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LITURGIA DIÁRIA

LITURGIA DIÁRIA - REFLEXÕES E COMENTÁRIOS

Diário de Sábado 11/01/2014



Sábado, 11 de janeiro de 2014



“Mais que as ideias são os interesses que separam as pessoas.” (Charles Tocqueville)




EVANGELHO DE HOJE
Jo 3,22-30


— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo, + segundo João.
— Glória a vós, Senhor!


Naquele tempo, 22Jesus foi com seus discípulos para a região da Judéia. Permaneceu aí com eles e batizava. 23Também João estava batizando, em Enon, perto de Salim, onde havia muita água. Aí chegavam as pessoas e eram batizadas.
24João ainda não tinha sido posto no cárcere. 25Alguns discípulos de João estavam discutindo com um judeu a respeito da purificação. 26Foram a João e disseram: "Rabi, aquele que estava contigo além do Jordão e do qual tu deste testemunho, agora está batizando e todos vão a ele".
27João respondeu: "Ninguém pode receber alguma coisa, se não lhe for dada do céu. 28Vós mesmos sois testemunhas daquilo que eu disse: 'Eu não sou o Messias, mas fui enviado na frente dele'. 29É o noivo que recebe a noiva, mas o amigo, que está presente e o escuta, enche-se de alegria ao ouvir a voz do noivo. Esta é a minha alegria, e ela é completa. 30É necessário que ele cresça e eu diminua".


Palavra da Salvação
Glória a vós Senhor.







MEDITANDO O EVANGELHO
Pe. Antonio Queiroz


E, imediatamente, a lepra o deixou.
Este Evangelho narra Jesus curando um leproso. A lepra era uma das piores doenças; não tinha cura e deformava o doente. Além disso, o povo a considerava contagiosa. Esta cura do leproso é um sinal da chegada do Reino de Deus, que vence os males do mundo e liberta as pessoas de toda miséria, reintegrando-as na sociedade. Jesus veio curar todas as nossas enfermidades: físicas, mentais e espirituais.
“Vendo Jesus, o leproso caiu aos seus pés, e pediu: Senhor, se queres, tu tens o poder de me purificar.” A fé é requisito indispensável para receber as graças de Deus. Como a fé é também uma graça, precisamos pedi-la.
“Jesus estendeu a mão, tocou nele, e disse: Eu quero, fica purificado. E imediatamente a lepra o deixou”. O contato físico significa envolvimento pessoal com o doente. Hoje há leprosos de todos os tipos. Os vícios são piores que a lepra. Mas Deus cura também os vícios.
“Vai mostrar-te ao sacerdote.” O leproso devia viver isolado da sociedade e até da família. Para ser reintegrado, após a cura, a pessoa devia apresentar-se ao sacerdote, a fim de provar que estava curado. Jesus se interessa não só pela cura, mas pela integração daquele homem na sociedade. A Boa Nova não se limita a palavras, ela trás uma mudança de convivência social. Daqui para frente não haverá mais marginalizados.
“E oferece pela purificação o prescrito.” Os judeus consideravam a lepra um castigo de Deus. Portanto, a cura significava o perdão ao leproso. Ele devia, então, fazer uma oferta no Templo em ação de graças pela purificação.
O testemunho de Jesus, neste caso da cura do leproso, foi tríplice: Curou um leproso, reintegrou-o na sociedade e tudo de graça, sem cobrar nada. Isso numa sociedade que não se preocupava em curar os doentes, mas em preservar-se do contágio deles. É semelhante à sociedade de hoje, que quer prender os “bandidos”, para livrar-se deles, sem muita preocupação em recuperá-los.
“Não digas nada a ninguém.” Jesus fazia milagres como sinais, convidando o povo à conversão ao Reino de Deus. No entanto, as pessoas estavam mais interessadas em receber curas e outras ajudas materiais. Por isso que ele pedia a não divulgação. Suas boas obras eram inteiramente gratuitas; ele não queria nenhum retorno, nem reconhecimento.
“Não obstante, sua fama ia crescendo.” O testemunho é como o perfume, ele se espalha por si. Por isso, quanto mais Jesus pedia para não contar, mais a sua fama se espalhava.
Várias vezes, Jesus comparou a si mesmo, e os seus discípulos, com a luz, o sal e o fermento. A lâmpada não chama a atenção para si mesma, mas para os objetos que ela ilumina. Nós nem nos lembramos da lâmpada, a não ser quando ela se apaga. O sal desaparece no meio da comida. E o fermento também desaparece na massa. Era assim que Jesus queria viver. No entanto o povo acabava espalhando as suas obras e as multidões a procuravam. Que Jesus nos liberte da lepra do orgulho e do desejo de ser o maior, que tanto mal causa à sociedade.
“Ele, porém, se retirava para lugares solitários e se entregava à oração”. Jesus tinha ima inclinação incontida a unir-se a sós com Deus, para um diálogo, uma oração livre e descontraída. Isso acontece com muitos cristãos e cristãs que amam muito a Deus. É uma convivência semelhante à de pessoas que se amam apaixonadamente.
Certa vez, um senhor quebrou a perna e o médico a engessou. Como tinha de ficar muito tempo com o gesso, ele resolveu ir trabalhar assim mesmo. E lá se foi o homem, na rua, com a calça arregaçada de um lado e aquela perna branca, chamando a atenção.
Quando ia atravessar a rua, os carros logo paravam para que ele passasse. Quando chegava ao ponto de ônibus, era uma beleza, todo mundo dava a frente para ele. No elevador, a mesma coisa. Quando ia tomar táxi, o motorista dava a volta e abria a porta para ele.
Tempo depois, o homem sarou, o gesso foi retirado e ele começou a andar normal, como antes. Aí voltou àquela vida cruel: empurrões, buzinas quando atravessava a rua... E aquele homem sentia saudade do tempo em que tinha a perna engessada.
A sociedade do tempo de Jesus desprezava os doentes, os pecadores e os pobres. A nossa sociedade faz o contrário: é delicada com os visivelmente doentes, mas despreza o próximo, as pessoas que se aproximam de nós no meio da multidão.
Maria Santíssima era humilde e ao mesmo tempo muito atenciosa e solícita para com todos, tanto os sadios como os doentes. Santa Maria, rogai por nós.
E, imediatamente, a lepra o deixou.




