Domingo, 12
de outubro de 2014
“Arrependo-me muitas vezes de ter falado; nunca de ter silenciado.” (Ciro)
EVANGELHO
DE HOJE
Jo 2, 1-11
— O Senhor
esteja convosco.
— Ele está
no meio de nós.
—
PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo, + segundo João.
Naquele tempo,
1houve um casamento em Caná da Galileia. A mãe de Jesus estava presente.
2Também Jesus e seus discípulos tinham sido convidados para o casamento. 3Como
o vinho veio a faltar, a mãe de Jesus lhe disse: “Eles não têm mais vinho”.
4Jesus
respondeu-lhe: “Mulher, por que dizes isto a mim? Minha hora ainda não chegou”.
5Sua mãe
disse aos que estavam servindo: “Fazei o que ele vos disser”.
6Estavam
seis talhas de pedra colocadas aí para a purificação que os judeus costumam
fazer. Em cada uma delas cabiam mais ou menos cem litros.
7Jesus disse
aos que estavam servindo: “Enchei as talhas de água”. Encheram-nas até a boca.
8Jesus disse: “Agora tirai e levai ao mestre-sala”. E eles levaram. 9O
mestre-sala experimentou a água que se tinha transformado em vinho. Ele não
sabia de onde vinha, mas os que estavam servindo sabiam, pois eram eles que
tinham tirado a água.
10O
mestre-sala chamou então o noivo e lhe disse: “Todo mundo serve primeiro o
vinho melhor e, quando os convidados já estão embriagados, serve o vinho menos
bom. Mas tu guardaste o vinho melhor até agora!”
11Este foi o
início dos sinais de Jesus. Ele o realizou em Caná da Galileia e manifestou a
sua glória, e seus discípulos creram nele.
Palavra da
Salvação
Glória a vós
Senhor.
MEDITAÇÃO
DO EVANGELHO
Padre
Antonio Queiroz
Fazei
tudo o que ele vos disser.
Hoje
a Igreja do Brasil celebra com alegria a sua Padroeira: Nossa Senhora da
Conceição Aparecida. E hoje este site completa dois aninhos! A nossa alegria é
grande e também o nosso agradecimento a Deus e a Maria Santíssima pela sua
ajuda e intercessão. E pedimos as luzes do Espírito Santo para nós que
redigimos as mensagens, que as colocamos no site e que respondemos os e-mails
que nos são enviados através do “Contato” do site. E pedimos também por você
que lê as mensagens e as historinhas, para que seja muito abençoado e abençoada
por Deus.
O
tema da festa este ano é: “Pelas mãos da Senhora Aparecida encontramos Jesus”.
A cena das Bodas de Caná, narrada no Evangelho de hoje, confirma essa
afirmação. Maria está todinha voltada para seu Filho e não quer que paremos
nela, o que ele quer é levar-nos a Jesus, a fim de fazermos tudo o que ele nos
disse e ensinou.
Quando
os reis magos, após uma longa caminhada, chegaram à gruta onde estava o
Messias, eles o encontraram nos braços de sua Mãe, que o apresentou a eles.
Assim, pelas mãos da Senhora Aparecida, os magos encontraram Jesus.
Na
apresentação de Jesus no Templo, os profetas Simeão e Ana exultaram ao ver o
Messias, mas o encontramos nos braços de sua Mãe.
E
assim continua. Hoje as mãos de Maria continuam levando-nos a Jesus pelos mais
diversos caminhos: pela imitação de suas virtudes, pela reza do terço, pela
romaria a um santuário mariano, pela imitação das virtudes de Maria...
No
início da história de Nossa Senhora Aparecida, aconteceram muitos milagres,
todos com um sentido simbólico:
O
primeiro foi a pesca abundante. Na Bíblia, a pesca sempre foi símbolo da
conquista de pessoas para Deus.
Logo
em seguida, o milagre das velas, que estavam apagadas e se acenderam sozinhas,
representa recuperação da graça de Deus. A anjo Gabriel saudou Maria como cheia
de graça, e disse que ela encontrou graça diante de Deus. A graça é a nossa
maior riqueza e o tesouro de Maria. É este tesouro que ela abre e continua
distribuindo para todos nós.
O
escravo que, com as mãos acorrentadas, entrou na capela de N. Senhora Aparecida
e as correntes imediatamente caíram de suas mãos. Na Bíblia, corrente é símbolo
do pecado.
Maria
continua levando o povo a Jesus, das mais diversas formas. Hoje, na sua festa,
nós queremos agradecer. E queremos imitar as virtudes da nossa Mãe do céu.
