Domingo, 09 de junho de 2013
"Aprendizado é isso: de repente,
você compreende alguma coisa que sempre entendeu, mas de uma nova
maneira." (Doris May Lessing)
EVANGELHO DE HOJE
Lc 7,11-17
— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus
Cristo, + segundo Lucas.
— Glória a vós, Senhor!
Naquele tempo, 11Jesus dirigiu-se a uma
cidade chamada Naim. Com ele iam seus discípulos e uma grande multidão.
12Quando chegou à porta da cidade, eis que levavam um defunto, filho único; e
sua mãe era viúva. Grande multidão da cidade a acompanhava. 13Ao vê-la, o
Senhor sentiu compaixão para com ela e lhe disse: "Não chores!"
14Aproximou-se, tocou o caixão, e os que o carregavam pararam. Então, Jesus
disse: "Jovem, eu te ordeno, levanta-te!" 15O que estava morto
sentou-se e começou a falar. E Jesus o entregou à sua mãe. 16Todos ficaram com
muito medo e glorificavam a Deus, dizendo: "Um grande profeta apareceu
entre nós e Deus veio visitar o seu povo".
17E a notícia do fato espalhou-se pela
Judéia inteira, e por toda a redondeza.
Palavra da Salvação
Glória a vós Senhor.
MEDITANDO O EVANGELHO
Alexandre Soledade
Bom dia
“(…) Os milagres que Jesus
realiza não possuem uma finalidade em si, mas são a expressão de uma realidade
maior. Quando vemos o caso do Evangelho de hoje, percebemos duas coisas:
primeiro: o nosso Deus é o Deus da vida e da vida em abundância, e tem poder sobre
a morte; segundo: o que motiva Jesus a agir é a compaixão com os que sofrem, e
isso nos mostra um aspecto muito importante da sua missão, que é a
solidariedade com os mais pobres e necessitados. E tudo isso nos revela que
Deus veio visitar o seu povo, ser solidário com ele, e ESTA NOTÍCIA PRECISA SER
ESPALHADA PARA TODOS OS HOMENS A FIM DE QUE TODOS POSSAM PERCEBER A PRESENÇA
AMOROSA DE DEUS EM SUAS VIDAS”. (site da CNBB)
Em outra passagem que retrata
esse momento descreve-se que Jesus tocou o esquife do caixão e não o rapaz, mas
o que esse detalhe nos chama a atenção, se independentemente do local onde foi
tocado o rapaz voltou à vida?
De que valeria tocar um corpo sem
vida? O que por ventura ele sentiria? Nada! Quantas pessoas não se encontram
assim, mortas ao sentimento, ao toque, ao carinho? Como podem atestar o toque
de Deus se nada podem sentir? Como diz o texto da CNBB é preciso que alguém
continue insistindo em acreditar levando a mensagem, essa “notícia” a todas as
pessoas para que o ouçam.
Recentemente a CNBB publicou as
diretrizes de ação evangelizadora até 2015 e um parágrafo me chamou muita a
atenção:
“(…) A Conferência de Aparecida
nos convocou a ser uma Igreja toda missionária e em estado permanente de
missão: “Ai de mim se não evangelizar!” (1Cor 9,16). A Igreja nasce da missão e
existe para a missão. EXISTE PARA OS OUTROS E PRECISA IR A TODOS. No processo
de evangelização, o testemunho é condição para o anúncio. A própria comunidade
cristã precisa ser ela mesma anúncio, POIS O MENSAGEIRO É TAMBÉM MENSAGEM. Os
mensageiros de Jesus Cristo são, ANTES DE TUDO, TESTEMUNHAS DAQUILO QUE VIRAM,
ENCONTRARAM E EXPERIMENTARAM. Este fato implica irradiar a presença de Deus, de
Jesus Cristo, Deus-Conosco, e, na força do Espírito Santo, proclamar com a palavra
e com a vida que Cristo está vivo entre nós. Vendo a comunidade cristã reunida
no amor e em oração, as pessoas de hoje exclamarão, como o visitante de quem
fala Paulo aos Coríntios: “Verdadeiramente, Deus está entre vós!” (1Cor 14,25).
( §76 doc 94 CNBB)
Domingo nos deparamos com a
reflexão do servo infiel que muito foi perdoado e não permitiu o perdão aos que
o feriram, se assim voltarmos a refletir, quantas pessoas estão por ai “mortas”
por falta do nosso perdão? Quantas esperam ouvir algo concreto que as encante a
voltar? Uma pessoa não se convence se não sentir que aquilo que ouve seja
verdade. Pergunto: como é que estou fazendo o meu trabalho?
Ouço muita gente me chamar de
“irmão”, “amado”, (…), mas será que esse título vai além da saudação? Será que
ao chamar alguém assim sou DE FATO irmão ou amado por essa pessoa? A nossa
demagogia não nos permite aproximar nem do esquife dos que sofrem.
Sabemos que mudar um pensamento
deve partir de dentro para fora e nós conseguiremos, por mais que sejamos eloqüentes
ou de fácil falar, tocar apenas o esquife dessas pessoas. Sentir o tocar de
Deus dependerá do conseguir fazer mover o Espírito Santo que habita nela. Dom
Bosco dizia “fazer a corda vibrar…”
Façamos como Tiago disse
“(…) De que aproveitará, irmãos,
a alguém dizer que tem fé, se não tiver obras? Acaso esta fé poderá salvá-lo?
Se a um irmão ou a uma irmã faltarem roupas e o alimento cotidiano, e algum de
vós lhes disser: Ide em paz, aquecei-vos e fartai-vos, mas não lhes der o
necessário para o corpo, de que lhes aproveitará? Assim também a fé: se não
tiver obras, é morta em si mesma. Mas alguém dirá: Tu tens fé, e eu tenho
obras. MOSTRA-ME A TUA FÉ SEM OBRAS E EU TE MOSTRAREI A MINHA FÉ PELAS MINHAS
OBRAS”. (Tiago 2, 14-18)
Precisamos permitir que Deus nos
toque para que possamos de coração aberto anunciar a mensagem que convença.
Devemos permitir esse toque em nossa fé para que nossa ação seja efetiva.
Um imenso abraço fraterno
VÍDEO DA SEMANA
Quando um velho monge eremita tem seu dia
interrompido por um hóspede não convidado, ele é levado involuntariamente em
uma jornada para descobrir o verdadeiro significado de companheirismo.
Confira:
MOMENTO DE REFLEXÃO
Certa vez, dois
senhores estavam viajando de ônibus, um ao lado do outro. Como a viagem ela
longa, começaram a conversar. Um deles era líder de Comunidade.
Ao passarem ao lado
do Santuário Nacional de N. Sra. Aparecida, o assunto entrou em religião. O
colega disse para o líder: “Eu não ensino religião para os meus filhos. Mais
tarde, quando eles crescerem, vão escolher o que querem seguir”.
O líder estranhou a
atitude e perguntou: “Você batizou seus filhos na Igreja Católica?”
- “Claro! Batizei
os meus quatro filhos”.
- “Você se lembra
que, nos quatro batizados, você assumiu o compromisso de educa-los na Igreja
Católica?”
A pergunta pegou o
colega de surpresa. Nós, infelizmente, não costumamos levar a sério o que
prometemos para Deus. Mas ele leva. Se os compromissos assumidos entre nós
devem ser cumpridos, muito mais os assumidos com Deus.
Maria Santíssima manteve
todos os seus compromissos assumidos com Deus. Ela disse “sim” ao anjo Gabriel,
e o sustentou até o fim de sua vida terrena. Maria do “sim”, rogai por nós.
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