Terça-feira,
21 de março de 2017
“Sempre
oriento a minha vida para aceitar uma derrota com dignidade, ao invés de
insistir por uma vitória desonesta.” (Roberto Shinyashiki)
EVANGELHO
DE HOJE
Mt 18,21-35
— O Senhor
esteja convosco.
— Ele está
no meio de nós.
—
PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo, + segundo Mateus.
— Glória a
vós, Senhor!
Naquele
tempo, 21Pedro aproximou-se de Jesus e perguntou:
“Senhor,
quantas vezes devo perdoar, se meu irmão pecar contra mim? Até sete vezes?”
22Jesus
respondeu: “Não te digo até sete vezes, mas até setenta vezes sete. 23Porque o
Reino dos Céus é como um rei que resolveu acertar as contas com seus
empregados. 24Quando começou o acerto, trouxeram-lhe um que lhe devia uma
enorme fortuna. 25Como o empregado não tivesse com que pagar, o patrão mandou
que fosse vendido como escravo, junto com a mulher e seus filhos e tudo o que
possuía, para que pagasse a dívida.
26O
empregado, porém, caiu aos pés do patrão, e prostrado, suplicava: ‘Dá-me um
prazo! e eu te pagarei tudo’. 27Diante disso, o patrão teve compaixão, soltou o
empregado e perdoou-lhe a dívida.
28Ao sair
dali, aquele empregado encontrou um de seus companheiros que lhe devia apenas
cem moedas. Ele o agarrou e começou a sufocá-lo, dizendo: ‘Paga o que me
deves’. 29O companheiro, caindo aos seus pés, suplicava: ‘Dá-me um prazo! e eu
te pagarei’. 30Mas o empregado não quis saber disso. Saiu e mandou jogá-lo na
prisão, até que pagasse o que devia.
31Vendo o
que havia acontecido, os outros empregados ficaram muito tristes, procuraram o
patrão e lhe contaram tudo. 32Então o patrão mandou chamá-lo e lhe disse:
‘Empregado perverso, eu te perdoei toda a tua dívida, porque tu me suplicaste.
33Não devias tu também, ter compaixão do teu companheiro, como eu tive
compaixão de ti?’ 34O patrão indignou-se e mandou entregar aquele empregado aos
torturadores, até que pagasse toda a sua dívida.
35É assim
que meu Pai que está nos céus fará convosco, se cada um não perdoar de coração
ao seu irmão”.
www.paulinas.org.br/diafeliz
Palavra da
Salvação
Glória a vós
Senhor.
MEDITAÇÃO
DO EVANGELHO
Alexandre
Soledade
Bom
dia!
A
ingratidão e o perdão…
Certa
vez Jesus foi questionado por um Jovem que queria saber o que fazer para ter a
vida eterna. Ele respondeu: Dê o que tem e SEGUE-ME! Outra vez uma mulher que
iria ser apedrejada foi salva por Jesus então Ele diz: VÁ E NÃO TORNES A PECAR!
E em outra ocasião dez leprosos pediram ajuda e por Ele foram atendidos, no
entanto apenas um voltou – um samaritano. A esse homem Jesus diz:
“(…)
Não ficaram curados todos os dez? Onde estão os outros nove? Não se achou senão
este estrangeiro que voltasse para agradecer a Deus?! E acrescentou: LEVANTA-TE
E VAI, TUA FÉ TE SALVOU”. (Lucas 17, 17-19)
A
parábola do empregado mal não fala de dinheiro ou dívidas, mas fala de
INGRATIDÃO. Mostra o quanto somos doces e amáveis quando há o que nos interessa
e o quanto esquecemos o bem que nos fizeram e em especial o que Deus nos
concede.
Somos
passíveis de erros e os com quem nos relacionamos também. Se entendermos a
mensagem da Boa Nova de Jesus temos pelo menos a obrigação de nos perdoar e
quando isso não for AINDA possível, pelo menos relevar para poder viver bem.
Sei que existem pessoas que talvez esgotem até os nossos “setenta vezes sete”
(risos), mas esses são casos especiais e raros. O que não podemos é se
comportar erroneamente, por vingança, raiva ou rancor. Qual seria nossa
gratidão a Deus?
Falar
do amor e não fazer dele sua política, nos credencia como fariseus! Receber o
perdão e não dar, como ingratos!
