Segunda-feira,
25 de junho de 2012
“Otimismo é
esperar pelo melhor. Confiança é saber lidar com o pior.” (Roberto Simonsen)
EVANGELHO
DE HOJE
Mt 7,1-5
- Não
julguem os outros para vocês não serem julgados por Deus. Porque Deus julgará
vocês do mesmo modo que vocês julgarem os outros e usará com vocês a mesma
medida que vocês usarem para medir os outros. Por que é que você vê o cisco que
está no olho do seu irmão e não repara na trave de madeira que está no seu
próprio olho? Como é que você pode dizer ao seu irmão: "Me deixe tirar
esse cisco do seu olho", quando você está com uma trave no seu próprio
olho? Hipócrita! Tire primeiro a trave que está no seu olho e então poderá ver
bem para tirar o cisco que está no olho do seu irmão.
MEDITANDO
O EVANGELHO
Pe.Antonio
Queiroz
Tira
primeiro a trave do teu próprio olho.
Neste
Evangelho, Jesus nos pede para não julgar as pessoas. E ele apresenta como
argumento o fato de nós também termos defeitos, às vezes maior do que os da
pessoa. Tão maiores quanto uma trave é maior que um cisco.
“Vós
sereis julgados com o mesmo julgamento com que julgardes.” Isto significa que
os critérios que Jesus usará para nos julgar serão os mesmos que nós usamos
para julgar o nosso próximo. Quem é condescendente será julgado com
condescendência; quem é rigoroso será julgado com rigor.
É
evidente que compensa sermos ultra condescendentes com o nosso próximo,
procurando enxergar sempre o seu lado bom.
Todas
as pessoas têm um fundo bom, pois foi Deus que as criou e ele só faz coisas
boas. No caso, por exemplo, de uma criança delinqüente, foram as pessoas que
convivem com ela que a fizeram assim. O julgamento, portanto, deve cair mais
nessas pessoas do que na criança. A sociedade pecadora fabrica marginais,
drogados e criminosos. E nós fazemos parte desta sociedade. Portanto, se
jogarmos pedra em alguém, a pedra pode voltar a nós.
Ao
vermos ou ouvirmos falar de defeitos de alguém, devemos ver o outro lado, as
qualidades da pessoa, e dizer: “ainda bem que ela é isso e mais aquilo”,
destacando alguma qualidade da pessoa. Para os maledicentes, é um jato de água
fria.
A
imagem do cisco e da trave no olho nos mostra um aspecto importante do
julgamento: Ele é sempre subjetivo. Se uma pessoa nos é simpática, facilmente
aprovamos tudo o que ela faz. Se outro nos é antipática, reprovamos nela
aqueles mesmos atos que na outra eram qualidades.
O
julgamento de Jesus foi subjetivo. Os verdadeiros motivos da sua condenação
foram totalmente outros, bem longe dos apresentados. Se as autoridades tivessem
“tirado a trave dos seus olhos”, teriam se tornado discípulas de Jesus, em vez
de condená-lo.
Se
uma pessoa que cometeu um erro é acolhida e bem tratada, pode tornar-se melhor
do que era antes de cometer aquele erro. É importante lembrar que o que vale é
o que a pessoa é hoje, não o que foi no passado, pois uma pessoa que no passado
caiu, pode hoje estar mais madura e consciente, conhecedora do mundo e de suas
tentações, portanto, mais santa. “Se o ímpio se arrepender... nenhum dos
pecados que cometeu será lembrado” (Ez 18,21-22).
A
Comunidade cristã é agente de inclusão dos excluídos. Ela deve acolher, e
acolher sempre. Perdoar, e perdoar sempre.
A
gente acolhe o pecador, não o pecado que ele fez. Reprovamos todos os erros e
queremos extirpá-los da Comunidade, mas sem julgar as pessoas que os fizeram,
pois não conhecemos o interior de ninguém, não sabemos as verdadeiras razões
dos seus atos e as suas intenções ao praticá-los, e não conhecemos direito o
passado da pessoa, que a levou a fazer aquilo.
