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LITURGIA DIÁRIA

LITURGIA DIÁRIA - REFLEXÕES E COMENTÁRIOS

Diário de Sexta-feira, 04/02/2011




Sexta-feira, 04 de fevereiro de 2011

"Sou um só, mas ainda assim sou um. Não posso fazer tudo, mas posso fazer alguma coisa. E, por não poder fazer tudo, não me recusarei a fazer o pouco que posso.” (Edward Everett Hale)





EVANGELHO DE HOJE

 


Mc 6,14-29

O rei Herodes ouviu falar de tudo isso porque a fama de Jesus se havia espalhado por toda parte. Alguns diziam:
- Esse homem é João Batista, que foi ressuscitado! Por isso esse homem tem poder para fazer milagres.
Outros diziam que ele era Elias. Mas alguns afirmavam:
- Ele é profeta, como um daqueles profetas antigos.
Quando Herodes ouviu isso, disse:
- Ele é João Batista! Eu mandei cortar a cabeça dele, e agora ele foi ressuscitado!
Pois tinha sido Herodes mesmo quem havia mandado prender João, amarrar as suas mãos e jogá-lo na cadeia. Ele havia feito isso por causa de Herodias, com quem havia casado, embora ela fosse esposa do seu irmão Filipe. Por isso João tinha dito muitas vezes a Herodes: "Pela nossa Lei você é proibido de casar com a esposa do seu irmão!"
Herodias estava furiosa com João e queria matá-lo. Mas não podia porque Herodes tinha medo dele, pois sabia que ele era um homem bom e dedicado a Deus. Por isso Herodes protegia João. E, quando o ouvia falar, ficava sem saber o que fazer, mas mesmo assim gostava de escutá-lo.
Porém no dia do aniversário de Herodes apareceu a ocasião que Herodias estava esperando. Nesse dia Herodes deu um banquete para as pessoas importantes do seu governo: altos funcionários, chefes militares e autoridades da Galiléia. Durante o banquete a filha de Herodias entrou no salão e dançou. Herodes e os seus convidados gostaram muito da dança. Então o rei disse à moça:
- Peça o que quiser, e eu lhe darei.
E jurou:
- Prometo que darei o que você pedir, mesmo que seja a metade do meu reino!
Ela foi perguntar à sua mãe o que devia pedir. E a mãe respondeu:
- Peça a cabeça de João Batista.
No mesmo instante a moça voltou depressa onde estava o rei e pediu:
- Quero a cabeça de João Batista num prato, agora mesmo!
Herodes ficou muito triste, mas, por causa do juramento que havia feito na frente dos convidados, não pôde deixar de atender ao pedido da moça. Mandou imediatamente um soldado da guarda trazer a cabeça de João. O soldado foi à cadeia, cortou a cabeça de João, pôs num prato e deu à moça. E ela a entregou à sua mãe. Quando os discípulos de João souberam disso, vieram, levaram o corpo dele e o sepultaram.