Queremos ser cheios de graça, acolhedores, misericordiosos, educadores,
solidários e solícitos em servir, amantes da oração... Assim Maria, pelas suas
mãos benditas, certamente nos levará até o Céu, a fim de morarmos eternamente
com Deus, com ela e com todos os santos e santas. Que lá do céu ela nos abençoe
e continue nos enriquecendo de graças e bênçãos.
Certa
vez, um célebre senhor foi convidado a participar de um encontro. Prepararam um
lugar especial para ele no auditório, junto com os convidados especiais.
Um
pouco antes do encontro ele chegou, trazendo consigo sua mãe. O porteiro não
quis deixar a mãe entrar. Disse que era para ela ficar do lado de fora, porque
o convite era só para o seu filho.
O
filho sentiu-se ofendido e disse ao porteiro: “Está bem. Se minha mãe não pode
entrar, eu também não entro”. Virou as costas e voltou para casa.
Nós
queremos convidar Maria para todos os nossos encontros, trabalhos e passeios. E
se alguém não aceitá-la, nós também não entramos. Já pensou que os noivos das
Bodas de Caná tivesse convidado Jesus e os Apóstolos, mas não tivessem
convidado a Mãe de Jesus? Com certeza não teria acontecido a transformação da
água em vinho.
Por
isso, cuidado! Ao convidar Jesus para a sua casa, não se esqueça de convidar
Maria também. Senão pode ser que ele vire as costas e vá embora.
Fazei
tudo o que ele vos disser.
VÍDEO
DA SEMANA
Romper com
os vínculos que nos destroem- Padre Fábio de Melo
https://www.youtube.com/watch?v=LXGFE45clVY
MOMENTO
DE REFLEXÃO
O
mais recente livro de Carlos Moraes, o ótimo "Agora Deus vai te pegar lá
fora", há um trecho em que uma mulher ouve a seguinte pergunta de um
major: "Por que você não é feliz como todo mundo?" A que ela responde
mais ou menos assim: "Como o senhor ousa dizer que não sou feliz? O que o
senhor sabe do que eu digo para o meu marido depois do amor? E do que eu sinto
quando ouço Vivaldi? E do que eu rio com meu filho? E por que mundos viajo
quando leio Murilo Mendes? A sua felicidade, que eu respeito, não é a minha,
major."
E
assim é. Temos a pretensão de decretar quem é feliz ou infeliz de acordo com
nossa ótica particular, como se felicidade fosse algo que pudesse ser
visualizado. Somos apresentados a alguém com olheiras profundas e imediatamente
passamos a lamentar suas prováveis noites insones causadas por problemas
tortuosos. Ou alguém faz uma queixa infantil da esposa e rapidamente decretamos
que é um fracassado no amor, que seu casamento deve ser um inferno, pobre
sujeito. É nestas horas que junto a ponta dos cinco dedos da mão e sacudo-a no
ar, feito uma italiana indignada: mas que sabemos nós da vida dos outros,
catzo?
Nossos
momentos felizes se dão, quase todos, na intimidade, quando ninguém está nos
vendo. 0 barulho da chave da porta, de madrugada, trazendo um adolescente de
volta pra casa. O cálice de vinho oferecido por uma amiga com quem acabamos de
fazer as pazes. Sentar-se no cinema, sozinho, para assistir ao filme tão
esperado. Depois de anos com o coração em marcha lenta, rever um ex-amor e
descobrir que ainda é capaz de sentir palpitações. Os acordos secretos que
temos com filhos, netos, amigos. A emoção provocada por uma frase de um livro.
A felicidade de uma cura. E a infelicidade aceita como parte do jogo — ninguém
é tão feliz quanto aquele que lida bem com suas precariedades.
O
que sei eu sobre aquele que parece radiante e aquela outra que parece à beira
do suicídio? Eles podem parecer o que for e eu seguirei sem saber de nada, sem
saber de onde eles extraem prazer e dor, como administram seus azedumes e seus
êxtases, e muito menos por quanto anda a cotação de felicidade em suas vidas.
Costumamos julgar roupas, comportamento, caráter — juizes indefectíveis que
somos da vida alheia — mas é um atrevimento nos outorgar o direito de reconhecer,
apenas pelas aparências, quem sofre e quem está em paz.
A
sua felicidade não é a minha, e a minha não é a de ninguém. Não se sabe nunca o
que emociona intimamente uma pessoa, a que ela recorre para conquistar
serenidade, em quais pensamentos se ampara quando quer descansar do mundo, o
quanto de energia coloca no que faz, e no que ela é capaz de desfazer para
manter-se sã. Toda felicidade é construída por emoções secretas. Podem até
comentar sobre nós, mas nos capturar, só com a nossa permissão.
Martha
Medeiros
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