Terça-feira,
07 de janeiro de 2014.
“Existem
momentos na vida da gente, em que as palavras perdem o sentido ou parecem
inúteis, e, por mais que a gente pense numa forma de empregá-las elas parecem
não servir. Então a gente não diz, apenas sente.” ―(Sigmund Freud)
EVANGELHO
DE HOJE
Mc 6,34-44
— O Senhor
esteja convosco.
— Ele está
no meio de nós.
—
PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo, + segundo Marcos.
— Glória a
vós, Senhor!
Naquele
tempo, 34Jesus viu uma numerosa multidão e teve compaixão, porque eram como
ovelhas sem pastor. Começou, pois, a ensinar-lhes muitas coisas. 35Quando
estava ficando tarde, os discípulos chegaram perto de Jesus e disseram:
"Este lugar é deserto e já é tarde. 36Despede o povo para que possa ir aos
campos e povoados vizinhos comprar alguma coisa para comer". 37Mas, Jesus
respondeu: "Dai-lhes vós mesmos de comer". Os discípulos perguntaram:
"Queres que gastemos duzentos denários para comprar pão e dar-lhes de
comer?" 38Jesus perguntou: "Quantos pães tendes? Ide ver". Eles
foram e responderam: "Cinco pães e dois peixes". 39Então Jesus mandou
que todos se sentassem na grama verde, formando grupos. 40E todos se sentaram,
formando grupos de cem e de cinqüenta pessoas. 41Depois Jesus pegou os cinco
pães e dois peixes, ergueu os olhos para o céu, pronunciou a bênção, partiu os
pães e ia dando aos discípulos, para que os distribuíssem. Dividiu entre todos
também os dois peixes. 42Todos comeram, ficaram satisfeitos, 43e recolheram
doze cestos cheios de pedaços de pão e também dos peixes. 44O número dos que
comeram os pães era de cinco mil homens.
Palavra da
Salvação
Glória a vós
Senhor.
MEDITANDO
O EVANGELHO
Padre
Antonio Queiroz
Dai-lhes
vós mesmos de comer.
Este
Evangelho, da multiplicação dos pães, mostra que tanto os discípulos como Jesus
sentiram compaixão do povo que estava com fome. Mas a maneira de resolver o
problema foi diferente. Os discípulos queriam despedir logo o povo para que
procurassem alimentos, porque não viam outra solução. Jesus quis que os
próprios discípulos lhes dessem de comer, confiando na ajuda de Deus Pai.
A
cena deixa claras duas maneiras de ver a religião. Os discípulos, ao pedirem a
Jesus que despedisse o povo porque estavam com fome, mostraram que para eles
essa parte de providenciar alimentos não faz parte da religião. Já para Jesus
faz parte sim, e com Deus temos condições de resolver. Quantas Comunidades de
hoje, através das instituições sociais, provam que com Deus realmente é
possível. A caridade nos leva a amar as pessoas, mas amá-las inteiras, com
corpo, alma e espírito. Por isso que muitas Comunidades se interessam pela
político, pelo transporte, pela moradia, pela educação das crianças etc.
O
sonho de um mundo melhor nos leva, não a deixar para os outros, mas a fazer a
nossa parte, mesmo que tenhamos poucas condições. O pouco com Deus é muito e o
muito sem Deus não é nada.
“Jesus
mandou que todos se sentassem... formando grupos.” A organização gera a
partilha e, quando partilhamos, Deus faz o milagre da multiplicação. Isso
aconteceu ontem, acontece hoje e acontecerá sempre. Onde há amor, ninguém passa
necessidade.
“Nosso
Deus é o verdadeiro. Ele nos dá o pão da sua palavra e o pão que alimenta o
corpo” (Dt 8,3). Veja que esse modo de ver a religião, como dedicação ao homem
integral, não é coisa nova, sempre foi assim. Quando uma Comunidade se dedica
ao homem integral, isso gera alegria e louvor a Deus, como aconteceu com os
hebreus, quando veio o maná.
“Quantos
pães tendes?... Jesus pegou os cinco pães e dois peixes, ergueu os olhos para o
céu, pronunciou a bênção...” Nem nós sozinhos, nem Deus sozinho, mas nós e Deus
juntos. Nós fazemos a nossa parte, damos o pouco que temos, e Deus abençoa. Faça
a sua parte que da minha ajudarei.
Se
tivermos fé, espírito de partilha, união e organização, e não jogarmos fora as
sobras, ninguém passará fome nem qualquer outra necessidade. As Comunidades
cristãos são o meio que Jesus deixou para isto acontecer.
Alimento
é coisa sagrada. Não podemos esbanjar, jogar fora. O que sobra para um falta
para outro. Por isso, é preciso recolher com cuidado tudo o que sobra.
Assim
como os cinco pães e dois peixes foram divididos e todos comeram, a nossa
partilha também é multiplicada, em benefício de todos, inclusive de nós mesmos.
E além temos a recompensa de Deus, tanto nesta vida como na outra. “Vinde,
benditos de meu Pai, recebei em herança o Reino...” (Mt 25,34).
A
multiplicação dos pães tem vários sentidos simbólicos. A grande multidão de
cinco mil homens representa a humanidade com a sua fome de libertação
messiânica. O milagre da multiplicação aponta para a Eucaristia, o Pão
partilhado, saciando o novo Povo de Deus e prenunciando o banquete definitivo
do Reino, já inaugurado.
A
fome no mundo é patente. Três quartos da humanidade está subnutrida, e a maior
parte é vítima da fome, doença, falta de moradia e de trabalho. As riquezas são
concentradas pelos ricos, fazendo deles cada vez mais ricos, enquanto os pobres
continuam cada vez mais pobres. Nós podemos, com o nosso esforço e união, mudar
esse quadro.
