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LITURGIA DIÁRIA

LITURGIA DIÁRIA - REFLEXÕES E COMENTÁRIOS

Diário de Segunda-feira 11/06/2012





Segunda-feira, 11 de junho de 2012


“Olha de novo: não existem brancos, não existem amarelos, não existem negros: somos todos arco-íris.” (Ulisses Tavares)




EVANGELHO DE HOJE
Mt 10,7-13

Vão e anunciem isto: "O Reino do Céu está perto." Curem os leprosos e outros doentes, ressuscitem os mortos e expulsem os demônios. Vocês receberam sem pagar; portanto, dêem sem cobrar. Não levem guardados no cinto nem ouro, nem prata, nem moedas de cobre. Nesta viagem não levem sacola, nem uma túnica a mais, nem sandálias, nem bengala para se apoiar, pois o trabalhador tem o direito de receber o que precisa para viver.
- Quando entrarem numa cidade ou povoado, procurem alguém que queira recebê-los e fiquem hospedados na casa dessa pessoa até irem embora daquele lugar. Quando entrarem numa casa, digam: "Que a paz esteja nesta casa!" Se as pessoas daquela casa receberem vocês bem, que a saudação de paz fique com elas. Mas, se não os receberem bem, retirem a saudação.






MEDITANDO O EVANGELHO
Alexandre Soledade


Bom dia!
Aonde esta o reino de Deus? Aonde e por onde já o procuramos?
Ouvi um dia que “dinheiro não é tudo, é 100%”. Vai saber se é mesmo?
“(…) Porque nada trouxemos ao mundo, como tampouco nada poderemos levar. Tendo alimento e vestuário, contentemo-nos com isto. Aqueles que ambicionam tornar-se ricos caem nas armadilhas do demônio e em muitos desejos insensatos e nocivos, que precipitam os homens no abismo da ruína e da perdição. Porque a raiz de todos os males é o amor ao dinheiro. Acossados pela cobiça, alguns se desviaram da fé e se enredaram em muitas aflições”. (I Timóteo 6, 7-10)
O que é o dinheiro se não temos a paz para gastá-lo?
Precisamos muito do dinheiro para pagar nossas contar e manter nossa qualidade de vida, mas ele não nos visita, nos consola, nos alegra. Vi recentemente na internet um homem que ganhou milhões de dólares na loteria, no entanto hoje tenta recuperar o velho emprego de gari.
Assistindo um documentário do History Channel sobre o paradeiro da arca da aliança os pesquisadores e arqueólogos não descartam a possibilidade que ela, por ser feita de madeira e revestida de ouro possa ter se desmanchado com o tempo, sobrando apenas o ouro, que se fora encontrado, possivelmente nunca será encontrado.
A arca carregava as tábuas da Lei onde Moisés apresentou ao povo os dez mandamentos. Poderia então tamanho tesouro virado pó pelo tempo? De forma sim e também não! As tábuas sim, mas a mensagem não!
Do êxodo até os dias atuais em que momento de nossas vidas não usamos os dez mandamentos? Na criação dos nossos filhos eles estão, nos direitos e deveres públicos também, no entanto o ouro não está.
Precisamos nos empenhar ainda mais a levar a mensagem de um reino de Deus que “paira” sobre nós, mas que insistimos em não ver. Que o dinheiro, as posses, os bens devem ser os adornos e não a vestimenta. Que a busca da felicidade não pode estar condicionada a se acertar na loteria, em ser milionário, (…).
Quem nunca sonhou estar de férias no caribe, na Europa, em Nova York com toda a família, num hotel de luxo digno de um filme de Hollywood? Como sonhar é bom! Por que então não acrescentamos nesses sonhos a paz, o sorriso de nossos filhos, a presença dos nossos amigos, mesmo que na realidade tudo isso esteja acontecendo num fundo de um quintal ou numa lage sem cobertura?
Se recebermos a paz ela será convidada a ficar, com dinheiro ou sem dinheiro! “(…) Que a paz esteja nesta casa! Se as pessoas daquela casa receberem vocês bem, que a saudação de paz fique com elas”.
O que me impressiona é nossa vontade de construir patrimônio e se esquecer dos alicerces que de fato nos sustentam para poder usufruir da conquista. E quanto aonde esta o reino de Deus… Se de fato as tábuas viraram pó é bem provável que elas até hoje estão no ar, ao nosso redor, sobre nós…
Encontrou?
Um imenso abraço fraterno.






