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LITURGIA DIÁRIA

LITURGIA DIÁRIA - REFLEXÕES E COMENTÁRIOS

Diário de Quinta-feira 11/02/2016


Quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016


“Não importa quão grande seja o Teu problema, nosso Deus é o Deus do impossível.”



EVANGELHO DE HOJE
Lc 9, 22-25


— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo, + segundo Lucas.
— Glória a vós, Senhor!


Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 22“O Filho do Homem deve sofrer muito, ser rejeitado pelos anciãos, pelos sumos sacerdotes e doutores da Lei, deve ser morto e ressuscitar no terceiro dia”.
23Depois Jesus disse a todos: “Se alguém me quer seguir, renuncie a si mesmo, tome sua cruz cada dia e siga-me. 24Pois quem quiser salvar a sua vida, vai perdê-la; e quem perder a sua vida por causa de mim, esse a salvará.
25Com efeito, de que adianta a um homem ganhar o mundo inteiro, se se perde e se destrói a si mesmo?”



Palavra da Salvação
Glória a vós Senhor







MEDITAÇÃO DO EVANGELHO
Pe. Antônio Queiroz CSsR

Quem perder sua vida por causa de mim, esse a salvará.
Neste Evangelho, Jesus nos fala abertamente a respeito das perseguições que sofrerá, dos seus sofrimentos e morte, mas afirma que ressuscitará ao terceiro dia. E ele nos alerta que, se quisermos segui-lo, a nossa sorte será a mesma. Mas garante: “Quem perder sua vida por causa de mim, esse a salvará”.
Ser cristão não é título honorífico, mas tem um alto preço: “Se alguém me quer seguir, renuncie a si mesmo, tome sua cruz cada dia e siga-me”. Cada dia porque o importante é a perseverança nos pequenos atos e acontecimentos de cada dia, anos a fio. Os verbos renunciar, carregar a cruz e seguir a Jesus são sinônimos, como o são perder a vida e salva-la definitivamente.
Este é o segredo da quaresma: passar pela cruz para chegar à Páscoa; perder a vida para a ganhar, como Cristo e em plena solidariedade com ele. A ressurreição é um presente maravilhoso de Deus, mas tem um preço, que é o mesmo preço que Jesus pagou: a cruz, e a cruz até o fim, até a morte.
Como a nossa natureza é ferida pelo pecado, faz parte do seguimento de Jesus a renúncia a nós mesmos. Portanto, não é pouca renúncia; aliás é a maior renúncia que existe. Por outro lado, a recompensa não será pequena: a vida eterna, isto é, a vida sem fim com Deus e com a sua e nossa Família, numa felicidade também infinita.
Concluindo, Jesus nos motiva a segui-lo, apesar desses tropeço: “O que adianta ao homem ganhar o mundo inteiro, se se perde e se destrói a si mesmo?” Destrói-se a si mesmo porque sua vida abundante vai terminar na morte. Depois, será um eterno sofrimento.
Nós celebramos todos os anos a Páscoa, não é só para recordar e agradecer a Deus a redenção.. O acontecimento, pela graça de Deus, se torna atual e a redenção, em seus efeitos, acontece novamente. Passado um ano, nós estamos em situação diferente, vivendo em contexto de vida, por isso precisamos ser novamente redimidos e transformados por Cristo.
Por isso que o batismo tem relevância na Páscoa. É um reassumir do nosso Batismo, com suas glórias e compromissos. A palavra penitência resume bem a caminhada quaresmal, porque é um esforço acentuado de vida nova e transformada pelo Evangelho.
Os três grandes sacramentos da renovação quaresmal são o Batismo, a Confissão e a Eucaristia, porque os três são eminentemente sacramentos pascais.
A nossa celebração da quaresma não consiste apenas no acréscimo de algumas devoções e exercícios de ascese. Somos parte de uma sociedade, e nela colaboramos em suas virtudes e pecados. Cada cristão que se santifica, santifica o mundo em volta de si.

