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LITURGIA DIÁRIA

LITURGIA DIÁRIA - REFLEXÕES E COMENTÁRIOS

Diário de Segunda-feira 14/02/2011




Segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011


"Procurei a Deus, não encontrei; procurei a mim mesmo, não encontrei; procurei o próximo, encontrei os três".




EVANGELHO DE HOJE


Mc 8,11-13

Alguns fariseus chegaram e começaram a falar com Jesus. Eles queriam conseguir alguma prova contra ele e por isso pediram que ele fizesse um milagre para mostrar que o seu poder vinha mesmo de Deus. Jesus deu um grande suspiro e disse:
- Por que as pessoas de hoje pedem um milagre? Eu afirmo a vocês que isto é verdade: nenhum milagre será feito para estas pessoas.
Então Jesus foi embora. Ele subiu no barco e voltou para o lado leste do lago.



MEDITANDO O EVANGELHO (1)
Alexandre Soledade


Bom dia!
Sinais? Que mais sinais e milagres esses homens ainda precisavam ver para crer?
O suspiro dado pelo Senhor revela o lado humano de Deus. O próprio milagre encarnado a sua frente e os fariseus preocupados com milagres. É duro, mas somos assim também. É definitivamente impossível agradar o ser humano.
Os fariseus não queriam mais um profeta a denunciar suas mazelas, mas talvez aceitariam o milagreiro. A presença de Jesus trazia certo desconforto a aqueles que já tinham se acostumado com regalias, bajulações e a acobertações dos seus erros. Esses mesmos homens que viam Jesus como um problema eram os mesmos que frequentavam os templos a procura do cumprimento da palavra de Deus em suas vidas. Eram homens vividos, inteligentes, bem sucedidos, mas não conheciam a Deus.
Outro ponto: É intrigante tentar entender o comportamento humano de Cristo.
Tentemos compreender alguém, que por ser Deus conhecia as nossas aflições e angustias, mas nunca as havia vivido na pele e como afirma Augusto Cury: “Enxergava as nossas lágrimas, mas nunca as tinha chorado”. Se fez humano para talvez senti-las. Jesus sabia o teor do coração daqueles que o indagavam. Talvez visse neles grandes potenciais a serem explorados, esperança, alegria, pois ninguém é ruim por completo. Somos vítimas de boas ou más escolhas que fazemos. Sim! De opção própria, nos entregamos a busca de coisas de menor valor espiritual e maior material. Como então  não suspirar de decepção com esse fato?
“(…) Se ressuscitastes com Cristo, buscai as coisas do alto, onde Cristo está entronizado à direita de Deus; CUIDAI DAS COISAS DO ALTO, não do que é da terra. Pois morrestes, e a vossa vida está escondida com Cristo em Deus. Quando Cristo, vossa vida, se manifestar, então vós também sereis manifestados com ele, cheios de glória”. (Colossensses 3, 1-4)
O Senhor sabia das coisas belas que poderia compartilhar conosco se quiséssemos, mas as necessidades e interesses mais imediatos os cegavam e ainda nos cegam. Todo aquele tesouro a disposição dos que compartilhavam da sua presença, trocado por um milagre.
Esse mesmo autor nos revela as características mais marcantes desse Deus feito homem. As possuía e desejava que buscássemos.
“(…) Na sua humanidade, escondem-se as coisas mais belas e de que mais necessitamos: a paciência, a tolerância, a capacidade de superação do medo, a singeleza, domínio próprio, o diálogo aberto, a capacidade de contemplação do belo nas pequenas coisas. A fantástica noticia é que apóstolo Paulo comenta que todas essas características podem ser comunicadas ao homem através do Espírito Santo. O homem frágil e débil pode ter acesso à natureza de Deus. Pode ser comum por fora, mas especial por dentro”. (Augusto Cury)
Como o próprio texto em destaque cita, eles devem ser buscados.
Outro ponto: Estamos em ano eleitoral. Quantos serão levados a votar nesse ou naquele candidato por interesse de outro? Sim! Interesses. Somos movidos por eles, se são justos ou não ai cabe a reflexão.
Na promessa de algum privilégio ou promessa cumprida do candidato “A” que às vezes já tem toda uma escola de facilitações, injustiças, desvios de conduta, (…); arrebanho o maior número de amigos e conhecidos para que votem nele. Omito que no fundo o grande beneficiado serei eu mesmo, e ainda justifico que isso é normal, comum,… Quem é que perde com essa nossa opção? Conseguimos dormir bem logrando êxito sobre a desgraça anunciada sobre outros?
Pode até parecer que os pontos citados não se casam, mas convenientemente, eles são bem atuais. A Campanha da Fraternidade que esta pra se iniciar pergunta: Como posso eu SERVIR A DEUS E AO DINHEIRO? Como posso tocar as coisas que são eternas por coisas que seu valor é transitório e temporal?
Sim, Ele disse que veio para que tivéssemos vida em abundancia (João 10, 10), mas também abandonou de mãos vazias os poderosos, os que escondem seus interesses, os gananciosos, invejosos. Enalteceu os humildes, se revelou aos puros de coração, curou quem o tocou, mudou e muda até hoje, a vida de quem acredita em seus valores; se rendeu ao pedido depositado nas duas moedas de uma viúva; e viu dentro do coração de um centurião a maior prova que podemos mudar mesmo em um sistema já corrompido.
“(…) Respondeu o centurião: Senhor, eu não sou digno de que entreis em minha casa. Dizei uma só palavra e meu servo será curado” (Mateus 8, 8).
Um imenso abraço fraterno!




