Páginas


(clique abaixo para ouvir a música)

LITURGIA DIÁRIA

LITURGIA DIÁRIA - REFLEXÕES E COMENTÁRIOS

Diário de Terça-feira 08/01/2013





Terça-feira, 08 de janeiro de 2013



“Muito longe, no brilho do sol estão minhas maiores aspirações. Posso não alcançá-las, mas posso olhar para cima e ver sua beleza, acreditar nelas e tentar segui-las”. (Louise May Alcott)




EVANGELHO DE HOJE
Mc 6,34-44


— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo, + segundo Marcos.
— Glória a vós, Senhor!



Naquele tempo, 34Jesus viu uma numerosa multidão e teve compaixão, porque eram como ovelhas sem pastor. Começou, pois, a ensinar-lhes muitas coisas. 35Quando estava ficando tarde, os discípulos chegaram perto de Jesus e disseram: "Este lugar é deserto e já é tarde. 36Despede o povo para que possa ir aos campos e povoados vizinhos comprar alguma coisa para comer". 37Mas, Jesus respondeu: "Dai-lhes vós mesmos de comer". Os discípulos perguntaram: "Queres que gastemos duzentos denários para comprar pão e dar-lhes de comer?" 38Jesus perguntou: "Quantos pães tendes? Ide ver". Eles foram e responderam: "Cinco pães e dois peixes". 39Então Jesus mandou que todos se sentassem na grama verde, formando grupos. 40E todos se sentaram, formando grupos de cem e de cinqüenta pessoas. 41Depois Jesus pegou os cinco pães e dois peixes, ergueu os olhos para o céu, pronunciou a bênção, partiu os pães e ia dando aos discípulos, para que os distribuíssem. Dividiu entre todos também os dois peixes. 42Todos comeram, ficaram satisfeitos, 43e recolheram doze cestos cheios de pedaços de pão e também dos peixes. 44O número dos que comeram os pães era de cinco mil homens.



- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.




MEDITANDO O EVANGELHO

Alexandre Soledade


Bom dia!
Ontem falávamos muito da nossa hesitação no serviço de Deus e mesmo sendo as vezes “meia boca” Ele ainda age. Não vejo como motivo de martírio, mas alerta, pois até mesmo os apóstolos, com quem conviveu, também titubearam
Hoje vemos um discípulo que toma a voz e também HESITA: “(…) Este lugar é deserto, e já é tarde. Despede-os, para irem aos sítios e aldeias vizinhas a comprar algum alimento”. E nesse caso também, Jesus INSISTE – ‘Dai-lhes vós mesmos de comer’.
Por que digo que ele fraqueja? Seria fraqueza mesmo? O que acha?
Se eu perguntar quanto é a soma de dois mais dois rapidamente um grupo responderá “quatro”, no entanto outro grupo não responderá e perguntará o porque da pergunta e não duvido que haverá um terceiro grupo, que mesmo sabendo a resposta, não responderá esperando ser uma “pegadinha”.
Em meio aos tantos que ajudam em nossas comunidades na missão de evangelizar toda criatura, sempre haverá os que prontamente responderão ao chamado, os que apenas sabem questionar os porquês e aqueles que só observam, que apesar do talento que tem, não ajudam se não forem devidamente movidos, paparicados, (…).
Quem fala pelos discípulos nesse episódio da multiplicação dos pães e peixes é Felipe (João 5, 5-7). O mesmo Felipe que foi discípulo de João Batista e que pouco tempo atrás havia dito e convencido Bartolomeu sobre quem era Jesus:
“(…) Achamos aquele de quem Moisés escreveu na lei e que os profetas anunciaram: é Jesus de Nazaré, filho de José” (João 1,45-46).
Ele já havia feito a escolha de seguir Jesus; acreditou e proclamou que Ele era o messias que deveria e estaria por vir, mas quando se deparou com um problema, questionou a solução dada pelo Senhor. Quantas vezes também agimos assim? Somos fieis, temos fé, mas ao depararmos com um problema um pouco maior que nosso conhecimento ou nossas forças, deixamos de ouvir a solução que Deus sussurra em nosso coração?
Na verdade, essa nossa falta de constancia na féo nos impede (ou poderá nos impedir no futuro) de ver a epifania do senhor nesse problema, na nossa vida, na nossa realidade. Sim, o Senhor vai insistir novamente, mas crer Nele advém de uma mudança de comportamento, ou seja, ALÉM DE TER FÉ, preciso ver o que tenho e que poderá ser “multiplicado”, portanto, buscar soluções, alternativas, para um problema pode requerer estudo, leitura, compreensão, maturidade…
Partindo disso abro um parêntese para uma afirmação que fiz ontem: “(…) Se hoje vemos poucos milagres é por que faltam os que tragam os peixes”. Mas é muito importante explicar algo – O que é graça e o que é milagre? O cardeal Saraiva Martins diz:
“(…) A graça é uma ajuda divina que se obtém para o bom êxito das atividades do homem… Uma assistência particular que Deus concede intensificando as potencialidades naturais; O milagre, por sua vez, manifesta-se precisamente como um acontecimento que se distingue do habitual desenvolvimento da realidade”. (Fonte: Site da Canção Nova)
Esse mesmo cardeal afirma que:
“(…) Entramos no mistério de Deus. NÓS NÃO CONHECEMOS OS PLANOS D’ELE NA ESCOLHA DE QUEM SERÁ ATENDIDO. Conceder uma graça ou uma cura é um ato livre do Senhor. ELE PEDE-NOS TOTAL CONFIANÇA”.
Então a de convir que faltam ainda aqueles que tragam os peixes; que saiam do campo das palavras e também tenham ações; que não hesitem, que não temam, que tenham total confiança, que respondam rapidamente quanto é dois mais dois; pois é desses, como a diz uma canção, “os adoradores, que o Pai precisa”.
Se acreditarmos e não hesitarmos, responderemos. Quando duvido ou temo, me calo ou fujo.
Um imenso abraço fraterno.




