Sexta-feira,
01 de junho de 2012
“A distância
mais longa é entre a cabeça e o coração.” (Thomas Merton)
EVANGELHO
DE HOJE
Mc 11, 11-26
No dia
seguinte, quando eles estavam voltando de Betânia, Jesus teve fome. Viu de
longe uma figueira cheia de folhas e foi até lá para ver se havia figos. Quando
chegou perto, encontrou somente folhas porque não era tempo de figos. Então
disse à figueira: - Que nunca mais ninguém coma das suas frutas!
E os seus
discípulos ouviram isso. Quando Jesus e os discípulos chegaram a Jerusalém, ele
entrou no pátio do Templo e começou a expulsar todos os que compravam e vendiam
naquele lugar. Derrubou as mesas dos que trocavam dinheiro e as cadeiras dos
que vendiam pombas. E não deixava ninguém atravessar o pátio do Templo
carregando coisas. E ele ensinava a todos assim: - Nas Escrituras Sagradas está
escrito que Deus disse o seguinte: "A minha casa será chamada de 'Casa de
Oração' para todos os povos." Mas vocês a transformaram num esconderijo de
ladrões!
Os chefes
dos sacerdotes e os mestres da Lei ouviram isso e começaram a procurar um jeito
de matar Jesus. Mas tinham medo dele porque o povo admirava os seus
ensinamentos.
De tardinha,
Jesus e os discípulos saíram da cidade. No dia seguinte, de manhã cedo, Jesus e
os discípulos passaram perto da figueira e viram que ela estava seca desde a
raiz. Então Pedro lembrou do que havia acontecido e disse a Jesus: - Olhe,
Mestre! A figueira que o senhor amaldiçoou ficou seca. Jesus respondeu:
- Tenham fé
em Deus. Eu afirmo a vocês que isto é verdade: vocês poderão dizer a este
monte: "Levante-se e jogue-se no mar." Se não duvidarem no seu
coração, mas crerem que vai acontecer o que disseram, então isso será feito.
Por isso eu afirmo a vocês: quando vocês orarem e pedirem alguma coisa, creiam
que já a receberam, e assim tudo lhes será dado. E, quando estiverem orando,
perdoem os que os ofenderam, para que o Pai de vocês, que está no céu, perdoe
as ofensas de vocês. [Se não perdoarem os outros, o Pai de vocês, que está no
céu, também não perdoará as ofensas de vocês.]
MEDITANDO
O EVANGELHO
Alexandre
Soledade
Bom dia!
A
primeira impressão alguém poderia imaginar um surto de raiva, uma noite mal
dormida, ou que o Senhor havia acordado mais humano e posto o pé esquerdo
primeiro que o direito no chão… Sim! Com todo o respeito, Jesus nesse dia saiu
pra chutar o balde. E quem não chutaria?
Poderia
ele dizer aos vendedores: “Por que fazem isso na casa onde rendem louvores ao
meu Pai?” “por que fizeram do meu pai um comércio?” O que será que Jesus faria
ao ver o quanto hoje se vendem seu nome e as obras do Pai?
“Cajado
de Abraão”, “Trízimo”, “Fogueira Santa”, hunf! (…) O que fazem da sua casa
hoje?
Mas
vamos analisar outro ponto: A FIGUEIRA.
Não
vejo Jesus amaldiçoando a figueira por nada e sim propondo um ensinamento. Ele
bem sabia que não era época dos frutos, mas queria ensinar que poderíamos ser
surpreendidos a qualquer momento (dificuldades, cobranças, situações difíceis)
e nesta hora, deveríamos ter algo para apresentar.
Acontece
que por vezes, mesmo em época propícia, preferimos não dar frutos. Jesus olhava
para aquela figueira e também nos olha nos olhos quando “nos negamos” a dar
frutos. Ele talvez pergunte: Se o tempo é propício, por que não dá frutos?
É
importante saber que a figueira é uma árvore sagrada (pra Deus também somos),
pois foi uma das plantas escolhidas para habitar a terra prometida na promessa
divina aos judeus que saíram do Egito.
