Quarta-feira,
09 de julho de 2014
"A pior
maneira de não chegar a determinado lugar é pensar que já se está lá." (Roberto
Shinyashiki)
EVANGELHO
DE HOJE
Mt 10,1-7
— O Senhor
esteja convosco.
— Ele está
no meio de nós.
—
PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo, + segundo Mateus.
— Glória a
vós, Senhor!
Jesus
chamou os seus doze discípulos e lhes deu autoridade para expulsar espíritos
maus e curar todas as enfermidades e doenças graves. São estes os nomes dos
doze apóstolos: primeiro, Simão, chamado Pedro, e o seu irmão André; Tiago e o
seu irmão João, filhos de Zebedeu; Filipe, Bartolomeu, Tomé e Mateus, o
cobrador de impostos; Tiago, filho de Alfeu; Tadeu e Simão, o nacionalista; e
Judas Iscariotes, que traiu Jesus. Jesus enviou esses doze homens, dando-lhes a
seguinte ordem: - Não vão aos lugares onde vivem os não-judeus, nem entrem nas
cidades dos samaritanos. Pelo contrário, procurem as ovelhas perdidas do povo
de Israel. Vão e anunciem isto: "O Reino do Céu está perto."
Palavra da
Salvação
Glória a vós
Senhor.
MEDITAÇÃO
DO EVANGELHO
Padre
Antonio Queiroz
Ide,
antes, às ovelhas perdidas da casa de Israel.
Este
Evangelho narra Jesus chamando os doze Apóstolos. “Ide, antes, às ovelhas
perdidas da casa de Israel”. Nessa recomendação, é importante o advérbio
“antes”. O povo de Israel é o povo eleito por Deus que teve a missão de
preparar a vinda do Messias, por isso deve receber em primeiro lugar a Boa Nova
de Jesus. Mas depois será esclarecido que essa Boa Nova é para todos, sem
distinção: “Ide fazer discípulos entre todas as nações, e batizai-os em nome do
Pai, do Filho e do Espírito Santo” (Mt 28,19). Quando Deus faz aliança, ele a
cumpre, mesmo que a outra parte não a cumpra.
Assim
como os Apóstolos, todos nós somos chamados por Deus para cumprir uma missão.
Aliás, Deus não faz nada à toa; tudo o que ele criou tem uma finalidade, e é
feita de acordo com aquela finalidade. Aliás, isso acontece também conosco;
qualquer pessoa inteligente, se faz um objeto, é para uma finalidade; ninguém
faz nada à toa.
O
cumprimento da vocação realiza e faz feliz. Já o não cumprimento deixa a pessoa
frustrada e “fora do eixo”. Ela fica andando pela vida como um carro sem
alinhamento ou sem balanceamento. E isso vale também para os objetos feitos por
Deus ou pelo homem. Imagine tentar fincar um prego na parede, usando uma
lâmpada! É o martelo que foi feito para isso. Deus criou a flor para perfumar,
a abelha para produzir mel e para espalhar as sementes pela terra.
A
nossa vocação foi a primeira coisa que Deus pensou, já antes de nos criar, pois
fomos criados já adaptados ao seu cumprimento. Deus tem um plano para a
humanidade, e quer realizá-lo através das próprias pessoas que ele cria.
Existe
o ecossistema, isto é, tudo na natureza é harmonioso e “trabalha” em conjunto,
cada coisa desempenhando a sua tarefa, desde a formiguinha até as grandes
estrelas. Nós fazemos parte desse conjunto, com um detalhe: somos os reis da
criação. Tudo foi feito para nos servir. “Deus disse: ‘Façamos o ser humano à
nossa imagem e semelhança, para que domine sobre os peixes do mar, as aves do
céu, os animais... Eis que vos dou todas as plantas...” (Gn 1,26-29).
Os
seres irracionais seguem automaticamente o chamado de Deus. Conosco é
diferente, temos de seguir livre e conscientemente o chamamento de Deus a nós.
Também a descoberta da nossa vocação não nos vem por si, mas é fruto de um
trabalho nosso. Descobrir a própria vocação é descobrir o caminho da
felicidade.
“Jesus
chamou os doze discípulos e deu-lhes poder...” Assim como Jesus deu poderes aos
Apóstolos para cumprirem a sua vocação, ele no-los dá também.
Numa
floresta, havia três leões. Como o leão é o rei dos animais, a bicharada queria
saber qual dos três era o rei. Numa assembléia, surgiu uma proposta que os
leões aceitaram. Havia no local uma montanha alta e rochosa, dificílima de
escalar. O leão que conseguisse subir até o topo da montanha seria o rei. Como
fiscais foram escolhidas as gaivotas.
O
primeiro leão começou a subir, mas desistiu. Ao chegar embaixo, disse para a
assembléia: “Não dei conta”. O segundo leão foi, mas chegou a uma rocha enorme
e voltou para trás. Disse também para a bicharada: “É impossível subir essa
montanha”. O terceiro leão conseguiu ir até um pouco mais na frente, mas também
se cansou e voltou. Ele disse para os bichos: “Desta vez eu não consegui. Mas é
só por enquanto. No futuro conseguirei escalar essa montanha”. Pronto, este foi
coroado rei. Foi por causa das suas duas expressões: “desta vez” e “por
enquanto”.
Quem
tem fé vai em frente no cumprimento da sua vocação e nunca desanima, porque
sabe que tem Deus ao seu lado, o qual tem poder infinito. E quem tem fé tem
esperança, sempre acredita que amanhã poderá dar um passo à frente e ir mais
longe, no cumprimento da vocação.