MEDITANDO O EVANGELHO (1)
Padre Bantu Mendonça K. Sayla


Estamos à volta de dois banquetes. Um da vida que é marcado pelo aniversário do rei Herodes e o da morte que é o martírio de João Batista. Existe dentre tantas diferenças duas fundamentais:
No primeiro banquete os convivas são norteados pela emoção meramente humana e terrena. Fazem contratos e juramentos sem pensar nas conseqüências, são norteadas pela ganância, pelo querer aparecer fazendo-se valer o prazer e o poder temporal.
O segundo temos João Batista e os seus discípulos que lutam por uma causa justa e verdadeira. Têm os olhos em Cristo, o Caminho, a Luz a Verdade e Vida. Seus olhos estão fitos no céu de onde lhes vem a salvação e por isso não temem nada nem ninguém. Desafiam o poder temporal. Defendem a justiça, a honestidade enfrentam o martírio.
Martírio é uma palavra de origem grega que se traduz em testemunho, profecia e que implica a doação da própria vida.
A vida é sempre um dom de Deus e não deveria nunca ser tirada antes do tempo. Elias, que foi o maior dos Profetas, escapou de Jezabel que queria matá-lo: “Elias levantou-se e partiu para salvar a vida” (1Rs 19,3). Jesus também, quando soube que queriam matá-lo, fugiu diante deles (Lc 4,29-30; Jo 8,59). Portanto, o martírio não deve ser buscado por ninguém. Em última palavra, o martírio é uma graça de Deus. Mas, dele não se deve fugir, se é necessário dar o testemunho e para defender a vida do povo. Jesus também nos ensina que não devemos ter medo daqueles que matam o corpo (Mt 10,28; Lc 12,4). Por isso, dar a vida é a melhor forma de amor e de tê-la em plenitude, a exemplo de Jesus que nos amou até o extremo (Jo 13,1). O máximo do amor é dar a vida pelos seus. Deste modo, a vida não é tirada, mas é dada livremente (Jo 10,18).
No mundo em que constantemente somos surpreendidos por inúmeras notícias de injustiças sociais, violências, terrorismo, etc. Os sinais dos tempos indicam-nos que Jesus está próximo. Sua vinda é eminente. Precisamos nos fazer os santos do derradeiro momento. No momento em que a Igreja vai passar por seus momentos de provação, isto é de perseguição, faz-se urgente nossa entrega total a Deus e uma renúncia a tudo o que o mundo nos oferece e que poderá nos separar do banquete da vida com Deus e em Deus. Fujamos dos inúmeros banquetes da morte que a torto e a direito o mundo nos oferece. No momento em que as trevas insinuarão cobrir a Igreja de Deus, precisamos andar na Luz, buscar a Luz. “Se, porém, andarmos na luz, como ele está na luz, temos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus, seu Filho, nos purifica de todo o pecado” (Jo 1, 7). O que isso significa senão que participamos do banquete da vida com Ele.
João apontou para Jesus, dizendo àqueles que vinham a ele para arrependerem-se sinceramente, a fim de que Deus pudesse fazer neles morada. Empenhemo-nos na busca do Senhor na oração e roguemos a Ele para que sejamos, a exemplo de João Batista, corajosos na fé, dando a nossa vida se tal for necessário. Entretanto, nossa oração precisa ser um diálogo íntimo com o Senhor capaz de testemunhar com nossa vida, se for preciso com o martírio do nosso corpo, diante das perseguições que os cristãos passarão nos tempos em que vivemos. Quando um mártir testemunha através do sofrimento e morte dos membros de seu corpo, Cristo sofre, morre e ressuscita novamente.
Será que hoje em dia eu e tu temos a coragem de João para dizer aos Herodes de hoje: Pela nossa Lei tu não podes te casar com a esposa do teu irmão, a ponto de sofrermos prisões e morrermos por Cristo que é a verdade e a vida? De acordo com Tertuliano, “O sangue dos mártires é a semente da igreja”. Estamos prontos para sermos “sementes derradeiras” da Igreja ou precisamos ainda por meio da oração deixar o Espírito Santo fazer de nós verdadeiros soldados da fé que, na luta contra as forças malignas que buscam dominar o mundo, personificadas nos governos e atos iníquos, dão sua própria vida para que o Reino de Deus estabeleça-se, de fato, no mundo?
Pai, que as contrariedades da vida jamais me intimidem e impeçam de ser o seguidor fiel, autêntico procurando cumprir a minha missão de afastar os homens e as mulheres do banquete da morte e convidá-los a participar plena, consciente e ativamente do Banquete da Vida.






