Sexta-feira, 25 de janeiro de 2013
Dia da Conversão de São Paulo
“Não é segredo. Somos feitos de pó,
vaidade e medo.” (Millôr Fernandes)
EVANGELHO DE HOJE
Mc 16,15-18
— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus
Cristo, + segundo Marcos.
— Glória a vós, Senhor!
Naquele tempo, Jesus se manifestou aos
onze discípulos, 15e disse-lhes: “Ide pelo mundo inteiro e anunciai o Evangelho
a toda criatura! 16Quem crer e for batizado será salvo. Quem não crer será
condenado. 17Os sinais que acompanharão aqueles que crerem serão estes:
expulsarão demônios em meu nome, falarão novas línguas; 18se pegarem em
serpentes ou beberem algum veneno mortal não lhes fará mal algum; quando
impuserem as mãos sobre os doentes, eles ficarão curados”.
- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.
MEDITANDO O EVANGELHO
Alexandre Soledade
Bom dia!
Paulo tem tamanho destaque e
admiração da igreja, que mesmo seu dia sendo comemorado conjuntamente a São
Pedro no mês de Junho, hoje comemoramos a sua conversão pessoal. A mudança de
vida desse homem associado ao seu compromisso e destemor com que se dedicou
levar a Boa Nova, o destacam como modelo de homem e evangelizador.
Tento encontrar na internet, mas
não tenho as referencias de uma palestra que vi pela TV onde Dom Alberto
Taveira, na Canção Nova (Colônia de Férias), fez uma colocação intrigante sob o
fato de muitos buscarem a igreja, mas não procurarem a conversão. De certa
forma ele apresentava uma realidade que vivemos. Juntando esses pedaços ao
primeiro enunciado, temos uma situação: O que seria da igreja que conhecemos se
Paulo curasse sua visão, mas não se convertesse?
Outro ponto: Na prática existem
“conversões” e não apenas uma conversão. Não adianta se agarrar ao primeiro
encontro se persisto, como diz padre Joãozinho, “lutando com as mesmas armas
todos os dias”, pois quando mudo de atitude provoco uma alteração de direção em
minha vida (conversão); planto novos objetivos pessoais, sonhos e planos, mas
isso pouco dará frutos se não volto dia após dia para ver se o solo precisa de
água, adubo, (conversões)…
Muitas vezes nos apegamos a
primeira conversão, mas não mudamos na essência. Precisamos sempre voltar ao
local onde Jesus semeou a Boa Nova para regá-la. Padre Joãozinho apresenta que
o próprio Saulo sofreu outras conversões que moldaram seu caráter e o tornaram
o Paulo que conhecemos e admiramos.
“(…) Paulo, o grande apóstolo,
teve uma primeira conversão no caminho de Damasco. Deixou de perseguir os
cristãos, mas utilizava a mesma arrogância para anunciar o evangelho. Alguma
coisa aconteceu. Houve uma segunda queda. E uma segunda conversão. O Paulo que
escreve a segunda carta aos coríntios não é o mesmo que escreveu a primeira.
Leia e perceba a diferença. Agora temos um sujeito humilde que diz: trazemos
este tesouro em vasos de barro (2 Cor 4,7)“ (blog canção Nova – padre Joãozinho
– segunda conversão)
Esse Paulo, que foi Saulo,
referência cristã no dia de hoje, é fruto dos atos diários de conversão que
teve. Creio que seja assim que devemos entender: Quem participa de encontros,
retiros, congressos, volta profundamente transfigurado pela graça de Deus, mas
essa graça deve ser monitorada, cultivada, regada, (…). Uma camiseta nova, um
terço novo não vão adiantar se não dobrar meu joelho e continuar rezando para
manter a graça “viva”.
Parafraseando o que padre
Joãozinho afirma sobre a segunda conversão de Paulo trago um questionamento
para todos nós: Será que sou “ainda” o mesmo de dez anos atrás? Será que os
pequenos vícios do passado ainda me
acompanham?
Precisamos ter muito cuidado com
a perca do zelo pela conversão diária. Quedas e esfriamentos acabam sendo
inevitáveis. Pequenas sementes, ervas daninha, fungos (…) podem comprometer
toda uma plantação, todo o trabalho de uma vida. Pequenos defeitos todos têm,
mas não podemos nos acomodar a eles. O que adianta toda sabedoria do mundo se
não conseguir ouvir uma opinião contrária? Como sou dentro e fora da igreja?
Meu coração realmente se converteu?