“(…)
Ai de vós, escribas e fariseus hipócritas! Pagais o dízimo da hortelã, do endro
e do cominho e desprezais os preceitos mais importantes da lei: a justiça, a
misericórdia, a fidelidade. Eis o que era preciso praticar em primeiro lugar,
sem contudo deixar o restante”. (Mateus 23, 23)
Cada
um tem um limite, uma limitação. Cada um sabe o que suporta, tolera ou engole.
Mas a resposta sugerida por Jesus para o mal que nos fazem não é a resignação
ou o sofrimento, mas um ato corajoso de não enfrentamento. É dizer não ao
rancor que nos consome, nos envelhece e aos poucos nos entristece.
Um
grande dramaturgo inglês dizia que “guardar rancor é beber veneno e esperar que
o outro pereça”, ou seja, é bobagem.
Um
imenso abraço fraterno!
COMPORTAMENTO
“Mudar É Muito Difícil, Mas Não Mudar É Fatal”
Leandro Karnal Admiradores
“Independente da minha ação tudo muda. Tudo muda a todo instante. Tudo muda. É bom pensar nisso. E tudo mudando eu posso ter duas opções: A
mudança passa por mim ou a gerencio; ou eu faço ou ela fará por mim. Não
importa, porque se eu ficar bem paradinho a mudança continua porque ela atinge
até o que não tem consciência, como pedras e plantas. Esta é a mudança –
precisa reconhecer isso – que pode ser um lema de vida. Mudar é difícil, não
mudar é fatal. Mudar é muito difícil. Mudar hábitos, mudar relações, mudar
propostas, mas não mudar é fatal.
Será que este ano você resolve aquele
probleminha com o seu inglês? Você vai
resolver o fato de você ter problemas com o uso da crase? Estude, faça exercícios, tente, mude. Não
mudar é fatal. Usando o quadro de Matisse: Mudar, mudar-se. Mudar as coisas que
nos cercam. Mudar e reinventar-se. Quem não se reinventa na amizade, no emprego
ou no casamento esgota essa possibilidade rapidamente. A pessoa com quem se
casou há vinte, dez, quinze, trinta anos não existe mais. Nem as células são as
mesmas. Infelizmente os neurônios são os
mesmos, cada vez em menor quantidade. Mas as células se renovam constantemente.
A imagem da escultura americana Carlyle diz
que o homem com consciência e ação está se esculpindo como a sua grande obra.
Você se torna na sua própria obra, torna-se na pessoa que investe nisso. Este o
momento de pensar nisso. Fim de
ano. Há uma poesia de Antônio Machado, o
espanhol – não o nosso Machado de Assis, mas o Machado espanhol – que é
conhecida de todos: “Caminhante, são tuas pegadas o caminho e nada mais;
caminhante, não há caminho, se faz caminho ao andar”.
O problema de eu comprar o livro A cabeça de
Steve Jobs é que ele não leu esse livro para fazer o que fez. O problema de
pedir conselho é que quem venceu não pediu conselhos. É a velha história de Mozart
que, perto de morrer, recebe a carta de um menino de 15 anos, de Praga, que
pergunta a ele como fazer uma ópera. E Mozart responde: “E muito cedo para você
fazer isso”. O menino responde na terceira carta entre os dois: “O senhor fez a
primeira com nove anos”. E Mozart
responda na quarta carta: “É verdade, mas eu não perguntei a ninguém como se
fazia”.
Essa é a diferença. Ouvir conselhos de
pessoas que não os praticam. Têm uns casamentos destroçados, mas elas dão
conselhos. Ouçam todo mundo. Segundo Hamlet: “A todos, teu ouvido; a voz, a
poucos; ouve opiniões, mas forma juízo próprio“. Em qualquer sentido. A todos
ofereça o ouvido, ouçam o que as pessoas têm a dizer. Nós estamos falando sempre delas. Façam isso.
Tornem-se diferentes ou achem felicidade na repetição que também é possível.
Achem felicidade em ser comum. Achem
felicidade na repetição do óbvio. Achem felicidade em fazer a felicidade de
outro como minha avó que faz o menu do Natal há trinta anos, colocando os
mesmos pratos nos mesmos lugares da mesa. Até o cheiro da casa é o mesmo. E ela
era feliz assim. Achem a felicidade na repetição ou na renovação. E este é o
momento, fim de ano, para fazer essa reflexão. A reflexão do quanto eu quero
aprofundar, de que eu quero transformar o que está ao alcance da minha mão. Uma
das coisas mais fascinantes da vida é isso.