Muita
gente desiste da própria vocação, devido aos problemas que encontra. Basta ver
o matrimônio, o sacerdócio, a vida religiosa...
Que
Maria Santíssima, o melhor modelo, depois de Jesus, de resposta vocacional, nos
ajude.
Ide,
antes, às ovelhas perdidas da casa de Israel.
CURIOSIDADES
O caso da
pequena Sofia
O
caso da pequena Sofia Gonçalves de Lacerda, de 4 meses, que nasceu no interior
de São Paulo com uma síndrome rara e precisa de um transplante multivisceral
milionário fora do País, ganhou um novo reforço e aumentou a esperança da
família pela cura da menina. Um empresário brasileiro que vive em Miami, nos
Estados Unidos, se comoveu com o caso e disponibilizou uma aeronave particular
para realizar o transporte de Sofia até aquele país.
Além
disso, segundo a mãe da bebê, Patrícia Lacerda da Silva, ele irá disponibilizar
ainda equipe de enfermagem para acompanhar a garota durante o voo e um
apartamento em Miami para que a família possa se hospedar durante os dois anos
de tratamento após a cirurgia.
“Fiquei
tão feliz que não acreditava que fosse verdade. Nem dormi essa noite. Graças a
Deus está dando tudo certo. Se a Justiça liberasse pelo menos o dinheiro da
cirurgia, seria maravilhoso”, contou Patrícia. Ela explica que não há a
necessidade de um avião UTI e que Sofia precisa apenas que a nutrição
parenteral seja mantida durante o voo, além de poucos equipamentos como
oxímetro (que mede a quantidade de oxigênio no sangue) e de balão de oxigênio.
Fonte:
Terra
MOMENTO
DE REFLEXÃO
Um
viajante caminhava pelas margens de um grande lago de águas cristalinas e
imaginava uma forma de chegar até o outro lado, onde era seu destino.
Suspirou profundamente enquanto tentava fixar
o olhar no horizonte. A voz de um homem de cabelos brancos quebrou o silêncio
momentâneo, oferecendo-se para transportá-lo. Era um barqueiro.
O pequeno barco envelhecido, no qual a
travessia seria realizada, era provido de dois remos de madeira de carvalho. O
viajante olhou detidamente e percebeu o que pareciam ser letras em cada remo.
Ao colocar os pés empoeirados dentro do barco, observou que eram mesmo duas
palavras. Num dos remos estava entalhada a palavra "acreditar" e no
outro "agir".
Não podendo conter a curiosidade, perguntou a
razão daqueles nomes originais dados aos remos.
O barqueiro pegou o remo, no qual estava
escrito acreditar, e remou com toda força. O barco, então, começou a dar voltas
sem sair do lugar em que estava. Em seguida, pegou o remo em que estava escrito
agir e remou com todo vigor. Novamente o barco girou em sentido oposto, sem ir
adiante.
Finalmente, o velho barqueiro, segurando os
dois remos, movimentou-os ao mesmo tempo e o barco, impulsionado por ambos os
lados, navegou através das águas do lago, chegando calmamente à outra margem.
Então o barqueiro disse ao viajante:
- Este barco pode ser chamado de
autoconfiança. E a margem é a meta que desejamos atingir.
- Para que o barco da autoconfiança navegue
seguro e alcance a meta pretendida, é preciso que utilizemos os dois remos ao
mesmo tempo e com a mesma intensidade: agir e acreditar.
Não basta apenas acreditar, senão o barco
ficará rodando em círculos, é preciso também agir para movimentá-lo na direção
que nos levará a alcançar a nossa meta.
Agir e acreditar. Impulsionar os remos com
força e com vontade, superando as ondas e os vendavais e não esquecer que, por
vezes, é preciso remar contra a maré.
Gandhi tinha uma meta: libertar seu povo do
jugo inglês. Tinha também uma estratégia: a não violência.
Sua autoconfiança foi tanta que atingiu a sua
meta sem derramamento de sangue. Ele não só acreditou que era possível, mas
também agiu com segurança.
Madre Teresa também tinha uma meta: socorrer
os pobres abandonados de Calcutá. Acreditou, agiu, e superou a meta inicial,
socorrendo pobres do mundo inteiro.
Albert Schweitzer traçou sua meta e chegou lá.
Deixou o conforto da cidade grande e se embrenhou na selva da África francesa
para atender os nativos, no mais completo anonimato.
Como estes, teríamos outros tantos exemplos de
homens e mulheres que não só acreditaram, mas que tornaram realidade seus
planos de felicidade e redenção particular.
E você? Está remando com firmeza para atingir
a meta a que se propôs?
Se o barco da sua autoconfiança está parado no
meio do caminho ou andando em círculos, é hora de tomar uma decisão e
impulsioná-lo com força e com vontade.
Lembre que só você poderá acioná-lo
utilizando-se dos dois remos: agir e acreditar.
...............
Caso
você ainda não tenha uma meta traçada ou deseje refazer a sua, considere alguns
pontos:
Verifique se os caminhos que irá percorrer não
estarão invadindo a propriedade de terceiros.
Se as águas que deseja navegar estão
protegidas dos calhaus da inveja, do orgulho, do ódio.
E, antes de movimentar o barco, verifique se
os remos não estão corroídos pelo ácido do egoísmo.
Depois de tomar todas essas precauções, siga
em frente e boa viagem.
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