“(…) Entre dentro do seu coração
e descubra que você foi feito para fazer o bem, mas o próprio São Paulo dizia:
‘EU FAÇO O MAL QUE NÃO QUERO E NÃO FAÇO O BEM QUE EU QUERO’. É uma contradição,
uma angústia que ele experimentava dentro de si e você também experimenta. Você
faz mil propósitos: ‘Eu quero acertar’. Mas quantas vezes nós caímos, erramos e
precisamos recomeçar continuamente. Esta obediência não é sempre fácil, ao
contrário é exigente.“. (Dom Alberto Taveira)
Além de todo trajeto percorrido
para levar a Boa Nova, São Paulo conseguiu também se renovar durante o trajeto.
Quem coordena ou ocupa postos de liderança, seja na igreja, em casa ou no
trabalho, por mais tempo que tenham, também precisam, como Paulo, se deixar
converter por suas próprias palavras; deixar-se curar do veneno que impregna
nossa alma pecadora chamado auto-suficiência, orgulho, egoísmo…
Por fim, para aqueles que não vêm
ainda a necessidade da mudança contínua, deixo um breve desabafo do Ricardo Sá
“(…) Quantas vezes, eu ouvi
tantas coisas e voltei para casa chorando e, graças a Deus, chorei no colo da
Eliana, minha esposa. Pessoas que me disseram, aqui, no pé da escada, que eu
era auto-suficiente, arrogante, etc. O QUE VOCÊ ESCUTA E O TIRA DO SÉRIO É
PORQUE TALVEZ POSSUA UM POUCO DE VERDADE. É tempo de mudança, e se você quiser
mudar realmente, este é o tempo propício. Nosso Senhor espera de nós uma
verdadeira conversão!“.
São Paulo, ensina-nos o que
aprendeste pelo caminho!
Um Imenso abraço fraterno!
DICAS DE SAÚDE
Ressaltamos que as Dicas de Saúde
enviadas por este Diário, não equivalem a uma receita médica; são apenas
"dicas". Os exames preventivos são sempre indispensáveis! Para mais
informações consulte o seu médico.
Deslocamento de Retina
Dr. Drauzio Varela
A retina é uma membrana muito fina, flexivel
e delicada que reveste a superfície interna da parte posterior do globo ocular.
Nela existem receptores fotossensíveis que convertem a imagem luminosa advinda
do exterior em impulsos elétricos que, através do nervo ótico, são enviados
para área do cérebro em que se processa a visão.
A retina não possui nenhum elemento de
fixação especial que a prenda ao globo ocular.
É o vítreo, uma substância gelatinosa e transparente, situada entre ela
e o cristalino, que a mantém na posição anatomicamente adequada, ou seja, em
contato com outras estruturas que lhe garantem suporte e nutrição (vasos
sanguíneos e nutrientes).
Descolamento de retina é uma alteração que se
caracteriza pelo desprendimento dessa estrutura da superfície interna do globo
ocular. Essa separação interrompe o fornecimento de nutrientes e promove a
degeneração celular.
O descolamento da retina é uma urgência
médica. Se não for tratado convenientemente e depressa, pode evoluir para perda
total da visão.
Causas
Os descolamentos de retina podem ser
provocados por uma ruptura por onde penetra o vítreo que se deposita entre o
globo ocular e a própria retina (melhor dizendo, entre a camada da retina onde
estão os fotorreceptores e a camada onde se localizam os vasos sanguíneos que
lhe fornecem nutrientes). Esse tipo de descolamento recebe o nome especial de
regmatogênito.
Os descolamentos podem ocorrer, também, não
por ruptura, mas por tração ou repuxamento na região da retina onde se formaram
aderências em virtude de alterações no vítreo, que se torna mais fluido com o
passar da idade (descolamento não regmatogênito ou tracional) ou, ainda, podem
ser provocados por tumores ou doenças inflamatórias (descolamento exsudativo)
que favorecem o acúmulo do fluido sob a retina.
Fatores de risco
Os descolamentos de retina podem ocorrer em
qualquer idade, mas costumam ser mais frequentes depois dos 40 anos. Os
principais fatores de risco para a enfermidade são: alto grau de miopia,
cirurgia anterior de catarata, glaucoma, trauma nos olhos, na face ou na
cabeça, diabetes descompensado, tumores, processos inflamatórios, história
familiar da doença, degeneração do vítreo própria do envelhecimento.
