Domingo, 30 de junho de 2013
“Quem precisa de muita coisa por fora,
é porque está vazio por dentro.”
EVANGELHO DE HOJE
Mt 16,13-19
— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus
Cristo, + segundo Mateus.
— Glória a vós, Senhor!
13Jesus foi à região de Cesareia de
Filipe e ali perguntou aos seus discípulos: “Quem dizem os homens ser o Filho
do Homem?”
14Eles responderam: “Alguns dizem que é
João Batista; outros que é Elias; outros ainda, que é Jeremias ou algum dos
profetas”.
15Então Jesus lhes perguntou: “E vós,
quem dizeis que eu sou?”
16Simão Pedro respondeu: “Tu és o
Messias, o Filho do Deus vivo”.
17Respondendo, Jesus lhe disse: “Feliz
és tu, Simão, filho de Jonas, porque não foi um ser humano que te revelou isso,
mas o meu Pai que está no céu. 18Por isso eu te digo que tu és Pedro, e sobre
esta pedra construirei a minha Igreja, e o poder do inferno nunca poderá
vencê-la.
19Eu te darei as chaves do Reino dos
Céus: tudo o que tu ligares na terra será ligado nos céus; tudo o que tu
desligares na terra será desligado nos céus”.
Palavra da Salvação
Glória a vós Senhor.
MEDITANDO O EVANGELHO
Alexandre Soledade
Bom dia!
De antemão gostaria de pedir
desculpas pela dureza nas palavras de hoje, mas serão necessárias para
construirmos pessoas ainda melhores. OK?
Gostaria de aproveitar o contexto
que vivemos na campanha da fraternidade, “Não podeis servir a Deus e ao
dinheiro”, e lançar esse questionamento de Jesus que ainda é muito atual: “(…)
E vocês? Quem vocês dizem que eu sou?”.
Professor Felipe Aquino cita São
Basílio Magno:
“(…) O grande São Basílio Magno
(329-379), bispo e doutor da Igreja, ensina em seus escritos que há três formas
de amar a Deus: A PRIMEIRA É COMO O MERCENÁRIO, que espera a retribuição; A
SEGUNDA, É COMO ESCRAVO QUE OBEDECE POR MEDO DO CHICOTE, o castigo de Deus; e o
TERCEIRO É O AMOR FILIAL, daquele que obedece porque de fato ama o Pai. É assim
que devemos amar a Deus; e, a melhor forma de amá-lo é repudiando todo pecado“.
(Blog Canção Nova)
E nós, quem dizemos que Ele é?
Ninguém vai aceitar que alguém
diga ou insinue que vemos Deus da primeira ou da segunda forma, mas isso não
cabe a ninguém falar, precisamos fazer uma reflexão intima dos nossos atos,
falas e pensamentos.
Faça uma reflexão silenciosa…
Volto mais para Deus quando passo
por um problema? Sou fiel à medida que sou afligido? Quando estou “forte” me
afasto da comunidade? Vigio meus atos apenas nos dias que estou “a serviço”?
Justifico meus atos equivocados, como padre Zezinho diz, com “palavras
sorteadas” ou interpretações que me favoreçam? Mesmo crendo em Deus ainda tenho
elefantinhos virados para a porta de entrada da casa? Costumo ir à igreja para
pedir antes mesmo de louvar? Dou dez imaginando que receberei o dobro? Funções
na igreja são vistas como “cargos” que dão “status”? Na missa, no grupo, na
reunião, canto, prego, coordena “com” ou “para” a comunidade?
Nós não aceitamos bem os dedos a
nos apontar, mas de certa forma SÃO NECESSÁRIOS ou pensamos que estamos além do
bem ou do mal em nossas atitudes? Ou é bonito ver na TV um senhor levar até o
topo de um monte um garrafão de água nas costas, demonstrando sofrimento, angústia,
nitidamente para ser visto enquanto o profeta Joel diz: “(…) RASGAI VOSSOS
CORAÇÕES E NÃO VOSSAS VESTES; VOLTAI AO SENHOR VOSSO DEUS”? (Joel 2, 13)
Sim! Faltam dedos, faltam
operários, faltam profetas para denunciar nossas mazelas. Falsos pastores, que
denigrem a imagem dos verdadeiros evangélicos, como nós cristãos, que só
conseguem ter essa expressão toda, pois no fim, muitos vêm Deus como no primeiro
caso apresentado por São Basílio.