Havia, certa vez, um senhor que morava no sertão, muito distante da cidade. Ele tinha um violino e gostava de tocá-lo. Mas o violino desafinou, e ele não tinha o diapasão, um instrumento que dá para o músico uma nota no tom natural, a fim de que, a partir dela ele afine o instrumento musical. Então o homem mandou uma carta para um radialista, de cujo programa ele gostava muito, pedindo que ele lhe desse, pelo rádio a nota "la". Logo que recebeu a carta, o radialista tocou várias vezes a nota "la", e o homem afinou o seu violino.
Quaresma é tempo de afinarmos o nosso violino com Cristo, nosso caminho, verdade e vida. O radialista que nos trás a nota é a Sagrada Escritura, interpretada de acordo com quem a escreveu, que é a Igreja.
O Papa Bento 16, quando esteve em Aparecida, disse que a causa que leva um grande número de católicos brasileiros passarem para as outras religiões é a falta de catequese, especialmente catequese sobre a Igreja. Não podemos deixar de falar certas verdades sobre a Igreja, “para não ofender ninguém”.
Se estivermos junto com Maria Santíssima, ela não permitirá que morramos com o nosso violino desafinado, pois isto estragaria a beleza da orquestra do céu. Se tivermos alguma nota perdida, peçamos a ela que com certeza nos ajudará a encontrá-la.
Quem perder sua vida por causa de mim, esse a salvará.







