Quinta-feira, 31 de janeiro de 2013
São João Bosco
“Os quatro Evangelhos, todos eles,
dão-nos o retrato de uma personalidade muito definida, obrigando-nos a dizer:
“Esse homem existiu. Isso não pode ser inventado.” (H. G. Wells)
EVANGELHO DE HOJE
Mc 4,21-25
— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus
Cristo, + segundo Marcos.
— Glória a vós, Senhor!
Naquele tempo, Jesus disse à multidão:
21“Quem é que traz uma lâmpada para colocá-la debaixo de um caixote, ou debaixo
da cama? Ao contrário, não a põe num candeeiro? 22Assim, tudo o que está em
segredo deverá ser descoberto. 23Se alguém tem ouvidos para ouvir, ouça”.
24Jesus dizia ainda: “Prestai atenção no que ouvis: com a mesma medida com que
medirdes, também vós sereis medidos; e vos será dado ainda mais. 25Ao que tem
alguma coisa, será dado ainda mais; do que não tem, será tirado até mesmo o que
ele tem”.
- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.
MEDITANDO O EVANGELHO
Alexandre Soledade
Bom dia!
Ontem terminei a reflexão com a
seguinte mensagem:
“(…) Se empenhar não é viver a
idéia de que somos amados para justificar os erros. É após cada erro, tropeço,
equivoco, (…) COM MAIS GARRA LEVANTAR e querer ter um terreno menos pedregoso
ou com espinhos, pois é certo que novamente Ele passará semeando”.
Repare a intima relação dessa
mensagem com uma colocação, diversas vezes mencionada por Marcio Mendes, no
programa Sorrindo para a vida da TV Canção Nova: “Por essa razão, precisamos
tomar posse dessa graça, MAS PARA ISSO PRECISAMOS NOS LEVANTAR, porque ninguém
vence a luta deitado”.
Mas o que essas duas citações têm
haver com a parábola apresentada por Jesus no evangelho de hoje? De certa forma
elas se interagem. E muito!
Boa parte das pregações de Jesus
tinha como tema a redenção através do perdão dos pecados. Sim, somos novamente
livres através da reconciliação. Esse ato redentor deveria gerar em nós a
gratidão, pois não mais estamos nas garras do mal que nos aprisionava e sim
livres para sermos felizes, bons e amáveis… No entanto, por algumas vezes, a
“bordoada” dada pela vida nos faz desacreditar que podemos nos reerguer, mas
NOVAMENTE contradizendo as nossas expectativas humanas, levantamos.
A chama de vida e de esperança
que parecia apagada, Jesus reaviva e nos dá vigor, mas a gratidão, às vezes, se
rende ao entusiasmo da vitória. Vibrantes e entusiasmados pelas conquistas
acabamos esquecendo de retribuir. Deus nos levanta por que nos ama, mas creio
que esperasse que nós ajudássemos a levantar outros.
Temos pessoas engajadas em
diversas pastorais e movimentos com talentos incríveis; temos irmãos e irmãs
que vão a missa apenas aos domingos que se estivessem engajadas poderiam surgir
novos sonhos como teve um dia Zilda Arns, mas como na parábola de hoje, ficam
escondidas sob a mesa.
Em busca da tão sonhada
estabilidade, meio que fechamos os olhos. Tememos, após esse encontro com o
projeto de Deus, despendiar tempo que poderíamos estar investindo em nossa
carreira, estudo, crescimento pessoal, reconhecimento profissional, sonhos…
“(…) Dos que vivem em Cristo se
espera um testemunho muito crível de santidade e de compromisso. Desejando e
procurando essa santidade não vivemos menos, mas melhor, porque, quando Deus
pede mais, é porque está oferecendo muito mais: ´NÃO TENHAM MEDO DE CRISTO! ELE
NÃO TIRA NADA E NOS DÁ TUDO´!” (Documento de Aparecida §352).
Essa frase em caixa alta é de
Bento XVI e propositalmente esta em destaque. Deus não deseja que abandonemos
nossos sonhos, mas que possamos dispor um pouco de gratidão a Ele no serviço
principalmente por aqueles que ainda não O conhecem, os que sofrem, aos que não
conseguem levantar.
“(…) Mas as condições de vida de
muitos abandonados, excluídos e ignorados em sua miséria e sua dor, contradizem
este projeto do Pai e desafiam os cristãos a um maior compromisso a favor da
cultura da vida. O Reino de vida que Cristo veio trazer é incompatível com
essas situações desumanas. Se pretendemos fechar os olhos diante destas
realidades, não somos defensores da vida do Reino e nos situamos no caminho da
morte: “Nós sabemos que passamos da morte para a vida porque amamos os irmãos.
Aquele que não ama, permanece na morte” (1 Jo 3,14)”. (Documento de Aparecida
§358).
