Segunda-feira,
08 de fevereiro de 2016
“Não há
espelho que melhor reflita a imagem do homem do que sua palavras.” (Luís Vives)
EVANGELHO
DE HOJE
Mc 6,53-56
— O Senhor
esteja convosco.
— Ele está
no meio de nós.
—
PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo, + segundo Marcos.
— Glória a
vós, Senhor!
Naquele
tempo, 53tendo Jesus e seus discípulos acabado de atravessar o mar da Galileia,
chegaram a Genesaré e amarraram a barca. 54Logo que desceram da barca, as
pessoas imediatamente reconheceram Jesus. 55Percorrendo toda aquela região,
levavam os doentes deitados em suas camas para o lugar onde ouviam falar que
Jesus estava.
56E,
nos povoados, cidades e campos onde chegavam, colocavam os doentes nas praças e
pediam-lhe para tocar, ao menos, a barra de sua veste. E todos quantos o tocavam
ficavam curados.35De madrugada, quando ainda estava escuro, Jesus se levantou e
foi rezar num lugar deserto. 36Simão e seus companheiros foram à procura de
Jesus. 37Quando o encontraram, disseram: “Todos estão te procurando”. 38Jesus
respondeu: “Vamos a outros lugares, às aldeias da redondeza! Devo pregar também
ali, pois foi para isso que eu vim”. 39E andava por toda a Galileia, pregando
em suas sinagogas e expulsando os demônios.
Palavra da
Salvação
Glória a vós
Senhor
MEDITAÇÃO
DO EVANGELHO
Pe. Antônio
Queiroz CSsR
E
todos quantos o tocavam ficavam curados.
Este
Evangelho é um resumo da atividade curativa de Jesus em Genesaré e na
redondeza. Logo que desembarcaram, as pessoas o reconheceram e procuravam,
inclusive “levavam os doentes deitados em suas camas para o lugar onde ouviam
falar que Jesus estava. E, nos povoados, cidades e campos onde chegavam,
colocavam os doentes nas praças e pediam-lhe para tocar, ao menos, a barra da
sua veste. E todos quantos o tocavam ficavam curados”.
Junto
com a cura física, Jesus costumava dizer também: “Os teus pecados estão
perdoados”. Mais que doenças, Jesus curava doentes. A saúde espiritual influi
na física, e igualmente a doença espiritual influi na física. Por isso, Jesus
curava as duas. Morrer sabemos que todo mundo vai; mas que isso aconteça na
paz, uma paz integrada e envolvente da pessoa toda. Há muitos e muitas que
morrem sorrindo, e assim ficam durante todo o velório, até a sepultura! A graça
de Deus é mais forte que o corpo, que o espírito, que tudo; nada a derruba.
Na
Igreja Primitiva, o fascínio da graça atingia até os familiares e amigos, que
colocavam na cabeça do defunto uma coroa de louro, a mesma que, nas Olimpíadas,
era colocada no atleta vencedor.
Apesar
dos avanços da medicina, quando uma doença calamitosa chega a ser vencida, já
surgiram outras novas e desconhecidas. A saúde e a vida continuam o continuarão
a ser dom de Deus. Como é sublime a pastoral da saúde que as nossas Comunidades
exercem! Quantas vezes, após uma breve visita, o doente muda completamente de
fisionomia. Entendeu o mistério da vida, da doença e da graça de Deus que está
acima de tudo.
Várias
vezes, Jesus relacionou a cura de doenças com a vinda do Reino de Deus. As
curas eram equiparadas ao anúncio do Evangelho. “Jesus convocou os Doze e deu-lhes
poder e autoridade sobre todos os doentes e para curar doenças. Ele os enviou
para anunciar o Reino de Deus e curar os enfermos” (Lc 9,1-2).
Vamos
nós também procurar tocar em Jesus, recebendo a Eucaristia, participando da
Comunidade, ou aproximando-nos daqueles com os quais Jesus se identificou: os
que têm fome, os doentes... (Cf Mt 25,31ss). Tocar em Jesus para nós é
acreditar na sua presença continuada no mundo. A fé é um encontro pessoal com
Deus, do qual Jesus é o sacramento visível a nós.
Certa
vez, uma mulher procurou o padre para conversar. E começou a contar os seus
problemas: com o marido, com os filhos, dificuldades financeiras, doenças...
Depois
de um bom tempo, o padre cortou um pouquinho a conversa e disse: “Filha, até
agora você relatou a ação do anjo mau na sua casa; fale agora da ação de Deus
na sua vida! Certamente ele vai gostar muito”.
Aquela
senhora caiu em si e percebeu o seu erro. Dali para frente, as suas conversas
giravam em torno de coisas positivas, de bênçãos de Deus que ela recebia.
Maria
Santíssima tem um cuidado especial pelos seus filhos e filhas enfermos. Basta
visitar Lourdes, Aparecida e outros santuários marianos, para comprovar isso.
Mãe dos doentes, rogai por nós!
E
todos quantos o tocavam ficavam curados.
MOTIVAÇÃO
NO TRABALHO
Dá gosto
trabalhar com ele
Escrito por
Luiz Marins
Almoçando
no refeitório de uma indústria, ouvi um grupo comentando sobre um colega de
trabalho, na verdade um supervisor de turno. Fiquei impressionado ao ver que
todos tinham por ele uma consideração muito grande. Curioso para saber os
motivos de tantas opiniões positivas, perguntei o que tanto aquela pessoa (que
estava ausente da mesa) fazia para que fosse tão querida.
