Domingo, 26
de julho de 2015
“O mais
importante neste mundo não é tanto onde estamos, mas em que direção estamos nos
movendo.” (O.W.Holmes)
EVANGELHO
DE HOJE
Jo 6,1-15
— O Senhor
esteja convosco.
— Ele está
no meio de nós.
—
PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo, + segundo João.
— Glória a
vós, Senhor!
De tardinha,
os discípulos de Jesus desceram até o lago. Subiram num barco e começaram a
atravessar o lago na direção da cidade de Cafarnaum. Quando já estava escuro,
Jesus ainda não tinha vindo se encontrar com eles. De repente, um vento forte
começou a soprar e a levantar as ondas. Os discípulos já tinham remado uns
cinco ou seis quilômetros, quando viram Jesus andando em cima da água e
chegando perto do barco. E ficaram com muito medo.
Mas Jesus
disse: - Não tenham medo, sou eu! Então eles o receberam com prazer no barco e
logo chegaram ao lugar para onde estavam indo.
Palavra da
Salvação
Glória a vós
Senhor
MEDITAÇÃO
DO EVANGELHO
Alexandre
Soledade
Bom
dia!
Fechando
assim todo esse pensamento que iniciou na segunda-feira sobre as conseqüências
do nosso livre arbítrio na comunidade chegamos a diversas reflexões:
Fechar-se
somente no grupo ou na sua pastoral precisa ser revisto. A identidade cristã
esta também em buscar quem se perdeu ou se afastou. Não posso ficar a esperar
que nos procurem;
A
salvação não esta condicionada a aquela ou esta pastoral ou movimento da
igreja. Ela esta condicionada ao entendimento do que é mais importante para
Deus e no seu projeto salvítico;
Todo
trabalho pastoral precisa de pessoas empolgadas e bem resolvidas. As
comunidades precisam de operários e de lideranças que formem novas lideranças.
Irmãos que ainda não olham a seu redor, ainda não têm maturidade para liderar,
pois convém que Cristo cresça e que eu desapareça;
Nossa
preguiça e nossa irresponsabilidade social nos privam de assumir o chamado
individual que Deus nos faz de sermos semeadores da mensagem a toda criatura.
E
o evangelho de hoje? Como ele finaliza esse pensamento?
Preciso
notar que Jesus usa o que tem em mãos, os que estão ao seu redor. Em meio às
dúvidas e questionamentos de Felipe, Jesus torna o pouco de um pequeno garoto
em muito para atender a muitos.
Esperamos
de Deus que surjam em nossas comunidades músicos habilidosos para assumir as
missas e grupos, deixamos assim de ver o pouco mais fiel que cresce e vive em
nosso redor. Jesus não mandou ninguém comprar nada, pois ali mesmo tinha alguém
que podia ajudar com que possuía. Reclamamos (e como reclamamos) da falta de
pessoas para proclamarem as leituras nas missas, que são sempre as mesmas, e
blá, blá, blá, (…), mas não vamos atrás da pastoral da catequese, da crisma,
onde existem muitos que esperam uma pequena oportunidade…
Jesus
promove pequenas habilidades e singelos dons em grandes ministérios de serviço.
Deus chama, mas por vezes não damos a devida oportunidade e crédito aos
escolhidos.
“(…)
O Senhor chamou Samuel, o qual respondeu: Eis-me aqui. Samuel correu para junto
de Heli e disse: Eis-me aqui: chamaste-me. Não te chamei, meu filho, torna a
deitar-te. Ele foi e deitou-se. O Senhor chamou de novo Samuel. Este
levantou-se e veio dizer a Heli: Eis-me aqui, tu me chamaste. Eu não te chamei,
meu filho, torna a deitar-te. Samuel ainda não conhecia o Senhor; a palavra do
Senhor não lhe tinha sido ainda manifestada. Pela terceira vez o Senhor chamou
Samuel, que se levantou e foi ter com Heli: Eis-me aqui, tu me chamaste.
Compreendeu então Heli que era o Senhor quem chamava o menino. Vai e torna a
deitar-te, disse-lhe ele, e se ouvires que te chamam de novo, responde: Falai,
Senhor; vosso servo escuta! Voltou Samuel e deitou-se. Veio o Senhor pôs-se
junto dele e chamou-o como das outras vezes: Samuel! Samuel! Falai, respondeu o
menino; vosso servo escuta”. (I Samuel 3, 4-10)
E
quanto a nós? Aonde entra o nosso livre arbítrio, nossa vontade? Esta muitas
vezes agarrado ao orgulho.
Se
é mentira, por que não chamamos as pessoas? Por que não convidamos? Por que nos
fechamos, fazemos “panelinhas” em nossos grupos e pastorais? Por que não
convencemos como antes? Por que segregamos?
O
começo pode ser difícil, mas por que não arriscar? Por que não mudar?
Escolhemos demais com os nossos critérios. As pessoas têm necessidades de Deus
que nosso orgulho não nos deixa ver e uma dessas necessidades é a de servir,
ser útil. O serviço pastoral precisa de gente empolgada e Deus não cansa de
trazê-los para Ele e nós afugentá-los.
Por
fim deixo a reflexão proposta pela CNBB
“(…)
O capítulo sexto do evangelho de São João é reservado para o discurso sobre o
sacramento da Eucaristia, e Jesus, no uso da sua pedagogia, prepara os judeus
para esse discurso através da multiplicação dos pães. A prática pedagógica de
Jesus deve ser o grande iluminativo PARA A NOSSA PRÁTICA MISSIONÁRIA, PASTORAL
E EVANGELIZADORA. NÓS DEVEMOS ANUNCIAR O EVANGELHO A PARTIR DA REALIDADE DAS
PESSOAS, DE SUAS EXPERIÊNCIAS DE VIDA, DOS SEUS VALORES E DAS SUAS
EXPECTATIVAS. Antes de anunciar a palavra de deus, precisamos criar a
necessidade dela no coração das pessoas como Jesus, que a partir da necessidade
do pão, cria a necessidade do pão da vida eterna”.
Um
imenso abraço fraterno
VÍDEO
DA SEMANA
Sem enfrentamento não há
mudança._Pe Fábio de Melo
https://www.youtube.com/watch?v=bHfx4u-0vaI
MOMENTO
DE REFLEXÃO
Aconteceu
num dia em que eu estava com minha filha no zoológico.
Vi
uma avó com uma garotinha cujo rosto era salpicado de sardas vermelhas e
brilhantes.
As
crianças estavam esperando numa fila para que um artista pintasse suas faces
com patinhas de tigre.
-
Você tem tantas sardas que ele não vai ter onde pintar - um menino gritou na
fila.
Sem
graça, a menininha abaixou a cabeça.
A
avó ajoelhou-se perto dela e disse:
-
Adoro suas sardas!
-
Mas eu detesto! A garotinha replicou.
-
Quando eu era menina, sempre quis ter sardas, disse a senhora, passando o dedo
pela face da neta. Sardas são tão bonitas!
A
menina levantou o rosto:
-
São mesmo?
-
Claro - disse a avó. - Quer ver?
-
Diga-me uma coisa mais bonita que sardas!
A
garotinha, olhando para o rosto sorridente da senhora, respondeu suavemente:
-
Rugas!
Aquele
momento me ensinou para sempre que, se olharmos para os outros com os olhos do
amor, não veremos o que possam ter de feio, apenas o que têm de bonito.
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