“(…)
Reconhece, pois, em teu coração, que assim como um homem corrige seu filho,
assim te corrige o Senhor, teu Deus. Guardar s os mandamentos do Senhor, teu
Deus, andando em seus caminhos e temendo-o Porque o Senhor, teu Deus, vai
conduzir-te a uma terra excelente, cheia de torrentes, de fontes e de águas
profundas que brotam nos vales e nos montes; uma terra de trigo e de cevada, de
vinhas, DE FIGUEIRAS, de romãzeiras, uma terra de óleo de oliva e de mel, uma
terra onde não será racionado o pão que comeres, e onde nada faltará; terra
cujas pedras são de ferro e de cujas montanhas extrairás o bronze. Comer à
saciedade, e bendirás o Senhor, teu Deus, pela boa terra que te deu. Guarda-te
de esquecer o Senhor, teu Deus, negligenciando a observância de suas ordens,
seus preceitos e suas leis que hoje te prescrevo“. (Deuteronômio 8, 5-11)
Foram
então sete plantas eleitas para habitar a nova terra. Sete também são os dons
do Espírito Santo que Deus nos enviou para os fazer brotar no mundo. Na
verdade, Deus espera que primeiramente os dons plantados em nós, por vontade
nossa, dêem brotem e dêem frutos.
Repare
esse exemplo:
Após
perder o horário e o ônibus, o livre arbítrio nos permite sentar e esperar o
próximo. Isso me fez lembrar uma turminha que pega ônibus para ir à escola.
Mora a menos que quinhentos metros da escola, mas pega ônibus. Ao perderem o
ônibus, arriscam-se a esperar o próximo, sem saber se este virá no horário, se
estará vazio, se quebrará, (…). Preferem arriscar a caminhar.
Deus
concede dons a todos nós, mas por que não caminhamos? Rezar é caminhar… Rezar
não é esperar o próximo ônibus; rezar não é somente as folhas; rezar é dar o
passo. “(…) Por isso eu afirmo a vocês: quando vocês orarem e pedirem alguma
coisa, creiam que já a receberam, e assim tudo lhes será dado”.
Crer
que já recebemos é então, se por a caminho. Se é assim, por que fico a esperar
para comprovar. Estou vendo a água descendo do morro, mas insisto em ficar.
Isso não é fé e sim teimosia.
A
teimosia é bem diferente da persistência. Teimoso é aquele que não aceita os
fatos, novas sugestões, novas propostas e fatalmente também secará. A figueira
precisa das vespas e pequenos insetos para poder dar fruto. Conselhos são como
vespas, sua presença pode gerar medo, mas quando bem recebidos, nos ajudam a
dar frutos.
Não
seque! Dê frutos!
Um
imenso abraço fraterno.
DICAS
DE SAÚDE
Ressaltamos que as Dicas de Saúde
enviadas por este Diário, não equivalem a uma receita médica; são apenas
"dicas". Os exames preventivos são sempre indispensáveis! Para mais
informações consulte o seu médico.
Alergias Oculares
Milhares
de pessoas sofrem de problemas relacionados a alergias, sendo que as reações
alérgicas envolvem, comumente, os olhos. Calcula-se que, aproximadamente, 50
milhões de pessoas, só nos EUA, sofram de problemas alérgicos. Uma reação
alérgica que envolve a conjuntiva, membrana fina que recobre a superfície do
olho, é comumente chamada de conjuntivite alérgica. A conjuntivite alérgica é
classificada em vários subtipos, mas os tipos mais comuns são a conjuntivite
alérgica sazonal e a conjuntivite alérgica perene. Esses dois tipos de conjuntivite
alérgica são desencadeados por reações imunológicas, que envolvem um indivíduo
com sensibilidade a um alérgeno específico. Isso significa que, se você é
alérgico a determinada substância, e entra em contato com ela, você desenvolve
uma reação alérgica (com sintomas como coceira, espirros, coriza, etc).
Embora
a conjuntivite alérgica ocorra frequentemente, ela é mais observada em regiões
com alta incidência de conjuntivite sazonal.
Quais as
causas da conjuntivite alérgica?
A
conjuntiva, membrana fina que recobre a superfície do olho, tem estrutura
semelhante à da membrana que recobre internamente as narinas. Como essas duas
mucosas são bem semelhantes, os mesmos alérgenos (substâncias que induzem
reação alérgica), podem desencadear sintomas alérgicos em ambas as regiões.