Sintomas
O descolamento da retina não está associado a
nenhum processo doloroso. Os sintomas são outros: visão turva e embaçada,
sombra central ou periférica dependendo da região da retina afetada, que
progride à medida que o deslocamento evolui, flashes luminosos (fotopsias),
“moscas volantes”, isto é, a sensação de insetos voando diante dos olhos e, nos
casos mais graves, perda total da visão.
Diagnóstico
O mapeamento da retina, exame clínico feito
com a pupila dilatada, a oftalmoscopia indireta e o ultrassom ocular, quando
algum obstáculo dificulta observar o fundo do olho, são exames importantes para
o diagnóstico do descolamento da retina.
Tratamento
A indicação do tratamento depende diretamente
do tipo, gravidade e extensão do descolamento.
Fotocoagulação com laser e criopexia
(congelamento) são recursos terapêuticos para os casos em que não houve
infiltração do vítreo pelo espaço que se abriu com a ruptura da retina. O
objetivo é formar cicatrizes que interrompam a passagem do vítreo e favoreçam a
fixação da retina.
Nos outros quadros, o tratamento é cirúrgico.
O objetivo é vedar o orifício por onde escapa o vítreo. Isso pode ser feito por
meio das seguintes técnicas operatórias:
1)
Retinopatia pneumática – injeção de gás na cavidade ocupada pelo vítreo,
como forma de pressionar a área descolada da retina e impedir a passagem desse
gel pela rasgadura que se formou. Tanto o gás injetado, quanto o fluido sob a
retina serão aos poucos reabsorvidos pelo organismo;
2)
Retinopexia – implantação de uma faixa ou esponja de silicone ao redor
do globo ocular para pressionar a esclera (o branco dos olhos) a fim de apoiar
a retina e facilitar sua aderência;
3)
Vitreoctomia – técnica utilizada não só nos descolamentos de retina, mas
no tratamento de outras patologias oculares; através de microincisões, são
introduzidos instrumentos de tamanho diminuto para corrigir os defeitos que
promoveram o deslocamento da retina.
Na grande maioria dos casos, apenas uma
intervenção cirúrgica basta para reverter o descolamento da retina. Há
situações, porém, que requerem novos procedimentos ou a associação de mais de
uma técnica terapêutica.
No pós-operatório, o paciente fica algum
tempo com um curativo sobre o olho operado para deixá-lo em completo repouso.
Deve também evitar movimentos bruscos e a prática de esportes. Viagens de avião
são desaconselhadas nessa fase.
Dependendo da gravidade e da localização do
deslocamento da retina, a visão pode não ser recuperada totalmente.
Recomendações
* Não se descuide: seus olhos merecem
cuidados, mesmo que você esteja sem nenhum problema aparente de visão. Algumas
enfermidades podem ser prevenidas ou tratadas se diagnosticadas precocemente;
* Não use nenhum tipo de colírio sem
prescrição médica;
* Procure imediatamente um oftalmologista se
notar qualquer tipo de alteração visual.
Fonte: http://drauziovarella.com.br/doencas-e-sintomas/descolamento-de-retina
MOMENTO DE REFLEXÃO
O editorial do
jornal no Dia de Ação de Graças contava a história de uma professora que pediu
a seus alunos da primeira série que desenhassem alguma coisa pela qual eles se
sentissem agradecidos.
Ela não podia
imaginar o que aquelas crianças, criadas em bairros tão pobres, teriam para agradecer.
Porém, ela sabia que a maioria desenharia perus sobre mesas fartas de
alimentos.
A professora ficou
muito surpresa com o desenho que Douglas lhe entregou... uma simples mão
desenhada com dificuldade.
De quem seria
aquela mão? A classe foi atraída por aquela imagem enigmática.
— Acho que deve ser
a mão de Deus que traz alimentos para nós
— disse uma das
crianças.
— É a de um
fazendeiro — disse outra —, porque ele cria perus.
Depois que todas as
crianças retornaram aos seus lugares, a professora curvou-se sobre a carteira
de Douglas e perguntou-lhe de quem era aquela mão.
— É a mão da senhora,
professora — ele murmurou.
A professora
lembrou-se de que costumava conduzir Douglas, um menino pobre e raquítico, ao
recreio, segurando-o pela mão. Às vezes, ela ajudava outras crianças também,
mas aquele gesto significava muito para Douglas.
Talvez seja este o
verdadeiro sentido do Dia de Ação de Graças. Ser grato não pelas coisas
materiais que conquistamos, mas pela oportunidade de ser útil aos outros, mesmo
que a ajuda pareça insignificante.
- Autor desconhecido, em
Histórias Para o Coração.
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