Sábado, 16
de maio de 2015
O trabalho
afasta de nós três grandes males: o tédio, o vício e a pobreza. (Voltaire)
EVANGELHO
DE HOJE
Jo 16,23b-28
— O Senhor
esteja convosco.
— Ele está
no meio de nós.
—
PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo, + segundo João.
— Glória a
vós, Senhor!
Naquele
tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 23b“Em verdade, em verdade vos digo: se
pedirdes ao Pai alguma coisa em meu nome, ele vo-la dará. 24Até agora nada
pedistes em meu nome; pedi, e recebereis; para que a vossa alegria seja
completa.
25Disse-vos
estas coisas em linguagem figurativa. Vem a hora em que não vos falarei mais em
figuras, mas claramente vos falarei do Pai. 26Naquele dia pedireis em meu nome,
e não vos digo que vou pedir ao Pai por vós, 27pois o próprio Pai vos ama,
porque vós me amastes e acreditastes que eu vim da parte de Deus. 28Eu saí do
Pai e vim ao mundo; e novamente parto do mundo e vou para o Pai”.
Palavra da
Salvação
Glória a vós
Senhor.
MEDITAÇÃO
DO EVANGELHO
Pe. Antônio
Queiroz CSsR
O
Pai vos ama, porque vós me amastes e acreditastes.
Neste
Evangelho, Jesus expõe as consequências da sua união com o Deus Pai: Há um
círculo de amor que se estabelece entre o Pai, Jesus, o Espírito Santo, os
discípulos, e estes si. Essa intimidade e essa comunhão tem duas consequências
práticas: a nossa oração é ouvida e o nosso conhecimento de Deus aumenta. São
privilégios que o discípulo fiel de Jesus desfruta.
“Se
pedirdes ao Pai alguma coisa em meu nome, ele vo-la dará... Pedi, e recebereis,
para que a vossa alegria seja completa.” Através do Espírito Santo, nós estamos
incorporados em Cristo, que é um com o Pai. Portanto, a nossa prece tem a força
de Cristo.
Os
discípulos não podiam alcançar essa união profunda com Cristo enquanto não
recebessem o dom do Espírito Santo, que Jesus lhes enviou depois de sua subida
ao céu. Por isso que Jesus fala: “Até agora nada pedistes em meu nome”.
“Para
que a vossa alegria seja completa.” Alegria completa nós só teremos no céu.
Portanto, a nossa oração está voltada principalmente para a nossa salvação e a
de nossos irmãos e irmãs.
A
eficácia da oração do cristão depende da sua união com Cristo. “Se alguém me
ama, guardará a minha palavra; meu Pai o amará, e nós viremos e faremos nele a
nossa morada. Quem não me ama, não guarda as minhas palavras” (Jo 14,23-24).
O
Pai vos ama, porque vós me amastes e acreditastes. A nossa união com Jesus, faz
com que o Pai nos ame com o amor que tem a Jesus. Por isso ele nos atende,
mesmo se lhe pedirmos diretamente, sem a mediação de Jesus. E a oração dos
discípulos de Cristo é também a própria oração de Cristo, que com eles está
intimamente unido. Por isso que na Missa nós rezamos: “Por Cristo, com Cristo e
em Cristo, a vós, Deus Pai todo poderoso, na unidade com o Espírito Santo, toda
honra e toda glória, agora e para sempre”.
“Vem
a hora em que não vos falarei mais em figuras, mas claramente vos falarei do
Pai.” Essa comunicação clara de Jesus aos discípulos começou no dia de
Pentecostes e terá a sua plenitude no céu. É a consequência do dom da filiação
divina, que Cristo nos deu. Entre pai e filho a conversa é franca, aberta e
natural. “Agora nós vemos num espelho, confusamente; mas, então, veremos face a
face. Agora, conheço apenas em parte; mas, então, conhecerei completamente”
(1Cor 13,12).
Certa
vez, uma família resolveu fazer uma festa para celebrar as bodas de prata do
casal. Primeiro participaram da Santa Missa e depois ofereceram um churrasco
para os parentes, amigos e vizinhos. Quando a carne estava pronta, o filho mais
velho desligou o som e convidou todos a uma oração. Mas um rapaz, filho de uma
família vizinha, não rezou. Não só não rezou, mas resolveu debochar. Depois que
terminou a reza, ele disse: “Acho que eu fui o único que não rezei”. Uma
velhinha que estava perto ouviu e não deixou por menos. Ela falou: “Não! Não
foi só você que não rezou!” E, apontando para dois gatos e um cachorro, disse:
“Eles também não rezaram”.
O
rapaz quis dar uma de bonito e saiu-se mal. “Pedi, e recebereis”. A festa do
amor que circula entre Deus Pai, Cristo, o Espírito Santo, nós e os nossos
irmãos e irmãs, é maior e mais bonita que qualquer festa terrena. Mas essa
festa só é possível se rezarmos, e muito. Que o nosso bom Deus nos ilumine e dê
forças para, como esta senhora, enfrentar as ondas do mal, de forma criativa e
certeira.
Em
todos nós esse conhecimento das coisas divinas é, em parte, antecipado, a
partir do nosso batismo. Em Maria, essa antecipação foi tão generosa da parte
de Deus, que ela foi em corpo e alma para a visão beatífica.
O
Pai vos ama, porque vós me amastes e acreditastes.