MEDITANDO O EVANGELHO (2)
Padre Queiroz


É João Batista, a quem mandei cortar a cabeça, que ressuscitou.
Neste Evangelho, o evangelista Marcos conta para nós como foi o martírio de S. João Batista, e por quê.
O fato de Marcos situar este relato entre o envio dos doze Apóstolos e o seu regresso, adquire um valor de sinal. O martírio de João é uma antecipação e um anúncio da sorte final que correrão Jesus e os seus discípulos. É a sina dos profetas.
O evangelista começa relatando várias opiniões sobre Jesus, entre elas a de Herodes: “É João Batista, a quem mandei cortar a cabeça, que ressuscitou”.
O motivo do assassinato foi que Herodes se casara com Herodíades, mulher de seu irmão Filipe, e João reprovava-lhe este ato. Por isso Herodes queria eliminá-lo. Mas Herodes respeitava João e “gostava de ouvi-lo, embora ficasse embaraçado quando o escutava”. Isso mostra a fragilidade do caráter de Herodes.
A ocasião chegou quando Herodes deu um banquete pelo seu aniversário, e a filha de Herodíades, chamado Salomé, segundo o historiador Flávio Josefo, dançou diante dos comensais. Herodes entusiasmou-se tanto que jurou dar à menina qualquer coisa que ela pedisse, mesmo que fosse a metade do seu reino. Salomé, instigada pela mãe, pediu a cabeça de João Batista, e ele atendeu. Poucos anos depois, em 39, Calígula lhe tiraria todo o reino, enviando-o para o desterro em Lião.
Vemos no relato uma impressionante aproximação entre o luxo e a luxúria, a embriaguês e o crime passional. Isso do lado do assassino. Do lado do mártir, o que nos interessa, vemos a aproximação entre a vida austera e penitente, e a coragem profética. O profeta não deve ter medo de denunciar, para a pessoa certa e com palavras certas, as situações anti-evangélicas.
Outra mulher, Ester, também por encantar o rei, Assuero, recebeu a promessa da “metade do seu reino”. Graças a essa promessa, ela libertou o povo israelita da escravidão da Babilônia (Cf livro de Ester).
Os martírios de João Batista e de Jesus são parecidos. Ambos morreram vítimas de sua luta pelo Reino de Deus, um reino de verdade, de justiça, de amor verdadeiro e de bom exemplo.
O escândalo de Herodes, ao se casar com a cunhada, era o tipo da coisa que todo mundo sabia, mas ninguém tinha coragem de abria a boca. Se ele vivesse hoje, certamente denunciaria tantos escândalos semelhantes que vemos todos os dias. Criticaria também outros pecados e injustiças, cometidas especialmente por autoridades, chefes e gente importante. Por isso, também hoje João Batista não viveria muito tempo; nem ele nem Jesus. “Felizes os que são perseguidos por causa da justiça, porque deles é o Reino dos Céus” (Mt 5,10).

Havia uma família, cujos filhos eram contra a oração em comum às refeições. Mas a mãe não se deixava levar por eles. Quando acabava de por a comida na mesa, ela dava um sorriso, fazia o sinal da cruz e rezava uma oração curta e bonita, pedindo a bênção de Deus para a comida e para outras coisas da família. Em seguida, rezava a Ave Maria.
Os filhos ficavam emburrados, e o marido em cima do muro. Alguns respondiam a Santa Maria de cabeça baixa, ou engolindo a voz, outros nem isso faziam. E a mãe perseverou assim anos e anos.
Hoje ela é falecida, e os filhos são ótimos cristãos. Fazem em casa o mesmo que a mãe fazia. Como é importante ter respeito humano dentro de casa!
O profeta é persistente, ele ou ela não se deixa levar pela onda do mundo pecador, mas sempre dá testemunho de Cristo e de sua Igreja. Como o nosso mundo precisa de outros João Batista, e de outras mães como esta!
Maria Santíssima é o melhor exemplo de mãe que temos, exemplo dado a nós pelo próprio Deus. Por isso o seu Filho “crescia em sabedoria, estatura e graça, diante de Deus e dos homens”.
É João Batista, a quem mandei cortar a cabeça, que ressuscitou.





DICAS DE SAÚDE



Ressaltamos que as Dicas de Saúde enviadas por este Diário, não equivalem a uma receita médica; são apenas "dicas".  Os exames preventivos são sempre indispensáveis! Para mais informações consulte o seu médico.


As úlceras e gastrites são causadas por uma bactéria? O que é Helicobacter pylori?


