 vezes mais, e ter, como herança, a vida eterna. De fato,
quem parte em missão merece uma grande recompensa no Reino. No entanto, o papa
João Paulo II nos deixa a possibilidade de viver neste mundo em harmonia com a
vontade de Deus, levando o Evangelho a todos os lugares, conciliando com
trabalho, casa, família e amigos, dando exemplo de que é possível começar o céu
aqui na terra.
jailsonfisio@hotmail.com
COMPORTAMENTO
Respeito Não
Se Pede
No
livro “Como manter a mente sã”, a psicoterapeuta Philippa Perry defende que
“nossa sanidade e felicidade terão mais a ver com nossos relacionamentos
interpessoais do que com: ‘como está o tempo’, em ‘que trabalhamos’ ou ‘quais
são nossos hobby’. Ficamos por aí, ganhamos a vida, conquistando coisas e
fazendo alarde de tudo isso (ou não), mas o que mais nos afeta são as pessoas à
nossa volta: nossos pais, nossos filhos, nossos amantes, nossos colegas, nossos
vizinhos e nossos amigos”.
Quando
nos afeiçoamos a alguém, criamos a falsa expectativa de que nossas emoções
serão eternas. Nesse caso, quando uma pessoa por quem nutríamos grande consideração
nos decepciona, não sabemos como agir. Paralisados pela decepção, temos
dificuldade em reordenar os papéis, mudar a configuração de nossos
relacionamentos e recomeçar. Para fugirmos da dor da ruptura, aceitamos
conviver com a injustiça e o desrespeito.
É
preciso aceitarmos que alguém que não oferece respeito por livre iniciativa não
é uma pessoa com quem valha a pena conviver. Não se trata de algo negociável:
pedir respeito, mendigar por justiça, enfim, implorar pela consideração de uma
pessoa a quem sempre tratamos bem parece fora de propósito. Por que prezar pela
companhia de alguém que, espontaneamente, não age de maneira correta em relação
a nós?
Nem
sempre é fácil detectar episódios de falta de respeito, mas há alguns indícios
que podem ser considerados nesse cálculo. Gente que desvaloriza suas
conquistas, que torce contra, que questiona suas vitórias, que critica seus
sonhos, que insiste nos motivos que deveriam lhe causar tristeza. Gente que
tenta se destacar inferiorizando quem está à sua volta. Gente de quem a gente
gosta e que, de repente, passa a tomar atitudes invejosas, mentirosas,
invasivas. Gente cujo comportamento nos insulta.
A
boa notícia é que, se houve um tempo em que não havia como escapar do abuso
sentimental, eles chegaram ao fim. Sinta-se no direito de ir embora. Sinta-se
no direito de dizer adeus sem dar explicações. Ou de colocar para fora as
angústias, se preferir. Em toda parte, mundo afora, há gente interessante para
se conviver. Não há razões para se acostumar com a jaula social dos desaforos,
das puxadas de tapete, dos abusos e ofensas.
Se
nosso ressentimento é causado sempre pelos mesmos motivos ou pessoas, por que
não levar em conta o que ele está nos dizendo? Nossos mecanismos de defesa
estão aí, tentando nos mostrar duas coisas importantes: procurar o que há de
melhor para nós mesmos é algo que exige coragem, mas é preciso nos acostumarmos
com a inevitabilidade de termos relações transitórias. Não nos deixemos
parasitar por quem não nos respeita. Deixar pessoas negativas para trás é
permitir que nossa existência prossiga.
MOMENTO
DE REFLEXÃO
Ninguém
muda ninguém; ninguém muda sozinho; nós mudamos nos encontros.
Simples,
mas profundo, preciso.
É
nos relacionamentos que nos transformamos.
Somos
transformados a partir dos encontros, desde que estejamos abertos e livres para
sermos impactados pela idéia e sentimento do outro.
Você
já viu a diferença que há entre as pedras que estão na nascente de um rio, e as
pedras que estão em sua foz?
As
pedras na nascente são toscas, pontiagudas, cheias de arestas.
À
medida que elas vão sendo carregadas pelo rio sofrendo a ação da água e se
atritando com as outras pedras, ao longo de muitos anos, elas vão sendo
polidas, desbastadas.
Assim
também agem nossos contatos humanos.
Sem
eles, a vida seria monótona, árida.
A
observação mais importante é constatar que não existem sentimentos, bons ou
ruins, sem a existência do outro, sem o seu contato.
Passar
pela vida sem se permitir um relacionamento próximo com o outro, é não crescer,
não evoluir, não se transformar.
É
começar e terminar a existência com uma forma tosca, pontiaguda, amorfa.
Quando
olho para trás, vejo que hoje carrego em meu ser várias marcas de pessoas
extremamente importantes.
Pessoas
que, no contato com elas, me permitiram ir dando forma ao que sou, eliminando
arestas, transformando-me em alguém melhor, mais suave, mais harmônico, mais
integrado.
Outras,
sem dúvidas, com suas ações e palavras me criaram novas arestas, que precisaram
ser desbastadas
Faz
parte...
Reveses
momentâneos servem para o crescimento.
A
isso chamamos experiência.
Penso
que existe algo mais profundo, ainda nessa análise.
Começamos
a jornada da vida como grandes pedras, cheia de excessos.
Os
seres de grande valor, percebem que ao final da vida, foram perdendo todos os
excessos que formavam suas arestas, se aproximando cada vez mais de sua
essência, e ficando cada vez menores, menores, menores...
Quando
finalmente aceitamos que somos pequenos, ínfimos, dada a compreensão da existência
e importância do outro, e principalmente da grandeza de Deus, é que finalmente
nos tornamos grandes em valor.
Já
viu o tamanho do diamante polido, lapidado?
Sabemos
quanto se tira de excesso para chegar ao seu âmago.
É
lá que está o verdadeiro valor...
Pois,
Deus fez a cada um de nós com um âmago bem forte e muito parecido com o
diamante bruto, constituído de muitos elementos, mas essencialmente de amor.
Deus
deu a cada um de nós essa capacidade, a de amar...
Mas
temos que aprender como.
Para
chegarmos a esse âmago, temos que nos permitir, através dos relacionamentos, ir
desbastando todos os excessos que nos impedem de usá-lo, de fazê-lo brilhar
Por
muito tempo em minha vida acreditei que amar significava evitar sentimentos
ruins.
Não
entendia que ferir e ser ferido, ter e provocar raiva, ignorar e ser ignorado
faz parte da construção do aprendizado do amor.
Não
compreendia que se aprende a amar sentindo todos esses sentimentos
contraditórios e...os superando.
Ora,
esses sentimentos simplesmente não ocorrem se não houver envolvimento...
E
envolvimento gera atrito.
Minha
palavra final: ATRITE-SE!
Não
existe outra forma de descobrir o amor.
E
sem ele a vida não tem significado.
Roberto Crema
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