Quando eu tinha dezoito anos, estava do meio
para o fim da faculdade, em entrei muito cedo, eu fui fazer o primeiro estágio
em sala de aula, na 5ª Série. Hoje não existe mais essa nomenclatura. Eu e uma
colega vimos uma aula na 5ª Série. Eu saí de lá horrorizado. Eu disse: “Eu não
quero isso, que horror. São uns demônios, eles gritam, estão possuídos por
Satanás”. Aquilo era um horror. Eu saí de lá e disse para a minha colega: “Eu
vou fazer tudo para acabar a minha faculdade, mas eu não quero dar aula para a
5ª Série”. Acabei dando por algum tempo,
mas eu queria escapar disso. Eu queria dar aula para adultos e não para
crianças. Terminou a faculdade e eu me inscrevi para ser professor. Passados
mais de 30 anos disso, esta mesma minha amiga estava dando aula para a 5ª
Série. Ela sempre disse que eu tive
sorte.
Sorte é o nome que se dá para a pessoa que
leva adiante o seu plano. Sorte é o nome que se dá a quem se empenha. Mas a
minha sorte foi atravessar as madrugadas estudando. A minha sorte foi vir para São
Paulo com uma mão na frente e outra atrás. A minha sorte foi um projeto longo,
o custo do sacrifício em construir uma carreira. Essa foi a minha sorte que
levei adiante.
Este é o momento para pensar na sorte ao
invés de estar comendo lentilhas no Ano Novo. Não tem um pobre que não coma
lentilhas. Rico não come lentilhas, é uma coisa fascinante. E o pobre continua
comendo. No ano seguinte come de novo. Ao invés de investir na lentilha ou em
alguma coisa assim, se preferir troque superstição por religião, mas pense num
projeto para 2017, leve este projeto adiante. Nesse projeto faça tudo o que
você possa fazer. O tempo linear é uma invenção nossa. Mas como eu dizia antes, o tempo pode ser
circular e, assim, pode ser um recomeço a qualquer instante, de qualquer ponto.
O tempo linear é uma invenção do Ocidente. E
pode ser de fato, um Ano Novo. Pode ser, de fato, um novo momento. Basta uma
ação de quem vai enfrentar o mundo. O mundo não vai querer, vai nos obrigar a refazer a ação e insistir
como tudo que é importante na vida tem que se insistir muito. Muitas vezes. A
recompensa por essa escolha é a vida que vale a pena ser vivida.
Perguntaram-me uma vez, num debate sobre
felicidade, se eu era feliz. Eu respondi que o único objetivo que posso ter, a
única ideia que eu posso ter é que eu já fui infeliz e hoje eu sou feliz. É a
comparação. Ninguém pode saber se de fato é feliz. Mas eu já fui infeliz. E
hoje o ponto maior da minha felicidade é saber que ela depende de mim.
Exclusivamente de mim. Então, esta é a vida válida para mim. Nem sempre é
fácil. Algumas coisas eu estou querendo abrir mão porque não adiantou insistir,
minha energia não foi suficiente. Mas aquela que foi possível se tornou numa
vida válida”. Leandro Karnal
MOMENTO
DE REFLEXÃO
Depois
de um incêndio florestal no Parque Nacional de Yellowstone, guardas florestais
começaram a sua caminhada até uma montanha para avaliar os danos do inferno,
quando um patrulheiro encontrou um pássaro literalmente petrificado em cinzas,
empoleirado no chão na base de uma árvore.
Um pouco enojado com a visão
misteriosa, ele derrubou o pássaro com uma vara. Ao bater nela delicadamente,
três filhotes minúsculos correram sob as asas de sua mãe morta. A mãe amorosa,
em plena consciência do desastre iminente, tinha levado seus filhos para a base
da árvore e reuniu-os debaixo das asas, instintivamente sabendo que a fumaça
tóxica subiria. Ela poderia ter voado para a segurança, mas se recusou a
abandonar seus bebês. Em seguida, o incêndio chegou e o calor tinha queimado
seu corpo pequeno, a mãe havia permanecido firme ... porque ela tinha se
disposto a morrer, assim que aqueles sob a cobertura de suas asas viveriam.
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