A
sociedade, especialmente a mídia, criou uma palavra para taxar os que fazem
coisas erradas: “bandido”. Cada cidadão divide a sociedade em dois grupos:
bandidos e não bandidos. E se coloca do lado dos não bandidos, sendo que pode
ser pior que os outros, pois ajudou a fabricar a cultura que os levou a
praticar crimes. Conclusão: devemos ser como Deus que “faz nascer o sol sobre
maus e bons e faz cair a chuva sobre justos e injustos” (Mt 5,45).
Na
cena da mulher adúltera, Jesus simplesmente mostrou a trave que estava no olho
de cada fariseu que tinha nas mãos as pedras para apedrejá-la.
Certa
vez, dois rapazes entraram numa loja de lembranças. Um deles era muito crítico
e começou logo a ver defeito em tudo. O vaso de flor estava feio, o cavalinho
não parecia cavalo... De repente chegaram a uma coruja. Ele logo disse: “Eu
conheço bem corujas. Não é assim. A cabeça não está proporcional ao corpo, a
pose dela não é essa...” Quando acabou de falar, a coruja virou a cabeça e
piscou para eles. Era uma coruja viva e ele pensava que estava vendo uma
imitação de coruja. O coitado ficou com a cara no chão.
É
isso que dá ser negativo, pessimista e só ver defeitos.
Maria
Santíssima é chamada, na Salve Rainha, Mãe de misericórdia. Que ela nos ensine
a ser humildes, misericordiosos e não julgar ninguém.
Tira
primeiro a trave do teu próprio olho.
MOTIVAÇÃO
NO TRABALHO
Max Gehringer responde
Em uma
entrevista de emprego, perguntaram-me por que eu pretendia largar a empresa em
que trabalhava. Listei vários fatores negativos. Percebi que, depois disso, a
conversa esfriou e a entrevista acabou em três minutos. Ser sincero – e
criticar o atual emprego – é um pecado para quem deseja se recolocar?
Ao
contrário do que parece, a pergunta do entrevistador nada tem a ver com sua
empresa atual e tudo a ver com situações que você encontraria na nova empresa.
Muito provavelmente, a conversa esfriou porque o entrevistador sentiu que você
poderia ter, no novo emprego, reações negativas parecidas com as que você tem
no emprego atual. A melhor resposta seria que você mudaria porque enxerga mais
oportunidades na nova empresa. Ou seja, você quer trocar o bom pelo melhor. As
críticas que você fez passaram ao entrevistador a impressão, mesmo que
incorreta, de que você quer trocar o ruim por qualquer coisa.
Quando as
empresas voltarão a contratar?
Os
16 países que adotam o euro na Comunidade Europeia têm uma população somada de
332 milhões de pessoas. Dessas, 158 milhões trabalham, e o índice de desemprego
em maio de 2009 foi de 9,5% – 15 milhões de desempregados. Nos últimos 12
meses, 3,4 milhões perderam seus empregos – um em cada 46 trabalhadores.
Segundo dados do Dieese, a região metropolitana de São Paulo tem 19,2 milhões
de pessoas, das quais 10,6 milhões trabalham. O índice de desemprego em maio de
2009 foi de 14,8%, bem mais alto que na Europa do euro, e corresponde a 1,6
milhão de desempregados. Porém, ainda segundo o Dieese, nos últimos 12 meses a
taxa de desemprego cresceu apenas 0,8% – um em cada 126 trabalhadores ficou sem
emprego – três vezes menos que na Europa. Em um ano foram reduzidos apenas 84
mil postos de trabalho para um contingente de 10,6 milhões de empregados. É
claro que ocorreram demissões por aqui, mas elas ganharam muito mais espaço na
mídia que a reposição de vagas. O aumento mínimo da taxa de desemprego no
Brasil não é suficiente para justificar uma crise, ao contrário do que ocorre
na Europa. Portanto, as empresas estão contratando. As vagas podem não corresponder
às expectativas de muitos profissionais, e muita gente boa está de fato
desempregada. Mas essa situação existia antes da eclosão da crise mundial. Há
12 meses, quando tudo parecia ir de vento em popa, tínhamos 1,5 milhão de
pessoas sem emprego na região metropolitana de São Paulo. Hoje, temos 1,6
milhão. Bom não é. Mas, comparativamente, não é nada assustador.