Nem sempre os dedos que nos
apontam desejam nosso mal, e se assim o vemos, precisamos nos curar, pois ao
viver “imaginando” que só querem nosso mal, talvez se esconda por trás disso,
aquilo que não desejamos que fosse visto. Ou será que o povo que “aprontava”
enquanto Moisés esperava a direção de Deus estava certo e ele errado?
Podemos nos desvencilhar ou fugir
dos questionamentos ou das correções fraternas que por ventura receberemos;
sermos habilidosos em omitir nossas fragilidades, mas nunca poderemos nos
esconder dos olhos de Deus, e é para refletir com Ele que esse tempo é tão
propício.
Não dá pra viver uma coisa e
sermos outra. Ninguém gosta de amigos que só nos procuram pra pedir e nos
respeitam por que querem algo. Gostamos de amigos que possamos trazer em nossa
casa, partilhar nossas alegrias e tristezas, que nos visitam, que nos trazem
conforto, e não os que tem amizade conosco, muitas vezes, com temos com Deus. (hunf!).
“(…) Que diz ela, afinal? A
palavra está perto de ti, na tua boca e no teu coração (Dt 30,14). Essa é a
palavra da fé, que pregamos. Portanto, se com tua boca confessares que Jesus é
o Senhor, e se em teu coração creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos,
serás salvo. É CRENDO DE CORAÇÃO QUE SE OBTÉM A JUSTIÇA, E É PROFESSANDO COM
PALAVRAS QUE SE CHEGA À SALVAÇÃO. A Escritura diz: Todo o que nele crer não
será confundido (Is 28,16)”. (Romanos 10, 8-11)
Um imenso abraço fraterno!
VÍDEO DA SEMANA
Linda mensagem de reflexão
Este Vídeo nos ajuda a fazer uma grande
reflexão sobre qual Futuro queremos para nós e para o nosso planeta.
As crises que afligem toda a humanidade não
vão mudar se nós não mudarmos radicalmente nosso modo de Pensar e Agir.
Temos que Viver em Comunidade e Para a
Comunidade - Respiramos todos o Mesmo ar!
MOMENTO DE REFLEXÃO
Certa vez, o povo
de um lugar ficou sem água. Houve uma seca muito grande na região. Os córregos
secaram, também os açudes, os poços, tudo.
Um senhor resolveu
tirar proveito da situação. Construiu um grande reservatório e vendia água para
a população a dois Reais o balde.
Mas era o próprio
povo do lugar que ia buscar a água para o reservatório, num rio bem distante.
O homem pagava um
Real por balde, para este serviço. Com isso, naturalmente, o povo foi ficando sem
dinheiro para comprar água.
Alguns
transportadores tiveram uma ideia: Em vez de vender a água para o dono do
reservatório, vendê-la direto para o povo, a um Real o balde.
Quando o homem
percebeu que seus fregueses estavam diminuindo, ficou furioso. Primeiro, apelou
para leis, dizendo que aquela venda paralela era ilegal.
Ao mesmo tempo,
investiu na propaganda. Eram garotas lindas que apareciam na televisão, bebendo
a água do seu reservatório.

Assim, o povo saiu
ganhando. Os jovens ficaram felizes, cheios de ideal, porque viram a força da
união, a força do povo.
O profeta tem o dom
de perceber as situações de exploração e de pecado, e tem também o dom de
alertar os pequenos. Todos recebemos, no batismo, a missão profética.
Maria Santíssima
previu que os poderosos iam ser derrubados de seus tronos, e os humildes iam
ser elevados. Rainha dos profetas, rogai por nós.