MOTIVAÇÃO NO TRABALHO

Conhecer e tratar as pessoas requer habilidade, não é para qualquer um.
Texto de Max Gehringer


Durante minha vida profissional, eu topei com algumas figuras cujo sucesso surpreende muita gente.
Figuras sem um Vistoso currículo acadêmico, sem um grande diferencial técnico, sem muito networking ou marketing pessoal. Figuras como o Rui.
Eu conheço o Rui desde os tempos da faculdade.
Na época, nós tínhamos um colega de classe, o Pena, que era um gênio.
Na hora de fazer um trabalho em grupo, todos nós queríamos cair no grupo do Pena, porque o Pena fazia tudo sozinho. Ele escolhia o tema, pesquisava os livros, redigia muito bem e ainda desenhava a capa do trabalho - com tinta nanquim.
Já o Rui, nem dava palpite. Ficava ali num canto, dizendo que seu papel no grupo era um só, apoiar o Pena. Qualquer coisa que o Pena precisasse, o Rui já estava providenciando, antes que o Pena concluísse a frase.
Deu no que deu. O Pena se formou em primeiro lugar na nossa turma. E o resto de nós passou meio na carona do Pena - que, além de nos dar uma colher de chá nos trabalhos, ainda permitia que a gente colasse dele nas provas.
No dia da formatura, o diretor da escola chamou o Pena de 'paradigma do estudante que enobrece esta instituição de ensino'.
E o Rui ali, na terceira fila, só aplaudindo. Dez anos depois, o Pena era a estrela da área de planejamento de uma multinacional.
Brilhante como sempre, ele fazia admiráveis projeções estratégicas de cinco e dez anos.
E quem era o chefe do Pena?
O Rui.
E como é que o Rui tinha conseguido chegar àquela posição?
Ninguém na empresa sabia explicar direito. O Rui vivia repetindo que tinha subordinados melhores do que ele, e ninguém ali parecia discordar de tal afirmação. Além disso, o Rui continuava a fazer o que fazia na escola, ele apoiava.
Alguém tinha um problema?
Era só falar com o Rui que o Rui dava um jeito.
Meu último contato com o Rui foi há um ano. Ele havia sido transferido para Miami, onde fica a sede da empresa.
Quando conversou comigo, o Rui disse que havia ficado surpreso com o convite.
Porque, ali na matriz, o mais burrinho já tinha sido astronauta.
E eu perguntei ao Rui qual era a função dele.
Pergunta inócua, porque eu já sabia a resposta.
O Rui apoiava. Direcionava daqui, facilitava dali, essas coisas que, na teoria, ninguém precisaria mandar um brasileiro até Miami para fazer.
Foi quando, num evento em São Paulo, eu conheci o Vice-presidente de recursos humanos da empresa do Rui.
E ele me contou que o Rui tinha uma habilidade de valor inestimável:... ele entendia de gente.
Entendia tanto que não se preocupava em ficar à sombra dos próprios subordinados para fazer com que eles se sentissem melhor, e fossem mais produtivos.
E, para me explicar o Rui, o vice-presidente citou Samuel Butler, que eu não sei ao certo quem foi, mas que tem uma frase ótima: 'Qualquer tolo pode pintar um quadro, mas só um gênio consegue vendê-lo'.
Essa era a habilidade aparentemente simples que o Rui tinha, de facilitar as relações entre as pessoas.
Perto do Rui, todo comprador normal se sentia um expert, e todo pintor comum, um gênio. Essa era a principal competência dele.
Há grandes Homens que fazem com que todos se sintam pequenos.
Mas, o verdadeiro Grande Homem é aquele que faz com que todos se sintam Grandes.







MOMENTO DE REFLEXÃO



Nem sempre sei onde encontrar o equilíbrio para o bem-viver.
Aprendemos que devemos viver hoje sem pensar no amanhã, mas que tudo tem o seu tempo certo. Alguns dizem que cada minuto é único, insubstituível e irrecuperável e outros que um minuto pode conter toda uma eternidade.
Nos encontramos assim nesse vão de não querer tomar decisões precipitadas e não deixar o tempo passar sem ter aproveitado tudo e o máximo que podemos.
Não existem medidas na vida. Tudo parece uma grande incógnita e o sentimento de arrependimento de ter feito e do não ter feito são dolorosos da mesma forma. Se voltássemos atrás para tomar outras decisões, teríamos certamente outros tipos de pensamentos e arrependimentos. Não sabemos guiar a vida, apenas acolhê-la.
A vida é imprevisível! Imprevisíveis são as consequências das decisões que tomamos e das que prorrogamos.
Reconhecer os próprios erros, assumi-los e aprender a gerenciá-los é sinal de sabedoria e maturidade.
Magoar-se contínua e intencionalmente porque pegou-se caminhos errados é uma agressão desnecessária contra o próprio eu. O sofrimento não diminui a pena.
O importante é olhar para a frente, assumir a vida como um todo, viver as dores como um mal passageiro e as alegrias como se pudessem durar toda a eternidade.
Ninguém está isento das pedras, dos caminhos tortuosos, mas também não do nascer e do pôr-do sol, dos campos floridos e dos momentos de felicidade que fatalmente chegam.
A vida nos pertence num todo, com as suas medidas e desmedidas!
E Deus não vê o que fizemos ou deixamos de fazer, Ele não nos condena continuamente. Ele vê os propósitos do nosso coração, a nossa vontade de ser e fazer melhor, a nossa busca, mesmo se por caminhos sinuosos, da felicidade.
E Ele reconstrói nosso coração, tal qual um oleiro amoroso do seu trabalho.
As pessoas que creem nessas verdades não deixarão de se ajoelhar e não impedirão as lágrimas, mas terão, no fim da estrada, a sensação de terem extraído todo o néctar da vida e descansarão saciadas.

© Letícia Thompson


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