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MUNDO ANIMAL

Cães idosos e o que fazer quando falecem
Já falei neste espaço sobre um garoto chamado Luís Maurício que cresceu e ficou famoso como grande guitarrista com nome artístico canino, Lulu Santos. Pois bem, falarei agora de outro garoto que teve seu primeiro contato com o sucesso aos dez anos de idade, vencendo um concurso de talentos infantis cantando uma canção sobre a vida e morte de seu melhor amigo, um cachorro de estimação. Sim, refiro-me a Elvis Presley, e a canção era a valsa "Old Shep", sucesso do cantor e compositor country Red Foley, e que Elvis, logo que se tornou mundialmente famoso, fez questão de gravar no seu segundo álbum, em 1956. Esta valsinha é bom e raro exemplo de canção sentimental que não descamba para o brega, e também serve de mapa para este artigo, sobre como lidar com nossos caninos — e com nossas próprias emoções — quando chega a hora de eles partirem desta para a melhor.
O cão idoso ou muito doente
Um cão pode viver até 20 anos (há casos de cães que chegaram aos 29!), bem menos que a média de 70-80 das pessoas, de modo que estas precisam estar preparadas para quando tiverem de se separar dos peludos. Isto pode acontecer devido à idade avançada do cão ou se, Deus nos livre, ele for atropelado ou contrair toxoplasmose, câncer ou outra doença grave. A canção "Old Shep" começa falando do começo da amizade de 'Shep' e Jim, seu dono humano, quando aquele é filhotinho e este um garoto; ambos vivem passeando pelos campos e colinas, e 'Shep' chega a salvar Jim de morrer afogado. (Para quem sabe algo do idioma inglês, a letra pode ser lida aqui http://www.answers.com/topic/old-shep-performed-by-various-artists ). Tudo vai bem, até que um dia... "Os anos passaram rápido/o velho 'Shep' envelheceu/seus olhos foram se esmaecendo rapidamente."
Sempre comparo caninos a humanos, e agora é a vez dos cães velhinhos que ficam debilitados e mais sensíveis, perdendo independência e exigindo muita atenção e cuidados. O primeiro sintoma de idade avançada é a diminuição de atividade e entusiasmo para atividades físicas e do interesse pelo que acontece à sua volta. Uma das primeiras providências é evitar que o peludo se deixe abater e fique prostrado, dando-lhe uma terceira idade produtiva, com atividades de acordo com sua condição física, como pequenas caminhadas ou brincadeiras com bolinhas e objetos. Outros sintomas são surdez, aumento de peso, catarata e outros problemas de visão, incontinência urinária e senilidade — o primeiro sintoma desta última costuma ser quando o cão tenta atacar algo que ninguém mais vê).
Ah, sim: é verdade que cães castrados vivem mais, mas a noção de que "um ano canino equivale a sete anos humanos" é mais um mito para a coleção. Vejamos dois detalhes. Um cão com 20 anos equivaleria a uma pessoa com 140; nenhum ser humano vive tanto. E o envelhecimento (ou melhor, amadurecimento) canino não é linear como o humano; com um ano de idade cães (assim como gatos) já são maduros o suficiente para procriarem. E raças de grande porte, como os Buldogues e Mastifes, costumam viver menos que as pequenas, como Dachsunds e Pequineses.
Enfim, é preciso estarmos sempre atentos, pois, mudando um pouco de autor e citando Vinicius de Moraes, cão é como gente, que "mal nasce, começa a morrer".
Eutanásia: sim ou não?
Voltando à letra de "Old Shep": "Um dia o médico olhou para mim e disse/'nada mais posso fazer por ele, Jim'". Muitos de nós passam por isso quando o cão está realmente muito idoso e quase não responde a estímulos, ou sofreu um acidente muito grave, ou ainda chegou à fase terminal de uma doença. Obviamente, o dono pode procurar outro veterinário, pedir segunda e terceira opiniões. Quando o cão realmente está nas últimas, não se alimentando nem respondendo a estímulos, com sinais vitais cada vez menores e vida mais longa significar vida sem qualidade com dores, imobilidade e sofrimento, o mais usual é o veterinário sugerir a eutanásia. Ou seja, tirar a vida do cão de maneira serena e indolor. Isso é bom ou ruim? Quem decide é o dono. E a decisão tem de ser muito bem pensada. Valerá a pena termos conosco o cão de que tanto gostamos, mesmo que para continuar vivo ele precise sofrer, imóvel e cheio de dores? E haverá tempo ou possibilidade financeira para tratamentos mais caros e demorados? Volto a dizer: quem decide é o dono.
Uma certeza é de que a prática da eutanásia tornou-se muito mais tranquila e discreta do que conforme a letra de "Old Shep", que, lembramos, já era antiga quando Elvis a cantou em 1945 (composta antes de ele ter nascido, em 1933): "Com as mãos trêmulas/peguei minha espingarda/e apontei-a para a fiel cabeça de 'Shep'/eu não podia fazer isso/tive vontade de fugir/e quisera eu ter levado o tiro no lugar dele/ele veio para meu lado/olhou para mim/e descansou sua velha cabeça em meu joelho/eu havia atirado no melhor amigo que uma pessoa jamais teve/chorei tanto que mal pude ver." Pois bem: de 1933 para cá tanto o canino quanto o dono se livraram de tanto sofrimento. O método mais usado para eutanásia é, simplesmente, colocar o cão para dormir. Ele é anestesiado e, ao adormecer de vez, recebe uma injeção de um composto químico (normalmente um barbitúrico) que paralisa coração e pulmões, tudo em no máximo cinco minutos. Há quem prefira aplicar apenas uma dose muito forte, mas o método de duas etapas (anestesia e injeção letal), embora mais demorado, permite ao cão e ao dono se despedirem. (Ah, sim, nada de muita cerimônia: o ambiente deve ser tranquilo, sem a presença de muita gente — apenas o médico ou assistente, o cão e o dono se este quiser estar presente — ou de outros animais. E, obviamente, a eutanásia é recomendável somente para abreviar o sofrimento de cães agonizantes e eliminar cães infectados pela raiva, perigosos ou totalmente fora de controle, e não como método para diminuir a população canina.)
Última morada
Para o derradeiro repouso do canino existem várias opções, desde sepultamento no próprio quintal do dono (obviamente bem acondicionado para evitar contaminação do solo) e recolhimento gratuito do corpo pelas Prefeituras para cremação a funerais requintados como o Pet Memorial em São Paulo, primeiro crematório para cães (e outros animais de estimação) da América Latina, e cemitérios como Jardim do Amigo (em Itapevi, a 40km de São Paulo), Pet's Garden (Rio de Janeiro), Campo da Saudade (em Salvador), Jardim do Bom Amigo (em Colombo, perto de Curitiba), Cemitério Parque Bosque São Francisco de Assis (Belo Horizonte) e o cemitério do canil Dream's Bloom, dedicado a Beagles (em Tatuí, interior de São Paulo). O custo do funeral ou cremação varia de R$ 200 a R$ 2000, conforme o local, o porte do animal e o luxo exigido. E se o cão falecer no consultório do veterinário, este pode ficar com o corpo para encaminhamento à cremação pelo Centro de Controle de Zoonoses, mediante pequenas taxas (cerca de R$ 20).
...E a vida continua
Assim diz a última estrofe de "Old Shep": "O velho 'Shep' foi/para onde vão os cães bonzinhos/e não mais passearei por aí com o velho 'Shep'/Mas se os cães tiverem um Paraíso/uma coisa eu sei com certeza:/o velho 'Shep' tem um lar maravilhoso."
Em caso de morte do cão, você não deve, nem precisa, ter vergonha de chorar muito e se descabelar um pouco; afinal, trata-se de um ente querido, e guardar sentimentos pode até fazer mal. Mesmo que você possua oito peludos, são os SEUS oito peludos, não apenas oito dentre os tantos que houver em sua cidade. Espalhe fotos e vídeos do cão por paredes, cadernos e blogs, fale dele à vontade, relembre bons momentos e "causos" pitorescos passados com ele, pode até seguir o exemplo de Red Foley e compor poesias ou canções nele inspirados. Compartilhar experiência com outras pessoas que passaram pela mesma situação e adotar outro canino também ajuda. Enfim, recorde mais a vida que a morte do cão. Com o tempo você se acostumará com o fato de que ele se foi e que, mesmo que o velho 'Shep' esteja brincando no céu, não está mais aqui na Terra.
Ou, por outra, está sim. Como todo ente querido, o peludo sempre viverá nas boas lembranças de quem o conheceu e, de uma forma ou outra, estará sempre presente. Assim como o citado Elvis Presley, que às vezes nem parece ter falecido há quase 35 anos...
(Ah, sim: "Shep" vai entre aspas porque não é o nome do cão, e sim apelido popular estadunidense para cães mestiços de "German Shepherd", ou seja, Pastor Alemão. E esta valsa foi inspirada num Pastor Alemão de verdade, que, infelizmente, não morreu de velho, e sim envenenado por um vizinho.)









