Domingo, 31
de maio de 2015
“O vício
intrínseco do capitalismo é a partilha desigual do sucesso; o vício intrínseco
do socialismo é a partilha equitativa do fracasso.” (Winston Churchill)
EVANGELHO
DE HOJE
Mt 28,16-20
— O Senhor
esteja convosco.
— Ele está
no meio de nós.
— PROCLAMAÇÃO
do Evangelho de Jesus Cristo, + segundo Mateus.
— Glória a
vós, Senhor!
Os onze
discípulos foram para a Galiléia e chegaram ao monte que Jesus tinha indicado.
E, quando viram Jesus, o adoraram; mas alguns tiveram suas dúvidas. Então Jesus
chegou perto deles e disse:
- Deus me
deu todo o poder no céu e na terra. Portanto, vão a todos os povos do mundo e
façam com que sejam meus seguidores, batizando esses seguidores em nome do Pai,
do Filho e do Espírito Santo e ensinando-os a obedecer a tudo o que tenho
ordenado a vocês. E lembrem disto: eu estou com vocês todos os dias, até o fim
dos tempos.
Palavra da
Salvação
Glória a vós
Senhor.
MEDITAÇÃO
DO EVANGELHO
Padre
Antonio Queiroz
Batizai-os
em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo.
Hoje
nós celebramos, com alegria, a solenidade da Santíssima Trindade. Com ela
termina o Tempo Pascal e começa o Tempo Comum. Na Páscoa, a luz venceu as
trevas, a paz venceu a violência, o bem venceu o mal, a verdade venceu a
mentira, o amor venceu o ódio e a vida venceu a morte. No Tempo Comum, a nossa
missão é ser portadores da Luz, levando-a ao mundo, mesmo sabendo que as trevas
perseguem a luz.
O
Evangelho narra as últimas palavras de Jesus aos discípulos, antes de subir
para o céu: “Ide e fazei discípulos meus todos os povos”. A nossa missão é
continuar o trabalho de Jesus na terra. “Irmãos, tende em vós o mesmo
sentimento de Cristo Jesus... Ele despojou-se, assumindo a forma de escravo...”
(Fl 2,5.7). Tudo isso para nos salvar.
“Batizai-os
em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo.” É em nome de SS. Trindade que
fomos batizados. Ela é o maior mistério que temos. Deus não é uma pessoa só,
mas é uma família: O Pai, o Filho e o Espírito Santo; família ligada pelo amor,
não pela uniformidade. É um mistério de inclusão. Na Trindade não há exclusões.
Isso transparece na natureza criada por Deus, na relação de uma obra com a
outra, que nós chamamos de ecossistema. Tudo tem valor, tudo tem sentido,
unidade na diversidade. Transparece especialmente na pessoa humana, imagem de
Deus. A nossa missão é recuperar esse plano de Deus em nós e na criação.
Havia,
certa vez, um casal de namorados que se amava loucamente. Só que ele tinha um
probleminha: chulé. Quando tirava os sapatos, ninguém aguentava ficar perto.
Por isso, antes de se encontrar com ela, lavava os pés com soda cáustica. Ela,
por sua vez, tinha também um probleminha: mau hálito. Quando respirava no
quarto, até as baratas caíam das paredes. Antes de se encontrar com ele, ela
escovava os dentes com creolina e tomava meio vidro de perfume. Assim,
conseguiram levar o namoro.
Casaram-se
e foram para a lua de mel. No outro dia cedo, ele acordou e logo se lembrou do
problema. Sentiu que as meias não estavam nos seus pés. Virou-se para ela e
perguntou: “Bem, você viu minhas meias?” Ela acordou e disse, bem na direção do
nariz dele: “O quê?” Ele disse na hora: “Você engoliu minhas meias!”
É
isso que dá não ter diálogo aberto no namoro. O namoro deve caminhar para a
vida em família, a qual é uma imagem da SS. Trindade, até nos nomes: pai, filho
e a mãe que une todos no amor, e por isso representa o Espírito Santo.
Que
Maria Santíssima, a Filha de Deus Pai, a Mãe de Deus Filho e a esposa de Deus
Espírito Santo, nos ajude a amar mais a Deus e a imitar, em nossos
relacionamentos com as pessoas, a SS. Trindade.
Batizai-os
em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo.
VÍDEO
DA SEMANA
Imitar as
Virtudes da Sagrada Família: Padre Léo
https://www.youtube.com/watch?v=Vue2MRIUW-c
MOMENTO
DE REFLEXÃO
Se alguém lhe atirasse uma pedra,
o que você faria com ela?
Você a juntaria e guardaria para
atirar no seu agressor em momento oportuno ou a jogaria fora?
Trataria dos ferimentos e
esqueceria a pedra no lugar em que ela caiu?
Se você respondeu que a guardaria
para devolver em momento oportuno, então pense em como essa pedra irá
atrapalhá-lo durante a caminhada.
Vamos supor que você a guarde no
bolso da camisa, onde fique bem fácil pegá-la quando for preciso.
Agora imagine como essa pedra lhe
causará bastante desconforto.
- Primeiro porque será um peso
morto a lhe dificultar a caminhada lhe exigindo maior esforço para mantê-la no
lugar.
- Segundo porque cada vez que
você for abraçar alguém, ambos sentirão aquele objeto estranho a machucar o
peito.
- Terceiro porque se você ganhar
uma flor, por exemplo, não poderá colocá-la no bolso já que ele estará ocupado
com aquele peso inútil.
- Em quarto lugar, o seu agressor
poderá desaparecer da sua vida e você nunca mais voltar a encontrá-lo e, nesse
caso, terá carregado a pedra inutilmente.
Fazendo agora uma comparação com
uma ofensa qualquer que você venha a receber, podemos seguir o mesmo
raciocínio.
Se você guardar a ofensa para
revidar em momento oportuno, pense em como será um peso inútil a sobrecarregar
você.
Pense em quanto tempo perderá
mentalizando o seu agressor e imaginando planos para vingar-se.
Pondere quantas vezes você
deixará de sorrir para alguém pensando em como devolverá a ofensa.
E se você insistir em alimentar a
idéia de revide, com o passar do tempo se tornará uma pessoa amarga e infeliz,
pois esse ácido guardado em sua intimidade apagará o seu brilho e a sua
vitalidade.
Mas se você pensa diferente e
quando recebe uma pedrada, trata dos ferimentos e joga a pedra fora, perceberá
que essa é uma decisão inteligente, pois agirá da mesma forma quando receber
outra ofensa qualquer.
Quem desculpa seu agressor é
verdadeiramente uma pessoa livre, pois perdoar é libertar-se.
Ademais, quem procura a vingança
se iguala ao seu agressor e perde toda razão mesmo que esteja certo.
Somente pode considerar-se diferente
quem age de forma diferente e não aquele que deseja fazer justiça com as
próprias mãos.

Todavia, vale ressaltar que perdoar
não é apenas esquecer temporariamente as ofensas, é limpar o coração de
qualquer sentimento de vingança ou de mágoa.
Pense nisso!
A pedra bruta perdoa as mãos que
a ferem, transformando-se em estátua valiosa.
O grão de trigo perdoa o
agricultor que o atira ao solo, multiplicando-se em muitos grãos que,
esmagados, enriquecem a mesa.
O ferro deixa-se dobrar sob altas
temperaturas e perdoa os que o modelam, construindo segurança e conforto.
Perdoar, portanto, é impositivo
para toda hora e todo instante, pois o perdão verdadeiro é como uma luz
arremessada na direção da vida e que voltará sempre à fonte de onde saiu.