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LITURGIA DIÁRIA

LITURGIA DIÁRIA - REFLEXÕES E COMENTÁRIOS

Diário de Quinta-feira 18/02/2016


Quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016


“Arrependo-me muitas vezes de ter falado; nunca de ter silenciado.” (Ciro)



EVANGELHO DE HOJE
Mt 7, 7-12


— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo, + segundo Mateus.
— Glória a vós, Senhor!


Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 7“Pedi e vos será dado! Procurai e achareis! Batei e a porta vos será aberta! 8Pois todo aquele que pede recebe; quem procura encontra; e a quem bate a porta será aberta.
9Quem de vós dá ao filho uma pedra, quando ele pede um pão? 10Ou lhe dá uma cobra, quando ele pede um peixe? 11Ora, se vós, que sois maus, sabeis dar coisas boas a vossos filhos, quanto mais vosso Pai que está nos céus dará coisas boas aos que lhe pedirem! 12Tudo quanto quereis que os outros vos façam, fazei também a eles. Nisto consiste a Lei e os Profetas”.



Palavra da Salvação
Glória a vós Senhor







MEDITAÇÃO DO EVANGELHO
Pe. Antônio Queiroz CSsR

Todo aquele que pede, recebe.
Neste Evangelho, Jesus nos pede insistentemente que rezemos, pedindo a Deus tudo aquilo de que precisamos, e pedindo também pelos outros. Ele garante que quem pede recebe, quem procura acha e a quem bate a porta lhe será aberta. Apesar disso, nós ainda não temos o costume de rezar. Quantas vezes sofremos com um probleminha, afogando-nos num copo d’água, e nos esquecemos de pedir! Deus está ao nosso lado, querendo nos ajudar, mas ele não entra na nossa vida se não pedirmos. Ele respeita a nossa liberdade. Se tivéssemos o costume de rezar, a nossa vida seria muito mais fácil, pois Deus é maior que todos os problemas e obstáculos. Ele “tira de letra” qualquer dificuldade que aparecer em nossa vida, se lhe pedirmos.
Para nos motivar a pedir, Jesus apresenta um argumento forte, mas simples e claro: “Quem de vós dá ao filho uma pedra, quando ele pede um pão? Ou lhe dá uma cobra, quando ele pede um peixe?” O formato do pão naquela região era parecido com algumas pedras. Também havia peixes muito parecidos com cobra. Daí a possibilidade de uma criança se enganar, pedindo uma coisa pensando que era outra. Igual a nós hoje, que pedimos alguma coisa a Deus, pensando que é para o nosso bem, quando de fato não é. Só Deus sabe o que é melhor para nós, pois nos conhece inteiramente e sabe o nosso futuro.
“Se vós, que sois maus, sabeis dar coisas boas a vossos filhos, quando mais vosso Pai que está nos céus dará coisas boas aos que lhe pedirem!” A eficácia da oração tem a sua causa na bondade paternal de Deus. Se um pai dá ao filho o que é melhor para o filho, quanto mais Deus. Ele atende a todos os que lhe pedem com fé, confiança e perseverança, porque nos ama mais e melhor que um pai ou uma mãe. O seu amor por nós é infinito.
Jesus afirmará mais tarde, no seu discurso de despedida: “Eu vos asseguro: se pedis algo ao Pai em meu nome, ele vo-lo dará... Pedi e recebereis... Nesse dia pedireis em meu nome, e não vos digo que intervirei junto do Pai por vós, pois o próprio Pai vos ama...” (Jo 16,23ss). Nesse texto estão em evidência as duas razões da eficácia da oração: a bondade paternal de Deus e os merecimentos da redenção de Jesus em nosso favor.
A oração deve ser o clima habitual de quem se sabe filho de Deus e chamado para a santidade. E rezar não é difícil. Basta falar com Deus, como a um pai ou um amigo.
Santo Afonso Maria de Ligório dizia: “Quem reza se salva, quem não reza se condena”. De fato, no céu não há ninguém que lá tenha entrado sem rezar, pois a nossa natureza é fraca e ferida pelo pecado. Sozinhos, não temos forças para fazer o bem. A nossa inclinação é contrária: para fazer o mal. Todos os santos e santas conquistaram a santidade através da oração.
Dizem que hoje há crise de oração entre os cristãos. Estamos “picados” pelo ativismo e não encontramos tempo para rezar. Tempo é questão de preferência, ou de prioridade. O tempo a gente faz. “O que adiante ao homem ganhar o mundo inteiro, se vem a perder a sua alma?” (Mt 16,26).
Há também os que acusam aqueles que rezam de desinteressados dos problemas do mundo. Pelo contrário, a oração é sinal de interesse e é a forma mais eficaz de ajuda. O importante é seguir o exemplo de Jesus, tendo um equilíbrio entre oração e ação. Assim, nós fazemos a nossa parte e Deus faz a dele.
Comentando estas passagens evangélicas, adverte Santo Agostinho: “Se a tua oração não é ouvida, deve-se a que não pedes como deves, ou a que pedes o que não deves”. Porque o Senhor não falta à sua palavra. Deus já sabe do que precisamos, mas, por respeito à nossa liberdade, só entra na nossa vida se pedirmos.
A oração é livre e cada um tem o seu jeito próprio de rezar. Oração é como nadar: nós aprendemos rezando. Existem tantas formas de oração quantas pessoas orantes há no mundo. Há quatro tipos de oração: pedir, agradecer, louvar e pedir perdão a Deus. Nós vamos intercalando os quatro, conforme o Espírito Santo nos inspira. A santa Missa, a melhor oração dos cristãos, tem esses quatro tipos.
Além da Missa, temos a oração dos Salmos, organizada na Liturgia das Horas, o terço etc. O Pai Nosso, além de uma belíssima oração, é uma explicação que Jesus nos dá de como rezar. Nele também encontramos os quatro tipos de oração.
Devemos transformar a oração em vida e a vida em oração. O melhor é nos isolar dos outros para rezar, seja em nosso quarto, na igreja, em contato com a natureza etc. Mas quem tem o hábito de rezar, reza no ônibus, no trabalho etc. “Orai sempre e nunca cesseis de o fazer”, disse Jesus.
Sobre a Campanha da Fraternidade – economia e vida – vamos nos lembrar que a mão que embala o berço é a mão que rege o mundo. Destinar os recursos econômicos às crianças, a fim de que elas cresçam como Jesus: no tamanho, na sabedoria e na graça de Deus.
Certa vez, uma catequista deu para seus alunos a seguinte tarefa: cada um devia fazer um desenho, mostrando o homem mais forte do mundo. Saiu de tudo: Popó, Mike Tyson, Sansão, Barack Obama... Mas uma criança fez um desenho original. Ela desenhou um homem de joelhos, rezando. Pronto, a catequista disse que aquela criança fez o melhor desenho.
Todos somos fracos, mas Deus é forte. Ele está ao nosso lado, querendo nos ajudar, mas não entra na nossa vida se não pedirmos. E quando ele entra, tudo se torna fácil, pois ele é infinitamente poderoso.
Maria Santíssima estava junto com os Apóstolos rezando no Cenáculo, enquanto aguardavam a vinda do Espírito Santo. Que ela interceda por nós, a fim de aprendermos a orar.
Todo aquele que pede, recebe.