Todos,
sem muito pensar, disseram: “dá gosto trabalhar com ele!” E eu, insisti em
querer saber os motivos concretos que faziam dele, esse colega tão especial. E
eles começaram a enumerar as coisas simples e altamente eficazes que ele fazia
- e que eu fiz questão de anotar:
•
Ele está sempre pronto a colaborar, participar, dar ideias;
•
Tudo o que ele faz é detalhadamente bem feito;
•
Ele é educado. Agradece o tempo todo quem faz alguma coisa;
•
Ele está sempre elogiando alguém, dizendo alguma coisa boa para as pessoas;
•
Nunca vi ele reclamar da vida, disse um deles com a confirmação dos demais;
•
Ele segue as normas e procedimentos sem criar caso e sem complicar;
•
E outra vez: “Dá gosto trabalhar com ele!”
Após
o almoço conversei com várias pessoas sobre esse mesmo supervisor e as opiniões
eram sempre as mesmas: dá gosto trabalhar com ele!
Muita
gente me dirá que essa pessoa não existe. Uma pessoa assim só mesmo em filme de
ficção. Mas o melhor de tudo é que ela existe, tem nome, sobrenome e endereço e
ao conversar com ela pude constatar ser uma pessoa realmente simples,
equilibrada, agradecida, comprometida e se dizendo sempre muito feliz por
acreditar que tinha como missão servir, atender, ajudar, fazer as pessoas serem
melhores e mais felizes.
Quantas
pessoas assim você conhece? E será que de nós alguém diria “dá gosto trabalhar
com ele(a)”?
Pense
nisso. Sucesso!
MOMENTO
DE REFLEXÃO
Quando
recebemos um convite para um aniversário, um casamento, a primeira preocupação,
quase sempre, é: O que oferecerei como presente?
E
ficamos a pensar o que será mais adequado, mais bonito, mais precioso, mais
agradável.
Assim,
consultamos catálogos, sites, visitamos lojas, verificamos preços. Afinal, o
presente deve ser muito bom, mas deve caber no nosso orçamento.
Será
que a pessoa apreciará o que escolhemos? Estará do seu gosto?
É
sempre um grande dilema.
Uma coisa é certa: não importa o tipo, o
tamanho, a qualidade do presente. O mais importante é a intenção de quem dá e a
gratidão de quem recebe.
Assim aconteceu com Rita. Ela estava envolvida
nos preparativos do casamento da filha. Eram tantas providências: o salão para
a festa, a decoração, os músicos, o cerimonial, o bolo, as bebidas...
Dois dias antes do casamento, ela estava
revendo detalhes no salão onde seriam recepcionados os convidados, quando viu
um senhor espreitando à porta.
Ela
o cumprimentou e logo percebeu que era um solitário desejando conversar. Ele contou que, em criança, sofrera um
acidente, batera com a cabeça e por isso, passara sua vida num asilo.
Encontrava-se,
por um período, em casa de um irmão e estava passeando antes do jantar. Quis
saber o que é que iria acontecer no salão e, ante a notícia do casamento,
perguntou se poderia vir dar uma espiada na festa.
Rita
o convidou para a recepção.
Chegou
o grande dia. No salão, a cerimônia, a música, o corte do bolo da noiva, risos,
danças.
Então,
alguém veio dizer a Rita que um cavalheiro estava na entrada e desejava lhe
falar.
Era
o homem solitário. Estava impecavelmente arrumado, mas tímido. Não desejou
entrar. Rita foi buscar um pedaço do bolo da noiva e lhe entregou.
Ele
ficou comovido e lhe deu um presente: É para a noiva, disse com orgulho.
Tratava-se
de um pacote pequeno, mal embrulhado com papel pardo, atado com um barbante.
Ele
se foi e Rita colocou o presente junto a outros tantos.
Após a recepção, já em casa, ela principiou a
anotar, com detalhes, cada um dos presentes e quem o tinha oferecido.
Quando
chegou no pequeno embrulho, o abriu. Era uma pequena leiteira branca, de louça,
dessas bem simples, que se usam em hospitais e em asilos.
Então
Rita chorou. Chorou pela felicidade da sua filha e pela solidão daquele homem,
que passara a maior parte da sua vida numa casa para doentes mentais.
Chorou
pelo gesto de amor daquele estranho. E, na lista, escreveu: Uma leiterinha –
Sr. Fulano, Asilo Tal.
Mais tarde, quando sua filha arrumou a casa,
dispôs os presentes, colocou a leiterinha em destaque, no meio de outras lindas
peças de prata.
Ela
se comovera com a dádiva daquele homem. Era um presente especial, de um mundo
solitário para um outro de esperança.
Um
testemunho de amor de uma vida para outra.

Por
isso, todo presente é sempre muito especial. Ele é mensageiro do afeto de alguém.
Muito próximo de nós ou simples conhecido, esse alguém despendeu seus
pensamentos, seu tempo para nos agraciar com um mimo.
Pensemos
nisso
Do artigo
Testemunho de amor, de Rita Du Tot
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