Os
alérgenos mais comuns são:
•
Pólen;
•
Poeira;
•
Fragmentos de pele morta de animais;
A
principal diferença entre a conjuntivite alérgica sazonal e a conjuntivite
alérgica perene é a duração dos sintomas.
-
Conjuntivite Alérgica Sazonal
•
Geralmente os sintomas duram curto período de tempo;
•
Durante a primavera, a pessoa pode se sentir incomodada, pela presença do pólen
proveniente de árvores. Durante o verão, pelo pólen das gramas;
•
De maneira geral, os sintomas resolvem-se durante outros períodos do ano,
principalmente no inverno.
-
Conjuntivite Alérgica Perene
•
Nesse tipo de alergia, os sintomas costumam durar o ano todo;
•
Ao contrário dos alérgenos do ambiente externo à casa, esses indivíduos
apresentam maior problema em relação aos alérgenos encontrados no interior do
domicílio. Exemplos: ácaros da poeira doméstica, baratas, fragmentos de pele
morta de animais;
•
Alérgenos externos, sazonais, podem piorar os sintomas, caso a pessoa também
seja sensível a eles.
Quais os
sintomas da alergia ocular?
Os
sintomas da alergia ocular são semelhantes nos vários tipos de conjuntivite.
Como já dito, o que difere os dois principais tipos é a duração dos sintomas.
Quase sempre, o sintoma de coceira indica uma reação alérgica. Isso também vale
para a conjuntivite alérgica, já que a coceira nos olhos é o principal sintoma.
Além desse, outros sintomas podem estar presentes:
•
Vermelhidão ocular;
•
Lacrimejamento;
•
Sensação de queimação, nos olhos;
•
Visão borrada;
•
Produção de secreção.
Como é feito
o diagnóstico?
Frequentemente,
seu oftalmologista será capaz de fazer o diagnóstico de conjuntivite alérgica,
com base apenas nos sintomas relatados por você. Como parte da avaliação, o
médico realiza um exame detalhado dos olhos.
•
Ele utiliza um aparelho específico, como se fosse um microscópio, chamado de
lâmpada de fenda. Com ele, o oftalmologista checa se seus olhos apresentam
vasos sanguíneos dilatados, inchaço na conjuntiva, etc. Todos esses sinais são
indicativos de reação alérgica.
•
Em alguns casos, pode ser realizada uma raspagem da conjuntiva, com o objetivo
de fazer pesquisa de um tipo específico de glóbulos brancos, os eosinófilos.
Essas células têm papel fundamental nas reações alérgicas. No entanto, elas só
são encontradas nos casos mais graves.
Como é feito
o tratamento?
1.
Cuidados em casa
Nas
doenças alérgicas, a prevenção é a chave do tratamento. Evitar os alérgenos consiste
na pedra angular no tratamento de todas as reações alérgicas. Se você consegue
identificar e evitar determinado agente causador de alergia, seus sintomas
apresentarão melhora significativa. Algumas recomendações para ajudar na
redução e alívio dos sintomas alérgicos são:
•
Reduza a carga de alérgenos, minimizando locais onde eles possam se acumular:
reduza o número de travesseiros, roupas de cama, cortinas e outros itens
semelhantes. Diminua a quantidade de objetos que acumulem poeira;
•
Diminua o número de tapetes, os quais podem acumular grande quantidade de
poeira e ácaros;
•
Limpe a casa e os objetos regularmente e rigorosamente, para remoção da poeira
e do mofo;
•
Elimine vazamentos de água e pontos de água parada, que favorecem o crescimento
de mofo;
•
Use dispositivos de barreira e filtros: proceda à cobertura de colchões e
travesseiros com capas impermeáveis ou anti-alergênicas; use filtros em fornos
e no ar condicionado de sua casa, garantindo que eles sejam submetidos à
limpeza regularmente;
•
Mantenha os alérgenos ambientais fora de casa, com janelas e portas fechadas;
•
Evite o contato com materiais provenientes de animais e outros irritantes.
Infelizmente,
evitar os alérgenos, nem sempre é fácil ou possível. Nesse caso, as seguintes
recomendações para o tratamento doméstico podem ajudar na obtenção de alívio
dos sintomas da conjuntivite alérgica:
•
Aplique compressas frias em seus olhos, para reduzir a intensidade da reação
alérgica;
•
Use produtos como lágrima artificial ou lubrificante, sempre que necessário,
para lavagem dos alérgenos que entram em contato com sua conjuntiva;
•
Pode-se empregar medicamentos adquiridos sem receita médica, como colírios e antihistamínicos
em comprimido, nos casos de alergias mais leves.
