Domingo, 19
de outubro de 2014
"As
coisas em si, não são boas nem más. É o pensamento que as torna desse ou
daquele jeito" (Shakespeare).
EVANGELHO
DE HOJE
Mt 22,15-21
— O Senhor
esteja convosco.
— Ele está
no meio de nós.
—
PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo, + segundo Mateus.
Os fariseus
saíram e fizeram um plano para conseguir alguma prova contra Jesus. Então
mandaram que alguns dos seus seguidores e alguns membros do partido de Herodes
fossem dizer a Jesus:
- Mestre,
sabemos que o senhor é honesto, ensina a verdade sobre a maneira de viver que
Deus exige e não se importa com a opinião dos outros, nem julga pela aparência.
Então o que o senhor acha: é ou não é contra a nossa Lei pagar impostos ao
Imperador romano?
Mas Jesus
percebeu a malícia deles e respondeu:
-
Hipócritas! Por que é que vocês estão procurando uma prova contra mim? Tragam a
moeda com que se paga o imposto!
Trouxeram a
moeda, e ele perguntou:
- De quem
são o nome e a cara que estão gravados nesta moeda?
Eles
responderam:
- São do
Imperador.
Então Jesus
disse:
- Dêem ao
Imperador o que é do Imperador e dêem a Deus o que é de Deus.
Palavra da
Salvação
Glória a vós
Senhor.
MEDITAÇÃO
DO EVANGELHO
Padre
Antonio Queiroz
Donde
vinha o batismo de João?
Este
Evangelho começa com uma pergunta dos dirigentes judeus a Jesus: “Com que
autoridade fazes estas coisas?” Eles se referiam aos dois fatos narrados logo
antes no Evangelho: a expulsão dos vendilhões do Templo e a entrada triunfal
dele em Jerusalém. Referiam-se também ao fato de Jesus estar ensinando no
Templo.
Jesus
usou de uma astúcia, e respondeu: “Também eu vou fazer uma pergunta. Se vós me
responderdes, também eu vos direi com que autoridade faço estas coisas. Donde
vinha o batismo de João? Do céu ou dos homens?” Eles ficaram em dificuldade,
porque, se respondessem “Do céu”, Jesus podia colocá-los na parede, dizendo:
“Por que então não acreditastes nele?” Se dissessem: “Dos homens”, tinham medo
do povo, pois todos tinham João Batista na conta de profeta. Disseram então:
“Não sabemos”. Em resposta, Jesus disse: “Eu também não vos direi com que
autoridade faço estas coisas”.
Jesus
usou várias outras vezes de astúcias semelhantes. Por exemplo, quando um grupo
formado por fariseus e saduceus quiseram colocar Jesus em dificuldade
perguntando se era ou não lícito pagar o imposto a César. Como na moeda havia a
imagem de César, Jesus respondeu: “Daí a César o que é de César e a Deus o que
é de Deus” (Mt 22,15-21). Na parábola do administrador infiel o administrador
usa também de astúcia, para sobreviver (Lc 16,1-8).
Também
S. Paulo fez algo semelhante em Jerusalém, para se livrar da prisão: “Sabendo
que uma parte do tribunal era composta de saduceus e a outra, fariseus, Paulo
exclamou bem alto: Irmãos, eu sou fariseu e filho de fariseus. Estou sendo
julgado por causa da nossa esperança na ressurreição dos mortos. Apenas falou
isso, armou-se um conflito entre fariseus e saduceus, a assembléia ficou
dividida...” (At 23,6-7) e por isso o processo de condenação de Paulo foi
encerrado.
Nós
precisamos usar de muita sagacidade para conseguir cumprir a nossa missão de
cristãos e de construtores do Reino de Deus. Deus nos capacitou para isso,
dando-nos muitos dons, talentos e carismas. E o próprio Espírito Santo, que é a
inteligência em pessoa, está conosco para nos inspirar e ajudar. Temos,
portanto, condições de sobra para dominar a terra, cumprindo a ordem de Deus
nas primeiras páginas da Bíblia.
Aqueles
sacerdotes e anciãos, que perguntaram a Jesus com que autoridade ele agia, eram
encarregados de manter a fé autêntica. Mas na verdade não se preocupavam com a
fé, e sim em defender seus interesses. Isso foi demonstrado pela atitude deles,
provocada por Jesus. A armadilha que fizeram para Jesus virou-se contra eles.