CASA,
LAR E FAMÍLIA
Congelando
Peixes e Frutos do Mar
Os
peixes para congelamento devem ser bem frescos ou já resfriados. Agora se eles
se descongelarem durante o transporte, só podem ser congelados novamente em
forma de pratos prontos. Os peixes podem ser descongelados no refrigerador, sob
água corrente ainda embalados ou diretamente no forno.
Antes
de congelar o peixe, limpe-o normalmente, remova as barbatanas e escamas. Faça
um corte para poder retirar também as vísceras. Corte a cauda, a cabeça e lave
bem. Para o peixe pequeno, o ideal é
congelá-lo por inteiro. E se ele for grande, você pode cortá-lo em postas ou
filés.
Como
a carne de peixe é delicada, recomenda-se preparar o peixe antes que esteja completamente
descongelado. As postas e filés devem descongelar até que seja possível
separá-las umas das outras. Em todos os casos, faça o descongelamento dentro da
geladeira.
Assim
como os peixes, os crustáceos ou moluscos comprados precisam ser frescos.
O
camarão deve ser congelado cru, sem a cabeça e limpo com uma solução feita com
1 colher de chá de sal para cada litro de água. Depois é só escorrer, e levar
ao freezer em camadas. Quando o camarão estiver congelado, divida em sacos
plásticos, de maneira que cada pacote contenha a quantidade necessária para uma
refeição. Para descongelar, leve ao fogo baixo, deixando cozinhar por mais
tempo do que o normal.
Os
siris, caranguejos e lagostas devem ser bem limpos, escaldados por 15 minutos e
resfriados rapidamente. Validade : 3 meses
Os
mexilhões, ostras e vôngoles devem ser lavados em água corrente e levados ao
fogo baixo em panela tampada sem água. Quando as conchas começarem a abrir,
sacuda a panela. Retire os moluscos da concha e lave bem com salmoura. Coloque
os moluscos dentro de um recipiente plástico, jogue por cima o líquido frio e
coado que se formou na panela. Feche bem e leve ao freezer.
O
polvo deve ser bem limpo, escaldado por 2 minutos e resfriado rapidamente.
Descongele dentro da geladeira sem tirar da embalagem ou cozinhe diretamente
conforme a receita. Validade : 6 meses.
MOMENTO
DE REFLEXÃO
Na
praça, a multidão, tumultuada, observava um homem triste, algemado, em plena
rua.
Os gritos de condenação ecoavam por todos os
lados:
"Assassino!" "Celerado!"
"É uma fera solta, diziam uns.
"É um monstro que merece o devido
castigo, gritavam outros.
"Donde vieste, matador cruel?"
E o infeliz, cansado, mal se agüentando nos
pés, implora por misericórdia.
"Por Deus, me poupem a lembrança!"
Já basta a aflição que me oprime a alma..."
"Vocês me perguntam quem eu sou e de onde
venho. Pois bem, eu vou lhes dizer."
"Eu fui aquela criança a quem todos
fecharam a porta..."
"Fui o pequeno mendigo que todos viram
passar, indiferentes à minha sorte."
"Fui aquela criança sem lar, sem escola,
sem saúde, sem esperança...
"Faminto, descalço e roto, a minha vida
era assim..."
"Cresci na lama do esgoto, e nunca tive
alguém por mim..."
"Jamais provei um abraço caloroso de mãe
ou de pai, de irmão ou de amigo."
"Hoje dizem que sou um réprobo, mas o que
se pode esperar de alguém excluído da sociedade como eu?"
E, por fim, limpando o pranto abundante que
lhe corria no rosto, conclui:
"Nem eu mesmo sei quem eu sou. Talvez
seja um monstro, um assassino cruel, um assaltante sem escrúpulo, ou, quiçá,
seja apenas um pequeno mendigo moral, diante dos olhos de Deus".
A multidão silenciou...
Nada mais se ouviu além dos passos trôpegos
daquele homem triste a caminhar na direção do cárcere...
****
Se
analisássemos a história de cada ser humano que se perde nos lodaçais do crime,
talvez fôssemos menos implacáveis em nossos julgamentos.
Lembremos que essas criaturas que vivem à
margem da sociedade são nossos irmãos, necessitados de amparo e orientação.
São
seres que sentem, sofrem, lutam e se desesperam diante da nossa indiferença.
Jesus, conhecedor da história de cada um dos
espíritos confiados à Sua guarda, sabia que os homens são mais frágeis do que
perversos.
E é essa fragilidade que os faz amargos,
rebeldes e violentos diante da própria impossibilidade de soerguimento.
São esses os verdadeiros enfermos da alma que
necessitam de médico, de tratamentos, e não os sãos, conforme afirmou Jesus.
Você sabia que há países em que o regime
penitenciário é totalmente voltado à regeneração do infrator e não de punição
pura e simples?
As autoridades entendem que a pessoa que
comete crimes, está enferma, e como tal deve ser tratada.
É por esse motivo que nesses países o
delinqüente trabalha e estuda. E se tirou a vida de um pai, por exemplo, deve
sustentar financeiramente a família da vítima, bem como a sua própria família,
de maneira a não se constituir num peso para o Estado.
Ao cumprir a pena, o indivíduo está apto a ser
reintegrado à sociedade, da qual, em verdade, jamais foi excluído.
(Baseado na poesia "A Primeira
Pedra", do livro Antologia dos Imortais.)
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