VIDA SAUDÁVEL


Meditar para relaxar?


A meditação é simplesmente um exercício mental que afeta processos corporais. Assim como os exercícios físicos apresentam certos benefícios psicológicos, a meditação leva a certos benefícios físicos. A finalidade da meditação é a obtenção do controle sobre a atenção, de modo que você possa escolher onde manter seu foco, ao invés de sujeitar-se a um fluxo imprevisível de circunstâncias ambientais.
"Relaxamento e meditação devem ser entendidos como coisas diferentes: em essência, a meditação é o esforço para reexercitar a atenção. É isso que dá à meditação os efeitos incomparáveis de obtenção de conhecimentos, aumento da concentração e capacidade de relacionar-se com empatia. A meditação é porém mais usada como técnica rápida e fácil de relaxamento". Expressando-se desta maneira, Daniel Goleman (A Arte da Meditação, 1999) sugere que, talvez, o principal efeito da meditação seja proporcionar ao corpo do indivíduo um profundo repouso, enquanto sua mente se mantém alerta. Isso faz baixar a pessão sangüínea e diminuir o ritmo do coração, ajudando seu corpo a se recuperar do estressa.
Para Goleman, autor do célebre Inteligência Emocional, a pessoa que medita regularmente lida com o estresse de modo a romper a espiral da relação de enfrentamento ou fuga. Ela relaxa com muito mais freqüência do que a que não medita, após um desafio ter sido superado. Ela percebe a ameaça com mais exatidão e reage com a mobilização somente quando necessário. Após a mobilização, a recuperação rápida a torna menos predisposta a encarar o próximo compromisso como uma ameaça, como acontece com uma pessoa ansiosa.
A tradição da meditação está ligada às culturas orientais, mas foi popularizada para as culturas ocidentais. O cardiologista norte-americano Herbert Benson com o seu bestseller de 1975, The Relaxation Response, ensinou a milhões de leitores que a prática de uma forma simples de meditação pode baixar a pressão arterial e reduzir o risco, ou minimizar os sintomas, de muitas doenças físicas. Seus estudos sobre como os processos mentais afetam o bem-estar físico estão produzindo evidência científica dos poderes curativos da mente. Berson acredita que a capacidade que o cérebro tem de criar imagens visuais e de tratar estas imagens como reais pode estar no centro de um tipo de cura da mente / corpo.
Existem diferentes tipos de meditação. Alguns tipos usam objetos externos como objeto de concentração, outros empregam uma figura geométrica chamada mandala, e outros usam palavras silenciosamente repetidas ou sons (mantra). É aconselhável ter um local tranqüilo para aprender a meditar. Para a obtenção de seus benefícios recomenda-se que a meditação seja praticada regularmente.





MOMENTO DE REFLEXÃO


Geraldo [nome fictício], era um jovem morador da Zona Oeste do Rio de Janeiro. Seduzido pelo dinheiro fácil que promete o universo das drogas, ele acabou integrando um grupo de traficantes.  
  Viveu ali algum tempo, até que conheceu o Evangelho. Passou então a frequentar assiduamente a igreja batista do bairro.
Quando os chefões da droga o souberam, foram ao encontro de Geraldo e lhe fizeram a seguinte advertência, testemunhada por vários irmãos:
— Aí, cara, soubemos que tu tá na igreja; virou crente, né? Pois é, presta muita atenção: Enquanto tu ficar lá, tá vivendo, tá sabendo? Saiu, morreu. Falou, malandro?
Trêmulo, Geraldo só conseguiu gaguejar a sua concordância. O bando se foi.
O tempo passou e Geraldo permanecia firme na igreja, sua tábua de salvação, sem trocadilho. Até que um dia, uns oito meses depois, Geraldo cometeu o mesmo equívoco de Simei, inimigo de Salomão, cuja vida fora poupada pelo sábio soberano, sob a condição de não arredar pé de Jerusalém:
“E fica sabendo que, no dia em que saíres, de certo hás de morrer” (I Reis 2.37). Simei saiu de Jerusalém e, por isso, foi morto. Geraldo saiu da igreja. Os traficantes, cientes do fato, vieram e, sem dó nem piedade, o eliminaram.
O desastre de Geraldo me foi narrado pelo pastor Edson Domingues, que conheceu Geraldo pessoalmente. Se, por um lado, expõe a violência com que convivemos diariamente nas grandes cidades, por outro exibe o nível de respeito que as igrejas evangélicas ainda inspiram, apesar das imperfeições de seus integrantes.
Um dos pais da igreja foi quem descobriu uma feliz metáfora para ilustrar a bênção da igreja na Terra. Ele usa a figura da arca de Noé, convidando a imaginar o mau cheiro que o excremento de tantos animais produziria nesse ambiente fechado por tanto tempo. Porém arremata: Era preferível estar lá dentro, com todo o mau cheiro, a estar lá fora, com todo o oxigênio.
A igreja não salva; quem salva é Jesus. Ainda assim, é melhor ficar dentro que fora dela. Noé entrou. Geraldo saiu.

- Extraído de João Soares da Fonseca, Conta Outra.


Nenhum comentário:

Postar um comentário