As
pregações de João Batista tinham sido o acontecimento religioso mais importante
dos últimos anos. Naturalmente, os sacerdotes deviam pronunciar-se a respeito
de João. Se não o faziam, tampouco tinham moral para exigir que Jesus explique
com que autoridade agia.
Além
do mais, João já havia testemunhado para eles a respeito de Jesus: “No meio de
vós está aquele que vós não conheceis, e que vem depois de mim. Eu não mereço
desamarrar a correia de suas sandálias” (Jo 1,26-27).
O
próprio Jesus foi batizado por João (Mt 3,13-17), referendando o batismo de
conversão que João realizava.
Tanto
João Batista como Jesus não eram “profetas de ocasião”, que falam aquilo que os
grandes querem ouvir. Por isso foram recusados pelas elites.
Havia,
certa vez, um jardineiro que trabalhava como diarista em várias residências de
um bairro classe alta, cuidando dos jardins das residências.
Um
dia, um especialista em marketing de uma grande empresa contratou esse
jardineiro para cuidar do jardim de sua casa.
Quando
o jardineiro terminou o serviço, pediu ao executivo a permissão para utilizar o
telefone, o que foi prontamente permitido. Contudo, o executivo não pôde deixar
de ouvir a conversa. O rapaz havia ligado para uma senhora, com a qual teve o
seguinte dialogo:
-
A senhora está precisando de um jardineiro?
-
Não. Eu já tenho um.
-
Mas, além de aparar, eu também tiro o lixo.
-
Isso o meu jardineiro também faz.
-
Eu limpo e lubrifico todas as ferramentas no final do serviço.
-
Mas o meu jardineiro também o faz.
-
Eu faço a programação de atendimento o mais rápido possível.
-
Não, o meu jardineiro também me atende prontamente.
-
O meu preço é um dos melhores.
-
Não, muito obrigada! O preço do meu jardineiro também é muito bom.
Assim
que o moço desligou o telefone, o executivo lhe disse: “Meu rapaz, você perdeu
um cliente”. Ele respondeu: “Não. Eu sou o jardineiro dela. Eu apenas estava
medindo o quanto ela estava satisfeita”.
No
advento, nós celebramos a espera do nascimento de Jesus. É uma espera ativa,
isto é, não o esperamos de braços cruzados. Quando vamos receber uma visita,
costumamos preparar a nossa casa. Vamos aproveitar estes poucos dias que faltam
para nos preparar, e nos preparar bem. Nós pedimos à Rainha dos Profetas que
nos ajude a acolher bem os verdadeiros profetas de Deus, e a exercer a nossa
vocação profética, usando para isso todos os nossos talentos e muita
sagacidade.
Donde
vinha o batismo de João?
VÍDEO
DA SEMANA
Decida mudar
de vida - Pe. Fábio de Melo
MOMENTO
DE REFLEXÃO
Depois
de plantada a semente deste incrível arbusto, não se vê nada por
aproximadamente cinco anos, exceto um lento desabrochar de um diminuto broto a
partir do bulbo.
Durante
cinco anos, todo o crescimento é subterrâneo, invisível a olho nu, mas...Uma
maciça e fibrosa estrutura de raiz que se estende vertical e horizontalmente
pela terra está sendo construída. Então, no final do quinto ano, o bambu chinês
cresce até atingir a altura de 25 metros.
Muitas
coisas na vida pessoal e profissional são iguais ao bambu chinês. Você
trabalha, investe tempo, esforço, faz tudo o que pode para nutrir seu
crescimento, e às vezes não vê nada por semanas, meses ou anos. Mas se tiver
paciência para continuar trabalhando, persistindo e nutrindo, o seu quinto ano
chegará, e com ele virão um crescimento e mudanças que você jamais esperava.
Especialmente
em nosso trabalho, que é um projeto fabuloso que envolve mudanças de
comportamento, de pensamento, de cultura e de sensibilização, devemos sempre
lembrar do bambu chinês para não desistirmos facilmente diante das dificuldades
que surgirão.
Procure
cultivar sempre dois bons hábitos em sua vida:
A
Paciência e a Persistência.
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