Certa
vez, na antiguidade, um navio estava atravessando o mar com centenas de
pessoas. Aconteceu uma grande tempestade e o navio perdeu a direção. Acabaram
chegando a uma ilha desconhecida e totalmente desabitada.
Logo
que chegaram à ilha, três homens começaram a explorá-la. Viram que ela tinha
duas partes bem distintas: o centro, com terra boa e coberta com matas e muita
água doce, e a periferia constituída da pedreiras.
Mais
que depressa, os três homens cercaram a parte boa da ilha e se declararam
donos. Construíram ali três mansões. As outras pessoas tiveram de ficar na
periferia. Logo começaram a passar fome. Então os três proprietários
propuseram: quem trabalhar para eles ganhava comida. E assim, todos os outros
se tornaram seus empregados.
Os
três escolheram os homens fortes e corajosos e deram-lhes bastante comida e
armas, declarando-os a polícia da ilha. Aos outros deram menos comida, para não
terem força e se revoltarem.
Escolheram
os mais inteligentes e fizeram deles professores. Mas deviam ensinar conforme a
cartilha dos três. Escolheram também os mais piedosos e com eles fundaram uma
religião, chamada “A religião do verdadeiro deus”. Ensinavam que a miséria e a
fome são agradáveis a deus e que todos deviam obedecer aos três, cujos retratos
as famílias deviam colocar nas paredes de suas casas. Outras imagens eram
proibidas.
Entretanto,
apareceu um profeta e começou a ensinar que todos somos iguais e que aquela
religião era falsa. Os três chefes chamaram a sua polícia e mataram o profeta.
Entretanto, as suas idéias ficaram em muitas cabeças e estas pessoas
continuaram a doutrina do profeta, criando dentro da ilha um novo povo e um
novo modo de viver, no qual as pessoas são iguais e os alimentos são
distribuídos para todos.
Peçamos
a Maria Santíssima que nos ajude a sermos profetas do verdadeiro Deus. Que
sejamos cada vez mais unidos, solidários e organizados, a fim de que todos
tenham vida e vida plena.
Dai-lhes
vós mesmos de comer.
VIDA
SAUDÁVEL
Dra. Ana
Escobar
Três dicas
para aliviar a angústia:
1.
Tire os pensamentos do foco de tensão, nem que seja por alguns minutos. Quando
temos um problema, não paramos de pensar nele. Então, procure desviar
conscientemente o pensamento. Como? Ocupando por querer a sua mente! Veja um
filme ou um programa que goste. Jogue paciência ou outra coisa que te distraia.
Arrume o armário. Cuide do jardim. Vá ao shopping. Enfim!! Pare de pensar
conscientemente. O inconsciente, que não para nunca, trabalhará seus
pensamentos por você neste período.
2.
Procure um bom amigo(a). Na hora de angústia, ter alguém para ouvir o que
estamos sentindo é fundamental. Alguém com quem você possa se abrir de verdade
e falar tudo o que pensa. Tudo mesmo. Por isso, procure alguém que saiba te
ouvir sem te julgar. Depois ouça o que seu amigo(a) tem para te dizer.
3.
Cuide de sua aparência exterior. Isso mesmo!! Não é supérfluo nem superficial.
Quando estamos angustiados, estar bem arrumado (a) , com o cabelo em ordem,
unhas bem feitas ou com uma roupa legal nos faz sentir melhor e isso pode
ajudar. Olhe-se no espelho e sinta-se bonito(a) e bem. A aparência externa pode
dar forças para a “aparência” interna se aprumar também.
MOMENTO
DE REFLEXÃO
As
pessoas são dadas a imaginar o que teria acontecido se tivessem agido de forma
diferente em certas circunstâncias, o que ocorreria se tivessem virado a outra
esquina, se tivessem escolhido o outro emprego, desposado outra pessoa, se
tivessem ido ao médico, se tivessem escolhido outra estrada.
Naturalmente,
não podemos deixar de fazer conjecturas, mas raramente sabemos com certeza como
seriam as coisas.
Podemos
especular quanto às possibilidades, mas poucas vezes - se é que é possível -
seremos capazes de determinar definitivamente as conseqüências plenas e finais
das decisões que não tomamos, ou das coisas que deixamos de fazer.
Quantas
vezes a vida nos proporcionou a sagrada incumbência de viver a lei deixada pelo
divino Mestre Jesus Cristo?
"AMA
AO TEU PRÓXIMO COMO A TI MESMO"
Podemos
perguntar a nós mesmos: "Estarei eu cumprindo com esse mandamento?
Quaisquer
que sejam os erros que tenhamos incorridos, sejam quais forem os deveres que
tenhamos postergado, a única forma de corrigir está à frente.
O
que foi ou poderia ter sido pode servir de advertência, mas o que pode ainda
ser é que causa maior preocupação.
Disse
Jesus:
Porque
tive fome e deste-Me de comer; tive sede e deste-Me de beber; era estrangeiro e
hospedaste-Me;
Estava
nu, e vestiste-Me; adoeci, e visitaste-Me,; estive na prisão e foste ver-Me.
Então
os justos lhe responderão dizendo: Senhor, quando Te vimos com fome e Te demos
de comer? Ou com cede e Te demos de beber? E quando Te vimos estrangeiro, e te
hospedamos? Ou nu, e Te vestimos?
E
quando Te vimos enfermo, ou na prisão, e fomos ver-Te?
E
respondendo o Rei, lhes dirá: em verdade vos digo que, quando o fizeste a um
destes Meus Pequeninos irmãos, a Mim o fizestes.
Que
Deus abençoe nossa vida para que logremos alcançar esse propósito, e que a paz
de Deus, esteja conosco.
Amém.
Irani
Gennaro
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