MOMENTO DE REFLEXÃO


Certo dia, decidi dar-me por vencido. Renunciei ao meu trabalho, às minhas relações e à minha fé.
Resolvi desistir até da minha vida.
Dirigi-me ao bosque para ter uma última conversa com Deus.
“Deus”, eu disse: “O Senhor poderia me dar uma boa razão para eu não entregar os pontos?”
Sua resposta me surpreendeu: “Olhe em redor. Você está vendo a samambaia e o bambu?”
“Sim, estou vendo”, respondi.
“Pois bem, quando Eu semeei as samambaias e o bambu, cuidei deles muito bem. Não lhes deixei faltar luz e água. A samambaia cresceu rapidamente. Seu verde brilhante cobria o solo. Porém, da semente do bambu nada saía.
Apesar disso, eu não desisti do bambu. No segundo ano, a samambaia cresceu ainda mais brilhante e viçosa. E, novamente, da semente do bambu, nada apareceu.
Mas, eu não desisti do bambu. No terceiro ano, no quarto, a mesma coisa. Mas, no quinto ano, um pequeno broto saiu da terra. Aparentemente, em comparação com a samambaia, era muito pequeno, até insignificante.
Seis meses depois, o bambu cresceu mais de 50 metros de altura.
Ele ficara cinco anos afundando raízes. Aquelas raízes o tornaram forte e lhe deram o necessário para sobreviver.
A nenhuma de minhas criaturas eu faria um desafio que elas não pudessem superar.”
E, olhando bem no meu íntimo, disse: “Você sabia que durante todo esse tempo em que você vem lutando, na verdade, estava criando raízes?
Eu jamais desistiria do bambu. Nunca desistiria de ti. Não se compare com outros. O bambu foi criado com uma finalidade diferente da samambaia, mas ambos eram necessários para fazer do bosque um lugar bonito.
Seu tempo vai chegar”, disse-me Deus. “Você crescerá muito!”
“Quanto tenho de crescer?” Perguntei.
“Tão alto como o bambu?” Foi a resposta. E eu deduzi: Tão alto quanto puder!
Espero que estas palavras possam lhe ajudar a entender que Deus nunca desistirá de você.
Nunca se arrependa de um dia da sua vida.
Os bons dias lhe dão felicidade.
Os maus lhe dão experiência.
Ambos são essenciais para a vida.
A felicidade lhe faz doce.
Os problemas lhe mantêm forte.
As penas lhe mantêm humano.
As quedas lhe mantêm humilde.
O bom êxito lhe mantém brilhante.

Mas, só Deus lhe mantém caminhando.

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