Sou
executiva, casada há cinco anos e estou pensando em engravidar. Compartilhei
essa intenção com meus superiores, e eles não gostaram da ideia, apesar de eu
afirmar que a criação de meu filho não vai atrapalhar minha carreira.
De
coração aberto, eu lhe sugiro esperar mais um pouco, até que você possa
inverter a frase e afirmar com convicção que sua carreira não vai atrapalhar a
criação de seu filho.
MOMENTO
DE REFLEXÃO
Existe
uma lenda que conta que, quando a grande biblioteca de Alexandria foi queimada,
um livro foi salvo. Mas não era um livro de muito valor, por isso um homem
pobre, que pouco sabia ler, comprou-o por uns tostões.
O
livro não era realmente muito bom, mas nele havia algo interessantíssimo. Era
um tipo de pergaminho, no qual estava escrito o segredo da "pedra de
toque".
A
pedra de toque era uma pedrinha comum, que podia transformar qualquer metal em
ouro puro. No pergaminho estava escrito que era encontrada nas praias do Mar
Negro, misturada a outras milhares e milhares de pedras exatamente iguais a
ela. Mas o segredo era este: a pedra
real era quente, enquanto as outras eram frias. Então, o homem vendeu os seus
poucos pertences, comprou alguns mantimentos e foi acampar na praia, onde
começou a testar as pedras.
Esse
era seu plano: ele sabia que se pegasse as pedras comuns e as jogasse de volta
ao chão, poderia pegar a mesma pedra centenas de vezes. Então, quando pegava uma fria, ele a jogava
ao mar. Assim, passou uma semana, um mês, um ano, três anos... e o homem não
encontrava a pedra de toque.
Mas,
mesmo assim, ele continuava: pegava uma pedra, era fria, jogava-a no mar... e
assim por diante. Imagine o homem fazendo isso por anos e anos: pegar uma
pedra, senti-la fria, jogá-la no mar... de manhã até a noite, por anos e anos.
Mas,
uma manhã, ele pegou uma pedra que estava quente, e jogou-a no mar. Ele criara
o hábito de jogar as pedras no mar, vocês compreendem, e o hábito fez com que
ele jogasse a pedra quente também, quando finalmente a encontrara. Pobre homem!
É
assim que a mente funciona. A confiança é uma pedra de toque. Muito raramente você encontra alguém em quem
você pode confiar. Muito raramente você
encontra um coração quente, amoroso, no qual pode confiar. Normalmente, você
encontra pedras que parecem a pedra de toque, quase iguais, mas São frias. Por
anos, desde a infância, você pega uma
pedra, sente-a fria, e a joga no mar.
Um
dia é um fenômeno muito raro - você encontra a verdadeira pedra de toque. Você a
pega, sente que é quente, mas, mesmo assim, você a joga. Então, você irá
chorar, sem saber como isso pôde acontecer. É um simples mecanismo. Desde a
infância, você aprende a desconfiar.
Você
é educado de tal maneira que não pode confiar. A dúvida foi colocada bem fundo
no seu ser. Na verdade, é uma medida de segurança: se não duvidar, não
sobreviverá. Você tem que olhar o mundo
com olhos hostis, como se todos fossem seus inimigos. Ninguém é quente, ninguém
é uma pedra de toque. Você não pode confiar nem em seus pais. Aos poucos, a
criança percebe que não existe ninguém em quem pode confiar. Os pais são muito
contraditórios: dizem uma coisa e fazem outra.
A
criança sente-se confusa; é difícil para ela entender o que realmente a mãe
quer.
Na
verdade, nem a própria mãe sabe. E, cada vez mais, a criança sente que é
impossível confiar em alguém.
Osho
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