MEDITANDO O EVANGELHO (2)
Padre Queiroz


 Por que esta geração pede um sinal?
O evangelista responde por quê. Era para por Jesus à prova. Jesus fica tão triste com pedido dos fariseus que até dá um suspiro profundo. Depois se manda dali. Este episódio reflete a aversão que as autoridades tinham a Jesus. Era uma aversão não racional, mas subjetiva, emocional e interesseira. Afinal, eles eram os líderes também religiosos do país, e Jesus ameaçava desbancá-los, como de fato desbancou.
Jesus tinha acabado de multiplicar pães, e logo antes havia curado um surdo-mudo. Tudo isso era sinal de que ele era o Messias, o Filho de Deus. Mas quando a gente quer recusar alguém, por mais bem que ele ou ela faça, sempre é ruim. “O pior cego é aquele que não quer ver”, disse Jesus.
O que os fariseus pediam a Jesus era um sinal cósmico e apocalíptico, que provasse de forma contundente que ele é o Messias. Mas isso Deus não costuma fazer, porque passaria por cima da nossa liberdade, forçando-nos a acreditar. Ele quer que juntemos à fé o nosso afeto a nossa obediência.
Os pecadores vivem pedindo um sinal a Deus; querem que Deus se mostre de forma mais clara que o sol ao meio dia. Mas o que lhes embaça os olhos, impedindo a fé, é o pecado! “Quem acolhe os meus mandamentos, esse me ama... Eu o amarei e me manifestarei a ele” (Jo 14,21).
Também nas tentações de Jesus, o diabo lhe pediu uma demonstração cabal de que é o Filho de Deus: “Se és o Filho de Deus, atira-te do pináculo do Templo para baixo... transforma estas pedras em pães...” Enquanto Jesus morria na cruz, os seus inimigos lhe diziam: “Se és o Filho de Deus e o rei de Israel, desça agora da cruz”. Jesus estava dando o maior sinal: um amor até a morte, mas ninguém entendia.
O sinal que Deus Pai ia dar do Reino messiânico será o menos esperado: a humilhação suprema de seu Filho, que por obediência ao seu plano de salvação morre numa cruz, ressuscita e é exaltado sobre todas as criaturas.
Tudo isso fala, mas numa linguagem desconhecida para os inimigos de Jesus: o amor de Deus aos homens, a ponto de lhes entregar o seu Filho. Somente nele haverá salvação. Desde então, o amor e a cruz serão os sinais do cristianismo diante do mundo.
Jesus sempre pedia que não publicassem seus milagres para que a fé, mesmo seguindo um caminho lento, avançasse pela via do amor e da cruz.
Quando Jesus enviou seus discípulos em missão, pediu que fossem pobres, sem mais bagagem que a sua palavra e o testemunho.
Uma Comunidade cristã que confiasse demais nos meios econômicos e nas influências sociais, demonstraria que a sua fé se debilitou, porque não confia plenamente no Espírito de Jesus.
Hoje, os sinais do Reino de Deus não convencem os perversos, porque consistem na libertação dos pobres, em dar vista aos cegos e em anunciar a libertação aos marginalizados e a salvação (Cf Lc 4,18).
Havia, certa vez, um jovem universitário que não tinha fé, mas sentia um grande desejo de acreditar em Deus. Sua incredulidade o angustiava e o tornava infeliz.
Um dia, ele encontrou na Bíblia a seguinte frase: "Aquele que ama conhece a Deus" (1Jo 4,7). Tentou então este caminho, dedicando-se intensamente ao amor ao próximo.
Logo encontrou a fé, e junto com ela veio a felicidade. Então ele disse esta frase que ficou célebre: "Procurei a Deus, não encontrei; procurei a mim mesmo, não encontrei; procurei o próximo, encontrei os três".
Que Maria Santíssima nos ajude a seguirmos tão bem o seu Filho, que nunca precisemos de lhe pedir um sinal.
Por que esta geração pede um sinal?