Muito foi falado da idealizadora
de um sonho chamado PASTORAL DA CRIANÇA, mas pouco se enfatiza nesse mundo que
se tornou tão frio o fato que ela foi uma filha de Deus como nós, que nasceu
para servir (como nós), dividiu um pouco do seu talento e amor materno com
os que mais precisavam (como nós?)
partiu servindo. Santa da modernidade. Mãe, esposa, médica, bem sucedida,
reconhecida, premiada… Como tantos outros, ela entendeu a fundo essa parábola.
Deixo em destaque novamente a
afirmação do nosso pontífice:
“Não tenham medo de Cristo! Ele
não tira nada e nos dá tudo”
Brilhem! Não se escondam!
Levantem-se! Apresente a Deus um pouco do seu tempo e verás!
Um Imenso abraço fraterno!
MEIO AMBIENTE
Xaxim corre o risco de sumir do mapa!
Ela é uma das espécies vegetais mais antigas
e contemporânea dos dinossauros: é a Dicksonia selowiana, conhecida como
samambaiaçu, de cujo tronco se extrai o xaxim - a matéria-prima para a
fabricação de vasos e substratos. Planta típica da Mata Atlântica, esta
samambaiaçu está na lista oficial das espécies brasileiras ameaçadas de
extinção (Ibama), em razão da sua intensa exploração comercial destinada à
jardinagem e floricultura.
Para obter mais informações científicas e, ao
mesmo tempo, maior controle sobre a extração e comercialização da espécie, o
Ibama formou, no ano 2000, o Grupo Técnico de Conservação de Pteridófilas, com
a participação de especialistas do governo e das universidades federais de
Santa Catarina e do Rio Grande do Sul. A principal meta era estabelecer formas
sustentáveis de exploração da espécie. Já no ano 2001, uma resolução do
Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) passou a proibir a extração dessa
espécie da mata. A área de maior ocorrência do xaxim na Mata Atlântica é a
Floresta das Araucárias, nos estados do Sul do país e é justamente lá que
acontece a maior exploração da planta. Segundo declaração de Jefferson Prado,
pesquisador do Instituto de Botânica de São Paulo, publicada na Revista Natureza
(junho/2002), a velocidade de crescimento da samambaiaçu varia, mas costuma ser
muito lenta - geralmente ela cresce cerca de 5 a 8 cm por ano. Por essa medida,
estima-se que para conseguir um vaso com 40 a 50 cm de diâmetro são extraídas
da mata samambaiaçus com idade mínima de 50 anos!
Hoje, existem no mercado produtos
alternativos que substituem o xaxim, como vasos fabricados a partir da fibra do
coco e também substratos como palha de coco, ardósia e carvão. Ao optar por
estes produtos estamos ajudando a preservar a existência da Dicksonia selowiana
nas matas.
MOMENTO DE REFLEXÃO
Em um semestre do
ano letivo, um professor do seminário planejou sua aula de pregação de maneira
diferente. Queria que seus alunos pregassem sobre a Parábola do Bom Samaritano
e, no dia da aula, ele pôs seu plano em prática pedindo aos alunos e alunas que
fossem, um de cada vez, a uma classe vizinha onde deveriam pregar um sermão.
O professor deu a
alguns alunos o prazo de dez minutos para eles voltarem; a outros, deu menos
tempo, forçando-os a correr para cumprir o prazo. Os alunos tinham de
atravessar um corredor e passar por um mendigo, que estava plantado ali de
propósito, aparentemente necessitando de ajuda.
Os resultados foram
surpreendentes e ofereceram uma excelente lição para eles. A porcentagem dos
alunos generosos que pararam para ajudá-lo foi extremamente baixa,
principalmente por parte daqueles que tinham prazo mais curto.
Quanto mais escasso
era o tempo, menos alunos paravam para ajudar o indigente. Quando o professor
revelou o que havia feito, você pode imaginar o impacto sobre aquela classe de
futuros líderes espirituais.
Apressados para
pregar um sermão sobre o Bom Samaritano, eles passaram de largo pelo mendigo,
conforme diz a parábola. Devemos ter olhos para ver e mãos para ajudar, ou
podemos não ajudar nunca. Penso que este poema tão conhecido serve para
expressar esse conceito:
Eu estava faminto,
e você organizou um clube humanitário para discutir minha fome.
Obrigado.
Eu estava preso, e
você se retirou tranquilamente para sua capela a fim de orar por minha
libertação.
Que bom!
Eu esta nu, e, em
sua mente, você debateu a moralidade de minha aparência.
Qual foi o proveito
disso?
Eu estava doente, e
você ajoelhou-se e agradeceu sua saúde a Deus.
Mas eu precisava de
você.
Eu não tinha onde
morar, e você fez um sermão para mim sobre a proteção do amor de Deus.
Eu queria que você
me levasse para casa. Eu estava abandonado, e você me deixou sozinho para orar
por mim.
Por que não ficou
comigo?
Você parece tão
santo, tão próximo de Deus; mas eu continuo faminto, abandonado, com frio e
sofrendo.isso faz diferença para você? (ANÔNIMO)
- Tim Hansel, Histórias
Para o Coração.