CASA, LAR E FAMÍLIA



Dicas que vão facilitar sua vida



Alho descascado
Deixe por dez segundos no micro-ondas e em seguida deixe numa vasilha com água. As cascas sairão com facilidade.


Abacate que não escurece
Aplique uma camada fina de farinha de rosca sobre a sobra do abacate.


Frango bem macio
Ao fazer o tempero adicione um pouco de fermento.


Receita caseira para dor no ombro
Faça a seguinte solução:
1 caroço de abacate ralado,
100 ml de álcool,
Deixe curtir por 15 dias.
Massageie com a solução várias vezes ao dia até a dor desaparecer.


Bodas e Aniversários de Casamento
   1 ano - Bodas de Algodão
  2 anos - Bodas de Papel
  3 anos - Bodas de Trigo ou Couro
  4 anos - Bodas de Flores e Frutas ou Cera
  5 anos - Bodas de Madeira ou Ferro
10 anos - Bodas de Estanho ou Zinco
15 anos - Bodas de Cristal
20 anos - Bodas de Porcelana
25 anos - Bodas de Prata
30 anos - Bodas de Pérola 
35 anos - Bodas de Coral
40 anos - Bodas de Rubi ou Esmeralda 
45 anos - Bodas de Platina ou Safira 
50 anos - Bodas de Ouro
55 anos - Bodas de Ametista
60 anos - Bodas de Diamante ou Jade
65 anos - Bodas de Ferro ou Safira 
70 anos - Bodas de Vinho
75 anos - Bodas de Brilhante ou Alabastre
80 anos - Bodas de Nogueira ou Carvalho