2.
Medicamentos
Seu
oftalmologista pode prescrever algum colírio, para ajudar na melhora dos
sintomas. A maioria dos colírios é empregada duas vezes ao dia, e muitos podem
ser usados também na prevenção da reação alérgica. Alguns dos medicamentos
disponíveis são:
•
Nedocromil;
•
Cetotifeno;
•
Olapatadina;
•
Azelastine;
•
Pemirolast;
•
Epinastina.
Outro
medicamento que pode ser prescrito é a ciclosporina A, pois ela ajuda a reduzir
de maneira importante a reação alérgica e/ou inflamatória. Assim, ajuda a
reduzir os sintomas da conjuntivite alérgica.
Nos
casos mais graves, os corticosteróides tópicos podem ser empregados. No
entanto, muitos dos antigos corticosteróides associam-se à ocorrência de
efeitos colaterais oculares, quando usados por período prolongado. Os
corticosteróides mais modernos, para uso oftalmológico, estão associados a um
risco muito menor destes efeitos colaterais. Alguns exemplos são: loteprednol;
prednisolona; rimexolona; fluorometolona.
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MOMENTO
DE REFLEXÃO
Havia
mais terrenos baldios. E menos canais de televisão.
E
mais cachorros vadios. E menos carros na rua.
Havia
carroças na rua. E carroceiros fazendo o pregão dos legumes.
E
mascates batendo de porta em porta.
E
mendigos pedindo pão velho. Por que os mendigos não pedem mais pão velho?
A Velha do Saco assustava as crianças. O saco
era de estopa.
Não
havia sacos plásticos, levávamos sacolas de palha para o supermercado.
E
cascos vazios para trocar por garrafas cheias.
Refrigerante
era caro. Só tomávamos no fim de semana.
As
latas de cerveja eram de lata mesmo, não eram de alumínio.
Leite
vinha num saco. Ou então o leiteiro entregava em casa, em garrafas de vidro.
Cozinhava-se
com banha de porco. Toda dona-de-casa tinha uma lata de banha debaixo da pia.
O barbeador era de metal, e a lâmina era
trocada de vez em quando. Mas só a lâmina.
As
camas tinham suporte para mosquiteiro.
As
casas tinham quintais. Os quintais tinham sempre uma laranjeira, ou uma
pereira, ou um pessegueiro.
Comíamos
fruta no pé.
Minha
vó tinha fogão a lenha. E compotas caseiras abarrotando a despensa.
E
chimia de abóbora, e uvada, e pão de casa.
Meu pai tinha um amigo que fumava palheiro.
Era
comum fumar palheiro na cidade; tinha-se mais tempo para picar fumo.
Fumo
vinha em rolo e cheirava bem.
O
café passava pelo coador de pano. As ruas cheiravam a café. Chaleira apitava.
O
que há com as chaleiras de hoje que não apitam?
As lojas de discos vendiam long plays e fitas
K7.
Supimpa
era ter um três-em-um: toca-disco, toca-fita e rádio AM (não havia FM).
Dizia-se
'supimpa', que significa 'bacana'. Pois é, dizia-se 'bacana', saca?
Os
telefones tinham disco. Discava-se para alguém. Depois, punha-se o aparelho no
gancho.
Telefone
tinha gancho. E fio.
Se o seu filho estivesse no quarto dele e você
no seu escritório, você dava um berro pra chamar o guri, em vez de mandar um
e-mail ou um recado pelo MSN.
Estou
falando de outro milênio, é verdade.
Mas o século passado foi ontem! Isso tudo
acontecia há apenas 20 ou 25 anos, não mais do que o espaço de uma geração.
A
vida ficou muito melhor.
Tudo
era mais demorado, mais difícil, mais trabalhoso.
Então
por que engolimos o almoço? Então por que estamos sempre atrasados?
Então
por que ninguém mais bota cadeiras na calçada?
Alguém pode me explicar onde foi parar o tempo
que ganhamos?
Marcelo
Canellas
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