Helicobacter pylori é uma bactéria encontrada no estômago e intestino delgado de muitas pessoas. Grande parte da população adulta está infectada. O Helicobacter pylori é considerado causa muito importante para o surgimento de gastrite e úlceras. A descoberta do Helicobacter modificou bastante o tratamento dessas doenças. Quais as conseqüências da presença dessa bactéria? Quem pode ter Helicobacter pylori? Qualquer pessoa pode ter Helicobacter pylori. O Helicobacter pylori é transmissível de uma pessoa a outra. A maior parte das pessoas infectadas adquirem a bactéria via água ou alimentos contaminados. Assim, é possível a transmissão entre pessoas da mesma família. No Brasil, acredita-se que quase 70% da população adulta está infectada pelo Helicobacter pylori, que é considerado hoje como o principal causador de úlceras, causando também grande parte das gastrites. A longo prazo, acredita-se que a presença do Helicobacter possa levar surgimento de alguns tipos de câncer de estômago. Pessoas com essa bactéria têm maior probabilidade de ter câncer de estômago. Quais os sintomas da infecção? Os sintomas mais comuns são dor abdominal, queimação, azia, náuseas ou vômitos, empachamento ou sensação de distensão abdominal.
 Esses sintomas normalmente ocorrem nas pessoas portadoras de úlceras ou gastrites causadas pelo Helicobacter pylori. A maioria das pessoas infectadas, no entanto, não apresenta sintomas. Como é diagnosticado e tratado o Helicobacter pylori? A forma mais comum é verificar a presença da bactéria durante a endoscopia, que hoje é bastante confortável. É possível fazer o exame dormindo, usando as medicações modernas. O procedimento é rápido quando feito por médicos experientes. Todos os portadores de úlceras ou gastrites devem saber se têm Helicobacter. Após o diagnóstico, o tratamento do Helicobacter pylori é feito com antibióticos. Qual a importância da eliminação do Helicobacter pylori? Como o Helicobacter pylori é causa importante de úlceras e gastrites, o tratamento atual dessas doenças visa eliminar a bactéria. Isso foi uma grande mudança no tratamento das úlceras e gastrites. A eliminação do Helicobacter é fundamental no tratamento dessas doenças. Existe uma possibilidade muito grande de recidiva (retorno) das úlceras quando o Helicobacter não é eliminado. Daí a importância do diagnóstico preciso e tratamento adequado dessa bactéria.
Fonte: Dr. Paulo S.Lopes - Médico credenciado Care Plus com Pós Graduação nas Universidades Harvard e Yale- Estados Unidos - Fone- 6128-6030





MOMENTO DE REFLEXÃO


Seu nome é Joe. Tem o cabelo um tanto quanto selvagem, usa velhas camisas que até tem alguns furos, calças jeans e, na maioria das vezes, nenhum calçado.
Esta foi sua indumentária durante os seus quatro anos de faculdade.
É brilhante.
Um tipo meio estranho (aliás, muito estranho), mas muito brilhante.
Acabou por se tornar um cristão durante o período de faculdade.
Situada em uma rua do campus, a igreja era freqüentada por pessoas muito bem vestidas e muito conservadoras.
Um dia Joe decidiu ir até lá.
Adentrou com aquele seu jeito: descalço, calças jeans, camiseta e seu cabelo selvagem.
A cerimônia já tinha começado e Joe andou pelos corredores à procura de algum lugar vago. A igreja estava completamente cheia e ele não conseguiu encontrar um assento.
Podia-se perceber que para algumas pessoas a situação era incômoda, mas ninguém disse nada.
Joe foi chegando cada vez mais perto do altar e quando percebeu que não havia nenhum assento vago, ele simplesmente sentou-se direto no tapete.
Embora fosse um comportamento perfeitamente aceitável em meio à uma faculdade, isto nunca tinha acontecido naquela igreja.
Agora as pessoas estavam visivelmente irritadas e a tensão podia ser sentida no ar.
O ministro percebeu que saindo dos fundos da igreja, um velho padre caminhava lentamente em direção à Joe.
O diácono está com seus quase oitenta anos, o cabelo chega a ser prateado, veste um elegante terno e traz um relógio de bolso.
Um homem devoto, muito elegante, muito digno, muito nobre.
Caminha com um bastão e enquanto anda em direção ao jovem, todos dizem a si mesmos
- Não se pode responsabilizá-lo pelo que irá fazer.
Não se deve esperar que um homem com esta idade e formação, vá compreender um jovem da faculdade sentado no chão da igreja...
Passa-se um bom tempo até o homem alcançar o jovem.
A igreja está em total silencio, à exceção do estalar do bastão.
Todos os olhos estão fixos nele.
Não se ouve nem uma respiração qualquer.
As pessoas estão pensando, o ministro não pode fazer a leitura até que o diácono faça o que tem que fazer.
E então vêem aquele homem idoso deixar cair seu bastão no chão.
Com grande dificuldade se abaixa e senta-se ao lado de Joe e lhe diz
- Assim você não estará sozinho.
Estão todos ainda sufocados pela emoção, quando o ministro recupera o controle e diz,
- O que estou a ponto de lhes dizer, vocês jamais se lembrarão.
O que vocês acabaram de assistir, jamais se esquecerão.

Tradução SergioBarros









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