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MUNDO ANIMAL

Fila brasileiro

Com trocadilho e tudo, quem puxa a "fila" das raças caninas brazucas é este imponente, corajoso e fiel cão de guarda e boiadeiro, a mais famosa raça brasileira e a segunda a ser reconhecida oficialmente (em 1968, logo após o Rastreador Brasileiro) pela FCI (Federação Cinológica Internacional), que tem sede na Bélgica e exige detalhes como ausência ou controle de problemas genéticos e quantidade mínima de exemplares homogêneos sem parentesco próximo.

Resultante do cruzamento de raças como mastifes, buldogues e bloodhounds trazidas pelos primeiros colonizadores e ocupantes portugueses e holandeses, o Fila sempre ajudou muito na travessia de florestas cerradas e virgens e na guarda e condução das propriedades e rebanhos, inclusive recuperando reses desgarradas. E ganhou até uma campanha de marketing informal nos anos 1980, quando apareceu por toda parte a pichação "Cão Fila Km 26" — referindo-se a um canil da Grande São Paulo (na Estrada do Alvarenga) especializado na raça.

O fila chegou a ter fama exagerada de cão feroz e perigoso, comparável à que os pobres Pitbull e Rottweiller enfrentaram mais tarde. Mas hoje se sabe que o risco apresentado por um canino depende de sua criação; houve até um criador de Filas que demonstrou em pleno programa apresentado por Jô Soares que um Fila pode ser bastante manso, levando vários destes peludos que até ganharam afagos da plateia.

Ah, sim: afinal, por que o nome "Fila"? Nada a ver com aquelas amadas aglomerações ordeiras, mas vem do verbo "filar", derivado de "filhar" e que significa "agarrar com firmeza, segurar com os dentes"; a expressão "cão de filhar" já era comum no século 19; "filar" significa também, claro, "pedir de graça", mas isso é outra história.








MOMENTO DE REFLEXÃO


Um homem foi chamado à praia para pintar um barco.
Trouxe com ele tinta e pincéis, e começou a pintar o barco de um vermelho brilhante, como fora contratado para fazer.
Enquanto pintava, percebeu que a tinta estava passando pelo fundo do barco. Percebeu que havia um vazamento, e decidiu consertá-lo. Quando terminou a pintura, recebeu seu dinheiro e se foi.
No dia seguinte, o proprietário do barco procurou o pintor e presenteou-o com um belo cheque. O pintor ficou surpreso e falou:
- O senhor já me pagou pela pintura do barco.
Ele então respondeu:
- Mas isto não é pelo trabalho de pintura. É por ter consertado o vazamento do barco.
- Foi um serviço tão pequeno que não quis cobrar _disse o pintor. Certamente, não está me pagando uma quantia tão alta por algo tão insignificante!
- Meu caro amigo, você não compreendeu.
Deixe-me contar-lhe o que aconteceu.
Quando pedi a você que pintasse o barco, esqueci de mencionar o vazamento.
Quando o barco secou, meus filhos o pegaram e saíram para uma pescaria.
Eu não estava em casa naquele momento.
Quando voltei e notei que haviam saído com o barco, fiquei desesperado, pois lembrei-me que o barco tinha um furo.
Imagine meu alívio e alegria quando os vi retornando sãos e salvos.
Então, examinei o barco e constatei que você o havia consertado!
Percebe, agora, o que fez?
Salvou a vida de meus filhos!
Não tenho dinheiro suficiente para pagar-lhe pela sua pequena boa ação...

Não importa para quem, quando, de que maneira.
Ajude, ampare, enxugue as lágrimas, conserte os vazamentos... sempre, e não espere a recompensa ou reconhecimento pelo que fez...
Assim a caridade é maior.


(Sergio Barros)

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