MOMENTO DE REFLEXÃO


Dentro de uma linda gaiola vivia um passarinho.
Sua vida era  segura e tranquila.
Tranquilidade e segurança, coisas que todos desejam.
Barco ancorado não naufraga.
Avião em hangar não cai.
Para viver em segurança as pessoas constroem gaiolas e passam a viver dentro delas.
Dentro das gaiolas não há perigos.
Só há monotonia.
Todo dia a mesma coisa.
Tudo o que acontece  todo dia do mesmo jeito é  chato.
Esse é o preço da segurança: a chatice.
Dentro da gaiola não há muito o que fazer, seja ela feita com  arames de ferro ou com deveres.
Os sonhos de aventuras selvagens aparecem, mas, logo que vêem os arames, morrem.
Alguns, malvados, furam os olhos dos pássaros engaiolados.
Dizem  que pássaro de olho furado canta mais bonito.
Talvez, cegos, eles se  esqueçam de que estão presos numa gaiola.
Mas, mesmo que não estivessem, de  que lhes adiantaria ter asas para voar se não têm olhos para ver?
Sua  cegueira é a sua gaiola.
Há muitas pessoas assim: parecem ter olhos  normais, parecem ver tudo.
Na verdade nada veem, a não ser o seu mundinho.
Sua cegueira é sua gaiola.
O nosso amigo, passarinho engaiolado, bem se lembrava do dia  em que, enganado pelo alpiste,
tentador, saboroso, entrou no alçapão.
Alçapões são assim; têm sempre uma coisa apetitosa dentro.
Mas basta que a  coisa apetitosa seja bicada para que a porta se feche para sempre, até que  a morte a abra....
Na porta da gaiola estava escrita uma frase famosa, de um  poeta famoso, Dante Alighieri:
"Deixai toda a esperança vós que entrais".
Mas passarinho não entende nem escritas nem linguagem de gente.
Há um poema famoso, de Guerra Junqueira, sobre o melro,  pássaro que canta risadas de cristal.
Um padre velho e ranzinza tinha raiva do melro.
Ele comia as sementes que o padre semeava.
Um dia, o padre encontra o ninho de melro num arbusto.
Estava cheio de filhotinhos.
O padre, para se vingar da mãe, engaiola os filhotinhos.
A mãe, vendo seus filhos engaiolados, e sem forças para abrir a portinhola de  ferro, traz no seu bico um galho de veneno.
'Meus filhos, a existência é boa só quando é livre", ela disse.
"A liberdade é a lei.
Prende-se a asa, mas a alma voa...
Ó filhos, voemos pelo azul!...comei!"
É certo que a mãe do nosso passarinho engaiolado nunca lera o poema de Guerra Junqueiro porque, ao ver seu filho preso, lhe disse.
"Finalmente minhas orações foram respondidas.
Vocês estão seguros, pelo resto  de suas vidas.
Nada hão de temer.
Nenhum gato o comerá.
Comida não lhe faltará.
Você estará sempre tranquilo.
Se você ficar deprimido, cante.
Quem canta seus males espanta.
Veja: todos os pássaros engaiolados estão cantando!
" A palavras de sua mãe não o convenceram.
Do seu pequeno espaço  ele olhava os outros passarinhos.
Os bem-te-vis, atrás dos bichinhos; os  sanhaços, entrando mamões adentro; os beija-flores, com seu mágico bater de  asas; os urubus, em seus voos tranquilos na fundura do céu; as rolinhas,  arrulhando, fazendo amor; as pombas voando como flechas.
Ele queria ser como os outros pássaros, livres....Ah!
Se aquela  maldita porta se abrisse...
 Isso era tudo o que ele desejava.
Pois não é que, para surpresa sua, um dia o seu dono esqueceu a  porta da gaiola aberta?
Ele poderia agora realizar todos os seus sonhos.
Estava livre, livre, livre!
Saiu. Voou para o galho mais próximo.
Olhou para baixo.
Puxa! Como era alto!
Sentiu um pouco de tontura.
Estava acostumado com o chão da gaiola, bem pertinho.
Teve medo de cair.
Agachou-se no galho, para ter mais firmeza.
Viu uma outra árvore mais distante.
Teve vontade de ir até lá.
Perguntou-se se suas asas agüentariam.
Elas não estavam acostumadas.
O  melhor seria não abusar, logo no primeiro dia.
Agarrou-se mais firmemente  ainda.
Nesse momento um insetinho passou voando bem na frente de seu  bico.
Chegara a hora.
Esticou o pescoço o mais que pôde, mas o insetinho  não era bobo.
Sumiu mostrando a língua.
"Ei você!" -  era uma passarinha.
"Vamos voar juntos até o  quintal do vizinho?
Há uma linda pimenteira, carregadinha de pimentas  vermelhas.
Deliciosas.
 Só é preciso prestar atenção no gato que anda por  lá...
 " Só o nome "gato" já lhe deu um arrepio.
Disse para a passarinha que  não gostava de pimentas.
A passarinha procurou outro companheiro.
Ele preferiu ficar com fome.
Chegou o fim da tarde e, com ele, a tristeza do crepúsculo.
A  noite se aproximava.
Onde iria dormir?
Lembrou-se do prego amigo, na parede  na cozinha, onde a sua gaiola ficava dependurada.
Teve saudades dele.
Teria  de dormir num galho de árvore, sem  proteção.
Gatos sobem em árvores?
Eles  enxergam  no escuro?
E era preciso não esquecer os gambás.
E tinha de  pensar nos meninos com os seus estilingues, no dia seguinte.
Tremeu de medo.
Nunca imaginara que a liberdade fosse tão complicada.
Somente podem gozar a liberdade aqueles que  têm coragem.
Ele não tinha.
Teve saudades da gaiola.
Voltou.
Felizmente a porta ainda  estava aberta.
Entrou.
Pulou para o poleiro.
Adormeceu agradecido a Deus  pela felicidade da gaiola.
É muito mais simples não ser livre.
Nesse momento chegou o dono.
Vendo a porta aberta, disse: "Passarinho bobo.
Não  viu que a porta estava aberta.
Deve estar meio cego.
Pois passarinho de  verdade não fica em gaiola.
Gosta mesmo é de voar...".


Rubem Alves

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