MOTIVAÇÃO NO TRABALHO

O QUE É... MULHER
Max Gehringer


 Alguém que sabe resolver problemas melhor que nós, homens
Calma, este não é um tratado sobre razão e emoção. Nem uma guerra de testosterona versus estrógeno, ou estresse contra TPM. Biologia e fisiologia à parte, existe algo que eu venho, há anos, constatando no mercado de trabalho, e que cada dia me parece mais óbvio: homens são
ótimos para encontrar explicações e mulheres são ótimas para resolver problemas.
Antes que possa parecer o contrário, as duas coisas são positivas. Desde tempos imemoriais, a classe feminina sempre se encarregou daquelas tarefas muito nobres, mas pouco reconhecidas, como proteger os filhos, cuidar das plantações e garantir a continuidade da vida doméstica.
Ao assumir essas funções vitais, as mulheres deram aos homens um bem de inestimável valor: tempo. Aí, os homens usaram esse tempo (ou, pelo menos, parte dele) para procurar explicações para os mistérios da natureza. E foi dessas explicações que derivaram todas as ciências e todas as grandes descobertas da humanidade.
Quando as empresas surgiram, os homens, que tinham mais tempo livre, assumiram o comando dos negócios. E, além do inegável progresso, legaram para a posteridade algumas heranças puramente masculinas: a burocracia (artimanha para retardar uma decisão), a delegação (arte de deixar que alguém resolva) e as reuniões (a busca da cumplicidade). Até que o século 20 chegou, e com ele a globalização e a necessidade de mudanças cada vez mais rápidas. Num mundo assim, onde cada segundo passou a ser vital, resolver tudo rapidamente e, acima de tudo, corretamente, tornou-se a prioridade número 1 das empresas. E isso beneficiou a mulher. É claro que homens também resolvem e mulheres também explicam, mas, historicamente, isso sempre ocorreu mais por uma questão de adaptação do que de especialização. Não que, de repente, os homens vão se render, entregar os crachás e filosofar em outra freguesia. O mundo nunca progrediu de maneira uniforme. Mas os ventos da mudança já estão soprando. Até 60 anos atrás, "secretário" era uma profissão eminentemente masculina. Agora, é esmagadoramente feminina. Simplesmente porque os chefes homens perceberam que precisavam de alguém capaz de resolver todas aquelas questiúnculas do dia-a-dia. E secretários não eram bons nisso. Eram mais de explicar por que as decisões não puderam ser tomadas.
O resto foi conseqüência. Nos últimos 20 anos, a presença da mulher se expandiu geometricamente no mercado de trabalho. Como não se espera que o ritmo das mudanças vá desacelerar no século 21, a capacidade de saber resolver, rapidamente e com precisão, será um fator cada vez mais valorizado. O que me leva a concluir que as mulheres dominarão o topo da hierarquia das empresas. É apenas uma questão de "quando", porque elas ainda encontrarão muita resistência. Mas, num dia não muito distante, um homem vai receber na maternidade a notícia de que sua mulher acaba de dar à luz. "É uma menina", anunciará a enfermeira. E o paizão, transbordando de felicidade: "Maravilha! Vai ser CEO!". Mas a boa notícia é que a classe masculina também sobreviverá, e bem, fazendo o que sabe: em funções de apoio, traçando estratégias e pesquisando. Os homens só não precisarão mais explicar por que chegaram tarde em casa. Porque suas esposas chegarão depois deles.





MOMENTO DE REFLEXÃO


 Pense em alguém que seja poderoso...
Essa pessoa briga e grita como uma galinha, ou olha e silencia, como um lobo?
Lobos não gritam. Eles têm a aura de força e poder. Observam em silêncio.
Somente os poderosos, sejam lobos, homens ou mulheres, respondem a um ataque verbal com o silêncio.
  Além disso, quem evita dizer tudo o que tem vontade, raramente se arrepende por magoar alguém com palavras ásperas e impensadas.
  Exatamente por isso, o primeiro e mais óbvio sinal de poder sobre si mesmo é o silêncio em momentos críticos. Se você está em silêncio, olhando para o problema, mostra que está pensando, sem tempo para debates fúteis.
Se for uma discussão que já deixou o terreno da razão, quem silencia mostra que já venceu, mesmo quando o outro lado insiste em gritar a sua derrota. Olhe. Sorria. Silencie. Vá em frente.
Lembre-se de que há momentos de falar e há momentos de silenciar. Escolha qual desses momentos é o correto, mesmo que tenha que se esforçar para isso.
Por alguma razão, provavelmente cultural, somos treinados para a (falsa) idéia de que somos obrigados a responder a todas as perguntas e reagir a todos os ataques.
Não é verdade ! Você responde somente ao que quer responder e reage somente ao que quer reagir. Você nem mesmo é obrigado a atender seu telefone pessoal.
  Falar é uma escolha, não uma exigência, por mais que assim o pareça.   Você pode escolher o silêncio.
Além disso, você não terá que se arrepender por coisas ditas em momentos impensados, como defendeu Xenocrates, mais de trezentos anos antes de Cristo, ao afirmar: “ ME ARREPENDO DE COISAS QUE DISSE, MAS JAMAIS DO MEU SILÊNCIO".
  Responda com o silêncio, quando for necessário. Use sorrisos, não sorrisos sarcásticos, mas reais.
Use o olhar, use um abraço ou use qualquer outra coisa para não responder em alguns momentos.
Você verá que o silêncio pode ser a mais poderosa das respostas. E, no momento certo, a mais compreensiva e real delas.

Aldo Novak






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